BOM
DIA EVANGELHO
16 DE
OUTUBRO DE 2019
QUARTA-FEIRA | 28ª SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: VERDE | ANO C
Dom
Rafael Escudero López-Brea. Crédito: Daniel Ibáñez / ACI
Vaticano, 15 Out.
19 / 04:00 pm (ACI).- O Bispo Prelado de Moyobamba (Peru),
Dom Rafael Escudero López-Brea, lembrou que o essencial na Amazônia é o anúncio
explícito de Jesus Cristo, para que os povos e culturas da região sejam
impregnados da salvação que vem de Deus.
“A proposta que fiz
no Sínodo é de profunda evangelização, de um anúncio explícito de Jesus Cristo,
filho de Deus, nosso Salvador, através da pregação, do ensino e da caridade,
para que os povos e as culturas sejam impregnados da salvação, que nos vem de
Jesus Cristo”, disse o Prelado na coletiva de imprensa realizada nesta
terça-feira, 15 de outubro, na Sala Stampa do Vaticano.
Desse modo,
continuou o Prelado de origem espanhola, haverá um “povo evangelizado, qualquer
que seja a cultura”, da qual possam surgir “carismas para os ministérios
ordenados: presbíteros, diáconos assim como para os ministérios não ordenados e
serviços na Igreja".
O Bispo também
enfatizou que, “graças a Deus, pelo que escuto no Sínodo, nossos leigos e
leigas estão muito comprometidos nos serviços eclesiais e na pregação da
palavra, dos leitores, ministros da comunhão e tudo isso é um motivo de
esperança e agradecimento a Deus”.
Depois de
compartilhar que é a primeira vez que participa de um Sínodo e que este é um
espaço para “caminhar juntos”, Dom Escudero se referiu ao tema do rosto
amazônico da Igreja.
“No Sínodo, fala-se
muito do rosto amazônico da Igreja e, nesse sentido, estão surgindo propostas
para que sejam as próprias dioceses, que estão mais organizadas e contam com
mais sacerdotes, as que comecem a cuidar dos vicariatos e prelaturas,
precisamente para que toda a atividade evangelizadora que se fez da Europa ou
Estados Unidos, vá progredindo, para que a Igreja na Amazônia vá tendo um rosto
próprio: bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas,
que já está acontecendo, não é que não tenha nada”, explicou.
“Como dizia o Papa
João Paulo II, estamos nos começos. Já está acontecendo, temos a esperança de
que as igrejas que têm bispos europeus como nós, tenham depois bispos
próprios”, continuou.
Sobre a possibilidade
da criação de um rito indígena ou amazônico, o Prelado de Moyobamba indicou que
“o Sínodo está falando da inculturação da liturgia, não está pedindo um rito
litúrgico diferente ao que a Igreja tem, mas que a Igreja recebeu do Senhor e
dos apóstolos a Eucaristia, o essencial, e depois ao longo da
história, este núcleo foi se desenvolvendo com o que se chama em liturgia de
ritos complementares”.
“Quando se fala
sobre essa possibilidade, fala-se em introduzir na celebração da Eucaristia
alguns ritos que não afetem a celebração, porque, caso contrário, estaríamos
estragando o sacramento, mas sim se pode enriquecer com ritos ou símbolos,
também com alguns ornamentos, para que os povos amazônicos possam celebrar a
santa Eucaristia com suas próprias peculiaridades”, ressaltou.
Sobre este assunto,
o Vigário Apostólico de Pando (Bolívia), Dom Eugenio Coter, comentou alguns
elementos que têm a ver, por exemplo, com o uso de incenso.
“Nós, na liturgia
latina, usamos o incenso em uma solenidade, que é um sinal da presença de Deus.
A palavra e as pessoas são incensadas porque são imagens de Deus. Em algumas culturas, o
incenso não significa isso, mas a expressão de subir ao céu. Quem faz a oração
coloca o incenso e mostra que esta oração vai ao céu”, indicou.
O Vigário disse
ainda que é possível que mais adiante, no Sínodo, sejam criadas “comissões para
criar um método e dar um rosto amazônico à liturgia, o que será feito
reconhecendo a cultura local de cada grupo étnico, prestando atenção que a
palavra de Deus e outros elementos não mudam”.
Esses elementos,
concluiu, "são elementos estruturais que não foram alterados em 2 mil anos
e que serão mantidos, e há outros que poderão ser estudados e aprofundados de
maneira que falem ao povo”.
ORAÇÃO : Senhor Jesus Cristo, que revelastes maravilhosamente as insondáveis
riquezas de vosso Coração à Virgem Santa Margarida Maria, concedei-nos pelos
seus merecimentos e à sua imitação que, amando-vos em tudo e sobre todas as
coisas, mereçamos ter perpétua morada no vosso mesmo Coração, Vós que viveis e
reinais pelos séculos dos séculos. Amém.
Evangelho
(Lc 11,42-46)
Naquele tempo, o Senhor disse: «Ai de vós,
fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras
ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Isto é que deveríeis
praticar, sem negligenciar aquilo. Ai de vós, fariseus, porque gostais do
primeiro assento nas sinagogas e de serdes cumprimentados nas praças. Ai de
vós, porque sois como túmulos que não se vêem, sobre os quais as pessoas andam
sem saber». Um doutor da Lei tomou a palavra e disse: «Mestre, falando assim,
insultas também a nós!». Jesus respondeu: «Ai de vós igualmente, doutores da
Lei, porque carregais as pessoas com fardos insuportáveis, e vós mesmos, nem
com um só dedo, não tocais nesses fardos!».
