quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Bom dia evangelho
Quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Depois das Cinzas – Início da Quaresma - 4ª Semana do Saltério (Livro III) - Cor Litúrgica Roxa

Antífona:
Clamei pelo Senhor, e ele me ouviu: salvou-me daqueles que me atacam. Confia ao Senhor os teus cuidados, e ele mesmo te há de sustentar. (Sl 54, 17-20.23)

Oração do Dia:

Inspirai, ó Deus, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo
Evangelho do dia: Lucas (Lc 9, 22-25)
Quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 22"O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia". 23Depois Jesus disse a todos: "Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. 24Pois quem quiser salvar sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará. 25Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?" Palavra da Salvação!
Contexto: Ministério de Jesus na Galiléia. Leituras paralelas: Mc 16, 21; Lc 8,31 (Primeiro Anúncio da Paixão); Mt 16, 20-25; Mc 8, 30-9,1 (Prediz a morte e ressurreição); Mt 16, 24-27; Mt 10, 28; Mc 8, 34-38 (condições para seguir a Jesus).
Comentando o Evangelho
A perda é salvação

A conclusão da caminhada terrena de Jesus escondia um sentido dificilmente compreensível para os discípulos. O horizonte messiânico no qual se moviam e com o qual interpretavam a pessoa do Mestre os impedia de compreender, em profundidade, o que o fato requeria. Para ser entendida, em sintonia com o pensar de Jesus, era preciso fazer uma violenta inversão de valores. O esquema tradicional era insuficiente para explicá-la.
Na lógica de Jesus, ou seja, na lógica do Reino, a perda é penhor de salvação, ao passo que a salvação, entendida à maneira do mundo, é fator de perda. Daí ser possível esperar que, da humilhação de Jesus resulte exaltação, do abandono por parte dos amigos e conhecidos provenha a solidariedade do Pai, do sofrimento redunde a mais plena alegria, e a morte seja superada pela ressurreição.
O contraste entre o projeto de Jesus e a mentalidade de seus discípulos era flagrante. Não lhes passava pela cabeça a possibilidade de existir um Messias cuja glória fosse alcançada em meio a sofrimentos e, muito menos, num contexto de morte violenta.
Só a fé na ressurreição pode nos levar a dar crédito às palavras de Jesus. Com ela, o Pai deu seu aval às palavras do Filho, assegurando-lhe sua veracidade. Jesus provou ser impossível experimentar a misericórdia do Pai sem abrir mão das ambições mundanas. Só quem é capaz de renunciar-se a si mesmo como ele, experimentará a salvação. (O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1996)
Para sua reflexão: O destino de Jesus, traçado pelo Pai e estendido exemplarmente aos homens, é paradoxal: parte do mistério do reinado de Deus. Já o demônio ofereceu a Jesus o domínio do mundo inteiro, sendo um projeto exatamente oposto ao do Pai. Mas Jesus era focado na sua missão e os discípulos não perceberam os sinais do seu tempo. Só depois da ressurreição de Cristo é que as coisas começam a se encaixarem. Assim acontece com a nossa vida: os sinais dos tempos estão à nossa frente, mas estamos ligados quase sempre nas coisas mundanas e curtindo menos a vida espiritual. A quaresma suscita em cada um de nós uma revisão de vida para mudança de rumos, se preciso for.
A igreja celebra hoje:
Santos do Dia:
Angilberto de Cêntula (abade), Bernadete Soubirous (religiosa, vidente de Lourdes), Charalampias e Companheiros (mártires da Magnésia, na Ásia Menor), Colmano de Lindisfarne (bispo), Eládio de Toledo (bispo), Flaviano de Constantinopla (bispo, mártir), Leão e Paregório (mártires de Patara, Lícia), Lúcio, Silvano e Companheiros (mártires da África), Máximo, Cláudio, Praepedigna, Alexandre e Cutia (mártires de Óstia), Simeão de Jerusalém (bispo, mártir), Teotônio de Coimbra (abade).
Santa Bernadete

Nasceu em Lourdes, na França, em 1844. Chamava-se Maria Bernarda. Filha de gente simples, mas a educaram dentro dos preceitos da Igreja Católica. Aos treze anos foi viver na pequena povoação. Analfabeta, acostumada aos trabalhos rudes do campo, Bernadete conhecia apenas as principais orações dos cristãos: o pai-nosso, a ave-maria, o credo etc. As aparições tiveram início no dia 11 de fevereiro de 1858, em que Nossa Senhora se proclamava: "Eu sou a Imaculada Conceição".Após as aparições, Bernadete ingressou no Convento das Irmãs de Nevers, onde viveu 13 anos, muitas vezes incompreendida e tratada com dureza pelas superioras e co-irmãs. Acometida de tuberculose, aos poucos consumida por uma cárie óssea. Viveu sua vida em sua cela de freira orando pelas almas das pessoas que ainda não encontraram o caminho de Deus, sempre com humildade e resignação, rezando menos para que a dor que sentia diminuísse e que o Céu lhe dessa paciência e força para suportar calada as provações de Deus. Bernadete morreu no dia 16 de abril de 1879. Morreu pronunciando oração de súplica a Maria: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim, pobre pecadora" Em 1925, Pio XI proclamou-a bem-aventurada e, em 1937, foi canonizada.

A pessoa não vale por sua cor, raça, nacionalidade ou religião, mas
por sua dignidade e caráter. (Frei Neylor Tonin)


Valorize os seus limites, e por certo não se livrará mais deles! (Richard Bach)

tjl@ - www.paulinas.org.br

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