Missa da entronização da imagem e relíquia de Benigna. Foto: Captura de
imagem.
FORTALEZA, 26 Out. 22 / 03:44 pm (ACI).- A beata Benigna Cardoso, a primeira beata do Ceará, teve sua imagem e sua relíquia entronizadas ontem 25 de outubro, na paróquia Senhora Sant'Ana, na cidade de Santana do Cariri (CE), onde a beata viveu. A primeira beata cearense foi martirizada aos 13 anos, em 1941, por não ceder a uma tentativa de violência sexual, a fim de manter sua virgindade. A cerimônia de entronização aconteceu após missa campal presidida por dom Magnus Henrique Lopes, bispo de Crato (CE). Estavam presentes na celebração, o arcebispo de Manaus, cardeal dom Leonardo Ulrich Steiner, representante nomeado pelo papa Francisco, o bispo emérito de Crato (CE), dom Fernando Panico, que iniciou o processo de beatificação de Benigna, o pároco da paróquia Senhora Sant'Ana, padre Paulo Lemos Pereira, vários sacerdotes e seminaristas de várias cidades. A festividade iniciou às 14h com uma carreata saindo de Crato (CE) seguindo para a cidade de Santana do Cariri (CE) para missa em ação de graças pela beatificação de Benigna Cardoso. Na carreata iam a imagem de um metro de altura de Benigna e uma relíquia de primeiro grau: ossos da beata. “Há exatamente 81 anos passados, no dia de hoje Benigna era sepultada. Esta cidade chorava. Hoje o céu derramou bênçãos. Não mais lágrimas, mas bênçãos dos céus. Hoje não mais choro, mas alegria. Porque aquela criança, no silêncio da história desta cidade, martirizada por causa de Jesus Cristo“, disse dom Magnus Henrique Lopes no início da missa.
Oração: Deus de amor, pela intercessão de São Frumêncio, concedei-nos ardoroso espírito missionário, para que possamos enfrentar os obstáculos que possam aparecer no decorrer de nosso apostolado. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Lc 13,31-35):
Naquela
hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: Sai daqui, porque
Herodes quer te matar. Ele disse: Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios
e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia chegarei ao termo. Entretanto,
preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, pois não convém que um
profeta morra fora de Jerusalém.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram
enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os
pintainhos debaixo das asas, mas não quiseste! Vede, vossa casa ficará
abandonada. Eu vos digo: não mais me vereis, até que chegue o tempo em que
digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.
«Jerusalém, Jerusalém! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, mas não quiseste!» - Rev. D. Àngel Eugeni PÉREZ i Sánchez(Barcelona, Espanha)
Hoje
podemos admirar a firmeza de Jesus no cumprimento da missão encomendada pelo
Pai do céu. Ele não se deteve por nada: Eu expulso demônios e faço curas hoje e
amanhã (Lc 13,32). Com esta atitude, o Senhor marcou a pauta de conduta que ao
longo dos séculos seguiriam os mensageiros do Evangelho ante as persecuções:
não dobrar-se ante o poder temporário. Santo Agostinho disse que, em tempo de
persecuções, os pastores não devem abandonar os fiéis: nem os que sofrerão o
martírio nem os que sobreviverão como o Bom Pastor, que quando vê que vem o
lobo, não abandona o rebanho, senão que o defende. Mas visto o fervor com que
todos os pastores da Igreja se dispunham a derramar o seu sangue, indica que o
melhor será jogar a sorte quem dos clérigos se entregarão ao martírio e quais
se porão a salvo para logo cuidarem dos sobreviventes.
Na nossa época, com freqüência, nos chegam notícias de persecuções religiosas,
violências tribais ou revoltas étnicas em países do Terceiro Mundo. As
embaixadas ocidentais aconselham aos seus concidadãos que abandonem a região e
repatriem o seu pessoal. Os únicos que permanecem são os missioneiros e as
organizações de voluntários, porque para eles pareceria uma traição abandonar
os seus em momentos difíceis.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram
enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os
pintainhos debaixo das asas, mas não quiseste! (Lc 13,34-35). Esse lamento do
Senhor produz em nós, os cristãos do século XXI, uma tristeza especial, devido
ao sangrento conflito entre judeus e palestinos. Para nós, essa região do
Próximo Oriente é a Terra Santa, a terra de Jesus e de Maria. E o clamor pela
paz em todos os países deve ser mais intenso e sentido pela paz em Israel e
Palestina.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Deus
pede-te fé, não quer a tua morte; Ele anseia pela tua entrega, não pelo teu
sangue; é apaziguado, não com a tua morte; mas com a tua boa vontade» (São
Pedro Crisólogo)«Jerusalém é a esposa, é a noiva do Senhor: Ele a amava muito!
Mas ela não percebe as visitas do Senhor e faz o Senhor chorar. Jerusalém cai
por distração, por não receber o Senhor que vem salvá-la» (Francisco)«(…) nas
vésperas da sua paixão, Jesus anunciou a ruína deste esplêndido edifício, do
qual não ficaria pedra sobre pedra (381). Há aqui o anúncio dum sinal dos
últimos tempos, que vão iniciar-se com a sua própria Páscoa (382) (…)»
(Catecismo da Igreja Católica, nº 585)
Santo do Dia: São Frumêncio
Frumêncio foi o primeiro bispo missionário da Etiópia. Era o tempo do imperador
Constantino, por volta do século IV. Durante uma viagem, voltando das Índias,
Frumêncio e alguns amigos foram atacados por ladrões etíopes que saquearam o
barco e mataram os passageiros e tripulantes. O jovem Frumêncio sobreviveu e
foi levado para a Etiópia e entregue ao rei, como escravo.
O rei Etíope admirou-se da sabedoria de Frumêncio e o manteve como secretário.
Sua influência cresceu na corte, principalmente junto à rainha. Ao se tornar
viúva ela assumiu o poder para o filho menor, como regente. Tempos depois, eles
conseguiram da rainha autorização para construir uma igreja próxima ao porto,
para servir os mercadores cristãos que passavam pelo país. Este lugar foi a
semente do cristianismo no continente africano.
Quando o filho do rei tornou-se independente, Frumêncio pode retornar para
casa. Resolveu então procurar Santo Atanásio, pedindo que designasse um Bispo e
missionários para comandar a pregação católica na Etiópia. Atanásio não se fez
de rogado, entendendo que o mais indicado era o próprio Frumêncio, o consagrou
Bispo da Etiópia.
Quando retornou, Frumêncio encontrou no trono da Etiópia o jovem rei seu pupilo
que lhe dedicava grande estima. Logo em seguida ele se converteu e foi batizado
e convidou todo seu povo a acompanhá-lo no seguimento de Cristo.
Frumêncio, chamado pelos etíopes de "Abba Salama", ou seja
"Padre da Paz" desenvolveu seu trabalho missionário na Etiópia até
morrer no ano 380.(Colaboração: Padre Evaldo
César de Souza, CSsR)
Reflexão: A evangelização do continente africano aconteceu graças a
ousadia e a sabedoria de alguns homens que arriscaram a vida para propagar a
Palavra de Deus entre aqueles que não conheciam o Cristo Salvador. Entre eles
São Frumêncio destaca-se, por sua sabedoria e perseverança em sonhar com uma
vida melhor para o povo da Etiópia.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET –
VATICANNEWS.VA
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