SEMANA SANTA E TRÍDUO PASCAL
http://i164.photobucket.com/albums/u17/chibiliciousrawks/semana-santa2009/semanasanta20095-1.jpg SEMANA SANTA
É o período que vai do Domingo da Ramos na Paixão do Senhor até ao Sábado Santo, como preparação para a Festa da Páscoa.
Aos últimos três dias chama-se Tríduo Pascal, isto é, Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa e Sábado santo.
Quando a Religião Católica foi legalizada pelo Édito de Milão em 313, os baptizados que viviam em Jerusalém ou nas cercanias da cidade, começaram a celebrar publicamente o aniversário dos acontecimentos e dos lugares da paixão de Cristo identificados pela tradição, a que chamaram os "Lugares Santos".
Faziam vigílias e procissões, e liam as escrituras referentes aos factos da Paixão do Senhor, especialmente a leitura da Paixão.
E muito do que hoje se sabe a respeito da antiga Semana Santa e da Páscoa, veio sobretudo através dos Peregrinos europeus que trouxeram essas práticas consigo e as repetiam todos os anos.
Uma peregrina de Espanha chamada Egeria, foi em peregrinação a Jerusalém em 381-384 e, quando voltou, escreveu tudo o que viu num livro, e os cristãos observavam essas práticas todos os anos.
Mais tarde a Igreja foi incorporando algumas dessas práticas na Liturgia da Semana Santa.
Fazem parte da Semana Santa: Domingo de Ramos na Paixão do Senhor. Paixão de Cristo. Quinta-Feira Santa. Sábado santo. Sexta-Feira Santa. Vigília Pascal.
TRÍDUO PASCAL
Originariamente, não havia a celebração da Semana Santa.
A Páscoa era celebrada no contexto de um só dia : a Vigília Pascal que começava ao pôr do sol de Sábado e continuava até ao fim do primeiro dia da semana, o Domingo.
No século V, o Mistério Pascal ficou fragmentado em várias peças, por influências de Jerusalém.
O núcleo chamou-se "Tríduo Sagrado" : de Sexta-Feira até à manhã de Domingo, em memória da Morte, Sepultura e Ressurreição.
Mais tarde foi acrescentada a Quinta-Feira porque os dias eram contados a partir da véspera de Sexta-Feira.
Com o fim das perseguições aos Cristãos, o imperador cristão proibiu toda a espécie de entretenimento durante esta semana e daqui saiu a tradição de que todos os prisioneiros deviam ser perdoados.
Os três dias de Quinta-Feira, Sexta-Feira e Sábado da Semana Santa foram considerados como dias santos.
Desde então a Igreja celebra o Mistério das salvação, nas suas três fases (Paixão, Morte e Ressurreição), no decorrer de três dias, que constituem o ponto culminante do Ano Litúrgico.
Este Tríduo Pascal começa com a Missa Vespertina de Quinta-Feira Santa, tem o seu momento mais alto na Vigília Pascal e termina com as Véspera do Domingo da Ressurreição.
Deste modo, não podemos identificar a Páscoa apenas com o Domingo da Ressurreição. Isso seria mutilar uma realidade extremamente rica e reduzir-lhe as dimensões.
"O plano divino da Salvação em Cristo não pode fragmentar-se, mas deve ser considerado como um todo único".
Compreende-se, portanto, a importância deste Tríduo Pascal, quer na liturgia, quer na vida da Igreja.
Dele derivam todas as outras solenidades, que não são senão reflexos, ecos deste Acontecimento salvífico, de modo que o culto cristão é um culto pascal.
Nele tem o seu centro de convergência e de irradiação a vida da Igreja, pois "o Mistério cristão culmina e compendia-se no Mistério Pascal, que dá cumprimento à História da Salvação e à missão de Israel, enquanto inaugura, com os tempos messiânicos, a existência histórica da Igreja".
O Tríduo Pascal, pelo qual se aplica aos homens a perene eficácia do Mistério da Redenção, deve ser vivido plenamente.
Nestes três dias, unidos ao Salvador, devemos percorrer o seu itinerário, tornando-nos solidários com Ele na Paixão e na Morte, para o sermos também na Ressurreição.
Diz o Catecismo da Igreja Católica :
1168. - Partindo do Tríduo Pascal, como da sua fonte de luz, o tempo novo da Ressurreição enche todo o ano litúrgico da sua claridade. Ininterruptamente, dum lado e doutro desta fonte, o ano é transformado pela Liturgia. É realmente "ano da graça do Senhor". A economia da salvação realiza-se no quadro do tempo; mas a partir da sua concretização na Páscoa de Jesus e da infusão do Espírito Santo, o fim da história é antecipado, pregustado e o Reino de Deus entra no nosso tempo.
Antes da Reforma da Liturgia, o tempo da Quaresma terminava com a Vigília pascal.
Paulo VI nas Normas Gerais do Calendário e Ano Litúrgico, a respeito da Quaresma, estabeleceu :
- "A Quaresma começa com a Quarta-Feira de Cinzas e termina com a Missa de Quinta-Feira Santa'.(28).
Johnhttp://www.congregacionesmarianas.org/JHS%20triunfo1.jpg
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