sexta-feira, 31 de maio de 2024

bom dia evangelho - 31 de maio de 2024

 

Bom dia, evangelho

31 de maio de 2024 - 31 de maio: Visitação da Virgem Santa Maria

Oração: Pai de infinita bondade, por Vossa misericórdia e pela intercessão de Santa Camila Batista, sensibilizai as almas para Vós e para a Vossa obra de amor por nós, de modo a que, através da obediência e caridade, atentos à Vossa Palavra e às necessidades dos irmãos, mantenhamos em perfeito estado de conservação o coração e a língua, para com o primeiro acompanhar as pulsações do Vosso, e a segunda só proclame a Vossa verdade e louve a Vossa majestade, que precisa ser reconhecida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Lc 1,39-56)

 Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!».
Maria então disse: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre». Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.

«O menino pulou de alegria no meu ventre» - Mons. F. Xavier CIURANETA i Aymí Bispo Emérito de Lleida(Lleida, Espanha)

Hoje contemplamos o fato da Visitação da Virgem Maria a sua prima Isabel. Tão rapidamente como lhe foi comunicado que tinha sido escolhida por Deus Pai para ser Mãe do Filho de Deus e que sua prima Isabel tinha recebido também o dom da maternidade, caminha decididamente até a montanha para cumprimentar sua prima, para compartilhar com ela o gozo de terem sido agraciadas com o dom da maternidade e para servi-la.
A saudação da Mãe de Deus provoca que o menino, que Isabel leva no seu ventre, pule de entusiasmo dentro das entranhas de sua mãe. A Mãe de Deus, que leva Jesus no seu ventre é causa de alegria. A maternidade é um dom que gera alegria. As famílias alegram-se quando há um anúncio de uma nova vida. O nascimento de Cristo produz certamente «uma grande alegria» (Lc 2,10).
Apesar de tudo, hoje em dia, a maternidade não é devidamente valorizada. Freqüentemente colocam-se em primeiro lugar outros interesses superficiais, que são manifestação de comodidade e de egoísmo. As possíveis renúncias que comporta o amor paternal e maternal, assustam a muitos matrimônios que, talvez pelos meios que receberam de Deus, devessem ser mais generosos e dizer “sim” mais responsavelmente a novas vidas. Muitas famílias deixam de ser “santuários da vida”. O Papa São João Paulo II constata que a contracepção e o aborto “têm as suas raízes numa mentalidade hedonista e irresponsável a respeito da sexualidade e pressupõem uma concepção egoísta da liberdade, que vê na procriação um obstáculo ao desenvolvimento da própria personalidade».
Isabel, durante cinco meses, não saía de casa, e pensava: «Isto é o que o Senhor fez por mim» (Lc 1,25). E Maria dizia: «A minha alma glorifica o Senhor (…) porque pôs os olhos na humildade da sua serva» (Lc 1,46.48). A Virgem Maria e Isabel valorizam e agradecem a obra de Deus nelas: a maternidade! É necessário que os católicos reencontrem o significado da vida como um dom sagrado de Deus aos seres humanos.

