Carlos Acutis, eventos em Assis para a memória litúrgica do jovem beato
A multidão de fiéis e peregrinos tem sido a constante destes
dias em Assis em memória do jovem beatificado em 2020. Esta tarde, se celebra a
missa conclusiva presidida por dom Domenico Sorrentino. “Uma mensagem
atraente”, disse ele a propósito do vínculo com São Francisco, no Santuário da
Espoliação.(Eugenio Bonanata – Vatican News)
Uma reação
esperada é a dos devotos do Beato Carlos Acutis que nos últimos dias encheram
Assis em sua memória. “Eu esperava este movimento. Acredito que no futuro será
ainda maior”, disse o bispo da Diocese de Assis, Nocera Umbra e Gualdo Tadino,
dom Domenico Sorrentino. Hoje, a memória litúrgica do jovem foi marcada por
vários momentos de oração e pela solene celebração vespertina presidida pelo
prelado no Santuário da Espoliação. Uma etapa agora obrigatória para os
peregrinos que chegam à cidade da Úmbria seguindo as pegadas de São Francisco.
Carlos e Francisco: Neste santuário localizado no centro histórico de Assis, algo extraordinário aconteceu nestes anos: o exemplo de um garoto do nosso tempo, amante da Internet e da Eucaristia, conseguiu unir-se ao de São Francisco. “A mensagem que estão dando ao mundo é muito atraente e muito importante”, prosseguiu o bispo, que acrescentou: “Vemos a resposta nas multidões que vêm ao nosso Santuário e o visitam totalmente”. Ultimamente, muitas pessoas vêm ver o túmulo de Carlos e a porta de entrada do antigo bispado recentemente restaurada, trazendo à luz o limiar que foi atravessado pelo jovem Francisco antes de despojar-se de seus bens terrenos. "Carlos e Francisco juntos estão fazendo um trabalho maravilhoso", continuou o prelado, lembrando também o prêmio internacional 'Francisco de Assis e Carlos Acutis por uma economia de fraternidade' que visa apoiar iniciativas econômicas nas áreas mais desfavorecidas do mundo.
Evangelho (Lc 11,47-54):
Naquele
tempo, o Senhor disse:«Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas! No
entanto, foram vossos pais que os mataram. Com isso, sois testemunhas e
aprovais as ações de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís
os túmulos. É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei
profetas e apóstolos, e a alguns, eles matarão ou perseguirão; por isso se
pedirá conta a esta geração do sangue de todos os profetas derramado desde a
criação do mundo, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi
morto entre o altar e o Santuário. Sim, eu vos digo: esta geração terá de
prestar conta disso. Ai de vós, doutores da Lei, porque ficastes com a chave da
ciência!: vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar».
Quando Jesus saiu de lá, os escribas e os fariseus começaram a importuná-lo e a
provocá-lo em muitos pontos, armando ciladas para apanhá-lo em suas próprias
palavras.
«Construís os túmulos dos profetas! No entanto, foram vossos pais que os mataram» - Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz(El Montanyà, Barcelona, Espanha)
Hoje
o Evangelho nos fala do sentido, aceitação e trato dado aos profetas: «Eu lhes
enviarei profetas e apóstolos, e a alguns, eles matarão ou perseguirão» (Lc
11,49).
São pessoas de diferente condição social ou religiosa, que tem recebido a
mensagem divina e tem se impregnado dela; impulsionadas pelo Espírito, o
expressam com signos ou palavras compreensíveis para seu tempo. É uma mensagem
transmitida através de discursos, nunca lisonjeiros, ou ações, quase sempre
difíceis de aceitar. Uma característica da profecia é sua incomodidade. O dom
resulta incômodo para aquele que o recebe, o esfolia internamente e, é molesto
para seu entorno, que hoje, graças à Internet ou aos satélites, pode se
estender ao mundo todo.
Os contemporâneos do profeta pretendem o condenar ao silêncio, o caluniam, o
desacreditam, assim até que morre. Chega então o momento de lhe erigir o
sepulcro e, de lhe organizar homenagens, quando já não incomoda. Não faltam
atualmente profetas que gozam de fama universal. A Madre Teresa, João XXIII,
Monsenhor Romero... Lembramo-nos daquilo que nos reclamavam e nos exigiam?
Aplicamos o que nos fizeram ver? A nossa geração se lhe pedirá contas sob a
capa de ozônio que destruiu, da desertificação que nossa dilapidação de água
causou, mas também do ostracismo que temos reduzido aos nossos profetas
Ainda há pessoas que se reservam para elas o direito de saber em exclusiva, que
o compartilham “no melhor dos casos” com os seus, com aqueles que lhe permitem
continuar no colo dos seus sucessos e da fama. Pessoas que fecham o passo aos
que tentam entrar nos âmbitos do conhecimento, não seja que talvez saibam tanto
quanto eles e os ultrapassem: «Ai de vós, doutores da Lei, porque ficastes com
a chave da ciência! vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam
entrar».
Agora, como nos tempos de Jesus, muitos analisam frases e estudam textos para
desacreditar aos que incomodam com suas palavras: É esse nosso agir? «Não há
nada mais perigoso que julgar as coisas de Deus com os discursos humanos» (São
João Crisóstomo).
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «O
que pensar de quem se enfeita com um nome e não o é? Assim, muitos chamam-se
cristãos, mas não são encontrados assim na realidade, porque não são o que
dizem, nem na vida, nem nos costumes, nem na esperança, nem na caridade» (Santo
Agostinho)«É característico da tentação adotar uma aparência moral: não nos
convida diretamente a fazer o mal, isso seria muito grosseiro. Finge
mostrar-nos o melhor» (Bento XVI)«Em toda a sua vida, Jesus mostra-Se como
nosso modelo: Ele é o “homem perfeito”, que nos convida a tornarmo-nos seus
discípulos e a segui-Lo; com a sua humilhação, deu-nos um exemplo a imitar; com
a sua oração, convida-nos à oração; com a sua pobreza, incita--nos a aceitar
livremente o despojamento e as perseguições» (Catecismo da Igreja Católica, nº
520)
Nascido em 1005 e falecido a 1066, Eduardo foi o penúltimo rei saxão de Inglaterra, conhecido como "Eduardo, o Confessor". Segundo os cronistas, Eduardo era um rei piedoso e compassivo, protetor do povo, dos pobres e doentes, que gostava mais de dar e perdoar do que receer e castigar. Eduardo era filho de Etelredo II e da normanda Ema. Durante a invasão dinamarquesa teve de partir para a Normandia onde ficou até 1041. De regresso à Inglaterra, Eduardo assumiu o trono em 1042, após a morte do meio-irmão Canuto II. Eduardo editou as leis que ficaram para a história como “as leis de Santo Eduardo”. Ao subir no trono foi forçado a casar-se, escolhendo para sua esposa Edite, filha de Goduíno de Wessex, um barão que se revelaria seu opositor. O casal não teve filhos, pois acordou conservar a castidade e viver em oração. Apelidado de “administrador justo e generoso” e de “ bom rei”, Eduardo, que nunca esboçou um gesto de fúria para os seus súbditos, trabalhou arduamente para melhorar as condições de vida de seu povo. Eduardo morreu com 61 anos, em 1066. Foi canonizado pelo papa Alexandre III, em 1161. O santo encontra-se sepultado na Abadia de Westminster, que tinha mandado construir e seria o panteão dos reis e dos grandes homens de Inglaterra. A celebração do santo decorre a 13 de outubro, pois foi neste dia que o seu corpo, ainda incorrupto, foi transladado para a igreja de São Tomás de Canterbury.
TJL
– A12.C0M – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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