Cidade do México, 31 Out.
19 / 06:00 am (ACI).- Antes da celebração da
Solenidade de Todos os Santos e do dia dos fiéis defuntos, algumas pessoas
pensam que este último, também chamado "Dia dos Mortos", é a mesma
coisa que o Halloween, um evento controverso realizado em
31 de outubro. O que há de verdade nisso?
Em declarações ao Grupo ACI,
Pe. José de Jesús Aguilar, diretor de Arte Sacra da Arquidiocese Primaz do
México, explicou que "há uma grande diferença" entre o costume
anglo-saxão, que celebra entre outras coisas o Halloween, e, em particular a
tradição mexicana , que celebra o Dia dos Mortos em 2 de novembro.
“Há uma grande diferença entre a cultura e o costume anglo-saxão
que apresenta os mortos não como caveiras sorridentes, festivas, coloridas”,
como é o Dia dos Mortos no México, “mas os apresentam como zumbis, que aparecem
para matar na sexta-feira 13, aparecem para levar as crianças, fazer orgias e
muitas outras coisas”.
"Há uma grande diferença entre esta morte vista pelo mundo
anglo-saxão, que encanta os filmes, e esta morte que inclusive foi apresentada
no filme 'Coco' (no Brasil, Viva – A Vida é
Uma Festa), onde a morte é vista como uma oportunidade de recordar seus entes
queridos, que sigam vivendo na imortalidade, e especialmente em ambiente
festivo", assinalou.
Cristo venceu a morte
Pe. Aguilar assinalou que "a Sagrada Escritura começa nos
falando da morte, consequência do pecado de Adão e Eva. Portanto, nós, seres
humanos, devemos passar por esse momento e sabemos que a morte vencia o ser
humano até que Cristo foi capaz de vencê-la com sua morte e sua
ressurreição".
O sacerdote mexicano sublinhou que "unir-se a Cristo
permite que a pessoa vença a morte e viva na eternidade no amor. Por esta
razão, nós, cristãos, nos esforçamos todos os dias para alcançar essa vida
eterna, mas também rezamos por aqueles que morreram e sua partida nos causa
grande dor, mas uma grande esperança de saber que estarão junto com Deus".
"E também nos alegramos por aqueles que já alcançaram a sua
meta, aqueles que conhecemos como santos, e sabemos que também intercedem tanto
pelos vivos como por aqueles que estão a caminho da eternidade", indicou.
A cultura religiosa
mexicana
Pe. Aguilar também explicou que a cultura religiosa mexicana
"tem estes dois alimentos": por um lado temos o Evangelho e, por
outro, as tradições pré-hispânicas "que foram evangelizadas".
"Na tradição pré-hispânica, pensavam que os defuntos
precisavam vir se alimentar na família, para poder continuar, vamos dizer
assim, vivendo no 'mictlán', no além. Portanto, realizavam um ato de
solidariedade com eles, oferecendo-lhes estas ofertas, estes altares".
Entretanto, acrescentou, "no pensamento cristão, sabemos
que já não precisam de nada, que eles estão com Deus, estão no paraíso, não
precisam vir, não precisam de comida nem de água e, portanto, embora coloquemos
ofertas, já não têm um sentido pré-hispânico. Mas são como uma homenagem a eles
e, nestas ofertas, acrescentamos elementos que estão relacionados à nossa fé”.
"Por exemplo, a água, que recorda o batismo,
a luz que representa a fé, o sal que nos recorda que devemos ser sal da terra e
luz do mundo, um crucifixo que significa que a nossa fé está centrada
especialmente em Cristo. Algumas pessoas inclusive escrevem o nome dos sacramentos.
E, com certeza, não podem faltar as imagens de
nossos defuntos que sabemos que não estão mortos, que vivem na presença de
Deus".
Na cultura mexicana, sublinhou, "a morte não é vista como
algo negativo, mas como parte da vida".
"Portanto, a vida e a morte são admiradas, reconhecidas e
aceitas. De modo que, assim como nós celebramos a vida nos carnavais,
fantasiados de diferentes maneiras, também no dia dos mortos, celebramos que a
morte não é algo que nos destrói, portanto, representamos a morte de maneiras
distintas".
"Além disso, nós nos representamos como mortos, colocamos
uma caveira nos nossos entes queridos, observem, de açúcar na oferta, indicando
que a morte de nossos entes queridos, com a fé, não vai ser dolorosa. E
recordamos nossos entes queridos não como um esqueleto no cemitério, mas como
um ser humano vivo", acrescentou.
ORAÇÃO
Ó Deus,
concedei-nos, pelas preces de Santo Afonso Rodrigues, a quem destes perseverar
na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e
chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Que convosco vive e
reina. Amém!
