Papa Francisco na audiência geral em 25 de junho de 2022. / Vatican Media - Vaticano, 01 Jun. 23 / 03:55 pm (ACI).- O papa Francisco agradeceu a um grupo de jovens da Ucrânia e da Rússia por trabalharem como "irmãos" pela paz. Depois da audiência geral de ontem (31), o papa Francisco saudou os jovens que foram a Roma para dar um testemunho de paz e fraternidade junto com a associação italiana "Rondine Cidadela da Paz". Esses jovens “decidiram não viver como inimigos, mas como irmãos. Que seu exemplo inspire intenções de paz naqueles que têm responsabilidades políticas”, comentou o papa Francisco durante a audiência geral.
Evangelho (Mc 11,11-25)
Jesus entrou em Jerusalém e foi ao templo. Lá
observou todas as coisas. Mas, como já era tarde, ele e os Doze foram para
Betânia.
No dia seguinte, ao saírem de Betânia, Jesus sentiu fome. Avistando de longe
uma figueira coberta de folhas, foi lá ver se encontrava algum fruto. Chegando
perto, só encontrou folhas, pois não era tempo de figos. Então reagiu dizendo à
figueira: «Nunca mais ninguém coma do teu fruto». Os discípulos ouviram isso.
Foram então a Jerusalém. Entrando no templo, Jesus começou a expulsar os que
ali estavam vendendo e comprando. Derrubou as mesas dos que trocavam moedas e
as bancas dos vendedores de pombas. Também não permitia que se carregassem
objetos passando pelo templo. Pôs-se a ensinar e dizia-lhes: «Não está escrito
que a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos? Vós, porém,
fizestes dela um antro de ladrões». Os sumos sacerdotes e os escribas ouviram
isso e procuravam um modo de matá-lo. Mas tinham medo de Jesus, pois a multidão
estava maravilhada com o ensinamento dele. E quando anoiteceu, Jesus e os
discípulos foram saindo da cidade.
De manhã cedo, ao passarem, verificaram que a figueira tinha secado desde a
raiz. Pedro lembrou-se e disse: «Rabi, olha, a figueira que amaldiçoaste
secou”». Jesus lhes observou: «Tende fé em Deus. Em verdade, vos digo: se
alguém disser a esta montanha: ‘Arranca-te e joga-te no mar’, sem duvidar no
coração, mas acreditando que vai acontecer, então acontecerá. Por isso, vos
digo: tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes, e vos será
concedido. E, quando estiverdes de pé para a oração, se tendes alguma coisa
contra alguém, perdoai, para que vosso Pai que está nos céus também perdoe os
vossos pecados».
«Tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes» - Fra. Agustí BOADAS Llavat OFM(Barcelona, Espanha)
Hoje fruto e petição são palavras chave no
Evangelho. O Senhor aproxima-se a uma figueira e não encontrou frutos: somente
folharada, reagiu maldizendo-a. Segundo Santo Isidoro de Sevilha,
"Figo" e "fruto" têm a mesma raiz. Ao dia seguinte, os
Apóstolos surpresos, lhe dizem: «Rabi, olha, a figueira que amaldiçoaste secou»
(Mc 11,21). Em resposta, Jesus Cristo lhes fala de fé e de oração: «Tende fé em
Deus» (Mc 11,22).
Há pessoas que quase não rezam, e quando o fazem, procuram que Deus lhes
resolva um problema complicado no qual já não vêem a solução. E o justificam
com as palavras de Jesus que acabamos de ouvir: «Tudo o que pedirdes na oração,
crede que já o recebestes, e vos será concedido» (Mc 11,24). Têm ração e é
humano, compreensível, e lícito que, ante os problemas que nos superam,
confiemos em Deus, em alguma força superior a nós.
Mas tenho que acrescentar que toda oração é "inútil" («vosso Pai sabe
o que vos é necessário, antes que vós lho peçais»: Mt 6,8), na medida em que
não tem uma utilidade prática direta, como —por exemplo— acender uma luz. Não
recebemos nada em troca por rezar, porque todo o que recebemos de Deus é graça
sobre graça.
Então, não é preciso rezar? Ao contrário: já que agora sabemos que é graça, a
oração tem mais valor: porque é "inútil" e é "gratuita".
Ainda com tudo, existem três benefícios que nos dá a oração de petição: paz
interior (encontrar ao amigo Jesus e confiar em Deus relaxa); pensar sobre um
problema, racionalizá-lo, e saber traçá-lo é já tê-lo quase resolvido; e em terceiro
lugar ajuda-nos a discernir entre aquilo que é bom e aquilo que tal vez por
causa do nosso capricho queremos em nossas intenções da oração. Então, a
posteriori, entendemos com os olhos da fé o que Jesus diz: «Tudo o que pedirdes
ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho» (Jo
14,13).
Santo Marcelino e Santo Pedro Mártir
Pouco se sabe sobre a origem desses dois santos mártires. Marcelino era presbítero e Pedro exorcista. Ambos eram muito conhecidos pela comunidade e foram denunciados por serem cristãos e estarem trabalhando pela conversão de muitas pessoas. Conta-se que eles realizaram milagres, dentre os quais a cura de filha do seu carcereiro, chamado Artêmio, que se converteu ao cristianismo com sua família. Os santos Marcelino e Pedro, foram condenados à morte durante a perseguição do imperador Diocleciano no ano 304. De acordo com o Papa São Dâmaso, eles foram levados ao lugar do suplício no meio de uma floresta, chamada Selva Negra, onde foram obrigados a cavar com as próprias mãos a sua sepultura, para que seus corpos ficassem ocultos; por fim, foram decapitados. Tempos depois, uma mulher piedosa chamada Lucina sepultou dignamente seus corpos em Roma, junto à Via Labicana, no cemitério “ad Duas Lauros”. Uma invocação nasceu do povo, que rezava: “Marcelino e Pedro, poderosos protetores, escutem nossos clamores”.(Colaboração: Josimeri Farias)
Reflexão: Os mártires são as grandes
testemunhas de fé cristã, foram homens e mulheres que não temeram derramar seu
sangue em favor da fidelidade ao Cristo e a Igreja. A vida dos santos Marcelino
e Pedro nos inspiram a ter gestos e palavras de conforto para com os sofredores
e, sobretudo, a dedicar nossas vidas para proclamar a Palavra santificadora do
Evangelho em todo tempo e lugar.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM
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