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ilustrativa. Crédito: Aaron Burden / Unsplash. REDAÇÃO
CENTRAL, 22 dez. 21 / 07:00 am (ACI).- O arcebispo emérito
de La Plata (Argentina), dom Héctor Aguer, explicou a importância das quatro
Missas celebradas no Natal,
desde a vigília até a que corresponde propriamente ao dia. Refletindo sobre
isso no programa “Chaves para um Mundo Melhor”, em 21 de dezembro de 2019, no
Canal 9, dom Aguer destacou “o valor litúrgico do Natal”. “As grandes
solenidades são marcadas, precisamente, pela liturgia que a Igreja compôs para
celebrá-las. Para o Natal, há quatro Missas e em todas elas o mistério do Natal
é apresentado de diferentes ângulos e usando diferentes textos bíblicos”,
disse. O arcebispo afirmou
que “primeiro há a Missa da
Vigília ou das Vésperas que se celebra na tarde anterior, na tarde de 24 de
dezembro, onde encontramos as profecias e já encontramos o Natal”. “Depois temos a
Missa da Noite ou da Meia-Noite que, na realidade, deveria ser às zero horas,
mas, por diferentes razões, foi sendo adiantada e acabamos às 19h e não é a
mesma coisa”. “A Missa da Noite
deve ser à noite e a liturgia exige que pelo menos seja rezada quando o sol já
tenha se posto”, acrescentou. Dom Aguer disse
entender "que hoje, com esses problemas de insegurança e outros, as
pessoas não queiram sair à noite na rua, mas é verdade que nesse dia também vão
festejar com seus familiares ou amigos”. “A Missa da
meia-noite é preciosa porque aí se concentra no momento do Nascimento, o
momento em que a Virgem Maria,
de maneira tão misteriosa e silenciosa, dá à luz virginalmente ao Salvador”,
disse. O arcebispo contou
que “há uma terceira Missa que é a do Alvorecer que deveria ser às 6h ou 7h do
dia 25. Embora o alvorecer para muitas pessoas seja às 11h o que de algum modo
pode ser explicado ou justificado”. “Nesta Missa o que
se venera é a adoração dos pastores que são os primeiros que vão, os primeiros
que ficam sabendo desta grande notícia porque o Menino nasce, o Anjo avisa aos
pastores e estes saem e vão ao presépio”. “Nós também podemos
pedir que o Senhor nos conceda também uma alma simples como a dos pastores de
Belém, para que também nós tenhamos aquele impulso e aquela vontade de ir ao
seu encontro, de ir adorá-lo, de ir beijar seus pés”, encorajou. A quarta missa “é a
missa do dia ou as missas do resto do dia, que é uma missa teológica, podemos
dizer, porque aí o Evangelho é o prólogo do Evangelho de São João: ‘No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus’”. "Isso consta
no versículo 1 e depois o versículo 14 acrescenta: ‘E o Verbo se fez carne e
habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu
Pai, cheio de graça e de verdade’", disse. Por isso, sublinhou
dom Aguer, “nestas 4 Missas temos todo o Mistério do Natal enfocado com uma
riqueza extraordinária. Se vocês tiverem um missal, leiam os textos e não só os
textos bíblicos, mas também as orações, porque elas são adequadas ao momento e
ao que esse momento quer nos indicar a respeito de todo o mistério do Natal”. O arcebispo emérito
de La Plata sublinhou que a celebração familiar “não deve ser sobreposta à
celebração real, que é a celebração religiosa do Natal. Muitas pessoas celebram
o Natal e não sabem muito bem o que celebram, porque se encontram, porque
brindam ou porque também se embriagam”. “Além disso, é bom
poder comemorar bem com boa comida e um bom brinde, mas levando em consideração
o porquê o fazemos”, disse. O bispo argentino
exortou que “em qualquer reunião familiar não tenham vergonha e animem-se a
dizer que vão brindar para dar graças a Deus porque nos enviou o Salvador e
assim podemos desejar como eu lhes desejo um Feliz Natal”. Confira também: 8 respostas às
perguntas mais comuns das crianças no Natal https://t.co/nk19VN1yUN — ACI Digital (@acidigital) December 22, 2020 Etiquetas: Natal, Arcebispo, missas, Missa do Galo, Missa de Natal
Oração: Senhor,
pelos méritos de São João Câncio, eu vos peço o mais precioso dos dons, o da
caridade. Fazei-me amável, tolerante, solícito, gentil e que todas as minhas
atividades sejam baseadas no amor que Cristo nos ensinou. Amém.
Evangelho (Lc 1,57-66):
Quando
se completou o tempo da gravidez, Isabel deu à luz um filho. Os vizinhos e os
parentes ouviram quanta misericórdia o Senhor lhe tinha demonstrado, e
alegravam-se com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam
dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe, porém, disse: «Não. Ele vai se
chamar João». Disseram-lhe: «Ninguém entre os teus parentes é chamado com este
nome!» Por meio de sinais, então, perguntaram ao pai como ele queria que o
menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha e escreveu: «João é o seu
nome!» E todos ficaram admirados. No mesmo instante, sua boca se abriu, a
língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos se encheram
de temor, e a notícia se espalhou por toda a região montanhosa da Judéia. Todos
os que ouviram a notícia ficavam pensando: «Que vai ser este menino?» De fato,
a mão do Senhor estava com ele.
