Barco doado à paróquia Cristo Rei, na prelazia de Itacoatiara (AM) / Foto: Fundação ACN MANAUS, 09 set. 21 / 02:07 pm (ACI).- Às margem do rio Amazonas, a paróquia Cristo Rei, na prelazia de Itacoatiara (AM) tem um desafio: das 45 comunidades, 42 são ribeirinhas. Para atendê-las, o pároco, padre Bruno Nirmal, precisava muitas vezes enfrentar 10 horas de viagem de barco e dependia da disponibilidade de alguma embarcação. Depois de conseguir a doação de um barco, o padre já fez várias viagens e disse ter encontrado um povo com “sede de missa, da Eucaristia, de Deus”. Antes, contou padre Nirmal à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), “as viagens ficavam limitadas a quando conseguíamos algum recurso para alugar uma embarcação e realizar as visitas”. O bispo de Itacoatiara, dom José Ionilton, enviou um pedido de ajuda à ACN para a compra de um barco de alumínio. O pedido foi atendido e a primeira viagem do barco da paróquia Cristo Rei aconteceu no final de julho. “A primeira viagem foi ótima! Esse barco nos ajuda a estar nas comunidades ribeirinhas mais rápido, o que nos possibilita aumentar o número de visitas. Já fomos a três comunidades visitando as casas, fazendo formação para os líderes, missas e batismos”, contou. Segundo padre Nirmal, a fé das pessoas que encontra nessas visitas “é muito forte, eles têm sede de missa, da Eucaristia, de Deus. Quando eles recebem a visita do sacerdote, eles param tudo e dedicam esse dia para participarem da missa, da oração do terço e das formações, com todo o coração”. O sacerdote, então, agradeceu aos benfeitores da Fundação ACN e garantiu que todos estão em suas orações. A prelazia de Itacoatiara fica às margens do rio Amazonas, a 270 quilômetros a leste de Manaus (AM), em uma área de 59 mil quilômetros quadrados, que reúne uma população de 200 mil habitantes. Quase metade da população da prelazia está espalhada pelas mais de 200 comunidades ribeirinhas e há apenas 16 sacerdotes para atendê-los. Neste ano, além da pandemia de covid-19, a população local enfrentou a maior cheia registrada do rio Amazonas. Os seis municípios da prelazia ficaram em estado de emergência o que obrigou grande parte da população a buscar outras moradias. Somente na cidade de Itacoatiara, sede da prelazia, 1,4 mil famílias foram afetadas pela cheia. Agora, com as águas voltando ao leito do rio, o trabalho de recuperar casas e comércios convive com maior incidência de cobras e escorpiões. Foram mais de 100 casos de ataques de animais venenosos no primeiro semestre, apenas na cidade de Itacoatiara. O bispo de Itacoatiara, dom Ionilton, incentivou que as pessoas colaborem com a missão da Igreja nesta região. “Rogo a Cristo Rei do Universo muitas bênçãos para os benfeitores da ACN, para que continuem ajudando a Igreja na Amazônia, que tanto necessita”, disse.
Evangelho
segundo São Lucas 6,39-42.
Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos a
seguinte parábola: «Poderá um cego guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma
cova?
O discípulo não é superior ao mestre, mas todo o discípulo perfeito deverá ser
como o seu mestre.
Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que
está na tua?
Como podes dizer a teu irmão: "Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens
na vista", se tu não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro
a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu
irmão.(Tradução
litúrgica da Bíblia)
Santo Agostinho (354-430) bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja Explicação do Sermão da montanha, 19 - O argueiro e a trave
«Como podes dizer a
teu irmão: "Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens na vista", se
tu não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua
vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão». Quer isto
dizer: primeiro, afasta o ódio para longe de ti; poderás então corrigir aquele
a quem amas. E Ele chama «hipócrita» com justiça, porque censurar os vícios
deve ser uma atitude própria de homens justos e bondosos; um homem mau que o
faça está a usurpar um papel: faz lembrar o comediante que esconde a sua
identidade por detrás de uma máscara [...]. Quando tivermos de censurar ou
corrigir, façamos com escrupulosa preocupação esta pergunta a nós próprios: e
eu, nunca cometi este erro? E fiquei curado? Mesmo que nunca o tenhamos
cometido, recordemos que somos humanos e que podíamos tê-lo cometido. Se, por
outro lado, o tivermos cometido, recordemos a nossa fragilidade, para que seja
a benevolência, e não o ódio, a ditar-nos a reprovação ou a censura. Venha o
culpado a tornar-se melhor ou pior com a nossa censura benévola – pois o
resultado é incerto –, ficaremos ao menos seguros de que o nosso olhar se
manteve puro. Mas se, na nossa introspeção, descobrirmos em nós o defeito que
pretendemos repreender, em vez de admoestarmos o culpado com reprimendas,
choremos com ele; não lhe peçamos que nos obedeça, mas que partilhe o nosso
esforço.
Santo do Dia - São Nicolau de Tolentino
Nasceu em 1245 no Castelo de Santo Ângelo, mas
foi no povoado de Tolentino que passou grande parte de sua vida. Desde os sete
anos de idade suas preocupações eram as orações, o jejum e uma enorme compaixão
pelos menos favorecidos.
Sua vida era toda de penitência, amor e
dedicação aos pobres, aliados a uma fé incondicional a Nosso Senhor e a Virgem
Maria. Aos catorze anos foi viver na comunidade dos agostinianos de Castelo de
Santo Ângelo e no ano de 1274, foi ordenado sacerdote.
Nicolau possuía carisma e dons especiais. Sua
pregação era alegre e consoladora na Providência Divina, o que tornava seus
sermões empolgantes. Tinha um grande poder de persuasão, pelo seu modo simples
e humilde de viver e praticar a fé, sempre na oração e penitência, cheio de
alegria em Cristo.
Em 1275, devido a saúde debilitada, foi para o
convento de Tolentino, onde se fixou definitivamente. Ali veio a se tornar um
dos apóstolos do confessionário mais significativos da Igreja. Passava horas,
repleto de compaixão para todas as misérias humanas. A fama de seus conselhos e
santidade trazia para a paróquia fiéis de todas as regiões ansiosos pelo seu consolo
e absolvição.
Em setembro de 1305, ele fez sua última prece e
entregou seu espírito nas mãos do Senhor, antes de completar sessenta anos de
idade. Foi enterrado na sepultura da capela onde se tornara célebre confessor e
celebrava suas missas.
Conta-se que, por penitência, jamais comia
carne, mas certa vez, estando doente, seu superior lhe deu ordem de comer um
pouco de carne. O obedeceu comendo um pedaço bem pequeno, e depois disse:
"Já obedeci. Agora, por favor, não me aborreçam mais com essas gulodices".(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Prodigiosa e
mística são duas palavras que descrevem a vida deste santo. São Nicolau é o
protetor daqueles que sofrem injustiça ou são oprimidos na vida e na liberdade.
Sua vida religiosa foi repleta de orações e mortificações. As orações ocupavam
boa parte de seu dia e o tempo que lhe restava era dedicado a visitar os
pobres.
Tjl- a12.com
– evangeli.net-evangelhoquotidiano.org
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