Lucas
13,31-35
Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens! (Lc 19,38;2,14)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 31No mesmo dia chegaram alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: "Sai e vai-te daqui, porque Herodes te quer matar".
32Disse-lhes ele: "Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida.
33É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém.
34Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste!
35Eis que vos ficará deserta a vossa casa. Digo-vos, porém, que não me vereis até que venha o dia em que digais: 'Bendito o que vem em nome do Senhor!'"
Palavra da Salvação.
Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens! (Lc 19,38;2,14)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 31No mesmo dia chegaram alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: "Sai e vai-te daqui, porque Herodes te quer matar".
32Disse-lhes ele: "Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida.
33É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém.
34Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste!
35Eis que vos ficará deserta a vossa casa. Digo-vos, porém, que não me vereis até que venha o dia em que digais: 'Bendito o que vem em nome do Senhor!'"
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
A CORAGEM DO PROFETA
É admirável que os fariseus, adversários confessos de Jesus, tivessem se preocupado com a sua segurança. Aparentemente, talvez quisessem protegê-lo contra a violência de Herodes que, já tendo eliminado João Batista, talvez quisesse fazer o mesmo com Jesus.
O Mestre, porém, não se deixou convencer pela boa intenção deles e os tratou como se fossem mensageiros de Herodes. Por meio dos próprios fariseus, Jesus enviou uma mensagem para o representante do poder romano, a quem chamou de raposa, de forma a desmascarar-lhe a astúcia: seu projeto missionário não seria modificado por medo de ninguém; ele seguiria o caminho traçado pelo Pai e não admitiria interferências no seu processo de obediência à vontade dele.
A atitude corajosa de Jesus fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que não se deixavam demover por intimidação de espécie alguma. Uma vez conscientes de terem recebido de Deus uma missão, seguiam adiante, superando desprezos, perseguição, torturas e, até mesmo, a morte. A firmeza e a coragem dos profetas só encontram explicação na consciência que tinham de estarem a serviço de Deus.
Quanto a Jesus, nem o conselho hipócrita dos fariseus, nem as ameaças de Herodes haveriam de detê-lo no seu caminho. Todos eles desconheciam o quanto Jesus era fiel ao Pai.
É admirável que os fariseus, adversários confessos de Jesus, tivessem se preocupado com a sua segurança. Aparentemente, talvez quisessem protegê-lo contra a violência de Herodes que, já tendo eliminado João Batista, talvez quisesse fazer o mesmo com Jesus.
O Mestre, porém, não se deixou convencer pela boa intenção deles e os tratou como se fossem mensageiros de Herodes. Por meio dos próprios fariseus, Jesus enviou uma mensagem para o representante do poder romano, a quem chamou de raposa, de forma a desmascarar-lhe a astúcia: seu projeto missionário não seria modificado por medo de ninguém; ele seguiria o caminho traçado pelo Pai e não admitiria interferências no seu processo de obediência à vontade dele.
A atitude corajosa de Jesus fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que não se deixavam demover por intimidação de espécie alguma. Uma vez conscientes de terem recebido de Deus uma missão, seguiam adiante, superando desprezos, perseguição, torturas e, até mesmo, a morte. A firmeza e a coragem dos profetas só encontram explicação na consciência que tinham de estarem a serviço de Deus.
Quanto a Jesus, nem o conselho hipócrita dos fariseus, nem as ameaças de Herodes haveriam de detê-lo no seu caminho. Todos eles desconheciam o quanto Jesus era fiel ao Pai.
SANTO DO DIA
SANTO AFONSO RODRIGUES
Afonso Rodrigues nasceu na
Espanha, em 25 de julho de 1532. Pertencia a uma família profundamente cristã.
Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho
na fé. A primeira provação foi a morte do pai. Diante da ausência paterna,
Afonso assumiu os negócios da família.
Com 23 anos Afonso casou-se e o
seu matrimônio gerou dois filhos. Mas aí veio a segunda provação: sua esposa
adoeceu gravemente e faleceu. Em seguida seus filhos também faleceram. A perda
da família fez Afonso descuidar-se dos negócios.
Afonso entrou então numa profunda
crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou e meditou muito e resolveu
dedicar sua vida completamente ao serviço de Deus servindo os semelhantes.
Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571 e um noviciado de
sucesso, foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas
na ilha de Maiorca.
No colégio exerceu somente a
função simples e humilde de porteiro por quarenta e seis anos. Se materialmente
não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos
entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o
cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura.(Colaboração: Padre
Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO :A
Companhia de Jesus gerou missionários santos que deixaram a assinatura dos
jesuítas na história da evangelização e na história da humanidade. Figuras
ilustres que se destacaram pela relevância de suas obras de caridade em favor
das minorias pobres e marginalizadas, cujas contribuições ainda florescem no
mundo todo. Santo Afonso Rodrigues é um desses grandes homens.
TJL@
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