domingo, 20 de março de 2016

bom dia evangelho - 21.março.2016


 Bom dia evangelho

DIA 21 DE MARÇO - SEGUNDA-FEIRA
A SANTA  (ROXO, PREFÁCIO DA PAIXÃO II – OFÍCIO DO DIA)
Imagem acima: O Papa Francisco celebra o Domingo de Ramos. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 20 Mar. 16 / 09:25 am (ACI).- Na homilia deste Domingo de Ramos, o Papa Francisco ofereceu um conselho para seguir o caminho de Jesus: a humildade e a renúncia ao egoísmo, ao poder e à fama.
“O caminho do serviço, da doação, do esquecimento de nós próprios. Podemos encaminhar-nos por esta estrada, detendo-nos nestes dias a contemplar o Crucificado: é ‘a cátedra de Deus’, para aprender o amor humilde, que salva e dá a vida, para renunciar ao egoísmo, à busca do poder e da fama”.

Oração do dia
Concedei, ó Deus, ao vosso povo, que desfalece por sua fraqueza, recobrar novo alento pela paixão do vosso filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Evangelho (João 12,1-11)
12 1 Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus a Betânia, onde vivia Lázaro, que ele ressuscitara.
2 Deram ali uma ceia em sua honra. Marta servia e Lázaro era um dos convivas.
3 Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo.
4 Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse:
5 "Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?"
6 Dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam.
7 Jesus disse: "Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura.
8 Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis".
9 Uma grande multidão de judeus veio a saber que Jesus lá estava; e chegou, não somente por causa de Jesus, mas ainda para ver Lázaro, que ele ressuscitara.
10 Mas os príncipes dos sacerdotes resolveram tirar a vida também a Lázaro,
11
 porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho
DOIS GESTOS CONTRASTANTES
            Às portas da morte, o Mestre defrontou-se com dois gestos contrastantes. O primeiro foi o de Maria de Betânia, que ungiu os pés dele com um óleo precioso, e os enxugou com os cabelos, movida pelo amor. Esse gesto antecipava o futuro trágico de Jesus, embora ela não se tivesse dado conta disso. A pressa com que o Mestre seria sepultado, não permitiria que fossem feitos os ritos tradicionais de embalsamamento.
            A atitude de Maria explica-se pela profunda relação que se estabelecera entre Jesus e a pequena família de Betânia. Ele costumava hospedar-se na casa desses amigos queridos, em suas viagens para Jerusalém, porque, lá, era sempre bem acolhido. Essa proximidade permitiu a Maria conhecer Jesus para além das aparências. Dessa forma, ela se tornou servidora do Messias.
            A suspeita do discípulo Judas situa-se no extremo oposto ao gesto da mulher. Mesquinho que era, interpretou a unção, com o nardo precioso, como um desperdício. Segundo ele, teria sido melhor vendê-lo, para ajudar os pobres.
            Judas não se deu conta de que a mulher estava ajudando a um pobre, uma vez que o  Mestre seria tratado como um marginalizado, e, depois de morto, seria colocado em um sepulcro alheio. Maria, portanto, não estava ungindo um rico, e sim, o Filho de Deus, que se fez pobre, desde que veio a este mundo. Pobres, os discípulos sempre teriam no meio deles. Dentre os pobres, o próprio Jesus. Estavam, porém, na iminência de perdê-lo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta)
​​Santo do dia
São Nicolau de Flue
São Nicolau de Flue nasceu na Suíça em 1417 e passou sua juventude ajudando o pai em trabalhos práticos e sempre inclinado a vida religiosa. A pedido do pai, casou-se com Dorotéia que muito o levou para Deus, tanto que juntos educaram os dez filhos para a busca da santidade.
Aconteceu que, aos cinquenta anos e em comum acordo com a esposa e filhos, Nicolau retirou-se na solidão, perto de sua casa, porém com o propósito de se dedicar exclusivamente a Deus, deixando de lado os diversos cargos públicos e administrativo que ocupava na sociedade.
São Nicolau entregou-se totalmente a vida de oração, penitência e jejuns, sem deixar de participar nas missas de domingo e dias santos, além de ter assumido como cama uma tábua, por travesseiro uma pedra e de primeiro frutas e ervas como alimento até chegar a se alimentar somente da Eucaristia.
Nicolau morreu com setenta anos, e mesmo no eremitério em nada se alienou ao mundo, o qual serviu como conselheiro e interferiu pacificamente nas dificuldades entre Católicos e protestantes ao ponto de ser amado tomado como modelo de pacificador e pai da pátria.
Em 1487, no dia em que completava 70 anos, Nicolau morreu. É o santo mais popular e conhecido da Suíça.
Reflexão:
Os caminhos de Deus são mesmo desconhecidos. Nossos projetos de vida sofrem mudanças repentinas e nos colocam em situações totalmente novas. Assim foi com São Nicolau, que depois de um matrimônio feliz e fecundo, dedicou-se muitos anos numa vida de silêncio e profunda contemplação. Diante das situações que surgem e não foram planejadas, deixemos que o Espírito Santo nos conduza e retire de nós o medo dos caminhos inesperados.
Oração: 
Rezamos hoje com as palavras de São Nicolau:
“Ó meu Deus e meu Senhor, afaste de mim tudo o que me afasta de você. Ó meu Senhor e meu Deus, dê-me tudo o que me aproxima de você. Ó meu Senhor e meu Deus, livre-me do meu egoísmo e conceda-me possuir somente você. Amém”.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

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