Santa Camila Batista da Varano

Camila, nascida em 1458, era filha ilegítima do Duque de Camerino, na Itália, gerada antes do seu casamento com Joana Malatesta. A madrasta a acolheu com amor, e Camila cresceu na corte, bela, inteligente, de espírito vivo, caridosa e piedosa. Gostava de cantar e dançar, e tinha dom para a filosofia e teologia. Ainda criança, ouvindo uma pregação sobre a Paixão de Jesus, fez um voto de toda sexta-feira derramar ao menos uma lágrima recordando os Seus sofrimentos; mas isto era difícil de conciliar com sua vida divertida, e ela se sentia mal por toda a semana quando não conseguia chorar esta lágrima. Adolescente, recebeu e interessou-se pelas atenções de um pretendente, mas um sermão na Quaresma a inclinou para Deus; e com o auxílio de Frei Francisco de Urbino começou a amadurecer sua vocação religiosa, contra a qual na verdade relutou. A família, especialmente o pai, desejava para ela um casamento de vantagens políticas para o ducado. Mas Camila recusou, e após sete meses de grave doença, compreendeu o chamado de Deus e se decidiu pela vida religiosa. Em 1481, com 23 anos, finalmente entrou no mosteiro das Irmãs Pobres de Santa Clara de Urbino, adotando o nome de Irmã Batista. Fez os votos definitivos em 1843, e redigiu “As Recordações de Jesus”, registrando as instruções e admoestações de Jesus que Dele recebera ainda no palácio paterno. No ano seguinte, seu pai constrói um mosteiro em Camerino, movido por saudades, e Irmã Batista, com outras oito irmãs, nele funda uma nova comunidade de clarissas, sob a regra própria de Santa Clara e não das urbinistas. Ali foi humilde, servindo atentamente às necessidades das irmãs; várias vezes foi eleita abadessa, e viveu anos de intensas experiências místicas centradas na Paixão e Morte de Cristo, mas também com visões de Nossa Senhora, Santa Clara e dos anjos. Entre 1488 e 1490, sofreu grande crise espiritual, e escreveu livros. "As Dores Mentais de Jesus na Sua Paixão", de 1488, serviu como guia de meditação para grandes santos, e deve ter sido baseado nas revelações que o Senhor dignou-Se a lhe mostrar sobre todos os tormentos da Sua agonia. Seu confessor, Beato Domenico de Leonessa, a instruiu a escrever sua autobiografia, chamada “A vida Espiritual”, redigida em 1491. Outras obras se seguiram, como “Instruções ao Discípulo”, dirigida ao sacerdote franciscano João de Fano. Em 1501, os tumultos políticos na Itália da época atingiram Camerino. O devasso Papa Alexandre VI excomunga o pai de Camila, Júlio, por interesses políticos, e seu general, César Borgia (que inspirou o livro “O Príncipe” de Maquiavel, por causa da sua infame conduta), prende Júlio e seus três irmãos. Camila e outra irmã clarissa, parente dos Varano, fogem refugiadas para Fermo, e depois seguem a pé para Atri, onde são recebidas pela duquesa Isabel Piccolomini. Também conseguem escapar a mãe de Camila, seu irmão mais novo João Maria e seu sobrinho Sigismundo. Em 1503 Júlio e irmãos foram assassinados, mas após a morte de Alexandre VI e portanto com o fim do apoio a César Borgia, os Colonna e o papa Júlio II ajudaram João Maria a retomar Camerino. A abadessa Camila Batista perdoou os inimigos, retornando à cidade. Em 1505 retorna a Fermo para fundar um mosteiro clarissiano por ordem do Papa. Em 1511 morre sua amada mãe adotiva, Joana Malatesta. A triste decadência dos costumes eclesiásticos, nesta época, que aliás serviriam em parte como motivo para a heresia protestante de Martinho Lutero em 1517, levava Irmã Batista a um tão grande desejo de correção na Igreja que, de acordo com uma irmã, não conseguia dormir nem comer, ficando por isso gravemente doente. Em 1521, vai a São Severino, nas Marcas, para fundar um novo mosteiro. Ficou conhecida como reformadora da Ordem de Santa Clara por observar com radicalidade a sua Regra, por exemplo cultivando com empenho a pobreza pessoal e comunitária. Por esta época, escreveu “A Pureza do Coração”, a pedido de um religioso, um itinerário de perfeição a partir da sua experiência de vida. Irmã Batista escreveu em Latim e majoritariamente no seu dialeto da Umbria, um legado místico famoso e notável pela originalidade, espiritualidade e linguagem vividamente pictórica. Por isso foi considerada uma das maiores eruditas do seu tempo e admirada por São Filipe Néri e Santo Afonso. Contribuiu também para a instituição dos Capuchinhos, intercedendo ao Papa Clemente VIII em favor da aprovação deste ramo franciscano em 1524; o beato Mateus de Bascio, seu fundador, antes de ser frade havia sido protegido dos Varano. Em 1524, na festa de Corpus Christi, 31 de maio, irmã Batista faleceu em decorrência da peste que assolou a Itália. A exumação do corpo, 30 anos depois, o revelou em perfeito estado de conservação. Nova exumação em 1593 expôs a língua ainda fresca e vermelha.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Fonte: a12.com – evangeli.net- evangelhoquotidiano.org

quarta-feira, 29 de maio de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 30. MAIO. 024

 

Bom dia evangelho


30 de maio de 2024

Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo (B)

A solenidade de Corpus Christi, que os católicos celebramos todos os anos na primeira quinta-feira após a Oitava de Pentecostes, não existiu na Igreja desde sempre. O marco de sua instituição é a bula Transiturus de hoc mundo, do Papa Urbano IV, publicada a 11 de agosto de 1264, e que pode ser lida com grande interesse no site do Vaticano.

Oração: Senhor Deus, que sempre combateis por nós, concedei-nos por intercessão de Santa Joana d’Arc expulsar de nossas vidas a invasão das tentações e pecados, que de Vós nos afastam, e pretendem nos dominar com falsas promessas de bens deturpados; pois só Vos ouvindo, e obedecendo à Palavra que ensinas é que restauraremos Vosso reinado na alma e poderemos participar da Vossa corte celestial. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mc 14,12-16.22-26):

 No primeiro dia dos Pães sem fermento, quando se sacrificava o cordeiro pascal, os discípulos perguntaram a Jesus: «Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa?» Jesus enviou então dois dos seus discípulos, dizendo-lhes: «Ide à cidade. Um homem carregando uma bilha de água virá ao vosso encontro. Segui-o e dizei ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre manda perguntar: Onde está a sala em que posso comer a ceia pascal com os meus discípulos? ’ Ele, então, vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada. Lá fareis os preparativos para nós!» Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como ele tinha dito e prepararam a ceia pascal.
Enquanto estavam comendo, Jesus tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e lhes deu, dizendo: «Tomai, isto é o meu corpo». Depois, pegou o cálice, deu graças, passou-o a eles, e todos beberam. E disse-lhes: «Este é o meu sangue da nova Aliança, que é derramado por muitos. Em verdade, não beberei mais do fruto da videira até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus».
Depois de cantarem o salmo, saíram para o Monte das Oliveiras

