REDAÇÃO
CENTRAL, 24 mai. 21 / 08:45 am (ACI).-
Hoje(ontem), dia 24 de maio, segunda-feira após o Domingo de Pentecostes,
é celebrada a memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, data que foi estabelecida pelo Papa
Francisco no início de 2018, por meio de um Decreto da Congregação para o Culto
Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
“Esta celebração ajudará a recordar que a vida cristã, para crescer, deve ser
ancorada no mistério da Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na
Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos”, afirma o documento.
Oração: Deus eterno
e todo-poderoso quiseste que São Gregório VII governasse todo o vosso povo,
servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores
de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da
salvação. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho do dia -Evangelho segundo São Marcos (10,28-31).
Naquele tempo, Pedro começou a dizer a Jesus: «Vê
como nós deixámos tudo para Te seguir».
Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Todo aquele que tiver deixado casa,
irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras por minha causa e por causa do
evangelho,
receberá cem vezes mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos
e terras, juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna.
Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros».(Tradução litúrgica da Bíblia)
Comentário: Santa Catarina de Sena (1347-1380)-terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa-«Sobre a obediência», cap. VII, n.º 160 «Cem vezes mais»
[Santa Catarina de Sena ouviu Deus dizer-lhe:]
Quando Pedro Lhe disse: «Vê como nós deixámos tudo para Te seguir», a minha
Verdade respondeu-lhe: «Todo aquele que tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe,
pai, filhos ou terras por minha causa e por causa do evangelho, receberá cem
vezes mais, já neste mundo, [...] e, no mundo futuro, a vida eterna». Como quem
diz: Pedro, fizeste bem em deixar tudo, pois é a única maneira de alguém Me
seguir; em troca, Eu dar-te-ei, já nesta vida, cem vezes mais. E o que é, minha
filha querida, este cem vezes mais, ao qual é ainda acrescentada a vida eterna?
O que queria dizer a minha Verdade com isto? Estaria a falar de bens temporais?
Nem por isso, embora Eu por vezes os multiplique em benefício daqueles que são
generosos com as esmolas. Então falava de quê? Ouve bem: aquele que Me dá a sua
vontade, dá-me «uma» coisa; e Eu, em troca dessa coisa única, dou-lhe «cem».
Porquê o número cem? Porque é o número perfeito, ao qual nada pode ser
acrescentado, a não ser que se volte ao princípio na contagem. Também a
caridade é a mais perfeita de todas as virtudes; é impossível alguém elevar-se
a uma virtude mais perfeita, e só se pode aumentar a sua perfeição voltando ao
princípio no conhecimento pessoal e dando início a uma nova centena de méritos;
mas acaba-se sempre a contagem quando se chega ao número cem. É esse o cêntuplo
que dou aos que Me entregaram o um da sua vontade própria, seja pela obediência
comum, seja pela obediência particular. E com este cêntuplo chegareis à vida
eterna. [...] Este cêntuplo é o fogo da caridade divina. É porque receberam de
Mim este cêntuplo que se encontram num estado de maravilhosa alegria, que lhes
toma totalmente conta do coração.
Santo do Dia: São Gregório Sétimo
Hildebrando, o futuro papa Gregório VII, nasceu
numa família pobre na Itália, em 1020. Fez-se beneditino no mosteiro de Cluny.
Nos estudos destacou-se pela inteligência e a firmeza na fé.
Tornou-se o diácono auxiliar direto dos Papas
Leão IX e Alexandre II, alcançando respeito e enorme prestígio no colégio
cardinalício. Assim, quando faleceu o Papa Alexandre II, em 1073, foi aclamado Papa
pelo povo e pelo clero. Assumiu o nome de Gregório VII e deu início à luta
incansável para implantar a "reforma gregoriana". Há tempos que a
decadência de costumes atingia o próprio cristianismo. A mistura do poder
terreno com os cargos eclesiásticos fazia enorme estrago no clero.
As investiduras, que consistiam no ato jurídico
pelo qual o rei ou nobre confiava a uma autoridade eclesiástica um cargo da
Igreja com jurisdição sobre um território, obrigava os eclesiásticos a prestar
juramento de fidelidade ao rei ou aos nobres.
Foi com Henrique VI, imperador germânico, que
Gregório travou a maior luta. Diante da rudeza de Henrique VI, o Papa não teve
dúvidas: excomungou o imperador. Tal foi a pressão sobre Henrique VI, que o
tirano teve que se humilhar e pedir perdão, em 1077, para anular a excomunhão,
num evento famoso que ficou conhecido como "o episódio de Canossa".
Pouco tempo depois o imperador saboreou sua
vingança, depondo o Papa Gregório VII e nomeando um antipapa, Clemente III.
Mesmo assim Papa Gregório VII continuou com as reformas, enfrentando a ira do
governante. Foi então exilado em Salerno, onde morreu mártir de suas reformas
no dia 25 de maio de 1085, com sessenta e cinco anos.(Colaboração: Padre Evaldo
César de Souza, CSsR)
Reflexão: A última
frase do papa Gregório VII, à beira da morte, retrata a síntese de sua
existência: "Amei a justiça, odiei a iniquidade e, por isso, morro no
exílio". Num tempo de brigas políticas e religiosas. Gregório soube
assumir sua posição de defensor de fé e morreu exilado pelo amor ao Cristo.
Estamos nós, cristãos do século XXI, lutando pela justiça e pelo direito
daqueles que não tem voz?
Tjl- a12.com –evangelhoquotidiano.org.evangeli.net
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