segunda-feira, 14 de outubro de 2019

BOM DIA EVANGELHO - 15 DE OUTUBRO DE 2019


BOM DIA EVANGELHO

15 DE OUTUBRO DE 2019
TERÇA-FEIRA | 28ª SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: BRANCA | ANO C
Multidão de fiéis em torno da imagem de Nossa Senhora, durante o Círio 2019 / Foto: Facebook Círio de Nazaré
Antes do início da procissão, às 5h30, o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello, presidiu a Missa, convidado pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira, o qual não pôde participar do Círio neste ano, pois está em Roma, participando do Sínodo da Amazônia, que acontece até 27 de outubro.
Em sua homilia, Dom Giovanni D’Aniello ressaltou que o Círio “é um momento de graça”, no qual os fiéis experimentam “a presença de Deus através de sua Mãe” e também “os permite viver juntos, caminhar juntos, estar juntos ao redor do que e mais importante em nossa vida, que é Cristo”.
“Maria caminha conosco, quer compartilhar as alegrias, os sofrimentos, as esperanças”, afirmou o Núncio, acrescentado que Nossa Senhora “é a Mãe do amor, é a Mãe de todos os que querem amar a Deus apesar de todos os limites, de todas as dificuldades”.
Nesse sentido, assinalou que “cada um de nós, hoje aqui presentes, quer manifestar este amor que temos por Maria e, nela e através dela, o amor que temos por Deus”.
“E, sabemos bem, não é suficiente somente uma romaria, mas essa romaria tem que ser todos os dias. Temos que exercitar o nosso amor todos os dias, porque Deus quer de nós que demos de volta aquele amor que Ele tem para conosco”, expressou.
Assim, continuou o Núncio, “hoje, nesta procissão que começamos, temos que assegurar a Deus que nossa vida vai ser conforme, o máximo possível, à vida de Maria, na simplicidade, na humildade, na oração. Queremos amar a Deus e amar a Deus no próximo, sobretudo naquelas pessoas que mais precisam de nós”.

ORAÇÃO:  Senhor Deus de bondade, ajudai-nos a repetir com Santa Teresa a oração que brota da relação amorosa com Deus e viver nossa vida como verdadeiros herdeiros do Reino de Deus. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Lc 11,37-41)
 Naquele tempo, enquanto Jesus estava falando, um fariseu o convidou para jantar em sua casa. Jesus foi e pôs-se à mesa. O fariseu ficou admirado ao ver que ele não tinha feito a lavação ritual antes da refeição. O Senhor disse-lhe: Vós, fariseus, limpais por fora o copo e a travessa, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai em esmola o que está dentro, e tudo ficará puro para vós. PALAVRA DE VIDA ETERNA.
«Antes, dai em esmola o que está dentro, e tudo ficará puro para vós»
Rev. D. Pedro IGLESIAS Martínez
(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje, o evangelista situa a Jesus num banquete: Um fariseu rogou-lhe que fora a comer com ele (Lc 11,37). A boas horas teve tal ocorrência! Que cara deveu pôr o anfitrião quando o convidado saltou a norma ritual de se lavar (que não era um preceito da Lei, senão da tradição dos antigos rabinos) e além disso lhes censurou categoricamente a ele e ao seu grupo social. O fariseu não acertou no dia e, o comportamento de Jesus, como dizemos hoje, não foi politicamente correto.
Os evangelhos mostram-nos que ao Senhor lhe importava pouco o que dirão e o politicamente correto; por isso, pese a quem pese, ambas coisas não devem ser norma de atuação de quem se considere cristão. Jesus condena claramente a atuação própria da dupla moral, a hipocrisia que procura conveniência ou o engano: Vós, fariseus, limpais por fora o copo e a travessa, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades (Lc 11,39). Como sempre, a Palavra de Deus nos interpela sobre usos e costumes de nossa vida quotidiana, na que acabamos convertendo em valores ciladas que tentam dissimular os pecados de soberbia, egoísmo e orgulho, numa tentativa de globalizar a moral no politicamente correto, para não destoar e não ficar marginados, sem que importe o preço a pagar, nem como enegreçamos nossa alma, pois, afinal de contas, todo mundo o faz.
Dizia São Basilio que de nada deve fugir o homem prudente tanto como de viver segundo a opinião dos demais. Se somos testemunhas de Cristo, temos de saber que a verdade sempre é e será verdade, ainda que chovam chuços. Esta é nossa missão no meio dos homens com quem compartilhamos a vida, tentando nos manter limpos segundo o modelo de homem que Deus nos revela em Cristo. A limpeza do espírito passa acima das formas sociais e, se em algum momento surge-nos a dúvida, lembre-se que os limpos de coração verão a Deus. Que a cada um escolha o objetivo de sua mirada para toda a eternidade.
SANTO DO DIA
SANTA TERESA D´ÁVILA
Nascida no dia 28 de março de 1515, foi educada com os irmãos dentro do exemplo e dos princípios cristãos. Seu amor ao Cristo a fez planejar fugir de casa aos sete anos, para entregar-se ao martírio. Na adolescência Teresa afastou-se um pouco da vida exemplar e apegou-se as vaidades humanas. Seu pai a conduziu então para estudar no colégio das agostinianas, mas uma grave doença a obrigou a voltar para casa.
Neste período, pela primeira vez, Teresa passou por experiências espirituais e com vinte anos, decidiu se tornar religiosa. Desta vez fugiu com sucesso para morar no Convento Carmelita de Ávila. Vivia atormentada por pensamentos e tentações. Após outro período de doença grave Teresa concluiu que era hora de converter-se de verdade e empregou todas as forças do coração em sua definitiva vivência da religião, tomando o nome de Teresa de Jesus.
Aos trinta e nove anos ocorreu sua plena conversão. Pequena e sempre adoentada, ninguém entendia como conseguia subir e descer montanhas para percorrer os conventos da Espanha. Em 1560 teve a inspiração de um novo Carmelo, onde se vivesse sob as regras originais. Dois anos depois fundou o primeiro convento das Carmelitas Descalças da Regra Primitiva, em Ávila.
Apesar de toda esta atividade, ainda encontrava espaço para transmitir ao mundo suas reflexões e experiências místicas. Registrou toda sua vida e espiritualidade mística em livros como: "O Caminho da Perfeição", "As Moradas", "A Autobiografia", e outros.
Doente, morreu no dia 04 de outubro de 1582, aos sessenta e sete anos. O Papa Paulo VI, em 1970, proclamou Santa Teresa D'Ávila, Doutora da Igreja, a primeira mulher a obter este título.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO:  Nada podemos saber, falar ou escutar da oração que não seja algo vivido ou experimentado. Em Teresa, mestra da oração, é estreita e forte a relação entre experiência e oração. Sua vida de oração foi determinada por grandes momentos: o encontro espontâneo com Deus, intercalando-se por um tempo de oração difícil e de relações tensas, e que se encerra em um encontro acalentador e plenificante.
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