«Tomai, isto é o meu corpo. Este é o meu sangue» - Mons. José Ángel SAIZ Meneses, Arcebispo de Sevilha(Sevilla, Espanha)

Hoje, celebramos solenemente a presença eucarística de Cristo entre nós, o “dom por excelência”: «Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo. (...). » (Mc 14,22.24). Disponhamo-nos a suscitar na nossa alma o “assombro eucarístico” (S. João Paulo II).
O povo judeu na sua ceia pascal comemorava a história da salvação, as maravilhas de Deus para com o seu povo, especialmente a libertação da escravidão do Egipto. Nesta comemoração, cada família comia o cordeiro pascal. Jesus Cristo converte-se no novo e definitivo cordeiro pascal sacrificado na cruz e comido em Pão Eucarístico.
A Eucaristia é sacrifício: é o sacrifício do corpo imolado de Cristo e do seu sangue derramado por todos nós, antecipado na Última Ceia. Ao longo da história irá sendo actualizado em cada Eucaristia. Nela temos o alimento: é o novo alimento que dá vida e força ao cristão enquanto caminha em direcção ao Pai.
A Eucaristia é presença de Cristo entre nós. Cristo ressuscitado e glorioso permanece entre nós de maneira misteriosa, mas real na Eucaristia. Esta presença provoca uma atitude de adoração por nossa parte e uma atitude de comunhão pessoal com Ele. A presença eucarística garante-nos que Ele permanece entre nós e opera a obra da salvação.
A Eucaristia é mistério de fé. É o centro e a chave da vida da Igreja. É a fonte e raiz da existência cristã. Sem vivência eucarística a fé cristã ficaria reduzida a uma filosofia.
Jesus dá-nos o mandamento do amor de caridade na instituição da Eucaristia. Não se trata da última recomendação do amigo que parte para longe ou do pai que vê a morte aproximar-se. É a afirmação do dinamismo que Ele nos oferece. Pelo Baptismo começamos uma vida nova, que é alimentada pela Eucaristia. O dinamismo desta vida leva a amar os outros, e é um dinamismo em crescimento até dar a vida: nisto se verá que somos cristãos.
Cristo ama-nos porque recebe a vida do Pai. Nós amaremos recebendo do Pai a vida, especialmente através do alimento eucarístico.

