quinta-feira, 19 de setembro de 2019

BOM DIA EVANGELHO - 20. SETEMBRO. 2019


BOM DIA EVANGELHO

20 DE SETEMBRO DE 2019
SEXTA-FEIRA | 24º SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: VERMELHO | ANO C
O milagre do sangue de São Januário na Catedral de Nápoles. Crédito: Chies adi Napoli
NÁPOLES, 19 Set. 19 / 03:00 pm (ACI).- Às 10h04 desta quinta-feira, 19 de setembro, voltou a ocorrer o milagre da liquefação do sangue de São Januário, em Nápoles, no dia em que a Igreja celebra a festa deste santo italiano.
O Cardeal Crescenzio Sepe, Arcebispo de Nápoles, disse que a liquefação do sangue “é o sinal da bondade, benevolência, misericórdia e amor por nós, por Nápoles, pela Igreja. E é também um convite a ter muito próximo, como um parente ou amigo, o nosso protetor São Januário. Viva São Januário!”.
As palavras do Cardeal foram recebidas com grande júbilo e aplausos pelos fiéis na Catedral de Nápoles, onde foi celebrada Missa pela festa de São Januário.
Em sua homilia, informa ACI Stampa – agência em italiano do Grupo ACI –, o Cardeal lamentou que o crime organizado castigue a cidade, algo que ameaça o futuro de Nápoles. “A violência, essa fera má, é o primeiro grande obstáculo nesse caminho orientado para o bem comum”.
Após denunciar que este mal viola a liberdade das pessoas, o Arcebispo questionou: “Ainda existe a Nápoles do coração grande e sincero? A nós, cidadãos de Nápoles de hoje, é dado o dever de responder a esta pergunta com verdade, também com realismo, com honestidade e com coragem, sem nos deixar convencer por uma falsa nostalgia dos tempos passados”.
A denúncia do Cardeal se refere ao crime organizado principalmente da máfia conhecida como a Camorra, na região da Campânia, onde está Nápoles.
Em 2015, o Papa Francisco visitou o bairro da Scampia, uma área controlada pela máfia. Ali, o Santo Padre denunciou a corrupção e fez votos para que “o mal nunca tenha a última palavra”.
A liquefação do sangue de São Januário
A liquefação do sangue deste santo é um fenômeno inexplicável que acontece três vezes por ano: no sábado anterior ao primeiro domingo de maio, por ocasião do translado dos restos mortais do santo a Nápoles; no dia de sua festa litúrgica, 19 de setembro; e em 16 de dezembro, aniversário da intercessão de São Januário para evitar os efeitos da erupção do vulcão Vesúvio no ano 1631.
Em dezembro de 2016, o milagre não aconteceu, o que provocou certa preocupação entre os fiéis. Embora o fato de que não se liquefaça costuma ser interpretado como o anúncio de um desastre, isso nem sempre é certo.
De fato, o processo nem sempre acontece do mesmo modo: às vezes demora várias horas, ou mesmo dias, ao se liquefazer. Em outros momentos, como em 2018, o milagre acontece antes da celebração litúrgica e, em outros episódios, por motivos desconhecidos, o sangue não se liquefaz.
O próprio Papa Francisco foi testemunho do inexplicável fenômeno em março de 2015. Naquela ocasião, o sangue se liquefez diante do olhar do próprio Santo Padre fora das três datas indicadas. Por isso, tratou-se de um fato extraordinário, que também aconteceu em 1848 diante do Papa Pio IX.
O milagre não aconteceu durante as visitas de São João Paulo II, em 1979, nem de Bento XVI, em 2007.
O martírio de São Januário
São Januário, padroeiro de Nápoles, foi Bispo de Benevento. Durante a perseguição contra os cristãos, foi feito prisioneiro junto com seus companheiros e submetido a terríveis torturas. Certo dia, ele e seus amigos foram lançados aos leões, mas as feras apenas rugiram sem se aproximar.
Então, foram acusados de usar magia e condenados a morrer decapitados perto de Pozzuoli, onde também foram enterrados. Isso aconteceu por volta do ano 305.
As relíquias de São Januário foram transladadas a diferentes lugares até que finalmente chegaram a Nápoles em 1497.
ORAÇÃO : Deus todo-poderoso, que destes ao mártir Santos André Kim Taegón e companheiros a graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também a nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa fé, como eles não hesitaram em morrer por vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Lucas 8,1-3
Aleluia, aleluia, aleluia.
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

1 Depois disso, Jesus andava pelas cidades e aldeias anunciando a boa nova do Reino de Deus.
2 Os Doze estavam com ele, como também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios;
3 Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Susana e muitas outras, que o assistiram com as suas posses.

Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
COLABORADORAS NA MISSÃO
O Evangelho mostra-nos Jesus e sua comunidade itinerante a serviço da Boa Nova do Reino. O ministério do Mestre era exercido em comunhão com colaboradores e colaboradoras, todos voltados para a mesma missão.
É fácil de entender que Jesus tivesse colaboradores. Difícil é pensar um Mestre rodeado de discípulas, numa sociedade onde a dignidade das mulheres não era reconhecida. Diríamos, hoje: era uma sociedade machista! No entanto, Jesus mantinha-se imune destes esquemas, não permitindo que influenciassem suas opções.
As colaboradoras de Jesus são todas mulheres que o haviam procurado por padecer de doenças e ser vítimas dos espíritos malignos. Tendo sido beneficiadas pelo Mestre, acabaram por se colocar a serviço dele. Isto por que compreenderam a importância do ministério de Jesus. Como elas, havia tantas outras pessoas vítimas de enfermidades e possessões demoníacas, que precisavam ser curadas pelo Mestre. Por isso, pareceu-lhes sensato colocar seus bens a serviço desta causa nobre. Era a melhor forma de manifestar sua gratidão a Jesus e se mostrarem úteis.
Para o Mestre, pouco importava a condição feminina. Importava-lhe, sim, a disposição interior dessas mulheres. Afinal, como ele, elas estavam dispostas a ser servidoras da humanidade.
SANTO DO DIA
SANTO ANDRÉ KIM TAEGON E COMPANHEIROS
A Igreja católica estabelecida na Coréia tem uma característica particular: nasceu da iniciativa missionária de leigos. A raiz do catolicismo coreana foram as comunidades chinesas. A expansão das comunidades na Córeia fez com que elas recebessem oficialmente um sacerdote vindo de Roma.
Em pouco tempo a comunidade cresceu possuindo milhares de fiéis. Porém, começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade, pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo matavam seus seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos.
Entre os mártires que a Igreja canonizou na Coréia está André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. André nasceu em 1821 numa família da nobreza e profundamente cristã. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma "igreja particular" em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os Sacramentos.
André tinha quinze anos quando resolveu se preparar para o sacerdócio. Depois de muitos desafios fez-se padre em Xangai. Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização.
Durante um trabalho missionário, André foi preso pelas autoridades coreanas. Num gesto de coragem professou a fé em Cristo. Seu gesto custou-lhe a vida. André foi decapitado na cidade de Seul em 1846. Na mesma ocasião foram martirizados cento e três homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : O sacrificio dos mártires coreanos, aceitado de bom grado por Jesus Cristo que os havia conquistado, deu sem dúvida uma abundante colheita e devemos rezar para que continue a ser fonte de orgulho, esperança, força e inspiração para todos os cristãos.
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