domingo, 29 de setembro de 2019

bom dia evangelho - 30 setembro 2019


BOM DIA EVANGELHO

30 DE SETEMBRO DE 2019
SEGUNDA-FEIRA | 26º SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: BRANCA | ANO C
Foto referencial. Crédito: Pixabay
DENVER, 28 Set. 19 / 07:00 am (ACI).- O Arcebispo de Denver (Estados Unidos), Dom Samuel Aquila, alertou sobre um possível cisma na Alemanha diante da grave crise da Igreja Católica nesse país europeu.
“Enquanto se aproximava de sua morte, Jesus rezou para que a Igreja fosse una, que estivesse unificada. Olhando para a história e para os tumultos atuais na sociedade e na Igreja, é de vital importância que lembremos que nossa unidade vem de nos mantermos em relação com o Pai, com Jesus e com o Espírito Santo, e não de adotar os valores do mundo”, escreveu o Prelado em um artigo intitulado “O Papa Francisco e o possível cisma alemão”, publicado em 26 de setembro.
Depois de lembrar que o Santo Padre disse recentemente que não tem medo de cismas, o Arcebispo indicou que, “infelizmente, eventos recentes na Igreja na Alemanha, liderados pelo Cardeal Marx e pelos bispos alemães, geram o risco de prejudicar a unidade na Igreja universal”.
O Cardeal Reinhard Marx é Arcebispo de Munique e Freising e presidente da Conferência Episcopal da Alemanha. Também é um dos cardeais que colabora com o Papa Francisco no chamado C9 ou C6 para a reforma da Cúria do Vaticano.
Dom Aquila indicou em seu artigo que os bispos alemães “e um considerável grupo de leigos planejam realizar um sínodo para tomar decisões vinculantes que mudariam assuntos doutrinais, como a ordenação de mulheres, a bênção de casais do mesmo sexo e assuntos relacionados a casais do mesmo sexo".
Na assembleia plenária realizada nesta semana, os bispos alemães decidiram criar a assembleia sinodal, como parte do processo sinodal no qual os prelados seria uma minoria com 69 de um total de 200 membros.
O Arcebispo de Denver recordou que o Papa Francisco disse em junho aos católicos da Alemanha em uma carta que “toda vez que uma comunidade eclesial buscou sair sozinha de seus problemas, confiando somente nas próprias forças, métodos e inteligência, sua vontade ou prestígio, acabou multiplicando e alimentando os males que pretendia superar”.
Dom Aquila explicou que isso "acontece porque, nos cismas, não se escuta a voz de Deus e a voz autêntica do Espírito Santo, que sempre tem os olhos fixos em Jesus Cristo”.
O Prelado indicou que “é decepcionante que os bispos alemães tenham decidido seguir adiante com seus planos, apesar da intervenção do Papa Francisco e de uma carta do Cardeal Marc Ouellet (prefeito da Congregação para os Bispos) que dizia que a proposta alemã 'não é eclesiologicamente válida’”.
O Arcebispo de Denver assinalou que “o antídoto para essa possível ferida no Corpo de Cristo é buscar a união com as três pessoas da Santíssima Trindade, que estão na fonte da unidade da Igreja. Aqueles que amam cada pessoa da Trindade, não buscam seu próprio caminho”.
O Prelado recordou que o numeral 813 do Catecismo da Igreja Católica ensina que a Igreja é una graças à sua origem e à sua alma, que é o Espírito Santo; por isso encorajou a "olhar a história das comunidades protestantes que se separam constantemente umas das outras por assuntos de doutrina para ver o impacto da substituição da fé por crenças socialmente aceitáveis".
