Bom dia evangelho
18 DE MARÇO DE
2019
Dia Litúrgico:
Segunda-feira da 2ª semana da Quaresma
Bandeira de Venezuela. Foto: Jonah McKeown / ACI Prensa.
CARACAS, 15 Mar. 19
/ 04:30 pm (ACI).-
O Administrador Apostólico de Caracas, Cardeal Baltazar Porras, advertiu que
aquele que usa a violência e o ódio como arma para se manter no poder merece o
"castigo humano e divino".
Em um artigo
intitulado "Unidos pela esperança", o Cardeal Porras, também
Arcebispo de Mérida, advertiu: "Ai daqueles que por desprezar o próximo,
fazem da violência e do ódio a arma para permanecer no poder. Merecem o castigo
humano e divino".
O Purpurado também
motivou a cuidar e defender a esperança, que "é como o amor". Isso,
disse, "implica cultivar uma cultura maior de transparência. Ninguém pode
ficar alheio a esse processo. A corrupção e manipulação são evitáveis e exigem o compromisso de todos".
Além disso,
assinalou que "os acontecimentos das últimas semanas, particularmente os
desencadeados por causa do colapso elétrico em todo o país, revelaram uma série
de falhas que vêm se arrastando há anos".
"Quando o
objetivo não é o bem comum, mas o interesse do poder acima das pessoas e de seu
bem-estar, estamos diante de uma crise que gera angústia, decepção,
desesperança".
O Cardeal advertiu
que "prolongar a carência de energia elétrica em qualquer sociedade
moderna é fomentar que a qualidade de vida fique submersa a níveis baixíssimos, pois
atualmente dependemos dela em boa medida para conviver e subsistir dos bens produzidos
pela tecnologia”.
Dom Porras
continuou dizendo que, quando falta eletricidade, "perde-se o norte e se
cria o ambiente propício para o roubo e os saques. Se a isso ainda se soma o
silêncio da falta de comunicação, ficamos como em meio ao deserto ou ao mar,
sem bússola e sem sentido para encontrar um porto seguro”, disse.
Para o
Administrador Apostólico de Caracas, a coisa mais dramática que o país está
vivenciando "é a proliferação da violência liderada por grupos armados
irregulares que agem por conta própria sem que os órgãos de segurança
atuem".
"O medo se
espalha, a vida é desprezada por aqueles que se acham os donos do pedaço, da
vida cotidiana, impedindo o trabalho e a paz necessários para produzir e criar.
Se a isso se une o discurso ameaçador e violento que chama a defender o
indefensável e a qualquer preço, a atitude pacífica da população se converte em
uma vítima fácil daqueles que irracionalmente destroem a vida”.
O Purpurado
lamentou "profundamente as mortes silenciosas de tantos seres vulneráveis,
recém-nascidos, puérperas desnutridas, idosos desamparados, doentes crônicos
cuja existência depende da conexão a um aparelho, ou seja, tudo o que leva a
que essas vidas se apaguem, trazendo dor e luto, choro e impotência, porque com
pouco essas vidas poderiam estar sorridentes".
Também agradeceu
"a tantos samaritanos, que se entregam pelo bem e pela vida do próximo. É
um testemunho de muitos que às vezes não queremos ver".
"Obrigado a
tantos fiéis, a seus líderes e representantes que estão na mira do canhão
oferecendo sua mão generosa para salvar vidas", expressou.
ORAÇÃO : Ó Deus,
que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Cirilo de Jerusalém,
concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a
proclamemos em nossas ações. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Lc 6,36-38)
Naquele tempo, Jesus disse aos seus
discípulos: «Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso. Não julgueis
e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis
perdoados. Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e
transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes
para os outros, servirá também para vós».
«Dai e vos será dado»
+ Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret (Vic, Barcelona,
Espanha)
Hoje, o Evangelho segundo São Lucas
proclama uma mensagem mais densa do que breve, e note-se que é mesmo muito
breve! Podemos reduzi-la a dois pontos: um enquadramento de misericórdia e um
conteúdo de justiça.