Santa Joana d'Arc

Joana nasceu no vilarejo de Domrémy, Ducado de Lorena, França, em 1412. Era filha de camponeses, demonstrando desde a infância muita piedade; gostava da contemplação e das celebrações litúrgicas, interessando-se pelo Catecismo e Doutrina Católica, embora analfabeta – assinava o nome com uma cruz. Trabalhava em casa e às vezes com as ovelhas do pai. Aos 13 anos começou a ter experiências místicas, ouvindo as vozes que identificou mais tarde como sendo as do Arcanjo São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida de Antioquia. O anjo dizia que ela deveria socorrer o rei da França. Os pais pensaram que a menina estivesse enlouquecendo. Neste período, a França, um dos maiores países católicos do mundo, mas dividida internamente e sofrendo decadência moral e religiosa, lutava na chamada Guerra dos Cem Anos (1337-1453) contra a invasora Inglaterra, que reivindicava o trono francês. Aos 17 anos, Joana, orientada pelas vozes celestes, entendeu que deveria encontrar o legítimo rei francês, Carlos VII, e trabalhar para a sua coroação (Henrique V da Inglaterra, neste período da guerra, tinha mais comando do país, e seu filho Henrique VI, então ainda um menino, veio a ser coroado rei da Inglaterra em 1429 e rei da França em 1431), bem como liderar os exércitos para combater os ingleses e expulsá-los da França. Obviamente, o processo de uma camponesa iletrada chegar ao rei não foi simples, mas por fim ela o conseguiu em 1429. Para testar o que se dizia dela, que era enviada por Deus, Carlos VII disfarçou-se e um impostor foi colocado em seu lugar, com todo o aparato real. Joana, que nunca tinha visto a face de Carlos, sem se importar com o falso regente procurou e encontrou entre os presentes o legítimo monarca, dirigindo-se a ele e apresentando sua missão divina. Isto impressionou a todos, mas só após muitos testes, e a evidência de que ela conhecia coisas que só lhe poderiam ter sido reveladas por Deus, o rei concordou em seguir as suas orientações. Joana, sempre vestida como um homem, tanto para não chamar a atenção dos adversários como para não provocar o desejo dos combatentes, passou a comandar os exércitos franceses. Sua presença disciplinava os soldados, e ela exigia deles um comportamento digno e orações: as prostitutas que acompanham a soldadesca foram expulsas, o jogo e a bebida proibidos; os soldados passaram a ter acesso aos Sacramentos e à Santa Missa, confessando e comungando antes das batalhas. O carisma sobrenatural de Joana impunha respeito e animava os soldados, que a viam como um ser angelical. Jamais a desrespeitaram. Foi-lhe infundido um conhecimento militar que não possuía, e, montada num cavalo, com um estandarte trazendo as imagens de Jesus e Nossa Senhora em uma mão e uma espada na outra, que entretanto nunca usou, ela não apenas organizava as ações, como participava na vanguarda das batalhas. Sua primeira ação militar foi debelar o cerco que os ingleses faziam na cidade de Orleans. Seguiram-se várias campanhas, nas quais nem sempre os generais a obedeciam totalmente. Ainda assim sucederam-se as vitórias francesas, até que no vale de Loire os ingleses perderam 2.200 soldados e seu comandante foi preso. Isto permitiu a Carlos chegar à cidade de Reims, onde finalmente foi coroado, em julho de 1429. A guerra continuou, sempre a favor da França, na qual restavam ainda poucas regiões invadidas. Mas o rei não foi verdadeiramente grato a Joana. Contrariamente à vontade dela, insistiu para que participasse na reconquista de Paris. No cerco de Compiègne, em 1430, Joana foi capturada à traição pelos borgonheses, colaboradores dos ingleses, que a receberam em troca de dinheiro. Foi então montado um processo iníquo, grotesco e ilegal contra ela, conduzido por Pedro Cauchon, um bispo traidor membro do Conselho Inglês em Rouen, e que agiu como “autoridade” inquisitorial. Sem qualquer auxílio, do rei ou advogados, a que tinha direito e que lhe foi negado, ela enfrentou todo tipo de acusações, sob maus tratos e pressões, num proceder cada vez mais arbitrário e contrário às leis – pois, divinamente inspirada, a tudo respondia com exatidão, de modo que por mais que a tentassem confundir, não conseguiam que desse motivos para nenhuma condenação. Durante quatro semanas, presa numa cadeia de ferro e humilhada constantemente, Joana manteve-se fiel às suas razões e missão divina; por proteção divina, sua virgindade foi mantida. Por fim, sem mais argumentos, foi condenada por usar roupas masculinas – as de quando capturada em batalha – e sob a alegação de bruxaria, por dizer que ouvia vozes divinas na ordem para restaurar o reinado francês: o tribunal “interpretou” tais vozes como demoníacas e a condenou à fogueira. Foi executada a 30 de maio de 1431, com 19 anos, numa praça pública de Rouen, afirmando até o final a veracidade das vozes e da sua missão divina. Depois da sua morte, os ingleses continuaram perdendo a guerra, definida com a derrota em Castillon, 1453. Apenas Calais permaneceu como posse inglesa continental, mas também foi capturada em 1558. O Papa Calisto III, a pedido dos pais de Joana, reviu seu processo 20 anos depois, constatando a sua completa injustiça, e a reabilitando publicamente. Joana d’Arc foi canonizada, reconhecida como Mártir da Pátria e da Fé e proclamada padroeira da França.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Fonte: a112.com – evangeli.net – evangelho.quotidiano.org

segunda-feira, 27 de maio de 2024

bom dia evangelho - 29. maio. 024

 

Bom Dia evangelho


Quarta-feira da 8ª semana do Tempo Comum

Oração: Senhor Deus dos Exércitos, concedei-nos, por intercessão de Santa Úrsula Ledochowska, enfrentar as guerras, sobretudo espirituais, contra Vós, a Igreja e as famílias, vivendo de forma santa e caridosa, para que como ela sirvamos ao Vosso Sagrado Coração, em consolo à agonia que O fere e em favor da salvação nossa e dos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mc 10,32-45): 

Estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia à frente, e eles, assombrados, seguiam com medo. Jesus, outra vez, chamou os doze de lado e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele: «Estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. Vão zombar dele, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo, mas três dias depois, ele ressuscitará».
Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: «Mestre, queremos que faças por nós o que te vamos pedir». Ele perguntou: «Que quereis que eu vos faça?». Responderam: «Permite que nos sentemos, na tua glória, um à tua direita e o outro à tua esquerda!». Jesus lhes disse: «Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizados com o batismo com que eu vou ser batizado?». Responderam: «Podemos». Jesus então lhes disse: «Sim, do cálice que eu vou beber, bebereis, com o batismo com que eu vou ser batizado, sereis batizados. Mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não depende de mim; é para aqueles para quem foi preparado».
Quando os outros dez ouviram isso, começaram a ficar zangados com Tiago e João. Jesus então os chamou e disse: «Sabeis que os que são considerados chefes das nações as dominam, e os seus grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos».

«Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos»

Rev. D. René PARADA Menéndez(San Salvador, El Salvador)

Hoje, o Senhor nos ensina qual deve ser nossa atitude ante a Cruz. O amor ardente à vontade de seu Pai, para consumar a salvação do gênero humano —de cada homem e mulher— lhe move ir depressa a Jerusalém, onde «Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus. “Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas sim, a espada» (cf. Mt 10,33-34). Mesmo que às vezes não entendamos ou, inclusive, tenhamos medo ante a dor, o sofrimento ou as contradições de cada jornada, procuremos unir-nos —por amor à vontade salvadora de Deus— com o oferecimento da cruz de cada dia.
A prática constante da oração e os sacramentos, especialmente o da Confissão pessoal dos pecados e o da Eucaristia, acrescentarão em nós o amor a Deus e aos demais por Deus de modo que seremos capazes de dizer «Podemos!» (Mc 10,39), a pesar de nossas misérias, medos e pecados. Sim, poderemos abraçar a cruz de cada dia (cf. Lc 9,23) por amor, com um sorriso; essa cruz que se manifesta no ordinário e cotidiano: a fatiga no trabalho, as dificuldades normais na vida, família e nas relações sociais, etc.
Só se abraçamos a cruz de cada dia, negando nossos gostos para servir aos demais, assim conseguiremos identificar-nos com Cristo, que «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mc 10,45). João Paulo II explicava que «o serviço de Jesus chega a sua plenitude com a morte na Cruz, ou seja, com o dom total de si mesmo». Imitemos, pois, a Jesus Cristo, transformando constantemente nosso amor a Ele em atos de serviço a todas as pessoas: ricos ou pobres, com muita ou pouca cultura, jovens o anciãos, sem distinção. Atos de serviço para aproximá-los a Deus e liberá-los do pecado.

Santa Úrsula Ledochowska

Júlia Ledochowska nasceu em 1865, filha de nobres pais poloneses residentes na Áustria. Sua irmã mais velha, Maria Teresa, fundadora de uma congregação, foi canonizada. Seu irmão Vladimiro, sacerdote, foi o 26º preposto-geral dos jesuítas. A família permaneceu na Áustria até o final dos seus estudos na adolescência, voltando depois para a terra natal e estabelecendo-se na Croácia. Com 21 anos, entrou no convento das irmãs ursulinas de Cracóvia, adotando o nome de Úrsula em homenagem à fundadora da Ordem quando da profissão dos votos perpétuos, em 1899. Possuía um pendor educativo e por isso fundou um pensionato para as jovens estudantes, entre as quais promovia a Associação das Filhas de Maria. Durante quatro anos foi superiora do convento, quando, chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, foi para a Rússia, a dirigir um internato de estudantes polonesas, exiladas. O governo do país reprimia atividades religiosas, mesmo as assistenciais, e por isso ela e demais freiras (em número crescente) tinham que usar roupas civis, por segurança. A comunidade, uma casa autônoma das Ursulinas, vivia escondida do contínuo monitoramento da polícia secreta nacional, realizando intenso trabalho de formação religiosa e educativa, e buscando a aproximação entre russos e polacos. Em 1909 fundou uma casa das ursulinas na Finlândia, seguindo um modelo inglês de pensionato e escola ao ar livre para moças doentes, e outra casa ursulina em Petersburgo, no mesmo ano. Foi perseguida pela polícia russa durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), por causa da sua origem austríaca, e por isso foi para a Suécia no início da guerra. Aí fundou um pensionato e uma escola, e ainda o jornal Solglimstar (“Vislumbres do Sol”), voltado para o apostolado católico, e que até hoje é editado. Em 1917 foi para a Dinamarca, assistindo aos poloneses perseguidos, voltando para a Polônia em 1919. Mas em 1920, abandonou a Ordem, para fundar uma nova: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, dedicada ao cuidado dos jovens abandonados, pobres, velhos e crianças, e aprovada pelo Vaticano em 1930. Por causa da cor do hábito, as novas irmãs ficaram conhecidas na Polônia como “ursulinas cinzas”; e na Itália por “irmãs polonesas”. Rapidamente a Ordem espalhou-se pela Europa, e quando Madre Úrsula Ledochowska faleceu, aos 29 de maio de 1939 em Roma, existiam já 35 casas e mais de 1.000 irmãs. Santa Úrsula Ledochowska escreveu vários livros em Polonês, que tiveram tradução para o Italiano.

Reflexão: Mesmo perseguida, Santa Úrsula Ledochowska fez o bem por onde esteve. Este fruto de santidade teve origem sem dúvida no seio familiar, de onde sua irmã também veio a ser canonizada. Nunca será suficientemente enfatizada a importância de uma família bem estruturada em Cristo… Úrsula seguiu o exemplo do próprio lar e preocupou-se com o cuidado dos jovens abandonados, pobres, velhos e crianças, mas sobretudo no que mais a marcou na casa paterna: a formação educacional e acima de tudo espiritual. A ênfase na atenção às moças, durante a maior parte da sua vida, reflete também uma herança da família, pois esta é estruturada, numa concepção católica, com base na esposa e mãe. Não à toa os que combatem Deus e a Igreja se esforçam de forma tão agressiva, atualmente, para deturpar a condição feminina, procurando convencer as jovens de que elas não devem ter qualquer responsabilidade como esposas e mães, e nem mesmo em serem o que são, mulheres! As falsas promessas de “igualdade” apenas escondem apelos à luxúria (o que na prática as torna, então sim, submissas e desvalorizadas), à ambição material e à ilusão de que devem competir (e não cooperar do seu modo único e específico) com os homens – como se fossem homens e não do sexo feminino, um contrassenso espiritual, moral, natural e biológico. E que, naturalmente, não traz a felicidade de anuncia, na medida em que é uma violência contra a própria natureza feminina. Que Deus suscite muitas outras mulheres como Úrsula, capazes de reconhecer a realidade e a verdade, e viver e ensinar com propriedade a condição divina da mulher, segundo o plano de Deus. A Igreja sempre teve que enfrentar perseguições, que aliás teve modernamente grande incremento a partir da mesma Rússia em que trabalhou Santa Úrsula, com o advento do seu governo comunista, condenado diretamente por Nossa Senhora em Fátima no ano mesmo (1917) da sua implementação regada a sangue. A necessidade de levar a Boa Nova, a Verdade, portanto, não apenas continua, mas aumentou, e este mandato de Cristo deve ser sempre obedecido pela oração, exemplo de santidade e evangelização perseverante.

