Oração:
Glorioso Santo André Humberto Fournet, hoje eu te escolho como meu
padroeiro especial: sustenta-me na Esperança, confirma-me fortalece-me na
Virtude. Ajude-me em minha luta espiritual, obtenha de Deus todas as graças que
me são mais necessárias e os méritos para alcançar contigo a Glória Eterna...
Evangelho (Jo 16,29-33):
Os seus discípulos disseram: «Agora, sim, falas
abertamente, e não em figuras. Agora vemos que conheces tudo e não precisas que
ninguém te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de junto de Deus!».
Jesus respondeu: «Credes agora? Eis que vem a hora, e já chegou, em que vos
dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis sozinho. Mas eu não estou
só. O Pai está sempre comigo. Eu vos disse estas coisas para que, em mim,
tenhais a paz. No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo».
«Mas tende coragem! Eu venci o mundo» - Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala(Vic, Barcelona, Espanha)
Hoje podemos ter a sensação de que o mundo da fé em
Cristo se debilita. Existem várias notícias que vão contra a fortaleza que
quereríamos receber de uma vida fundamentada integramente no Evangelho. Os
valores do consumismo, do capitalismo, da sensualidade e do materialismo estão
em voga e em contra de tudo o que suponha pôr-se em sintonia com as exigências
evangélicas. Não obstante, este conjunto de valores e de formas de entender a
vida não nos dão nem a plenitude pessoal nem a paz, mas apenas trazem mais mau
estar e inquietude interior. Não será por isso que, hoje, as pessoas que vão
pela rua enferrujadas, fechadas e preocupadas com um futuro que não vêm nada
claro, precisamente porque o hipotecaram ao preço de um carro, de um
apartamento ou de umas férias que, de fato, não se podem permitir?
As palavras de Jesus convidam-nos à confiança: «Eu venci o mundo» (Jo 16,33),
quer dizer, pela sua Paixão, Morte e Ressurreição alcançou a vida eterna,
aquela que não tem obstáculos, aquela que não tem limite e superou todas as
dificuldades.
Os de Cristo vencemos as dificuldades tal e como Ele as venceu, apesar de na
nossa vida também termos de passar por sucessivas mortes e ressurreições, nunca
desejadas mas assumidas pelo próprio Mistério Pascal de Cristo. Por acaso não
são “mortes” a perca de um amigo, a separação da pessoa amada, o fracasso de um
projeto ou as limitações que experimentamos por causa da nossa fragilidade
humana?
Mas «em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou» (Rom
8,37). Sejamos testemunhas do amor de Deus, porque Ele em nós «fez (…) grandes
coisas» (Lc 1,49) e deu-nos a sua ajuda para superar todas as dificuldades,
inclusivamente a da morte, porque Cristo nos comunica o seu Espírito Santo.
André Humberto Fournet, nasceu em uma família de dez filhos, em 6 de dezembro de 1752, em Saint Pierre de Maillé, na França. Ele era uma criança muito inquieta, que preferia brincar a estudar. Na juventude, gostava da vida fácil, com regalias, das festas e diversões. Ao ver a vida sem sentido que o filho estava levando, seus pais o mandaram morar com seu tio que era pároco de Haims. Depois de algum tempo, o menino decidiu se tornar sacerdote. Em 1776, ordenou-se em Poitiers, foi nomeado Vigário de Haims e depois pároco de São Pedro em Maillé. Embora tenha sido ordenado sacerdote, o Padre André continuava apegado às comodidades, via o sacerdócio como uma profissão, não como uma missão. Um encontro mudou o rumo da sua vida. Depois de uma conversa com um mendigo que lhe fez repensar em tudo o que havia vivido até aquele momento, o Padre André sentiu-se incomodado, vendeu tudo o que tinha e distribuiu aos pobres. Passou a viver com mais simplicidade e humildade. Começou a viver com austeridade, dedicando-se à oração, ao jejum e à penitência. Seus sermões tocavam o coração das pessoas, eram simples e compreensíveis. Em 1791, durante o período da Revolução, recusou-se assinar a Constituição Civil do Clero e foi expulso da França, refugiando-se na Espanha. Em 1797, retornou para a França na clandestinidade, e se manteve escondido celebrando os sacramentos para os fiéis. Quando a paz voltou à França, e à Igreja, o Padre André voltou à sua paróquia e trabalhou refazendo tudo o que havia sido destruído, recebendo o título de “Bom Padre”, pelo exemplo de sua santidade. Trabalhou junto com Elisabetta Bichier, na educação cristã de meninas, especialmente as mais pobres, foi aí que nasceu a Congregação das Filhas da Cruz. Em 1820, Padre André, mudou-se para La Puye onde foi estabelecida a nova sede da Congregação. Suas pregações eram feitas baseadas na humildade, no desprendimento de prazeres, no mistério de Jesus Crucificado e nas virtudes evangélicas da pobreza. O Padre André era admirado por sua imensa devoção à Santíssima Trindade e à Cruz, num espírito de penitência e zelo apostólico ilimitado. Faleceu em maio de 1834, em La Puye. Foi beatificado por Pio XI em 1926 e canonizado 1933, também pelo Papa Pio XI.(Colaboração: Nathália Queiroz de Carvalho Lima)
Reflexão:
Santo André encontrou Cristo no pobre que lhe pedia esmola, deixou-se
tocar por este encontro e passou por uma profunda conversão. Deixou todos os
apegos e comodismos vazios para se dedicar ao que verdadeiramente importa,
conhecer e amar a Deus através da oração e fazê-lo conhecido através da sua
pregação. Uma vida de oração e serviço. Que o exemplo de Santo André nos ensine
que para ter uma vida plena e feliz é preciso desapegar de tudo o que nos
impede de seguir a Cristo e amar os irmãos.
FONTE:
EVANGELI.NET- ACIDIGITAL.COM – EVANGELHOQUOTIANO.ORG
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