Dia Litúrgico: Terça-feira da 1ª
semana da Quaresma
Imagem referencial / Pixabay (Domínio Público)
Vaticano, 11 Mar.
19 / 06:00 am (ACI).- O sacerdote, escritor e funcionário da
Secretaria de Estado do Vaticano, Mons. Florian Kolfhaus, compartilhou alguns
conselhos para viver as 3 dimensões fundamentais da Quaresma que são jejuar, rezar e dar
esmola.
Em sua coluna
publicada na Quaresma de 2017 em CNA Deutsh – agência alemã do Grupo ACI –,
o presbítero indicou que os cristãos “não somos mestres de ioga que devem
realizar práticas ascéticas muito exigentes” nos 40 dias de preparação para a
Páscoa.
Mas, pelo
contrário, “somos discípulos de Jesus que devemos experimentar a pobreza
espiritual e às vezes material, para deixar assim que o Senhor nos gratifique”.
A seguir,
apresentamos vários conselhos de Mons. Kolfhaus para que o Senhor nos cumule
com sua graça, enquanto vivemos o jejum, a esmola e o oferecimento de obras.(www.acidigital.com)
ORAÇÃO
Deus de bondade, auxiliai-nos na busca
da verdade e dai-nos, a exemplo de São Gregório de Nissa, a sabedoria e o
esforço em conhecer vossos mistérios. Que nossa fé seja esclarecida e iluminada
pela luz do Espírito Santo. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Mt 6,7-15):
«E,
orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito
falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe
o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
»Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas».
»Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas».
«E, orando, não useis
de vãs repetições, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário»
Rev. D. Joaquim FAINÉ i Miralpech (Tarragona,
Espanha)
Hoje, Jesus –que é o Filho de Deus-
me ensina a me comportar como um filho de Deus. O primeiro ponto é a confiança
quando falo com Ele. Mas o Senhor adverte: «Quando orardes, não useis de muitas
palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das
muitas palavras» (Mt 6,7). Porque os filhos, quando falam com os pais, não usam
raciocínios complicados, nem muitas palavras, mas com simplicidade pedem tudo
aquilo que precisam. Sempre tenho a confiança de ser ouvido porque Deus –que é
Pai- me ama e escuta. De fato, orar não é informar a Deus, mas pedir-lhe tudo o
que preciso, já que «vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho
pedirdes» (Mt 6,8). Não seria um bom cristão se não oro, como não pode ser bom
filho quem não fala habitualmente com seus pais.
O Pai Nosso é a oração que Jesus mesmo nos ensinou, e é um resumo da vida cristã. Cada vez que rezo ao Pai, nosso, deixo-me levar de sua mão e lhe peço aquilo que preciso cada dia para ser melhor filho de Deus. Preciso, não somente o pão material, mas —sobretudo— o Pão do Céu. «Peçamos que nunca nos falte o Pão da Eucaristia» Também aprender a perdoar e a ser perdoados: «Para poder receber o perdão que Deus nos oferece, dirijamo-nos ao Pai que nos ama», dizem as formulas introdutórias ao Pai Nosso da Missa.
Durante a Quaresma, a Igreja me pede para aprofundar na oração. «A oração é conversar com Deus, é o bem maior, porque constitui (...) uma união como Ele» (São João Crisóstomo). Senhor, preciso aprender a rezar e obter consequências concretas na minha vida. Sobretudo, para viver a virtude da caridade: a oração me da força para viver cada dia melhor. Por isso, peço diariamente que me ajude a desculpar tanto as pequenas chatices dos outros, como perdoar as palavras e atitudes ofensivas e, sobretudo, a não ter rancores, e assim poder dizer-lhe sinceramente que perdôo de todo coração a quem me tem ofendido. Conseguirei, porque em todo momento me ajudará a Mãe de Deus.
O Pai Nosso é a oração que Jesus mesmo nos ensinou, e é um resumo da vida cristã. Cada vez que rezo ao Pai, nosso, deixo-me levar de sua mão e lhe peço aquilo que preciso cada dia para ser melhor filho de Deus. Preciso, não somente o pão material, mas —sobretudo— o Pão do Céu. «Peçamos que nunca nos falte o Pão da Eucaristia» Também aprender a perdoar e a ser perdoados: «Para poder receber o perdão que Deus nos oferece, dirijamo-nos ao Pai que nos ama», dizem as formulas introdutórias ao Pai Nosso da Missa.