Fonte: a12.com – evangeli.net – evangelhoquotidiano.org

bom dia evangelho - 28. maio. 024

 

Bom dia evangelho

28 de maio de 2024 - Terça-feira da 8ª semana do Tempo Comum

Foto: Rádio Nova de Maria - Cabo Verde

As ilhas de São Vicente, Santiago e Fogo acolhem no próximo mês de julho, três ordenações sacerdotais, garante o novo Custódio da Congregação Frei Gilson Frede.

A Fraternidade em Cabo Verde comemora ainda bodas de prata do Frei Matias Silva e bodas de ouro presbiteral do Frei Antonio Fidalgo.

Mais um marco histórico para a Ordem no país, assevera Frei Gilson Frede.

Oração: Pai Celestial, São Bernardo de Menthon protegeu os viajantes dos ladrões nos Alpes e criou hospedarias para as pessoas que faziam peregrinações. Peço a Ele que cuide de mim ao percorrer caminhos desconhecidos e provavelmente perigosos na jornada de minha vida e peço pela segurança e pelas provisões de que preciso para chegar ao destino que o Senhor deseja que eu vá. Se eu me perder, traga anjos ao meu lado para me guiar de volta ao caminho certo. Que cada passo me aproxime mais do Senhor. São Bernardo de Menthon, rogai por mim. Amém.

Evangelho (Mc 10,28-31):

Pedro começou a dizer-lhe: «Olha, nós deixamos tudo e te seguimos». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: todo aquele que deixa casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida — casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, vida eterna. Muitos, porém, que são primeiros, serão últimos; e muitos que são últimos serão primeiros».

«Todo aquele que deixa casa, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida ,e, no mundo futuro, vida eterna»

Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga(Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, como aquele amo que ia todas as manhãs à praça procurar trabalhadores para a sua vinha, o Senhor procura discípulos, seguidores, amigos. A sua chamada é universal. É uma oferta fascinante! O Senhor dá-nos confiança. Mas põe uma condição para ser seus discípulos, condição essa que nos pode desanimar: temos que deixar «casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho» (Mc 10,29).
Não há contrapartida? Não haverá recompensa? Isto aporta algum benefício? Pedro, em nome dos Apóstolos, recorda ao Maestro: «Nós deixamos tudo e te seguimos» (Mc 10,28), como querendo dizer: que ganharemos com tudo isto?
A promessa do Senhor é generosa: «recebe cem vezes mais agora, durante esta vida (…); e, no mundo futuro, vida eterna» (Mc 10,30). Ele não se deixa ganhar em generosidade. Mas acrescenta: «com perseguições». Jesus é realista e não quer enganar. Ser seu discípulo, se o formos de verdade, nos trarão dificuldades, problemas. Mas Jesus considera as perseguições e as dificuldades como um prêmio, pois nos fazem crescer, se as soubermos aceitar e vive-las como uma ocasião para ganhar maturidade e responsabilidade. Tudo aquilo que é motivo de sacrifício assemelha-nos a Jesus Cristo que nos salva pela sua morte em Cruz.
Estamos sempre a tempo para revisar a nossa vida e aproximar-nos mais de Jesus Cristo. Estes tempos, todo o tempo permitem-nos —através da oração e dos sacramentos— averiguar se entre os discípulos que Ele procura estamos nós, e veremos também qual deve ser a nossa resposta a esta chamada. Ao lado de respostas radicais (como a dos Apóstolos) há outras. Para muitos, «deixar casa, irmãos, irmãs, mãe…» significará deixar tudo aquilo que nos impeça de viver em profundidade a amizade de Jesus Cristo e, como consequência, ser-lhe seus testemunhos perante o mundo. E isso é urgente, não achas?

