Papa Francisco durante a catequese na Sala Paulo
VI. Foto: Alessi di Cintio / ACI Prensa
VATICANO,
23 Ago. 17 / 10:00 am (ACI).- Em sua catequese na Audiência Geral
desta quarta-feira na Sala Paulo VI, o Papa Francisco incentivou a não se
deixar arrastar pela nostalgia e, ao contrário, olhar com esperança cristã para
a vida futura prometida por Jesus.
O
Santo Padre afirmou na catequese: “Algumas pessoas acreditam que a vida ofereça
todas as suas felicidades na juventude e no passado, e que o viver seja um
lento declínio. Outros creem que as nossas alegrias sejam esporádicas e
passageiras, e na vida dos homens esteja inscrita uma falta de sentido. Mas
nós, cristão, não acreditamos nisso”.
“Acreditamos,
pelo contrário, que no horizonte do homem existe um sol que ilumina para
sempre. Acreditamos que os nossos dias mais belos estão ainda por vir”.
“Somos
gente mais de primavera do que de outono: vemos os brotos de um mundo novo
antes que as folhas amareladas nos ramos. Não nos refugiamos em nostalgias,
arrependimentos e lamentações: sabemos que Deus nos quer herdeiros de uma
promessa e incansáveis cultivadores de sonhos”.
ORAÇÃO
Brilhando entre os apóstolos,
Bartolomeu atende pedidos e louvores! Ao ver-te, o Nazareno te amou com grande
afeto, sentindo num relance teu coração tão reto. E tanto a ti se une em íntima
aliança, que a ti manda o martírio, a cruz que o céu alcança. Tu pregas o
Evangelho, proclamas o homem novo: se o Mestre é tua vida, das vida à todo o
povo. Ao Cristo celebramos, por toda a nossa vida, pois leva-nos à Pátria, à
Terra Prometida. Amém!
EVANGELHO (JO 1,45-51)
O
Senhor esteja convoscoEle está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo †
segundo João.
Glória a vós, Senhor.
45 Filipe encontrou-se com Natanael e
lhe disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os
profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José”.
46 Natanael disse: “De Nazaré pode sair
coisa boa?” Filipe respondeu: “Vem ver!” 47 Jesus viu Natanael que vinha para
ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48 Natanael
perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te
chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49 Natanael
respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”.
50 Jesus disse: “Tu crês porque te
disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” 51 E Jesus
continuou: “Em verdade, em verdade eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos
de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. — Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.
Recadinho: - Jesus explica a Natanael que ele verá coisas maiores ainda. Em
minha vida vi coisas maiores através da fé? - A vivência da fé dá outro sentido
à minha vida? - É possível viver sem ela? - Presenciando milagres, os
discípulos reconheceram a união íntima de Jesus com Deus Pai. Já pude
presenciar a realização de milagres em minha vida? De que tipo? - Natanael
procurou conhecer e crescer na fé. Tenho este tipo de preocupação em minha
vida?(Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R)
«Vem e vê!»
Mons. Christoph BOCKAMP Vigário Regional do Opus Dei na
Alemanha
(Bonn, Alemanha)
(Bonn, Alemanha)
Hoje
celebramos a festa do apóstolo São Bartolomeu. O evangelista São João relata
seu primeiro encontro com o Senhor com tanta vivacidade que resulta fácil
incluir-nos na cena. São diálogos de corações jovens, diretos, francos...
Divinos!
Jesus encontra a Filipe casualmente e lhe diz «Segue-me» (Jo 1,43). Pouco depois, Filipe entusiasmado pelo encontro com Jesus Cristo, procura o seu amigo Natanael para comunicar-lhe que —finalmente — encontrou a quem Moisés e os profetas esperavam: «Jesus, o filho de José, de Nazaré» (Jo 1,45). A resposta que recebe não é entusiasta, senão céptica: «De Nazaré pode sair algo de bom?» (Jo 1,46). Em quase o mundo todo acontece algo parecido. É comum que em cada cidade, em cada vila se pense que da cidade, da vila vizinha não pode sair nada que valha a pena... Lá são quase todos ineptos... E vice-versa.
