Bom dia evangelho
Ano C- São Lucas – 08 de julho
Dia Litúrgico: Sexta-feira da 14ª semana do Tempo Comum
ROMA, 07 Jul. 16 / 05:00 pm (ACI).- “Os cristãos estão desmoralizados de verdade”
e estão sendo “aniquilados”, expressou o Patriarca da Antioquia dos sírios, Sua
Beatitude Ignace Youssif III Younan, em uma entrevista na qual pediu cortar as
vias de financiamento do grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS), e disse que
são “os fanáticos que estão onde existe o islã radical e político”.
ORAÇÃO: Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que Beato Eugênio III
governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai,
por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas,
guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém.
Naquele
tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Vede, eu vos envio como
ovelhas para o meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e
simples como as pombas. Cuidado com as pessoas, pois vos entregarão aos
tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. Por minha causa, sereis levados
diante de governadores e reis, de modo que dareis testemunho diante deles e
diante dos pagãos. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em como ou o que
falar. Naquele momento vos será dado o que falar, pois não sereis vós que
falareis, mas o Espírito do vosso Pai falará em vós.
»O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem».
»O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem».
«Sereis odiados por
todos, por causa do meu nome»
P. Josep LAPLANA OSB Monje de Montserrat
(Montserrat, Barcelona, Espanha)
(Montserrat, Barcelona, Espanha)
Hoje, o
Evangelho remarca as dificuldades e as contradições que o cristão haverá de
sofrer por causa de Cristo e do seu Evangelho e como deverá resistir e
perseverar até o final. Jesus nos prometeu: «Eis que estou convosco todos os
dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20); mas não prometeu, aos seus, um caminho
fácil, antes pelo contrário, lhes disse: «Sereis odiados por todos, por causa
do meu nome» (Mt 10,22).
A Igreja e o mundo são duas realidades de ”difícil” convivência. O mundo, que a Igreja há de converter a Jesus Cristo, não é uma realidade neutra, como se fosse uma cera virgem que só espera o selo que lhe dará forma. Isto só teria sido assim se não tivesse havido uma história de pecado entre a criação do homem e a sua redenção. O mundo, como estrutura afastada de Deus, obedece a outro senhor, que o Evangelho de São João denomina como o senhor deste mundo, o inimigo da alma, o que fez com que o cristão fizesse um juramento— no dia de seu batismo— de desobediência, de dizer não ao inimigo, para pertencer somente ao Senhor e à Mãe Igreja que ela engendrou em Jesus Cristo.
Mas o batizado continua vivendo neste mundo e não em outro, não renuncia à cidadania deste mundo nem lhe nega sua honesta contribuição para mantê-lo e melhorá-lo; os deveres de cidadania cívica são também deveres dos cristãos; pagar os impostos é um dever de justiça para o cristão. Jesus disse que nós, seus seguidores, estamos no mundo, mas não somos do mundo (cf. Jo 17,14-15). Não pertencemos ao mundo incondicionalmente, inteiramente, só pertencemos a Jesus Cristo e à sua Igreja, verdadeira pátria espiritual, que está aqui na terra e que transpassa a barreira do espaço e do tempo para desembarcar-nos na pátria definitiva que é o céu.
Esta dupla cidadania inevitavelmente se choca com as forças do pecado e do domínio que move os mecanismos mundanos. Repassando a história da Igreja, Newman dizia que «a perseguição é a marca da Igreja e talvez a mais duradoura de todas».
A Igreja e o mundo são duas realidades de ”difícil” convivência. O mundo, que a Igreja há de converter a Jesus Cristo, não é uma realidade neutra, como se fosse uma cera virgem que só espera o selo que lhe dará forma. Isto só teria sido assim se não tivesse havido uma história de pecado entre a criação do homem e a sua redenção. O mundo, como estrutura afastada de Deus, obedece a outro senhor, que o Evangelho de São João denomina como o senhor deste mundo, o inimigo da alma, o que fez com que o cristão fizesse um juramento— no dia de seu batismo— de desobediência, de dizer não ao inimigo, para pertencer somente ao Senhor e à Mãe Igreja que ela engendrou em Jesus Cristo.