PALAVRA
DE VIDA ETERNA.
«Isto é que deveríeis
praticar, sem negligenciar aquilo»
+ Rev. D. Joaquim FONT i Gassol
(Igualada, Barcelona, Espanha)
(Igualada, Barcelona, Espanha)
Hoje o Divino Mestre dá-nos algumas lições: entre
elas, fala-nos dos dízimos e também da coerência que devem ter os educadores
(pais, mestres e todo cristão apóstolo). No Evangelho segundo São Lucas da
Missa de hoje, o ensino aparece de maneira mais sintética, mas nas passagens
paralelas de Mateus (23,1ss.) é bastante extenso e concreto. Todo o pensamento
do Senhor conclui em que a alma de nossa atividade deve de ser a justiça, a
caridade, a misericórdia e a fidelidade (cf. Lc 11,42).
Os dízimos no Antigo Testamento e nossa atual colaboração com a Igreja, segundo as leis e os costumes, vão na mesma linha. Mas dando o valor da lei obrigatória às pequenas coisas—como o faziam os Mestres da Lei— é exagerado e fadigoso: «Ai de vós igualmente, doutores da Lei, porque carregais as pessoas com fardos insuportáveis, e vós mesmos, nem com um só dedo, não tocais nesses fardos!» (Lc 11,46).
É verdade que as pessoas que afinam tem delicadezas de generosidade. Tivemos vivências recentes de pessoas que da colheita trazem para a Igreja —para o culto e para os pobres— 10% (o dízimo); outros que reservam a primeira flor (as primícias), o melhor fruto do seu horto; ou também oferecem a mesma quantia que gastaram na viagem de lazer ou de férias; outros trazem o produto preferido do seu trabalho, tudo isso com o mesmo fim. Adivinha-se ai assimilado, o espírito do Santo Evangelho. O amor é engenhoso; das coisas pequenas obtém alegrias e méritos perante Deus.
O bom pastor passa na frente do rebanho. Os bons pais são modelo: o exemplo arrasta. Os bons educadores esforçam-se em viver as virtudes que ensinam. Isso é a coerência. Não só com um dedo, senão com a mão toda: Vida de Sacrário, devoção à Virgem, pequenos serviços no lar, difundir bom humor cristão... «As almas grandes dão-se conta das pequenas coisas» (São Josemaria).
Os dízimos no Antigo Testamento e nossa atual colaboração com a Igreja, segundo as leis e os costumes, vão na mesma linha. Mas dando o valor da lei obrigatória às pequenas coisas—como o faziam os Mestres da Lei— é exagerado e fadigoso: «Ai de vós igualmente, doutores da Lei, porque carregais as pessoas com fardos insuportáveis, e vós mesmos, nem com um só dedo, não tocais nesses fardos!» (Lc 11,46).
É verdade que as pessoas que afinam tem delicadezas de generosidade. Tivemos vivências recentes de pessoas que da colheita trazem para a Igreja —para o culto e para os pobres— 10% (o dízimo); outros que reservam a primeira flor (as primícias), o melhor fruto do seu horto; ou também oferecem a mesma quantia que gastaram na viagem de lazer ou de férias; outros trazem o produto preferido do seu trabalho, tudo isso com o mesmo fim. Adivinha-se ai assimilado, o espírito do Santo Evangelho. O amor é engenhoso; das coisas pequenas obtém alegrias e méritos perante Deus.
O bom pastor passa na frente do rebanho. Os bons pais são modelo: o exemplo arrasta. Os bons educadores esforçam-se em viver as virtudes que ensinam. Isso é a coerência. Não só com um dedo, senão com a mão toda: Vida de Sacrário, devoção à Virgem, pequenos serviços no lar, difundir bom humor cristão... «As almas grandes dão-se conta das pequenas coisas» (São Josemaria).
SANTO DO DIA
SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE
Margarida Maria nasceu em 22 de julho de 1647, na modesta família
Alacoque. Teve uma infância e uma juventude conturbadas. Enfrentou uma grave
doença que a manteve acamada por longo período. Como nada na medicina curava o
sua mal, Margarida, então, prometeu a Nossa Senhora, entregar todos os seus
dias a serviço de Deus, caso recuperasse a saúde. Para sua própria surpresa,
logo retornou à sua vida normal.
Assim, aos vinte e quatro anos de idade, entrou para a Ordem da
Visitação, fundada por São Francisco de Sales. Viveu tempos de iluminação e
sofrimento, dialogando com o próprio Cristo, que lhe falava sobre o amor e
devoção à Eucaristia e ao Sagrado Coração. As visões e mensagens de Margarida
Maria apontavam para o Deus do amor e da salvação.
Margarida sofreu a crítica dos religiosos de sua época, que não
aceitavam suas experiências místicas. Coube ao padre jesuíta Cláudio de La
Colombière esclarecer a veracidade das intenções de Margarida. Aos poucos o
culto ao Sagrado Coração de Jesus começou a ser difundido também entre os
fiéis. E foi assim que, depois de algum tempo, esta mensagem estava espalhada
por todo o mundo católico. Margarida Maria faleceu com apenas quarenta e três
anos de idade.(Colaboração: Padre
Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Esta santa recebeu a missão de
espalhar pelo mundo a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, ofendido pela
ingratidão dos homens, que destruía a noção da misericórdia de Deus. Foi
incompreendida e perseguida, tachada de visionária, histérica e alucinada, mas
finalmente a força da fé venceu e a mensagem de Margarida
Maria resplendece hoje no mundo.
TJL# - ACIDIGITAL.COM – A12.COM – EVANGELI.NET
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