Mas Filipe, não se desanima. E como são amigos, não dá mais explicações, e diz: «Vem e vê!» (Jo 1,46). Vai, e o seu primeiro encontro com Jesus é o momento da sua vocação. O que aparentemente é uma casualidade, nos planos de Deus já fazia tempo que estava preparado. Para Jesus, Natanael não é um desconhecido: «Antes que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi» (Jo 1,48). De qual figueira? Talvez tenha sido um lugar preferido de Natanael onde acostumava se dirigir quando queria descansar, pensar, estar sozinho... Embora sempre baixo a olhada amorosa de Deus. Como todos os homens, em todo momento. Mas para perceber este amor infinito de Deus para cada um, para estar consciente de que está na minha porta e chama preciso de uma voz externa, um amigo, um “Filipe” que me diga: «Vem e vê!». Alguém que me leve ao caminho que São Josemaria descreve assim: Procurar a Cristo; achar a Cristo; amar a Cristo. E, a narração evangélica parece como o cumprimento da parábola do fariseu e do publicano. (Lc 18,9-14). Humilde e sincero de coração, o publicano orava no seu interior: «Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!»(Lc 18,13); e hoje contemplamos como Jesus Cristo perdoa e reabilita a Zaqueu, o chefe de publicanos de Jericó, um homem rico e influente, mas odiado e desprezado por os vizinhos, que se sentiam extorquidos por ele:Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa» (Lc 19,5).O perdão divino leva a Zaqueu a se converter; hei aqui uma das originalidades do Evangelho: O perdão de Deus e gratuito: não é tanto pela causa de nossa conversão que Deus nos perdoa, senão que acontece ao contrário: A misericórdia de Deus nos move ao agradecimento e a dar uma resposta.
Como naquela ocasião Jesus, no seu caminho a Jerusalém, passava por Jericó. Hoje e cada dia, Jesus passa por nossa vida e nos chama por nosso nome. Zaqueu não tinha visto nunca a Jesus, tinha ouvido falar Nele e tinha curiosidade por saber quem era aquele mestre tão célebre. Jesus, porém, sim conhecia a Zaqueu e as misérias da sua vida. Jesus sabia como tinha se enriquecido e como era odiado e marginado pelos seus vizinhos; por isso, passou por Jericó para tirá-lo desse poço. «O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido» (Lc 19,10).
O encontro do Mestre com o publicano mudou radicalmente a vida deste último. Depois de ter ouvido o Evangelho, pense na oportunidade que Deus lhe brinda hoje e que você não deve desaproveitar: Jesus passa por sua vida e o chama por seu nome, porque lhe ama e quer lhe salvar, Em que poço está preso? Assim como Zaqueu subiu a uma arvore para ver a Jesus, sobe você agora com Jesus à arvore da cruz e saberá quem é Ele, conhecera a imensidade do seu amor, já que «escolhe um chefe de publicanos: Quem desesperará de si mesmo quando este alcança a graça?» (Santo Ambrósio).
Jesus encontra a Filipe casualmente e lhe diz «Segue-me» (Jo 1,43). Pouco depois, Filipe entusiasmado pelo encontro com Jesus Cristo, procura o seu amigo Natanael para comunicar-lhe que —finalmente — encontrou a quem Moisés e os profetas esperavam: «Jesus, o filho de José, de Nazaré» (Jo 1,45). A resposta que recebe não é entusiasta, senão céptica: «De Nazaré pode sair algo de bom?» (Jo 1,46). Em quase o mundo todo acontece algo parecido. É comum que em cada cidade, em cada vila se pense que da cidade, da vila vizinha não pode sair nada que valha a pena... Lá são quase todos ineptos... E vice-versa.