Mas o batizado continua vivendo neste mundo e não em outro, não renuncia à cidadania deste mundo nem lhe nega sua honesta contribuição para mantê-lo e melhorá-lo; os deveres de cidadania cívica são também deveres dos cristãos; pagar os impostos é um dever de justiça para o cristão. Jesus disse que nós, seus seguidores, estamos no mundo, mas não somos do mundo (cf. Jo 17,14-15). Não pertencemos ao mundo incondicionalmente, inteiramente, só pertencemos a Jesus Cristo e à sua Igreja, verdadeira pátria espiritual, que está aqui na terra e que transpassa a barreira do espaço e do tempo para desembarcar-nos na pátria definitiva que é o céu.
Esta dupla cidadania inevitavelmente se choca com as forças do pecado e do domínio que move os mecanismos mundanos. Repassando a história da Igreja, Newman dizia que «a perseguição é a marca da Igreja e talvez a mais duradoura de todas».
SANTO
DO DIA
BEATO PAPA EUGÊNIO III
O Papa Eugênio III, nasceu em Montemagno, numa família cristã, rica e
da nobreza italiana. Foi batizado com o nome de Bernardo Paganelli, estudou e
recebeu a ordenação sacerdotal na diocese de Pisa.
Possuía um temperamento reservado, era inteligente, muito ponderado e calmo. Em 1130 ele teve um encontro com religioso Bernardo Claraval, fundador da Ordem dos monges cisterciense. Cinco anos depois ingressou no mosteiro dirigido pelo amigo e vestiu o hábito cisterciense.
Tornou-se conhecido e foi escolhido para abrir um mosteiro. Foi consagrado o abade pelo Papa Inocêncio II. Quando este Papa morreu, o abade Bernardo foi eleito Papa. Ele assumiu o pontificado com o nome de Papa Eugênio III.
Ele era o homem adequado para enfrentar a difícil e delicada situação que persistia na época. Roma estava agitada e às voltas com graves transtornos políticos. Muitas casas de bispos e cardeais já tinham sido saqueadas. Por isto, os cardeais resolveram escolher o abade Bernardo, justamente porque ele estava fora do colégio cardinalício, portanto isento das pressões políticas.
Mas mesmo assim teve de fugir de Roma à noite, horas após sua eleição. Apoiado pelo povo, o Papa Eugênio III retornou para Roma assumiu o controle da cidade, impondo a paz. Infelizmente, durou pouco. Mas em 1146 teve que fugir novamente e exilou-se na França por três anos.
Só retornou a Roma depois de receber ajuda do imperador alemão Frederico Barba-Roxa. Morreu no dia 08 de julho de 1153, depois de governar a Igreja por oito anos e cinco meses, num período complicado e violento da História. O Papa Eugênio III foi beatificado em 1872.
Possuía um temperamento reservado, era inteligente, muito ponderado e calmo. Em 1130 ele teve um encontro com religioso Bernardo Claraval, fundador da Ordem dos monges cisterciense. Cinco anos depois ingressou no mosteiro dirigido pelo amigo e vestiu o hábito cisterciense.
Tornou-se conhecido e foi escolhido para abrir um mosteiro. Foi consagrado o abade pelo Papa Inocêncio II. Quando este Papa morreu, o abade Bernardo foi eleito Papa. Ele assumiu o pontificado com o nome de Papa Eugênio III.
Ele era o homem adequado para enfrentar a difícil e delicada situação que persistia na época. Roma estava agitada e às voltas com graves transtornos políticos. Muitas casas de bispos e cardeais já tinham sido saqueadas. Por isto, os cardeais resolveram escolher o abade Bernardo, justamente porque ele estava fora do colégio cardinalício, portanto isento das pressões políticas.
Mas mesmo assim teve de fugir de Roma à noite, horas após sua eleição. Apoiado pelo povo, o Papa Eugênio III retornou para Roma assumiu o controle da cidade, impondo a paz. Infelizmente, durou pouco. Mas em 1146 teve que fugir novamente e exilou-se na França por três anos.
Só retornou a Roma depois de receber ajuda do imperador alemão Frederico Barba-Roxa. Morreu no dia 08 de julho de 1153, depois de governar a Igreja por oito anos e cinco meses, num período complicado e violento da História. O Papa Eugênio III foi beatificado em 1872.
Colaboração: Padre
Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO: Eugênio um
boníssimo Papa, habituado à quietude e a modéstia, manso e humilde de coração,
cresceu em maturidade e santidade, entre perseguições e lutas pela causa de
Cristo. Soube conciliar a austeridade da vida monástica com as exigências da
dignidade papal. Peçamos a Deus o dom da constância e da fidelidade ao
Evangelho de Jesus Cristo.
tjl@ - Acidigital.com – A12.com - http://evangeli.net/evangelho/
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