“Além disso, pode-se observar facilmente na história que mudar o ensinamento para estar em dia com a moralidade moderna não enche as igrejas. Somente o encontro com Jesus Cristo, sendo fiel a ele, independentemente do custo, e manter-se unido à videira, produz frutos e enche as igrejas”.
O Arcebispo recordou o exemplo de São Maximiliano Kolbe, um sacerdote que foi assassinado depois de oferecer sua vida pela vida de um pai em um campo de concentração nazista, e ressaltou que, “para que a Igreja permaneça unida, todos precisamos amar e estar conectado a Jesus Cristo e seus ensinamentos, mas não os do mundo”.
"Temos que colocar nossa fé em Jesus Cristo e confiar que Ele é fiel às suas promessas", enfatizou. “Uma fé forte, confiada em Jesus e em seu poder e autoridade, nos dá a força para viver o Evangelho. É realmente a obra de Deus, como Jesus nos recorda: ‘Para os seres humanos isso é impossível, mas para Deus tudo é possível’", concluiu o Prelado.
A grave crise da Igreja na Alemanha
O artigo do Arcebispo de Denver é publicado quando a Igreja na Alemanha está passando por uma grave crise.
Nos primeiros dias de setembro, o Cardeal Reinhard Marx, presidente da Conferência Episcopal Alemã, disse que "pode-se chegar à conclusão de que faz sentido, sob certas condições e em certas regiões, permitir sacerdotes casados". Essas declarações se tornam mais importantes, uma vez que o Cardeal participará de 6 a 27 de outubro, no Vaticano do Sínodo da Amazônia, cujo documento de trabalho coloca a possibilidade de ordenar padres a homens casados.
O Cardeal também fez outras declarações contrárias à doutrina da Igreja, nas quais encorajou o acesso à comunhão dos divorciados em nova união, promoveu que os sacerdotes católicos concedam a bênção a casais homossexuais e sugeriu que os leigos pregassem na Missa.
Além disso, e no âmbito do Sínodo dos Bispos para a Amazônia que será realizado em outubro, em uma entrevista em 2018, o vice-presidente da Conferência Episcopal Alemã, Dom Franz-Josef Bode, disse que, se a ordenação de sacerdotes casados ​​na Amazônia for autorizada, os bispos alemães insistirão em ter a mesma permissão.
Em janeiro desse ano, ele também disse que era a favor de abençoar casais homossexuais.
Da mesma forma, Dom Franz-Josef Overbeck, Bispo de Essen e presidente da Adveniat, instituição de ajuda da Igreja na Alemanha para a América Latina, disse que o Sínodo da Amazônia "é um ponto sem retorno" para a Igreja e que "nada será como antes” depois deste encontro.
O Prelado também apoiou publicamente a “greve das mulheres” contra a Igreja na Alemanha, convocada por um grupo de católicas após o não do Papa Francisco à ordenação de diaconisas.
Em meados de julho deste ano, a Conferência Episcopal da Alemanha divulgou algumas estatísticas do ano de 2018, entre as quais destaca que, no período, mais de 216 mil fiéis decidiram abandonar a Igreja Católica.
Além disso, dos 23 milhões de batizados no país, de uma população total de 83 milhões, a porcentagem daqueles que participam da Missa Dominical é de 9,3%, ou seja, cerca de 2,1 milhões.
No caso dos sacerdotes que servem nas dioceses do país, o número caiu para 1.161 em 2018, quando havia mais de 17.000 no ano 2000.
As estatísticas também indicam que no ano 2000 havia 13.241 paróquias na Alemanha. Em 2018, caíram para 10.045.
As estatísticas de 2018 não fornecem nenhuma informação sobre o sacramento da Reconciliação ou da Confissão, uma prática que parece ter sido quase completamente abandonada pelos católicos do país, incluindo os sacerdotes.