Durante a Quaresma, a Igreja me pede para aprofundar na oração. «A oração é conversar com Deus, é o bem maior, porque constitui (...) uma união como Ele» (São João Crisóstomo). Senhor, preciso aprender a rezar e obter consequências concretas na minha vida. Sobretudo, para viver a virtude da caridade: a oração me da força para viver cada dia melhor. Por isso, peço diariamente que me ajude a desculpar tanto as pequenas chatices dos outros, como perdoar as palavras e atitudes ofensivas e, sobretudo, a não ter rancores, e assim poder dizer-lhe sinceramente que perdôo de todo coração a quem me tem ofendido. Conseguirei, porque em todo momento me ajudará a Mãe de Deus.
SANTO DO DIA
SÃO GREGÓRIO DE NISSA
O nome de Gregório de Nissa aparece sempre associado ao de seu irmão
Basílio e ao de outro Gregório, o de Nazianzo, os três são conhecidos como
Padres Capadócios.
Gregório de Nissa pertencia a uma
família tradicionalmente cristã, o pai era um retórico estimado e a mãe era uma
mulher de muita fé e piedade. O avô de Gregório teve a honra de sofrer o
martírio e sua irmã mais velha, Macrina, foi mais tarde canonizada.
A família de Gregório de Nissa
buscou zelar pela formação de seus filhos, tanto que enviou o seu primogênito,
São Basílio Magno, para estudar em Constantinopla e Atenas, berços culturais da
época.
Com o retorno de Basílio, este
recebeu a missão de formar seu irmão mais novo nas artes da cultura clássica.
Gregório não foi apenas um bom discípulo; chegou a ultrapassar o seu irmão,
apesar de nunca ter tido a oportunidade de estudar em um dos grandes centros
culturais do período em que viveu.
Gregório de Nissa queria
dedicar-se ao magistério, mas no ano 372, o imperador Valente decidiu
enfraquecer o poder eclesiástico da região através da divisão da Capadócia em
duas partes. Percebendo de imediato o ardil do imperador, Basílio, que nessa
época já era bispo de Cesaréia e exercia grande influência em toda a região,
decidiu agir rápido e nomeou novos bispos para a nova Capadócia, e entre eles
estava Gregório; era a providência de Deus alterando os rumos da vida de nosso
santo.
Mesmo contrariado em seus planos,
Gregório assumiu com todo amor a missão que Deus lhe confiou. O povo de Nissa,
cidade da região central da Capadócia, reconhecia nele o bom pastor à imagem de
Jesus Cristo. Entretanto alguns hereges tramavam contra sua vida, e em 376
conseguiram que ele fosse expulso e exilado de Nissa através de falsas
acusações de inexatidão na contabilidade de sua diocese.
Depois de dois anos, com a morte
do imperador Valente, Gregório retornou a Nissa, onde foi recebido
triunfalmente pelo povo.
Ficou conhecido em sua época por
sua fé inabalável, uma profunda cultura teológica e vastíssima ciência, e isso
capacitava-o primorosamente para empreender, mesmo após a morte do irmão, uma
verdadeira cruzada contra os hereges, especialmente os arianos. Como bispo
soube encontrar uma linguagem simples e direta para apresentar ao seu rebanho
ensinamentos concretos, ao mesmo tempo que escrevia com profundidade teológica
poucas vezes vista.
São Gregório de Nissa participou
de inúmeros sínodos e concílios, entre os quais merece destaque o Concílio de
Constantinopla em 381. Foi dele o discurso de abertura, e os demais bispos
entusiasmaram-se com suas palavras cheias de vigor, temor a Deus e amor à
Igreja de Cristo. Em 394 assistiu pela última vez a um sínodo, pois pouco tempo
depois veio a falecer.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO São Gregório de Nissa abraçou com todas
as forças a vontade de Deus e soube vivê-la de modo exemplar, num tempo em que
ser cristão era ter de enfrentar não só imensos desafios, mas, até mesmo, a
própria morte, se necessário. Destacou-se não só pela prática heróica das
virtudes e pelo santo exemplo de vida, mas também porque recebeu de Deus uma
missão toda particular e de extrema importância para as gerações cristãs
futuras: a missão de meditar, rezar e escrever acerca dos mistérios salvíficos,
para a edificação de toda a Igreja de ontem e de hoje. Pensemos hoje nos homens
e mulheres que se dedicam ao estudo da teologia e peçamos a Deus que lhes
cumule com muita sabedoria.
Tjl-
acidigital.com –evangeli.net –a12.com
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