Papa recebe membros da Comissão Metodista-Católica
Romana
A delegação da MERCIC encontrou Francisco na manhã desta
quarta-feira (5). Eles participam da XII Série de Encontros de Diálogo
Teológico no Departamento Ecumênico Metodista de Roma (MEOR), com sede junto à
Igreja de Ponte Sant'Angelo, até o próximo sábado (8).(Andressa
Collet - Vatican News)
Na manhã
desta quarta-feira (5), antes da Audiência Geral, o Papa Francisco recebeu os
membros da Comissão Metodista-Católica Romana (MERCIC)
com os seus copresidentes: o bispo católico, dom Shane Mackinlay, da diocese de
Sandhurst, na Austrália, e o pastor metodista Edgardo Colón-Emeric, reitor da
Escola de Divindade Duque (Duke Divinity School) dos Estados Unidos.. O
prefeito do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o cardeal
Kurt Koch, também se fez presente.
Encontros de
Diálogo Teológico em Roma
Desde
segunda-feira (3), a cidade de Roma sedia a XII Série de Encontros de Diálogo
Teológico da comissão. As atividades acontecem no Departamento Ecumênico
Metodista de Roma (MEOR), com sede junto à Igreja Metodista de língua inglese
de Ponte Sant'Angelo, do qual o diretor, o pastor Matthew Laferty, é também
cosecretário da MERCIC.
No culto de
abertura foi apresentada a liturgia da Renovação do Pacto, uma tradição
metodista introduzida pelo fundador do movimento, John Wesley (1703-1791). Na
ocasião, o pastor local, Daniel Pratt Morris-Chapman; a moderadora da Távola
Valdense, Alessandra Trotta; e o presidente da Federação das Igrejas
Evangélicas da Itália, Daniele Garrone, cumprimentaram a comissão.
As reuniões
da comissão, que são designadas conjuntamente pelo Conselho Metodista Mundial e
pelo Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos do Vaticano, terminam
no próximo sábado, 8 de outubro. Pelos próximos 5 anos, a Comissão
Metodista-Católica Romana irá trabalhar sobre o tema da unidade e da missão.
Evangelho
(Lc 11,5-13)
Naquele
tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Imaginai que um de vós tem um amigo e, à
meia-noite, o procura, dizendo: Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu
chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer. O outro responde lá de dentro:
?Não me incomodes. A porta já está trancada. Meus filhos e eu já estamos
deitados, não posso me levantar para te dar os pães?. Digo-vos: mesmo que não
se levante para dá-los por ser seu amigo, vai levantar-se por causa de sua
impertinência e lhe dará quanto for necessário.
»Portanto, eu vos digo: pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e
a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura
encontra; e a quem bate, a porta será aberta. Algum de vós que é pai, se o
filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará
um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos
filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!».
«O Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem» - + Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM(Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho
é uma catequese de Jesus a respeito da oração. Afirma solenemente que o Pai
sempre a escuta: «Pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a
porta vos será aberta» (Lc 11,9).
As vezes podemos pensar que a prática nos mostra que isso não sempre acontece,
que não sempre age assim. É necessário rezar com as atitudes corretas!
A primeira é a constância, a perseverança. Devemos rezar sem nos desanimar
nunca, no obstante nos pareça que nossa súplica bate com um rechaço, ou que não
é escutada imediatamente. É a atitude daquele homem inoportuno que a meia noite
vai lhe pedir um favor ao seu amigo. Com sua insistência recebe os pães que
precisa. Deus é o amigo que escuta desde dentro a quem é constante. Havemos de
confiar em que acabará por nos dar o que pedimos, porque além de ser amigo, é
Pai.
A segunda atitude que Jesus nos ensina é a confiança e o amor dos filhos. A
paternidade de Deus ultrapassa imensamente à humana, que é limitada e
imperfeita: «Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos
filhos, quanto mais o Pai do céu ... !» (Lc 11,13).
Terceira: Havemos de pedir principalmente o Espírito Santo e não somente coisas
materiais. Jesus nos anima a pedi-lo, assegurando-nos que o receberemos:
«...quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!» (Lc
11,13). Esta petição sempre é escutada. É como pedir a graça da oração, já que
o Espírito Santo é sua fonte e origem.
O beato frade Gil de Asís, colega de São Francisco, resume a idéia de esse
Evangelho quando diz: «Reze com fidelidade e devoção, porque uma graça que Deus
não lhe deu uma vez, pode dá-la em outra ocasião. Por sua conta põe
humildemente toda a mente em Deus e, Deus porá em você sua graça, conforme lhe
praza».
Pensamentos para o Evangelho de hoje:
«A tua verdade disse que se chamarmos nos
responderão, que se pedirmos, receberemos: — Ó Pai Eterno, os teus servos
clamam. Responde-lhes!» (Santa Catalina de Sena)«Quando precisamos de ajuda,
Jesus não nos diz para nos resignarmos e fecharmo-nos em nós mesmos, mas para
nos voltarmos para o Pai e Lhe pedirmos com confiança todas as nossas
necessidades, desde aquelas que são mais evidentes e cotidianas» (Francisco)«O
Espírito Santo, que ensina a Igreja e lhe recorda tudo o que Jesus disse,
também a educa para a vida de oração, suscitando expressões que se renovam no
âmbito de formas permanentes: bênção, petição, intercessão, acção de graças e
louvor.» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2644)
Santo do Dia: São Bruno Abade
Bruno, nascido em 1035, era um nobre alemão, que nasceu e cresceu na bela
cidade de Colônia, na Alemanha. Sua família era conhecida pela piedade e
fervorosa devoção cristã. Respondendo aos apelos vocacionais, Bruno estudou
teologia e tornou-se logo um excelente padre.
Conta-nos a tradição que Bruno sonhou com sete estrelas pousadas sobre um lugar
deserto. Alguns dias depois ele foi procurado por sete nobres ricos que queriam
dedicar-se ao serviço de Deus. Reconhecendo a ação de Deus, Bruno e estes sete
homens iniciam o grupo chamado Cartuxos. Os cartuxos destacam-se pelo
isolamento, pelo silêncio e pela simplicidade de vida.
Em 1090 Bruno foi chamado para ser conselheiro do Papa urbano II, que havia
sido seu aluno. Ele devendo obediência abandonou aquele lugar ermo que amava
profundamente. Porém, não resistiu muito em Roma e pediu para voltar para a
vida no mosteiro.
Viveu assim recolhido até que adoeceu gravemente. Chamou então os irmãos e fez
uma confissão pública da sua vida e reiterou a profissão da sua fé, entregando
o espírito a Deus, em 06 de outubro de 1101.(Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR)
Reflexão: A austeridade de vida é a marca registrada dos cartuxos.
Infelizmente o número de pessoas que resolvem viver este estilo de vida é cada
vez mais limitado. A absoluta entrega a vontade de Deus, o silêncio exterior e
interior, a simplicidade de vida fazem destes homens verdadeiros testemunhos
para uma humanidade dedicada quase exclusivamente às vaidades desmedidas e ao
bem estar acima de tudo.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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