«Que vai ser este menino? De fato, a mão do Senhor estava com ele» - Rev. D. Miquel MASATS i Roca(Girona, Espanha)
Hoje, na primeira leitura
lemos: «Isto diz o Senhor: ‘Eis que estou enviando o meu mensageiro para
preparar o caminho à minha frente’» (Mal 3,1). A profecia de Malaquias
cumpre-se em João Batista. É um dos principais personagens da liturgia do
Advento, que nos convida a prepararmo-nos com oração e penitência para a vinda
do Senhor. Tal como reza a oração da coleta da missa de hoje: «Concede aos teus
servos, que reconhecemos a proximidade do Nascimento de teu Filho, experimentar
a misericórdia do Verbo que se dignou encarnar da Virgem Maria e habitar entre
nós».
O nascimento de Precursor fala-nos da proximidade do Natal. O Senhor está
próximo!; preparemo-nos! Questionado pelos sacerdotes vindos de Jerusalém sobre
quem era, ele respondeu:«“Eu sou a voz de quem grita no deserto: ‘Endireitai o
caminho para o Senhor! ’”» (Jo 1,23).
«Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu
entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo» (Ap
3,20), lê-se na antífona da comunhão. Devemos fazer exame e analisar como nos
estamos preparando para receber a Jesus no dia de Natal: Deus quer nascer
principalmente nos nossos corações.
A vida do Precursor ensina-nos as virtudes que necessitamos para receber com
proveito a Jesus; fundamentalmente, a humildade de coração. Ele reconhece-se
instrumento de Deus para cumprir a sua vocação, a sua missão. Como diz Santo
Ambrósio: «Não te glories por te chamarem filho de Deus —reconheçamos a graça
sem esquecer a nossa natureza—; não te envaideças se serviste bem, porque
apenas cumpriste aquilo que tinhas a fazer. O sol faz o seu trabalho a lua
obedece; os anjos cumprem a sua missão. O instrumento escolhido pelo Senhor
para os gentios diz: ‘Eu não mereço o nome de apóstolo, pois eu persegui a Igreja
de Deus’ (1Cor 15,9)».
Busquemos tão só a glória de Deus. A virtude da humildade nos disporá a
preparar-nos devidamente para as festas que se aproximam.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Isabel
sentiu a proximidade de Maria, João a proximidade do Senhor; a mulher ouviu a
saudação da mulher, o filho sentiu a presença do Filho, elas proclamam a graça,
eles logram que suas madres se aproveitem de este dom» (Santo Ambrósio) « João
anunciará a alguém Maior que ia de vir depois de ele. Tem sido enviado para
preparar o caminho a esse misterioso Outro; toda sua missão está orientada a
Ele: se anunciava algo realmente grande» (Bento XVI) «João é “mais do que um
profeta” (Lc,26). Nele, o Espírito Santo conclui a tarefa de “falar pelos
profetas”. João encerra um ciclo dos profetas inaugurado por Elias. Anuncia a
iminência da consolação de Israel, é a “voz” do Consolador que vem (Jn 1,23).
Como fará o Espírito de verdade, “ele veio como testemunha, a fim de dar
testemunho da luz” (Jn 1,7). Aos olhos de João Espírito realiza, assim, as
“pesquisas dos profetas” e o desejo dos anjos» (Catecismo da Igreja Católica,
n° 719)
Santo do Dia: São João Câncio
João
Câncio era polonês, nasceu em 23 de junho 1390, no povoado de Kenty. Conquistou
todos os graus acadêmicos e lecionou em sua principal universidade até à morte.
Também foi sacerdote zeloso e fiel aos ensinamentos de Cristo.
Mas a grande preocupação de seu magistério era transmitir aos alunos os
conhecimentos "não à luz de uma ciência fria e anônima, mas como
irradiação da ciência suprema que tem sua fonte em Deus".
Mesmo depois de ordenar-se sacerdote continuou a cultivar a ciência. Homem de
profunda vida interior jejuava e penitenciava-se semanalmente, ao mesmo tempo
que espalhava o amor pelo próximo entre os estudantes e os pobres da cidade.
Foi um homem humilde e totalmente disponível ao serviço dos irmãos.
Distinguiu-se sobretudo por sua caridade e humildade. Tinha um cuidado especial
para com os pobres, enfermos e órfãos, oferecendo tudo o que possuía e
atestando ser esta uma das armas mais preciosas dos cristãos.
Faleceu às vésperas do Natal, em 24 de dezembro 1473.(Colaboração: Padre Evaldo César
de Souza, CSsR)
Reflexão: Na hora
de sua morte João Câncio exortou: " Vigiai atentamente a doutrina e
combatei toda opinião contrária à verdade: mas revesti-vos neste combate das
armas da PACIÊNCIA, da DOÇURA e da CARIDADE, recordando que a violência, além
do dano que faz às nossas almas, prejudica as melhores causas”.
TJL- A12.COM – EVANGELI.NET
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