Bom dia Evangelho - Terça-feira
9 de fevereiro de 2010
V Semana do Tempo Comum - Ano “C” (Ímpar) - 1ª Semana do Saltério (Livro III) - Cor Verde
Antífona: Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é nosso Deus. (Sl 94, 6-7).
-O templo nos faz compreender a presença de Deus no meio de seu povo, mas Ele ultrapassa a realidade do templo. Religião verdadeira é a que cumpre a vontade de Deus, pratica a caridade e a misericórdia, torna viva a justiça e cria relacionamento fraterno. Quem não acolhe a Deus também não acolherá o irmão.
Oração: Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Evangelho do Dia:
Marcos (Mc 7, 1-13)Descrição sobre as tradições farisaicas
Naquele tempo, 1os fariseus e alguns mestres da lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. 2Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. 3Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. 4Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre.
5Os fariseus e os mestres da lei perguntaram então a Jesus: "Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?" 6Jesus respondeu: "Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: `Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos'. 8Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens".
9E dizia-lhes: "Vós sabeis muito bem como anular o mandamento de Deus, a fim de guardar as vossas tradições. 10Com efeito, Moisés ordenou: `Honra teu pai e tua mãe'. E ainda: `Quem amaldiçoa o pai ou a mãe, deve morrer'. 11Mas vós ensinais que é lícito alguém dizer a seu pai e à sua mãe: `O sustento que vós poderíeis receber de mim é Corban[1], isto é, consagrado a Deus'. 12E essa pessoa fica dispensada de ajudar seu pai ou sua mãe. 13Assim vós esvaziais a palavra de Deus com a tradição que vós transmitis. E vós fazeis muitas outras coisas como estas". Palavra da Salvação!
Essa passagem bíblica também está presente nos seguintes sinóticos
Mt 15, 1-20; Lc 11,38 (Discussão sobre as tradições farisaicas).
Comentário o Evangelho
Uma falsa piedade
Certas atitudes dos escribas e fariseus deixavam Jesus irritado. O modo como praticavam a religião parecia-lhe inconveniente. Para umas coisas, eram muito severos; para outras, faziam o que lhes era mais cômodo. Assim, eram rigorosos quando se tratava da pureza exterior, a ponto de não se sentarem ã mesa, sem terem lavado, cuidadosamente, as mãos. Quando, porém, se tratava de cuidar de seus pais, não tinham um mínimo de piedade filial. Assim, não tinham escrúpulos de distorcer a Lei de Moisés só para não ter que ajudar os pais carentes. Tal atitude impiedosa invalidava a preocupação com a pureza ritual e tudo o mais que faziam com a intenção de agradar a Deus.
Jesus não suportava um tipo de religião em que o indivíduo se esforça para mostrar-se piedoso diante de Deus, sem gestos de misericórdia em relação ao próximo.
E o que dizer, quando este próximo era o pai ou a mãe? A Lei era severa quanto ao respeito devido aos pais. O mandamento - "Honrarás pai e mãe" - era acompanhado de uma série de exigências bem concretas.
Assim, quando os escribas e fariseus consagravam a Deus o que era devido a seus pais, estavam se opondo à vontade divina. E nem tinham moral para criticar os discípulos que comiam com as mãos impuras.
Portanto, os doentes estavam no caminho certo, quando tentavam tocar em Jesus. [O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulina, 1998]
Para sua reflexão:
Ao revelar-se como o Filho de Deus, Jesus relativiza as regras e preceitos humanos. Não os anula, mas mostra que são válidos se estiverem relacionados com Ele. Ele é a norma, a encarnação do mandamento de Deus e a Palavra viva. Jesus não quis mudar o homem a partir de fora. Quis mudá-lo a partir de dentro, transformando-lhe o coração, entendido biblicamente, como o eu profundo do homem, onde se dão as suas decisões pelo bem ou pelo mal, por Deus ou contra Deus. Em nome da coerência com a prática da Palavra pedimos ao Senhor que nos liberte do formalismo, do legalismo mesquinho, que dá grande importância ao que a não tem, para que não transformemos a religião em algo de externo, sem valor diante de Ti. E então, se lemos a Palavra no cotidiano, como Ela tem transformado de fato a nossa vida?
A igreja celebra hoje:
Santos do Dia: Alberto de Fontenelle (monge, bispo), Alexandre e Companheiros (mártires de Roma), Alto de Altomünster (abade), Amon, Emiliano, Lassa e Companheiros (mártires de Membressa, na África), Amônio e Alexandre (mártires de Soli, em Chipre), Aniano de Llanengan (eremita), Apolônia de Alexandria (virgem) com Metras, Quinta e Serapião (todos mártires), Elídio de Llandaff (bispo), Miguel do Equador (religioso), Nebrídio de Egara (bispo), Nicéforo de Antioquia (mártir), Primo e Donato (diáconos, mártires da África), Reinaldo de Nocera (monge, bispo), Sabino de Canossa (bispo), Álvaro de Córdoba (dominicano, bem-aventurado), Mariano Scoto (abade, bem-aventurado)
Santa Apolônia
Quarenta anos de idade, cristã, padeceu nas mãos dos centuriões romanos. Motivados pela agitação da festa do primeiro milênio do Império, os cristãos foram criticados por um adivinho do Egito (Alexandria). O massacre aconteceu no mesmo momento e entrando nas casas dos cristãos, saqueavam-nos, roubando-lhes tudo o quer fosse precioso e matando-os. Até que chegou a vez de entrarem na casa de Apolônia: aprisionaram-na e arrancaram-lhes dentes, enquanto pediam-lhe que blasfemasse contra Cristo. E para fazê-la temer ainda mais, prometeram acenderam o fogo dizendo que a jogariam dentro. Apolônia lançou-se ao fogo sem que precisassem lançá-la, provando até quanto poderia chegar por amor a Cristo. Essa santa foi a mais popular da Idade Média.
Amor exigente, comm noção dos devidos limites e obrigações, forma
o verdadeiro caráter. (Pe. Sérgio J. de Souza)
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