quinta-feira, 6 de outubro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 7. OUTUBRO. 022

 BOM DIA EVANGELHO

07 DE OUTUBRO DE 2022-Sexta-feira da 27ª semana do Tempo Comum

JMJ 2023: multidão de jovens acolheu símbolos em festa no Porto

Cruz peregrina e ícone mariano desceram o rio Douro após serem entregues pelos jovens de Vila Real. A chegada ao Porto foi plena de emoção e alegria num acolhimento que superou as expectativas. (Rui Saraiva – Portugal)

Pelo rio Douro abaixo, no sábado dia 1 de outubro, após a entrega feita pelos jovens de Vila Real, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) rumaram ao Porto numa viagem plena de emoção.

Oração à Nossa Senhora do Rosário

"Nossa Senhora do Rosário, dai a todos os cristãos a graça de compreender a grandiosidade da devoção do santo rosário, na qual, à recitação da Ave Maria se junta a profunda meditação dos santos mistérios da vida, morte e ressurreição de Jesus, vosso Filho e nosso Redentor.

Evangelho (Lc 11,15-26):

 Naquele tempo, depois de que Jesus expulsou um demônio, alguns disseram: É pelo poder de Beelzebu, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios. Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu.
Mas, conhecendo seus pensamentos, ele disse-lhes: Todo reino dividido internamente será destruído; cairá uma casa sobre a outra. Ora, se até Satanás está dividido internamente, como poderá manter-se o seu reino? Pois dizeis que é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios. Se é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios, pelo poder de quem então vossos discípulos os expulsam? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, é porque o Reino de Deus já chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda o próprio terreno, seus bens estão seguros. Mas, quando chega um mais forte do que ele e o vence, arranca-lhe a armadura em que confiava e distribui os despojos. Quem não está comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha. Quando o espírito impuro sai de alguém, fica vagando por lugares áridos, à procura de repouso. Não o encontrando, diz: Vou voltar para minha casa de onde saí. Chegando aí, encontra a casa varrida e arrumada. Então ele vai e traz outros sete espíritos piores do que ele, que entram e se instalam aí. No fim, o estado dessa pessoa fica pior do que antes.

«Alguns disseram: É pelo poder de Beelzebu, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios» - Rev. D. Josep PAUSAS i Mas(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje, contemplamos comovidos como Jesus é ridiculamente culpado de expulsar demônios: É pelo poder de Beelzebul, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios (Lc 11,15). É difícil imaginar um bem maior, expulsar, afastar das almas ao diabo, o instigador do mal e, ao mesmo tempo, escutar a acusação mais grave fazê-lo, precisamente, pelo poder do próprio diabo. É realmente uma incriminação gratuita, que manifesta muita cegueira e inveja por parte dos acusadores do Senhor. Hoje em dia, também, sem perceber, eliminamos de raiz o direito que os outros têm a discrepar, a serem diferentes e, a terem suas próprias posições contrárias e, incluso, opostas às nossas.
Quem o vive fechado em um dogmatismo político, cultural ou ideológico, facilmente menospreza ao que discrepa, desqualificando todo seu projeto e negando-lhe competência e, inclusive honestidade. Em tal caso, o adversário político ou ideológico transforma-se no inimigo pessoal. O confronto degenera em insulto e agressividade. O clima de intolerância e mútua exclusão violenta pode, então, nos conduzir à tentação de eliminar de alguma maneira a quem se nos apresenta como inimigo.
Nesse clima é fácil justificar qualquer atentado contra pessoas, inclusive, os assassinatos, se o morto não é dos nossos. Quantas pessoas sofrem hoje com esse ambiente de intolerância e rechaço mútuo que freqüentemente se respira nas instituições públicas, nos locais de trabalho, nas assembléias e confrontos políticos!
Entre todos devemos criar as condições e um clima de tolerância, respeito mútuo e confronto leal no qual seja possível ir achando caminhos de diálogo. Os cristãos, longe de endurecer e sacralizar falsamente nossas posições manipulando a Deus e identificando-o com nossas próprias posturas, devemos seguir a este Jesus que quando seus discípulos pretendiam que impedisse que outros expulsaram demônios em nome dele, os corrigiu dizendo-lhes: Não o proibais, pois quem não é contra vós, está a vosso favor(Lc 9,50). Todo o inumerável coro de pastores reduz-se ao Corpo de um só Pastor (Santo Agostinho).
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Já que Cristo, com a sua vinda, expulsou o diabo dos nossos corações para preparar em nós um templo, façamos todos os esforços com a sua ajuda para que Cristo não seja desonrado em nós pelas nossas más obras» (São Cesário de Arles)«O Diabo está sempre a tentar arruinar a obra de Deus, semeando a divisão no coração humano, entre o corpo e a alma, entre o homem e Deus, nas relações sociais, internacionais... O mal semeia a guerra; Deus cria a paz» (Bento XVI)«(…) O poder de Satanás não é infinito. Satanás é uma simples criatura, poderosa pelo facto de ser puro espírito, mas, de qualquer modo, criatura: impotente para impedir a edificação do Reino de Deus. (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 395)

Nossa Senhora do Rosário, o meio de alcançar almas para Deus


Festa Mariana

A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas (eremitas dos primeiros séculos do cristianismo) usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Dessa forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nosso e, para a contagem. Doutor da Igreja São Beda, chamado de “o Venerável” (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.

História do Rosário

O Santo Rosário foi sendo transformado com o decorrer dos anos, porém, no ano de 1214, a Santa Igreja o estabeleceu na forma e método que hoje é usado. Antes, as Ave-Marias não eram como agora, nem mesmo os mistérios contemplados entre outros ingredientes da oração. Sua origem se deu com a revelação divina de Nossa Senhora do Rosário a São Domingos de Gusmão, fundador dos dominicanos (O.P.). Por meio das citações referidas ao Bem-aventurado Alano de La Roche em seu livro “De Dignitate Psalterri”, São Luís Maria Grignion de Montfort relata a origem do Rosário.

São Domingos e o Rosário

A tradição espiritual conta com a revelação. São Domingos se preocupava em converter os albigenses, também conhecidos como cátaros (puros), que eram um grupo de hereges de caráter gnóstico e maniqueísta, sendo até mesmo protegida por bispos e nobres da época.  Essa doutrina negava a existência de um único Deus, negava a divindade de Jesus, direcionava a salvação através do conhecimento etc.

Rosário: a chave para alcançar as almas endurecidas

Estas realidades entraram em choque com o catolicismo. Desse modo, o santo procurava converter os heréticos e enfrentava grande resistência. Certa vez, procurou retirar-se em uma floresta para rezar e ali recebeu a orientação da Nossa Senhora do Rosário: “Querido Domingos, você sabe de que arma a Santíssima Trindade quer usar para mudar o mundo? [ … ] a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério” (MONTFORT, 2019, p. 42-43).

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

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