Em primeiro lugar, um enquadramento de misericórdia. Com efeito, a máxima de
Jesus sobressai como uma norma e resplandece como um ambiente. Norma absoluta:
se o nosso Pai do céu é misericordioso, nós, como filhos seus, também o devemos
ser. E como é misericordioso, o Pai! O versículo anterior afirma: «(...) e
sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus»
(Lc 6,35).
Em segundo lugar, um conteúdo de justiça. Efetivamente, encontramo-nos perante
uma espécie de “lei de talião”, nos antípodas (oposta) da que foi rejeitada por
Jesus («Olho por olho, dente por dente»). Aqui, em quatro momentos sucessivos,
o divino Mestre ensina-nos, primeiro, com duas negações; depois, com duas
afirmações. Negações: «Não julgueis e não sereis julgados»; «Não condeneis e
não sereis condenados». Afirmações: «Perdoai e sereis perdoados»; «Dai e vos
será dado».
Apliquemo-las fielmente à nossa vida de todos os dias, atendendo especialmente
à quarta máxima, como faz Jesus. Façamos um corajoso e lúcido exame de
consciência: se em matéria familiar, cultural, econômica e política o Senhor
julgasse e condenasse o nosso mundo como o mundo julga e condena, quem poderia
enfrentar esse tribunal? (Ao regressar a casa e ao ler os jornais ou escutar as
notícias, pensemos apenas no mundo da política). Se o Senhor nos perdoasse como
o fazem normalmente os homens, quantas pessoas e instituições alcançariam a
plena reconciliação?
Mas a quarta máxima merece uma reflexão particular já que, nela, a boa lei de
talião que estamos a considerar fica, de alguma forma, superada. Com efeito, se
dermos, nos darão na mesma proporção? Não! Se dermos, receberemos — notemo-lo
bem — «Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante» (Lc 6,38). É pois à
luz desta bendita desproporção que somos exortados a dar previamente.
Perguntemo-nos: quando dou, dou bem, dou procurando o melhor, dou com
plenitude?
SANTO DO DIA
SÃO CIRILO DE JERUSALÉM
Com alegria neste dia lembramos a vida
de santidade de um grande homem proclamado Doutor da Igreja. São Cirilo nasceu
em Jerusalém em 315, no início do tempo de graça, em que a Igreja conquistou
com a liberdade religiosa dada por Constantino. Ordenado sacerdote, São Cirilo
cuidou com carinho, zelo e amor da preparação de Catecúmenos para o Batismo,
assim como se dedicou no magistério, ou seja, ensinamento da Sã Doutrina. Deixou
escrito as “Catequeses”, em que expõe a verdadeira doutrina da fé e os
ensinamentos da Sagrada Escritura. Sobre a Eucaristia, ele afirmava: “Sob a
forma de pão é o corpo que te é dado e, sob a forma de vinho, o sangue; de tal
maneira que, ao receberes o corpo e sangue de Cristo, te transformas, com ele,
num só corpo e num só sangue”. Cirilo tratava com simplicidade, mas com muita
profundidade, sobre o pecado, penitência, batismo, credo e outros pontos
essenciais da nossa fé. Mesmo depois de ser eleito bispo e patriarca de
Jerusalém continuou sempre ao lado da verdade. Por três vezes foi exilado pelos
imperadores Constâncio e Valente. Participou do terceiro Concílio Ecumênico de
Constantinopla. Seu último exílio foi o mais duro e cruel, obrigando-o por onze
anos, a vagar pelas cidades da Ásia e outras regiões do Oriente. São Cirilo
morreu em 386.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Na Igreja de Cristo há espaços para diversidade de ministérios.
Algumas pessoas, como São Cirilo, dedicaram-se ao estudo e pregação dos
mistérios de Cristo e da Igreja. Suas reflexões teológicas sobreviveram ao
tempo e permanecem como herança de um cristianismo original e atuante. Queremos
hoje pedir que Deus continue suscitando homens e mulheres para o serviço de
reflexão e estudo da fé católica. Tão importante como viver uma vida de fé é
conhecer a fé que nos alimenta.
Tjl
– acidigital.com –a12.com –evangeli.net
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