Santuário de Fátima / Shutterstock
FATIMA, 21 Jun. 23 / 03:34 pm (ACI).- “Jovens do mundo inteiro têm nas suas intenções experienciar Fátima”, disse em novembro do ano passado o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, dom Américo Aguiar. Para viver esta experiência, a fundadora e coordenadora geral do projeto Raízes de Fátima, a brasileira Eliana Oliveira, garante que é essencial “ao menos rezar o terço na Capelinha das Aparições”. “Eu até diria um terço e uma missa, mas é essencial participar de um terço, que foi o único pedido transversal nas aparições de Fátima: rezem o terço todos os dias. O terço é na capelinha, que é no local onde Nossa Senhora apareceu, onde estão a imagem e as raízes da árvore sobre a qual ela aparecia”, disse Eliana Oliveira à ACI Digital.
Oração: Senhor nosso Deus, que, no bispo são Paulino [de Nola],
quisestes enaltecer o amor à pobreza e o zelo pastoral, fazei que, celebrando
os seus méritos, imitemos os exemplos da sua caridade. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito
Santo, por todos os séculos dos séculos.
Evangelho segundo São
Mateus 6,7-15.
Naquele tempo, disse Jesus aos
seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos,
porque pensam que serão atendidos por falarem muito.
Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de
vós Lho pedirdes.
Orai assim: "Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso
nome;
venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no
Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido;
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal".
Porque, se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos
perdoará.
Mas, se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as
vossas faltas». - Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário: Tertuliano (c. 155-c. 220) teólogo Sobre a oração, 1-10
Que
a vontade de Deus se faça em nós!
Nenhum obstáculo pode,
evidentemente, impedir que a vontade de Deus se realize; nós não Lhe desejamos
boa sorte na execução dos seus desígnios, antes pedimos que a sua vontade seja
feita em todos os homens. [...] A natureza da nossa oração continua a ser a
mesma: que a vontade de Deus se realize em nós na Terra, a fim de poder
cumprir-se em nós no Céu. E qual é a vontade de Deus, senão que sigamos os seus
caminhos? Supliquemos-Lhe, pois, que nos comunique a substância e a energia da
sua vontade, a fim de sermos salvos na Terra e nos Céus, pois a sua vontade é
salvar os filhos que adotou. O Senhor realiza esta sua vontade pela palavra,
pelas obras e pelos sofrimentos. Foi neste sentido que Ele afirmou que não
fazia a sua vontade, mas a de seu Pai. Não há dúvida de que Ele não fez a sua
vontade, mas a de seu Pai [...]. Quando dizemos: «Seja feita a vossa vontade»,
felicitamo-nos pelo facto de a vontade de Deus nunca ser um mal para nós, e
encorajamo-nos a sofrer quando é preciso. Para nos mostrar, no meio das suas
angústias, que a fraqueza da nossa carne se encontrava na sua, o Senhor disse:
»Pai, afasta de Mim este cálice»; mas depois corrigiu-Se: «Não se faça, porém,
a minha vontade, mas a tua» (Lc 22,42). Ele próprio era a vontade e o poder do
Pai; mas, para nos ensinar a pagar a dívida da dor, entregou-Se por completo à
vontade do Pai.
São Paulino de Nola - Localização: França
Papa Bento XVI - São Paulino de Nola nasceu por volta do ano 354 dC em Aquitânia, no sul da França. Ele
é padroeiro de Nola (Itália) e considerado um dos grandes Padres da Igreja do
Ocidentes. É venerado como um exemplo de santidade e amor ao próximo. Sua
festa é celebrada em 22 de junho.
Nasceu em
uma família rica, recebeu uma boa educação e fez carreira na política.
Tornou-se cônsul substituto e governador da Campânia, Itália. Ele se casou com
uma mulher chamada Terásia e teve um filho, chamado Celso, que morreu ainda
muito novo.
A
providência e a bondade de Deus fizeram o caminho de Paulino se cruzar com o de
Santo Ambrósio de Milão e com Santo Agostinho de Hipona. A
partir deste encontro, ele se converteu e pediu para receber o
batismo. Paulino era admirado e respeitado por sua sabedoria e
fidelidade a Deus.
Após a morte do filho, Paulino
e Terásia decidiram abandonar tudo e se dedicar totalmente a Deus, através da
vida monástica, doando a maioria de seus bens aos mais necessitados. Eles viveram uma vida ascética dedicada à oração, à leitura e
meditação da Palavra de Deus e à caridade.
Após a morte
de sua esposa, Paulino foi ordenado padre e, mais tarde, foi nomeado bispo
de Nola, onde exerceu seu ministério com grande dedicação.
Além de ser
muito querido e admirado pela alta sociedade, era amado também pelo povo simples e pelos
pobres. É lembrado por sua piedade, humildade e caridade.
Também era um poeta talentoso e compôs muitos hinos e poemas religiosos.
Paulino
morreu por volta do ano 431 dC. A canonização de São Paulino de Nola ocorreu
durante a Idade Média, quando o processo de canonização não era tão formalizado
como é hoje.
Naquela
época, a canonização muitas vezes ocorria por aclamação popular ou pela fama de
santidade reconhecida pelos fiéis e pela autoridade da Igreja local. São
Paulino de Nola foi muito venerado como santo e considerado um exemplo de
virtude e piedade, principalmente em Nola e nas regiões circunvizinhas. Sua santidade foi reconhecida e confirmada ao longo dos
séculos pela veneração contínua e pela devoção popular.
Embora São
Paulino de Nola não tenha sido canonizado por nenhum papa, sua santidade foi
reconhecida pela Igreja e ele é considerado um santo pela tradição católica.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: “São Paulino
não escreveu tratados de teologia, mas os seus poemas e o denso epistolário são
ricos de uma teologia vivida, embebida da palavra de Deus, constantemente
perscrutada como luz para a vida. Em particular, sobressai o sentido da Igreja
como mistério de unidade. A comunhão era por ele vivida, sobretudo através de
uma marcada prática da amizade espiritual. Nela Paulino foi um verdadeiro
mestre”, diz o Papa Bento XVI. A vida de São Paulino nos ajuda a entender a
Igreja como sacramento da união íntima com Deus e, assim de unidade de todos
nós e de todo o gênero humano. Somos todos membros de um só corpo, o corpo de
Cristo que é a Igreja. Que São Paulino nos ajude a viver essa comunhão em
nossas pastorais, grupos e movimentos.
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