JMJ 2023: multidão de jovens acolheu símbolos em festa no Porto
Cruz peregrina e ícone mariano desceram o rio Douro após serem
entregues pelos jovens de Vila Real. A chegada ao Porto foi plena de emoção e
alegria num acolhimento que superou as expectativas. (Rui Saraiva
– Portugal)
Pelo rio
Douro abaixo, no sábado dia 1 de outubro, após a entrega feita pelos jovens de
Vila Real, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) rumaram ao Porto
numa viagem plena de emoção.
Oração à Nossa Senhora do Rosário
"Nossa Senhora do Rosário,
dai a todos os cristãos a graça de compreender a grandiosidade da devoção
do santo rosário, na qual, à recitação da Ave
Maria se junta a profunda meditação dos santos mistérios da vida,
morte e ressurreição de Jesus, vosso Filho e nosso Redentor.
Evangelho (Lc 11,15-26):
Naquele
tempo, depois de que Jesus expulsou um demônio, alguns disseram: É pelo poder
de Beelzebu, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios. Outros, para
tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu.
Mas, conhecendo seus pensamentos, ele disse-lhes: Todo reino dividido
internamente será destruído; cairá uma casa sobre a outra. Ora, se até Satanás
está dividido internamente, como poderá manter-se o seu reino? Pois dizeis que
é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios. Se é pelo poder de
Beelzebu que eu expulso os demônios, pelo poder de quem então vossos discípulos
os expulsam? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. Mas, se é pelo dedo de
Deus que eu expulso os demônios, é porque o Reino de Deus já chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda o próprio terreno, seus bens estão
seguros. Mas, quando chega um mais forte do que ele e o vence, arranca-lhe a
armadura em que confiava e distribui os despojos. Quem não está comigo é contra
mim; e quem não recolhe comigo, espalha. Quando o espírito impuro sai de
alguém, fica vagando por lugares áridos, à procura de repouso. Não o
encontrando, diz: Vou voltar para minha casa de onde saí. Chegando aí, encontra
a casa varrida e arrumada. Então ele vai e traz outros sete espíritos piores do
que ele, que entram e se instalam aí. No fim, o estado dessa pessoa fica pior
do que antes.
«Alguns disseram: É pelo poder de Beelzebu, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios» - Rev. D. Josep PAUSAS i Mas(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
Hoje, contemplamos comovidos
como Jesus é ridiculamente culpado de expulsar demônios: É pelo poder de
Beelzebul, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios (Lc 11,15). É
difícil imaginar um bem maior, expulsar, afastar das almas ao diabo, o instigador
do mal e, ao mesmo tempo, escutar a acusação mais grave fazê-lo, precisamente,
pelo poder do próprio diabo. É realmente uma incriminação gratuita, que
manifesta muita cegueira e inveja por parte dos acusadores do Senhor. Hoje em
dia, também, sem perceber, eliminamos de raiz o direito que os outros têm a
discrepar, a serem diferentes e, a terem suas próprias posições contrárias e,
incluso, opostas às nossas.
Quem o vive fechado em um dogmatismo político, cultural ou ideológico,
facilmente menospreza ao que discrepa, desqualificando todo seu projeto e
negando-lhe competência e, inclusive honestidade. Em tal caso, o adversário
político ou ideológico transforma-se no inimigo pessoal. O confronto degenera
em insulto e agressividade. O clima de intolerância e mútua exclusão violenta
pode, então, nos conduzir à tentação de eliminar de alguma maneira a quem se
nos apresenta como inimigo.
Nesse clima é fácil justificar qualquer atentado contra pessoas, inclusive, os
assassinatos, se o morto não é dos nossos. Quantas pessoas sofrem hoje com esse
ambiente de intolerância e rechaço mútuo que freqüentemente se respira nas
instituições públicas, nos locais de trabalho, nas assembléias e confrontos
políticos!
Entre todos devemos criar as condições e um clima de tolerância, respeito mútuo
e confronto leal no qual seja possível ir achando caminhos de diálogo. Os
cristãos, longe de endurecer e sacralizar falsamente nossas posições
manipulando a Deus e identificando-o com nossas próprias posturas, devemos
seguir a este Jesus que quando seus discípulos pretendiam que impedisse que
outros expulsaram demônios em nome dele, os corrigiu dizendo-lhes: Não o
proibais, pois quem não é contra vós, está a vosso favor(Lc 9,50). Todo o
inumerável coro de pastores reduz-se ao Corpo de um só Pastor (Santo
Agostinho).
Pensamentos para o Evangelho de hoje:
«Já que Cristo, com a sua vinda, expulsou o diabo
dos nossos corações para preparar em nós um templo, façamos todos os esforços
com a sua ajuda para que Cristo não seja desonrado em nós pelas nossas más
obras» (São Cesário de Arles)«O Diabo está sempre a tentar arruinar a obra de
Deus, semeando a divisão no coração humano, entre o corpo e a alma, entre o
homem e Deus, nas relações sociais, internacionais... O mal semeia a guerra;
Deus cria a paz» (Bento XVI)«(…) O poder de Satanás não é infinito. Satanás é
uma simples criatura, poderosa pelo facto de ser puro espírito, mas, de
qualquer modo, criatura: impotente para impedir a edificação do Reino de Deus.
(…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 395)
Nossa Senhora do Rosário, o meio de alcançar almas para Deus
Festa Mariana
A
origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas
(eremitas dos primeiros séculos do cristianismo) usavam pedrinhas para contar o
número das orações vocais. Dessa forma, nos conventos medievais, os irmãos
leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o
latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nosso e,
para a contagem. Doutor da Igreja São Beda, chamado de “o Venerável” (séc.
VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.
História
do Rosário
O Santo Rosário foi sendo transformado com o decorrer dos anos,
porém, no ano de 1214, a Santa Igreja o estabeleceu na forma e método que hoje
é usado. Antes, as Ave-Marias não eram como agora, nem mesmo os mistérios
contemplados entre outros ingredientes da oração. Sua origem se deu com a
revelação divina de Nossa Senhora do Rosário a São Domingos de Gusmão, fundador
dos dominicanos (O.P.). Por meio das citações referidas ao Bem-aventurado Alano
de La Roche em seu livro “De Dignitate Psalterri”, São Luís Maria Grignion de
Montfort relata a origem do Rosário.
São
Domingos e o Rosário
A tradição espiritual conta com a revelação. São Domingos se
preocupava em converter os albigenses, também conhecidos como cátaros (puros),
que eram um grupo de hereges de caráter gnóstico e maniqueísta, sendo até mesmo
protegida por bispos e nobres da época. Essa doutrina negava a existência
de um único Deus, negava a divindade de Jesus, direcionava a salvação através
do conhecimento etc.
Rosário: a chave para alcançar as almas endurecidas
Estas realidades entraram em choque com o catolicismo. Desse modo,
o santo procurava converter os heréticos e enfrentava grande resistência. Certa
vez, procurou retirar-se em uma floresta para rezar e ali recebeu a orientação
da Nossa Senhora do Rosário: “Querido Domingos, você sabe de que arma a
Santíssima Trindade quer usar para mudar o mundo? [ … ] a principal peça de
combate tem sido sempre o Saltério Angélico que é a pedra fundamental do Novo
Testamento. Quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para
Deus, com a oração do meu Saltério” (MONTFORT, 2019, p. 42-43).
TJL
– A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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