Oração: Príncipes
dos apóstolos e doutores do Universo, São Pedro e São Paulo, rogai ao Mestre de
todas as coisas que dê a paz ao mundo e às nossas almas a sua grande
misericórdia. Fazei de nós seguidores fiéis de Jesus e inspirai-nos o zelo
missionário. Amém!
Evangelho segundo São
Mateus 16,13-19.
Naquele tempo, Jesus foi para os
lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os
homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que
é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus
vivo».
Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a
carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e
as portas do Inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será ligado
nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus».(Tradução
litúrgica da Bíblia)
São Máximo de Turim (?-c. 420) bispo Sermão CC1 - «Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus»
O Senhor
reconheceu em Pedro o intendente fiel, a quem confiou as chaves do Reino, e em
Paulo um mestre qualificado, que encarregou de ensinar na sua Igreja. Para
prometer aos que foram formados por Paulo que encontrariam a salvação, era
preciso que Pedro os acolhesse para lhes dar repouso. Quando Paulo tiver aberto
os corações com a sua pregação, Pedro abrirá às almas o Reino dos Céus. Assim,
pois, também Paulo recebeu de Cristo uma espécie de chave, a chave da ciência,
que permite abrir em profundidade para a fé os corações endurecidos, para em
seguida trazer à superfície, por uma revelação espiritual, aquilo que se
encontrava escondido no interior. Trata-se de uma chave que deixa escapar da
consciência a confissão do pecado e que nela encerra para sempre a graça do
mistério do Salvador. Ambos receberam, pois, chaves das mãos do Senhor; um
deles recebeu a chave da ciência, o outro a chave do poder; este dispensa as
riquezas da imortalidade, aquele distribui os tesouros da sabedoria. Porque há
tesouros do conhecimento, como está escrito: «O mistério de Deus, isto é,
Cristo, no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência»
(Col 2,2-3).
A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Depois da Virgem Santíssima e de São João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a Conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, temos a festa da Cátedra de São Pedro e 18 de novembro, reservado à Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo.
São Pedro
Tinha como
primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Simão era Pescador e
foi chamado pelo próprio Senhor Jesus. Esteve presente nos momentos
mais importantes da vida do Senhor, como no momento da Transfiguração.
São Paulo
Saulo era
natural de Tarso. Se tornou um fariseu zeloso, era perseguidor dos cristãos, sendo
responsável inclusive pela morte de muitos deles. Se converteu à fé cristã,
enquanto perseguia os cristãos, no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor
Jesus Ressuscitado lhe apareceu dizendo: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?”.
São Pedro é
o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro
Papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja".
São Paulo é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos
gentios".
O martírio
de ambos ocorreu na cidade de Roma: São Pedro, crucificado de cabeça para baixo na
Colina Vaticana em 64, e São Paulo decapitado na chamada Três Fontes em 67.
Na homilia
de 2012, por ocasião da solenidade de São Pedro e São Paulo, o papa Bento XVI
chamou esses dois apóstolos de "principais patronos da Igreja de Roma". "A tradição cristã sempre
considerou São Pedro e São Paulo inseparáveis: juntos, de fato, eles
representam todo o Evangelho de Cristo", afirmou o papa
Bento XVI.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Pedro,
segurando as chaves, símbolo de seu apostolado como chefe da Igreja, e Paulo,
missionário por excelência, são as duas colunas da Igreja, enraizadas no grande
fundamento da fé, que é Jesus Cristo. Celebrar a festa destes apóstolos nos
permite vislumbrar a aproximação do Reino de Deus, que nasce de nosso
envolvimento com a causa do evangelho.
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