terça-feira, 29 de junho de 2021

BOM DIA EVANGELHO-30. JUNHO. 2021

 

BOM DIA EVANGELHO


30 DE JUNHO DE 2021Quarta-feira da 13ª semana do Tempo Comum

Imagem do apóstolo São Pedro na Basílica vaticana. Foto: Vatican Media Vaticano, 29 jun. 21 / 09:53 am (ACI).- São Pedro e São Paulo dão a a imagem “de uma Igreja libertada que pode oferecer ao mundo a libertação que ele não pode dar a si mesmo: libertação do pecado, da morte, da resignação, do sentimento de injustiça, da perda da esperança, que degrada a vida das mulheres e dos homens da nossa Tempo", disse o papa Francisco na homilia da missa da terça-feira, 29 de junho, solenidade de São Pedro e São Paulo. Antes da missa, o papa abençoou os pálios destinados aos arcebispos metropolitanos nomeados durante o ano e que lhes serão impostos na respectiva Sé pelo representante papal. O pálio é uma faixa de lã branca que é colocada sobre ombros dos arcebispos. A veste representa a ovelha que o pastor carrega nos ombros, assim como fez Cristo com a ovelha perdida. O pálio é também a prerrogativa dos arcebispos metropolitanos, como símbolo de jurisdição em comunhão com a Santa Sé.

 Oração: Santos mártires de nossa santa Igreja, que passaram por tantos sofrimentos mas não perderam a fé, nós vos louvamos por vossas vidas tão heróicas e santas e nos consagramos a vós para que também nós nos tornemos cristãos em verdade e em vida. Assim seja!

Evangelho segundo São Mateus 8,28-34.

Naquele tempo, quando Jesus chegou à região dos gadarenos, na outra margem do lago, vieram ao seu encontro, saindo dos túmulos, dois endemoninhados. Eram tão furiosos que ninguém se atrevia a passar por aquele caminho.
E disseram aos gritos: «Que tens que ver connosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?».
Ora, perto dali, andava a pastar uma grande vara de porcos.
Os demónios suplicavam a Jesus, dizendo: «Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos».
Jesus respondeu-lhes: «Então ide». Eles saíram e foram para os porcos. Então, os porcos precipitaram-se pelo despenhadeiro abaixo e afogaram-se no lago.
Os guardadores fugiram e foram à cidade contar tudo o que acontecera, incluindo o caso dos endemoninhados.
Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus. Quando O viram, pediram-Lhe que Se retirasse do seu território.(Tradução litúrgica da Bíblia)

Santo Inácio de Loyola (1491-1556) fundador dos jesuítas - Exercícios espirituais: regras para maior discernimento dos espíritos

«Resida em vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados» (Col 3, 15)

É próprio de Deus e dos seus anjos, em suas moções, conceder verdadeira alegria e gozo espiritual, tirando toda a tristeza e perturbação que o inimigo suscita. Deste, é próprio lutar contra a alegria e a consolação espiritual, apresentando razões aparentes, subtilezas e contínuas falácias. Só a Deus Nosso Senhor pertence dar consolação à alma sem causa precedente. Porque é próprio do Criador entrar, sair e produzir moções na alma, trazendo-a toda ao amor de sua Divina Majestade. Sem causa, isto é, sem prévio sentimento ou conhecimento de algum objeto pelo qual venha essa consolação, mediante atos do entendimento e da vontade. É próprio do anjo mau, que se disfarça «em anjo de luz» (2Cor 11,14), entrar com o que se acomoda à alma devota e sair com o que lhe convém a si, isto é, propor pensamentos bons e santos acomodados a essa alma justa, e depois, pouco a pouco, procurar trazer a alma aos seus enganos encobertos e perversas intenções. Devemos estar muito atentos ao decurso dos nossos pensamentos. Se o princípio, o meio e o fim são inteiramente bons, inclinando em tudo ao bem, isso é um sinal da presença do bom anjo. Mas, se o decurso dos pensamentos acaba em alguma coisa má, distrativa ou menos boa que aquela que a alma se propusera fazer, se a enfraquece, se a inquieta, se a perturba, tirando-lhe a paz, a tranquilidade e a quietude que tinha, isso é um claro sinal de que procede do mau espírito, inimigo do nosso proveito e salvação eterna [...]. Naqueles que progridem de bem em melhor, o anjo bom toca-lhes a alma leve e suavemente, como gota de água que penetra numa esponja; e o mau anjo toca agudamente, com ruído e agitação.

Santo do Dia: Os primeiros mártires de Roma

No ano de 64, um pavoroso incêndio reduziu Roma a cinzas. O imperador Nero, considerado imoral e louco por alguns historiadores, se viu acusado de ter sido o causador do fogo. Para defender-se, acusou os cristãos, fazendo brotar um ódio dos pagãos contra os seguidores de Cristo. Nero ordenou o massacre de todos eles.

Houve execuções de todo tipo e forma e algumas cenas sanguinárias estimulavam os mais terríveis sentimentos humanos. Alguns adultos foram embebidos em pixe e transformados em tochas humanas usadas para iluminar os jardins do imperador. Em outro episódio revoltante, crianças e mulheres foram vestidas com peles de animais e jogadas no circo às feras, para serem destroçadas e devoradas por elas.

A crueldade se estendeu do ano de 64 até 67, chegando a um exagero tão grande que acabou incutindo no povo um sentimento de piedade. O ódio acabou se transformando em solidariedade. Os apóstolos São Pedro e São Paulo foram duas das mais famosas vítimas deste imperador.

Porém, como bem nos lembrou o Papa Clemente, o dia de hoje é a festa de todos os mártires, que com o seu sangue sedimentaram a gloriosa Igreja Católica. No sangue dos homens e mulheres que foram sacrificados em Roma nasceu forte e viçosa a flor da evangelização.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Celebramos nesta festividade a memória dos numerosos mártires que não tiveram um lugar especial na liturgia. Eles são testemunhas da ressurreição de Jesus. Pela fé nos mostram que aqueles que creem em Cristo viverão para sempre, porque Deus é Deus de vivos. Por isso, todo martírio pela fé é um sinal marcante de que vale a pena doar a vida pelo Reino de Deus.

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