São Bernardo de Menthon

A origem de Bernardo de Menthon é pouco conhecida, mas é provável que tenha nascido no Castelo de Menthon em Savoy, numa família de barões. Morreu em 1081. Em 1923 o Papa Pio XI confirmou São Bernardo como padroeiro dos Alpes e dos alpinistas. Após concluir os estudos em Paris, ele descobriu a sua vocação ao sacerdócio. Procurou os cânones regulares do vale de Aosta, do outro lado dos Alpes. O arquidiácono do vale o acolheu com carinho e compreensão. Foi sob a orientação do arquidiácono Pedro que Bernardo progrediu rapidamente em sua fé sendo ordenado sacerdote e pouco tempo depois arquidiácono de Aosta, substituindo Pedro. Em sua nova função percebeu que os velhos costumes pagãos continuavam entre o povo dos Alpes, e dedicou-se à sua conversão. Por quarenta e dois anos ele continuou pregando o Evangelho ao povo dos Alpes e até mesmo em muitas outras áreas, conseguindo muitas conversões. Ele tinha fama de santidade e de fazer muitos milagres. São Bernardo além de sua bondade e dedicação aos mais pobres, também ficou famoso porque havia um caminho através dos Alpes Penino, o que hoje é a Passagem do Grande São Bernardo. Esse caminho era coberto de neve e muito perigoso, mas era frequentemente usado por peregrinos a caminho de Roma. Para ajudar e proteger os viajantes, São Bernardo fundou um mosteiro que também era uma hospedaria, no ponto mais alto dos Alpes. Mais tarde, construiu outra hospedaria e outro mosteiro num ponto mais baixo das montanhas dos Alpes Graian que ficou conhecido por Pequeno São Bernardo. Com a aprovação pontifícia em Roma obtida por São Bernardo, os mosteiros do pequeno e grande São Bernardo dos Alpes passaram a ser administrados pelos monges e eram conhecidos pela hospitalidade oferecida a todos e tinham o nome de seu fundador. São Bernardo morreu em 1081, foi enterrado no Mosteiro de São Lourenço, apesar de sua fama de santidade, ele só foi canonizado oficialmente em 1681 pelo Papa Inocêncio XI.

Reflexão: São Bernardo de Menthon defendia valores como a caridade, a compaixão, a humildade, a paciência e a fé em Deus, que inspiravam outras pessoas ao longo da história por meio de sua dedicação à caridade e à assistência aos mais necessitados, bem como por sua vida espiritual exemplar. Podemos aplicar no nosso dia a dia o exemplo de São Bernardo por meio da prática da caridade, da oração e do amor ao próximo, buscando sempre a paz interior e a união com Deus.

Fonte: a12.com – evangeli.net – evangelhoquotidiano.org

sexta-feira, 24 de maio de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 27 .MAIO. 024

 

BOM DIA EVANGELHO


27 DE MAIO DE 2024

Segunda-feira da 8ª semana do Tempo Comum

Oração: Dai-nos, Senhor Deus, por intercessão de Santo Agostinho de Cantuária, a graça de bem nos prepararmos em humildade e conhecimento Vosso para vencer as distâncias que nos separam de Vós, a fim de que possamos incansavelmente levar a Boa Nova ao nosso próximo – tanto no sentido da nossa fraternidade como Vossos filhos, como no de haver sempre mais um a quem devemos amar e por isso evangelizar. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

1.ª Carta de São Pedro 1,3-9.

Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, na sua grande misericórdia, nos fez renascer, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos, para uma esperança viva,
para uma herança que não se corrompe, nem se mancha, nem desaparece. Esta herança está reservada nos Céus para vós,
que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que se vai revelar nos últimos tempos.
Isto vos enche de alegria, embora vos seja preciso ainda, por pouco tempo, passar por diversas provações,
para que a prova a que é submetida a vossa fé – muito mais preciosa que o ouro perecível, que se prova pelo fogo – seja digna de louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo Se manifestar.
Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, acreditais nele. E isto é para vós fonte de uma alegria inefável e gloriosa,
porque conseguis o fim da vossa fé: a salvação das vossas almas.

Livro dos Salmos 111(110),1-2.5-6.9.10c.

Louvarei o Senhor de todo o coração
no conselho dos justos e na assembleia.
Grandes são as obras do Senhor,
admiráveis para os que nelas meditam.

Deu sustento àqueles que O temem
e jamais se esquecerá da sua aliança.
Fez ver ao seu povo a força das suas obras,
para lhe dar a herança das nações.

Enviou a redenção ao seu povo,
firmou com ele uma aliança eterna;
santo e venerável é o seu nome,
o louvor do Senhor permanece para sempre.

Evangelho segundo São Marcos 10,17-27.

Naquele tempo, ia Jesus pôr-Se a caminho, quando um homem se aproximou correndo, ajoelhou diante dele e Lhe perguntou: «Bom Mestre, que hei de fazer para alcançar a vida eterna?».
Jesus respondeu: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus.
Tu sabes os mandamentos: "Não mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe"».
O homem disse a Jesus: «Mestre, tudo isso tenho eu cumprido desde a juventude».
Jesus olhou para ele com simpatia e respondeu: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me».
Ao ouvir estas palavras, o homem ficou abatido e retirou-se pesaroso, porque era muito rico.
Então Jesus, olhando à sua volta, disse aos discípulos: «Como será difícil para os que têm riquezas entrar no Reino de Deus!».
Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. Mas Jesus afirmou-lhes de novo: «Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus!
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus».
Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode então salvar-se?».
Fitando neles os olhos, Jesus respondeu: «Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a Deus tudo é possível».(Tradução litúrgica da Bíblia)

Santa Catarina de Sena (1347-1380) -terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa -Carta 74 a Barnabé Visconti, n.º 191

Fostes amado antes de serdes amado...

