SANTA
CRISTINA
Cristina nasceu na Toscana (Itália), perto do lago de Bolsena, no ano
288 d.C., e com apenas 12 anos morreu mártir, no ano 300 d.C. Era filha de
Urbano, oficial do exército em Tir, na Etrúria, parte da Toscana. Urbano era
rude de sentimentos e inimigo dos cristãos. Em sua própria casa, muitas vezes
os cristãos eram submetidos a interrogatórios humilhantes. Diante de tais
cenas, Cristina se perguntava qual o motivo da serenidade e alegria dos
cristãos, que ela já começava a admirar e venerar.
A resposta lhe veio por uma escrava cristã, que a preparou para o
Batismo. Urbano desconfiava que a filha se interessasse pela comunidade cristã.
Deu-lhe ordem de prestar culto a ídolos, queimando incenso. A menina negou-se a
isso. Interrogada pelo pai, Cristina respondeu: "Tolo é vosso medo, tola a
vossa advertência; diante de um deus cego aos sofrimentos do povo, surdo ao
clamor dos fracos, eu não peço favores e não acendo uma vela. Ao Deus vivo, ao
Senhor do céu e da terra que nos enviou seu Filho Jesus, a este, sim, apresento
sacrifícios de verdade e amor".
A severidade do pai aumentou, mas Cristina respondia a isso participando
da celebração da Eucaristia e de outras reuniões dos cristãos, visitando os
encarcerados, dando esmola aos pobres. Sua coragem e caridade fizeram-na vender
as imagens dos ídolos para adquirir bens em favor dos pobres. O pai ficou
furioso. Por isso, Cristina foi chicoteada. Aos que lhe pediam que cedesse à
vontade do pai, respondia: "Deixar a vida não me custa; abandonar minha
fé, isto nunca".
Urbano prosseguiu na tortura: a filha, amarrada, foi lançada ao fogo.
Conta a história que um anjo defendeu-a e as chamas não lhe queimaram. Ainda
irado contra a filha, ordenou prendê-la. Então, mandou amarrar uma pedra de
moinho em seu pescoço e lançá-la ao lago. Conta-se que após lançada às águas, a
pedra de moinho veio à tona, não permitindo, assim, que Cristina se afogasse. A
exaltação de Urbano foi tão grande que morreu de colapso.
Dio, sucessor de Urbano, também nada conseguiu de Cristina e, por isso,
ordenou que fosse queimada viva. Segundo a história, o fogo não queimou a
menina. Posta entre cobras, nenhuma a feriu. E tendo sua língua cortada, mesmo
assim cantou os louvores do Senhor Jesus Cristo. Então, o juiz, enraivecido com
os triunfos da jovem, ordenou sua morte a flechadas. Com isso foi-lhe tirada a
vida terrena e ela entrou na glória eterna.
Deus escolhe o que é fraco para confundir os fortes. Na fraqueza física
desta adolescente, Ele mostrou a força da perseverança na fé, que deve animar
cada cristão.
O testemunho de Cristina: "Foi fiel a seu Deus, apesar de inúmeros
e imensos obstáculos que teve de enfrentar em sua tenra idade".(Fonte: Martyrologium
Romanum)
ORAÇÃO Sede para todos nós, ó Deus
Altíssimo, exemplo de fidelidade e de espírito resoluto para que possamos
imitar a vida de Santa Cristina, que sofreu e morreu professando a fé católica.
Dai-nos, por sua intercessão, a Graça que ousamos pedir. Por Cristo Senhor
Nosso, amém.
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