segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

BOM DIA EVANGELHO - 14. DEZEMBRO. 021

 

BOM DIA EVANGELHO


14 DE DEZEMBRO DE 2021-Terça-feira da 3ª semana do Advento

Relíquia da tilma da Virgem de Guadalupe na capela da Catedral de Los Angeles, Estados Unidos. Fotos: Cortesia da Arquidiocese de Los Angeles. REDAÇÃO CENTRAL, 11 dez. 21 / 06:00 am (ACI).- A imagem original da Virgem de Guadalupe, aparecida milagrosamente na tilma do indígena são Juan Diego em 12 de dezembro de 1531, é conservada atualmente em seu santuário na Cidade do México; mas, muitos não sabem que um pequeno fragmento se encontra fora do país há quase 80 anos. Trata-se de um pequeno corte de meia polegada feito na tilma e está em uma capela dentro da catedral de Los Angeles, nos Estados Unidos, que foi dedicada em 2012 pelo atual arcebispo de Los Angeles, dom José Gomez. O fragmento da tilma é conservado dentro de um relicário de ouro, incrustrado no coração de uma escultura de são Juan Diego. A relíquia foi presenteada em 1941 pelo então arcebispo do México, dom Luis Maria Martínez y Rodríguez, ao então arcebispo de Los Angeles, dom John Joseph Cantwell, depois que este último conduziu uma numerosa peregrinação à Basílica de Guadalupe, na capital mexicana. Dom Cantwell ajudou muito os católicos mexicanos durante a guerra cristera e a perseguição religiosa por parte do governo do México, durante as primeiras décadas do século XX, chegando a acolher em sua arquidiocese sacerdotes que escapavam do país para sobreviver. A Virgem de Guadalupe apareceu ao indígena são Juan Diego entre 9 e 12 de dezembro de 1531 e lhe pediu que intercedesse ao primeiro bispo do México, o franciscano frei Juan de Zumárraga, para que construíssem um templo na planície aos pés da colina do Tepeyac. Como prova da veracidade da aparição, a Virgem Maria encarregou o indígena a levar as flores de uma roseira aparecida milagrosamente no árido Tepeyac. Quando são Juan Diego apresentou as flores ao bispo, sua tilma, o tecido na qual as levava, ficou impregnada com a imagem da Virgem de Guadalupe. A imagem da Virgem, repleta de simbolismo que podia ser lido pelos indígenas mexicanos, impulsionou a evangelização do México, facilitando nos anos seguintes milhões de conversões. São Juan Diego foi canonizado em julho de 2002, por são João Paulo II.

Confira também: Esculturas da Virgem de Guadalupe e São Juan Diego vão do México ao Monte Tabor https://t.co/BC8J0QxmeM - — ACI Digital (@acidigital) June 30, 2019 - Etiquetas: Estados UnidosMéxicoVirgem de GuadaluperelíquiasNossa Senhora de GuadalupeIgreja nos Estados UnidosIgreja no MéxicoSão Juan DiegoLos Angelesrelíquia

Oração: Senhor, Nosso Deus, que inspirastes a São João da Cruz extraordinário amor à Cruz e perfeita abnegação de si mesmo, concedei que, imitando o seu exemplo, cheguemos à contemplação eterna da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Evangelho (Mt 21,28-32): 

Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam: “O primeiro.” Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Pois João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes, para crer nele».

«‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi?» - Rev. D. Jordi POU i Sabater(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)

Hoje contemplamos o pai que tem dois filhos e diz ao primeiro: «Filho, vai trabalhar hoje na vinha» (Mt 21,28). O filho respondeu: «‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi» (Mt 21,29). Ao segundo lhe disse o mesmo. Este respondeu: «Sim, senhor, eu vou»; mas não foi... (cf. Mt 21,30). O importante não é dizer “sim”, mas “fazer”. Há um dito que afirma «obras são amores e não boas razões».
Em outro momento, Jesus dará a doutrina que ensina esta parábola: «Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus». (Mt 7,21). Como escreveu Santo Agostinho, «Existem duas vontades: a tua vontade deve ser corrigida para se identificar com a vontade de Deus; e não torcida a de Deus para se acomodar à tua». Na língua catalã se diz que um menino “creu” (“crê”), quando ele obedece: crê!, quer dizer, identificamos a obediência com a Fé, com a confiança naquilo que nos dizem.
Obediência vem de “ob-audire”: escutar com grande atenção. Manifesta-se na oração, em não nos fazer-nos de surdos à voz do Amor. «Os homens tendemos a nos “defender”, a nos apegar ao nosso egoísmo. Deus exige que, ao obedecer, ponhamos em exercício a Fé. As vezes o Senhor sugere seu querer em voz baixa, lá no fundo da consciência: e é necessário estarmos atentos, para distinguir essa voz e ser-lhe fiel» (São Josemaría Escrivá). Cumprir a vontade de Deus é ser santo; obedecer não é ser uma simples marionete nas mãos dos outros, mas interiorizar o que se deve cumprir: e, assim, fazê-lo porque “tenho vontade”.
Nossa Mãe a Virgem, mestra na “obediência da Fé”, nos ensinará a forma de aprender a obedecer a vontade do Pai.

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Quando o pecado está no homem, este já não pode contemplar a Deus. Mas podes sarar, se quiseres. A fé e o temor de Deus devem ter a absoluta preferência do teu coração» (São Teófilo de Antioquia) «Quando nós sejamos capazes de dizer ao Senhor: — ‘Senhor, estes são os meus pecados, não os de este ou os de aquele... ¡são meus! Tomai os meus pecados’, então seremos esse belo povo que confia no nome do Senhor» (Francisco) «Jesus escandalizou os fariseus por comer com os publicanos e os pecadores (394) tão familiarmente como com eles (395). Contra aqueles ‘que se consideravam justos e desprezavam os demais’ (Lc 18, 9) (396) Jesus afirmou: ‘Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam’ (Lc 5, 32). E foi mais longe, afirmando, diante dos fariseus, que, sendo o pecado universal (397), cegam-se a si próprios (398) aqueles que pretendem não precisar de salvação» (Catecismo da Igreja Católica, nº 588)

Santo do Dia: São João da Cruz

João nasceu na Espanha em 1542. Ainda na infância, ficou órfão de pai. Sua mãe mudou-se então para Medina, onde João trabalhava num hospital de dia e estudava gramática a noite.
Ainda jovem sentiu-se atraído pela vida religiosa e tornou-se carmelita, indo estudar em Salamanca. Mesmo dedicando-se totalmente aos estudos, encontrava tempo para visitar doentes em hospitais ou em suas casas, prestando serviço como enfermeiro.
Ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos. Foi então que a futura Santa Tereza de Ávila cruzou seu caminho. Com autorização para promover, na Espanha, a fundação de conventos reformados, ela atraiu João da Cruz para esse trabalho. Com isso ele passou a trabalhar na reforma do Carmelo, recuperando os princípios e a disciplina.
Os escritos sobre sua vida dão conta de que abraçou a cruz dos sofrimentos e contrariedades. Conta-se que ele pedia insistentemente três coisas a Deus. Primeiro, dar-lhe forças para trabalhar e sofrer muito. Segundo, não deixá-lo sair desse mundo como superior de uma Ordem ou comunidade. Terceiro, e mais surpreendente, que o deixasse morrer desprezado e humilhado pelos homens.
Faleceu após uma penosa doença, em 14 de dezembro de 1591, com apenas quarenta e nove anos de idade, na Espanha.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A doutrina de João da Cruz é plenamente fiel à antiga tradição: o objetivo do homem na terra é alcançar "Perfeição da Caridade e elevar-se à dignidade de filho de Deus pelo amor"; a contemplação não é um fim em si mesma, mas deve conduzir ao amor e à união com Deus pelo amor.

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