Mas Filipe, não se desanima. E como são amigos, não dá mais explicações, e diz: «Vem e vê!» (Jo 1,46). Vai, e o seu primeiro encontro com Jesus é o momento da sua vocação. O que aparentemente é uma casualidade, nos planos de Deus já fazia tempo que estava preparado. Para Jesus, Natanael não é um desconhecido: «Antes que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi» (Jo 1,48). De qual figueira? Talvez tenha sido um lugar preferido de Natanael onde acostumava se dirigir quando queria descansar, pensar, estar sozinho... Embora sempre baixo a olhada amorosa de Deus. Como todos os homens, em todo momento. Mas para perceber este amor infinito de Deus para cada um, para estar consciente de que está na minha porta e chama preciso de uma voz externa, um amigo, um “Filipe” que me diga: «Vem e vê!». Alguém que me leve ao caminho que São Josemaria descreve assim: Procurar a Cristo; achar a Cristo; amar a Cristo. E, a narração evangélica parece como o cumprimento da parábola do fariseu e do publicano. (Lc 18,9-14). Humilde e sincero de coração, o publicano orava no seu interior: «Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!»(Lc 18,13); e hoje contemplamos como Jesus Cristo perdoa e reabilita a Zaqueu, o chefe de publicanos de Jericó, um homem rico e influente, mas odiado e desprezado por os vizinhos, que se sentiam extorquidos por ele:Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa» (Lc 19,5).O perdão divino leva a Zaqueu a se converter; hei aqui uma das originalidades do Evangelho: O perdão de Deus e gratuito: não é tanto pela causa de nossa conversão que Deus nos perdoa, senão que acontece ao contrário: A misericórdia de Deus nos move ao agradecimento e a dar uma resposta.
Como naquela ocasião Jesus, no seu caminho a Jerusalém, passava por Jericó. Hoje e cada dia, Jesus passa por nossa vida e nos chama por nosso nome. Zaqueu não tinha visto nunca a Jesus, tinha ouvido falar Nele e tinha curiosidade por saber quem era aquele mestre tão célebre. Jesus, porém, sim conhecia a Zaqueu e as misérias da sua vida. Jesus sabia como tinha se enriquecido e como era odiado e marginado pelos seus vizinhos; por isso, passou por Jericó para tirá-lo desse poço. «O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido» (Lc 19,10).
O encontro do Mestre com o publicano mudou radicalmente a vida deste último. Depois de ter ouvido o Evangelho, pense na oportunidade que Deus lhe brinda hoje e que você não deve desaproveitar: Jesus passa por sua vida e o chama por seu nome, porque lhe ama e quer lhe salvar, Em que poço está preso? Assim como Zaqueu subiu a uma arvore para ver a Jesus, sobe você agora com Jesus à arvore da cruz e saberá quem é Ele, conhecera a imensidade do seu amor, já que «escolhe um chefe de publicanos: Quem desesperará de si mesmo quando este alcança a graça?» (Santo Ambrósio).
SANTO
DO DIA
SÃO BARTOLOMEU
Bartolomeu, também chamado Natanael,
foi um dos doze primeiros apóstolos de Jesus. Bartolomeu nasceu em Caná, na
Galiléia, uma pequena aldeia a catorze quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor
Tolmai. No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Os historiadores são
unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael se trata de uma só pessoa. Seu
melhor amigo era Felipe e ambos eram viajantes.
Até este seu primeiro encontro com
Jesus, Bartolomeu era cético e às vezes irônico com relação às coisas de Deus.
Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes
na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi
feita pelo próprio Mestre: "Eis um verdadeiro israelita no qual não há
fingimento" (Jo 1,47).
Ele teve o privilégio de estar ao lado
de Jesus durante quase toda sua missão na terra. Compartilhou do seu cotidiano,
presenciou seus milagres, ouviu seus ensinamentos, viu Cristo ressuscitado nas
margens do lago de Tiberíades e, finalmente, assistiu sua ascensão ao céu. A
tradição informa que Bartolomeu pregou o evangelho na região da Armênia.
Perseguido por aqueles que não
aceitavam a Boa-Nova de Cristo, Bartolomeu foi esfolado vivo e, como não
morreu, foi decapitado no ano de 51.(Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR)
REFLEXÃO Bartolomeu viu
os prodígios operados pelo Mestre, ouviu a sua mensagem, assistiu a sua paixão
e glorificação, depois se tornou arauto da Boa Nova, aceitando com o mesmo
entusiasmo as consequências de um testemunho comprometido. Um verdadeiro
apóstolo, que nos inspira também ao seguimento de Jesus.
TJL@ - ACIDIGITAL.COM – A12.CO EVANGELI.NET
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