ORAÇÃO; Ó Deus, criador do universo, que vos revelastes aos homens, através dos séculos, pela agrada Escritura, e levastes o vosso servo São Jerônimo a dedicar a sua vida ao estudo e à meditação da Bíblia, dai-me a graça de compreender com clareza a vossa palavra quando leio a Bíblia. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Lc 9,46-50)
Surgiu entre os discípulos uma discussão sobre qual deles seria o maior. Sabendo o que estavam pensando, Jesus pegou uma criança, colocou-a perto de si e disse-lhes: «Quem receber em meu nome esta criança, estará recebendo a mim mesmo. E quem me receber, estará recebendo Aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior».
Tomando a palavra, João disse: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome, mas nós lhe proibimos, porque não anda conosco». Jesus respondeu: «Não o proibais, pois quem não é contra vós, está a vosso favor».
Palavra de vida eterma.
«Aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior»
Prof. Dr. Mons. Lluís CLAVELL(Roma, Italia)
Hoje, caminho de Jerusalém em direção à paixão, «surgiu entre os discípulos uma discussão sobre qual deles seria o maior» (Lc 9,46). Cada dia os meios de comunicação e também nossas conversas estão cheias de comentários sobre a importância das pessoas: dos outros e de nós mesmos. Esta lógica só humana produz, freqüentemente, desejo de vitoria, de ser reconhecido, apreciado, correspondido, e a falta de paz, quando estes reconhecimentos não chegam.
A resposta de Jesus a estes pensamentos -até mesmo comentários- dos discípulos, lembra o estilo dos antigos profetas. Antes das palavras estão os gestos. Jesus «pegou uma criança, colocou-a perto de si» (Lc 9,47). Depois vem o ensinamento: «aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior» (Lc 9,48). -Jesus, por que custa tanto aceitar que isto não é uma utopia para as pessoas que não estão implicadas no tráfico de uma tarefa intensa, na qual não faltam os golpes de uns contra os outros, e que, com a tua graça, podemos vivê-lo todos? Se o fizéssemos, teríamos mais paz interior e trabalharíamos com mais serenidade e alegria.
Esta atitude é também a fonte da onde brota a alegria, ao ver que outros trabalham bem por Deus, com um estilo diferente do nosso, mas sempre assumindo o nome de Jesus. Os discípulos queriam impedi-lo. Em troca, o Mestre defende aquelas outras pessoas. Novamente, o fato de sentir-nos filhos pequenos de Deus facilita-nos a ter o coração aberto para todos e crescer na paz, na alegria e na gratidão. Estes ensinamentos valeram à Santa Teresinha de Lisieux o titulo de Doutora da Igreja: em seu livro História de uma alma, ela admira o belo jardim de flores que é a Igreja, e está contenta de perceber-se uma pequena flor. Ao lado dos grandes santos -rosas e açucenas- estão as pequenas flores -como as margaridas ou as violetas- destinadas a dar prazer aos olhos de Deus, quando Ele dirige o seu olhar à terra.
SÃO JERÔNIMO
Jerônimo nasceu em uma família muito rica na Dalmácia, no ano 347. Com a morte dos pais herdou uma boa fortuna que aplicou na realização de sua vocação para os estudos, pois tinha uma inteligência privilegiada. Viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica.
Ele foi batizado pelo papa Libério, já com 25 anos de idade. Passando pela França, conheceu um com monastério e decidiu se retirar para vivenciar a experiência espiritual. Em 375, depois de uma doença, Jerônimo passou ao estudo da Bíblia com renovada paixão. Foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino na Antioquia, em 379, dedicando-se à reflexão, ao estudo e divulgação do Cristianismo.
Voltou para Roma em 382, chamado pelo papa Dâmaso, para ser seu secretário particular. Jerônimo foi incumbido de traduzir a Bíblia do grego e do hebraico, para o latim. Neste trabalho ele dedicou quase toda sua vida. O conjunto final de sua tradução da Bíblia em latim chamou-se "Vulgata" e se tornou oficial no Concílo de Trento.
Devido a certas intrigas do meio romano, retirou-se para Belém, onde, viveu como um monge, continuando seus estudos e trabalhos bíblicos. Morreu de velhice no ano 420, em Belém. Foi declarado padroeiro dos estudos bíblicos.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO:  Diz-nos um historiador: “Todos acorriam a ele, e cada qual procurava ganhar-lhe a vontade: uns louvavam sua santidade, outros a doutrina, outros sua doçura e trato suave e benigno, e finalmente todos tinham postos os olhos nele como em um espelho de toda virtude, de penitência, e oráculo de sabedoria”. (Pe. Ribadaneira)
TJL@ - ACIDigitAL.COM – EVANGELI.NET – A12.COM

Nenhum comentário:

Postar um comentário