Caríssimo Padre, que coração há que seja tão duro e obstinado que não amoleça quando vê o amor que a Bondade divina tem por ele? Amai, amai, pensai que fostes amado antes de serdes amado. Porque Deus, olhando para dentro de Si mesmo, apaixonou-Se pela beleza da sua criatura e criou-a, movido pelo ardor da sua inefável caridade, com o único fito de que ela tivesse a vida eterna e gozasse da felicidade infinita de que Ele goza em Si mesmo. Ó amor inefável, que bem provastes esse amor! Embora o homem tenha perdido a graça pelo pecado mortal, pela desobediência cometida contra Vós, Senhor, não ficou privado dela. Considerai, Padre, com que meios a misericórdia do Espírito Santo restituiu a graça ao homem; vede como a suprema grandeza de Deus Se revestiu da escravidão da nossa humanidade de tal humilhação, com humildade tão profunda, que todo o nosso orgulho deve ser por ela confundido. Corem, pois, os insensatos filhos de Adão, ao verem Deus humilhado até ao homem, como se o homem fosse senhor de Deus e não Deus Senhor do homem; porque o homem não é nada em si mesmo; tudo o que tem, deu-lho Deus por graça e não por obrigação. [...] Sim, Padre, por amor de Deus, aumentai o fogo do vosso desejo, querendo dar a vossa vida por Jesus crucificado, o vosso sangue por amor do seu sangue. Oh, que feliz seria a vossa alma e a minha, que tanto ama a vossa salvação, se vos visse dar a vida pelo nome do doce e bom Jesus. Peço à soberana e eterna Bondade que nos torne dignos da felicidade de Lhe sacrificarmos a vida. Correi, pois, com generosidade a realizar grandes coisas para Deus. [...] Respondei à voz e à misericórdia do Espírito Santo, que vos chama com tal doçura.

Santo Agostinho da Cantuária

Agostinho nasceu em Roma, Itália, no primeiro terço do século V. Era monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo Papa Gregório Magno, o mesmo que destinou missionários para as ilhas da Grã Bretanha. Esta região havia sido já cristianizada, mas a partir de 596 a invasão dos Saxões, Anglos e Jutos, germânicos e pagãos, expulsaram os missionários celtas, e os Bretões nativos voltaram à idolatriaAgostinho, então prior do mosteiro, foi escolhido para seguir com 40 monges na missão de reevangelização. Em 597 partiram, inicialmente para a ilha de Lérin, na França. Ali ouviram sobre muitas barbaridades cometidas pelos bretões, e Agostinho, preocupado, recorreu ao Papa. Mas São Gregório o animou, dando-lhe a informação de que Etelberto, rei dos Jutos de Kent, não era hostil ao Catolicismo, tendo inclusive casado com Berta, uma princesa cristã francesa (e a seu pedido construiu uma igreja). A chegada a Kent, neste ano, foi favorável. Imediatamente após o desembarque, Agostinho seguiu em procissão até diante do rei e, com o auxílio de um intérprete, lhe fez um resumo das verdades da Fé católica, pedindo licença para levá-la ao reino, no que foi atendido. Estabeleceram-se os missionários na capela de São Martinho, na Cantuária, que persistira às invasões. Inicialmente houve resistência do povo, e por isso Agostinho, com a concordância do Papa, permitiu algumas adaptações litúrgicas à cultura local. Impressionado com a coragem e as pregações dos missionários, Etelberto converteu-se – viria a tornar-se santo –, bem como todos os nobres da sua corte. Pelo Natal, mais de 10.000 anglo-saxões haviam sido batizados, praticamente todo o reino. Animado, o Papa enviou mais missionários e tornou Agostinho Arcebispo e Metropolita da Inglaterra em 601. Como tal, podia criar dioceses, como a de Cantuária, Londres e Rochester. O seu trabalho se desenvolveu através dos séculos, e a conversão da Grã Bretanha só não foi completa na sua época porque estava dividida em vários reinos rivais, e a influência de Etelberto estendia-se apenas na região leste da ilha. Santo Agostinho faleceu em 25 de maio de 604, e suas relíquias estão na igreja de Cantuária, sua primeira diocese.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: A obra de Santo Agostinho de Cantuária nos ensina, como destaque, duas coisas: aproveitar destemidamente as oportunidades favoráveis de evangelização, e a obediência às orientações da Igreja, apresentadas por aqueles que nela são reconhecidos como santos. Deste modo, poderemos sempre, como ele entre Lérin e Grã-Bretanha, passar de uma ilha a outra, ou seja, unir os irmãos no continente de amor que se abre aos que buscam servir a Deus e aos irmãos. Esta é a viagem que devemos fazer nesta vida, na barca da Igreja.

FONTE: A12.COM – EVANGELI.NET- EVANGELHOQUOTIANO.ORG