Imagem ilustrativa / Crédito: Pixabay PIURA, 01 dez. 21 / 10:13 am (ACI).- O arcebispo de Piura e Tumbes, Peru, dom José Antonio Eguren, encorajou os fiéis a, sustentados na oração, vencer três tentações do mundo que afastam do verdadeiro sentido do Advento, o tempo de preparação para o Natal. Em sua homilia de 28 de novembro, o arcebispo disse que “o tempo do Advento nos coloca em atitude de expectativa diante do bem eterno que os cristãos desejamos: a vinda de Cristo”. No Advento, que começou no domingo, há “uma expectativa tripla: em primeiro lugar, uma expectativa de celebrar o Natal e, com ele, comemorar na fé e na liturgia a primeira vinda do Senhor no mistério da sua Encarnação-Nascimento”. Em segundo lugar, dom Eguren recomendou “atenção e vigilância para acolher constantemente ao Senhor”, porque Ele “está conosco todos os dias até o fim do mundo”. O Senhor Jesus “vem a nossas vidas continuamente de múltiplas maneiras, mas sobretudo no mistério da Eucaristia, onde sua presença é real por antonomásia, porque é substancial, já que pelo mistério eucarístico se faz presente Cristo, Deus e homem, inteiro e íntegro nas espécies eucarísticas”. Em terceiro lugar, “a expectativa frente à qual será a última e definitiva vinda do Senhor no final dos tempos”. O arcebispo destacou que, no Evangelho do primeiro domingo do Advento, “Jesus enumera três coisas que podem nos distrair da espera vigilante que devemos ter frente ao seu retorno iminente, tornando o nosso coração pesado, isto é, tornando-o insensível à sua vinda amorosa. Estas são: a libertinagem, a embriaguez e as preocupações da vida”. O bispo peruano destacou que “quem vive na libertinagem, isto é, na dissolução dos costumes e na promiscuidade sexual, quem vive alienado pelo álcool ou pelas drogas, e quem vive preocupado apenas em cobiçar e obter cada vez mais bens perecíveis, seduzido pelo individualismo consumista dos negócios deste mundo, está indubitavelmente distraído, não vive à espera do Senhor, tem o coração pesado para as coisas de Deus e não se preocupa com a sua salvação eterna”. “Devemos estar vigilantes em todos os momentos, sempre atentos e vigilantes, isto é, limpos do pecado, com o coração convertido e na graça de Deus, e transbordando de obras de caridade e misericórdia, as quais serão as que finalmente abrirão as portas do Céu para nós”. Para superar as distrações e centrar no verdadeiro sentido do Advento, está a “oração, que é a atitude própria do Advento. Embora o Advento também seja um tempo de penitência e sobriedade no uso dos bens deste mundo, por isso a cor roxa das vestimentas, é sobretudo um tempo de oração no qual constantemente devemos rezar dizendo: ‘Vem, Senhor Jesus!’”. “A oração contínua e permanente é a melhor disposição espiritual que um discípulo de Jesus pode ter perante o mistério da vinda do seu Senhor, porque a oração é abertura, é busca, é, em última análise, sair ao encontro de Cristo que vem”. O arcebispo disse que “as mais diversas ocupações podem e devem ser ocasiões para rezar, encontrar Deus, adorá-lo, servi-lo e amá-lo”. “O Advento nos convida a um esforço de vigilância, olhando para além de nós mesmos, aumentando nossas mentes e nossos corações para nos abrirmos ao amor de Deus e às necessidades de nossos irmãos, e ao anseio por um mundo novo, mais justo e reconciliado”. “A Virgem Maria, que nos traz Jesus, a mulher da espera e da oração, da abertura e do amor feito entrega generosa, nos ajudará a fortalecer nossa esperança nas promessas de seu Filho Jesus, para que possamos experimentar que, nas provações da história, Deus permanece fiel e que nunca nos abandona e vem até nós”, concluiu dom Eguren.
Evangelho (Mt 7,21.24-27):
Naquele
tempo, Jesus disse aos discípulos: «Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor!
Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade
de meu Pai que está nos céus. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as
põe em prática é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa
não desabou, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve
estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que
construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos
sopraram e deram contra a casa, e ela desabou, e grande foi a sua ruína!».
«Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor! ’, entrará no Reino
dos Céus» - Abbé Jean-Charles TISSOT(Freiburg,
Sua)
Hoje, o Senhor pronuncia
estas palavras no final do Seu “Sermão da Montanha”, no qual dá um sentido novo
e mais profundo aos Preceitos do Antigo Testamento, a “palavra” de Deus aos
homens. Manifesta-se como Filho de Deus, e como tal pede-nos que recebamos o
que nos diz como palavras de suma importância; palavras de vida eterna que
devem ser postas em prática, e não são só para serem ouvidas, mas sem
implicação pessoal – com o risco de serem esquecidas ou de nos contentarmos em
admirá-las ou em admirar o seu autor.
«Construir uma casa sobre a areia» (cf. Mt 7,26) é uma imagem para descrever um
comportamento insensato, que não leva a nenhum resultado e acaba no fracasso de
uma vida, depois de um esforço longo e penoso para construir algo. “Bene
curris, sed extra viam”, dizia Sto. Agostinho: corres bem, mas fora do trajecto
aprovado, podemos traduzir assim. Que pena só chegar até aí: o momento da
prova, das tempestades e das inundações que a nossa vida necessariamente contém!
O Senhor quer ensinar-nos a usar um fundamento sólido, cujo crescimento deriva
do esforço para pôr em prática os seus ensinamentos, vivendo-os dia a dia no
meio dos pequenos problemas que Ele tratará de resolver. A nossa resolução
diária de viver os ensinamentos de Cristo deve terminar em propósitos
concretos, se não definitivos, mas dos quais possamos tirar alegria e
reconhecimento na hora do nosso exame de consciência, à noite. A alegria de ter
conseguido uma pequena vitória sobre nós próprios é uma preparação para outras
batalhas, e – com a graça de Deus – não nos faltará a força para perseverar até
ao fim.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Permanecei vigilantes porque, quando a alma está
dominada por um pesado torpor, é o inimigo que a domina e a conduz, mesmo
contra a sua vontade. Por isso, o Senhor recomendou ao homem a vigilância tanto
da alma como do corpo» (Santo Efrém) «O Evangelho de hoje (Mt 7,21ss) trata de
uma equação matemática: Eu conheço a Palavra e a coloco em prática. Eu sou
construído sobre a rocha. Agora, como faço para colocar a palavra em prática? É
mesmo como construir uma casa na rocha, onde a imagem da pedra refere-se ao
Senhor» (Francisco) «A oração de fé não consiste somente em dizer «Senhor,
Senhor!», mas em preparar o coração para fazer a vontade do Pai (Mt 7,21).
Jesus exorta os seus discípulos a levar para a oração esta solicitude em
cooperar com o desígnio de Deus (cf. Mt 9,38)» (Catecismo da Igreja
Católica,2.611)
Era ano de 361. O imperador Juliano, que havia
renegado a religião começa uma perseguição implacável aos cristãos. Começou
substituindo todos os cristãos que ocupavam empregos civis por pagãos, e quando
a situação agravou-se, passou a torturar e matar os fiéis.
A família de Bibiana foi toda executada. Seu pai recebeu uma marca de escravo
na testa e sua mãe foi decapitada. Suas irmãs, levadas a prisão foram
violentadas.
Por último foi o martírio de Bibiana. Foi levada a um bordel de luxo para
abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam se
aproveitar de sua beleza, pois a um simples toque, eram tomados por um surto de
loucura. Bibiana então foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o
inverso, os doentes eram curados.
Diante destes prodígios, o imperador exigiu sua morte, e ela foi chicoteada até
falecer. Seu corpo foi jogado aos cães selvagens, mas estes não tocaram no
corpo. Finalmente alguns cristãos buscaram o corpo e deram digna sepultura.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Santa Bibiana passou a ser invocada contra os males
de cabeça, as doenças mentais e a epilepsia. O seu túmulo tornou-se meta de
peregrinação. A veneração era tão intensa que o Papa Simplício, mandou
construir sob sua sepultura uma pequena igreja dedicada à ela, no ano 407. Além
de ser uma das padroeiras da belíssima cidade de Sevilha, na Espanha, Santa
Bibiana é também protege a diocese de Los Angeles, nos Estados Unidos.
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