Papa Francisco durante o encontro com os bispos, sacerdotes e religiosos da Eslováquia. Crédito: Vatican Media (captura de vídeo) Bratislava, 13 set. 21 / 02:00 pm (ACI).- O papa Francisco fez um discurso sobre a missão evangelizadora da Igreja que gerou aplausos, especialmente das religiosas, quando falou sobre as homilias na reunião com os bispos, o clero e os consagrados no seu segundo dia de sua visita à Eslováquia. Francisco não se ateve ao discurso oficial e falou sobre a importância de “encontrar caminhos, modos e linguagens novas para anunciar o Evangelho”, através da criatividade, seguindo o exemplo dos santos Cirilo e Metódio, inventores do alfabeto cirílico usado em países eslavos de maioria cristã ortodoxa. “Nós podemos ajudar, com a criatividade humana, pois cada um de nós tem essa possibilidade. Mas o grande criativo é o Espírito Santo: é Ele quem nos move a ser criativos”, disse Francisco, em 13 de setembro. O papa afirmou que, “se com a nossa pregação e com a nossa pastoral não conseguirmos entrar mais pela via ordinária, tentemos abrir espaços diferentes, experimentemos outros caminhos”.
Evangelho (Jo 3,13-17):
Naquele tempo, disse
Jesus a Nicodemos: «Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu: o
Filho do Homem. Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também será
levantado o Filho do Homem, a fim de que todo o que nele crer tenha vida
eterna. De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que
todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o
seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo
por ele».
«A fim de que todo o
que nele crer tenha vida eterna»
Rev. D. Antoni
CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho é uma
profecia, isto é, uma olhada no espelho da realidade que nos introduz em sua
verdade, mais além do que nos dizem nossos sentidos: a Cruz, a Santa Cruz de
Jesus Cristo, é o Trono do Salvador. Por isso, Jesus afirma que «deve que ser levantado
o Filho do homem» (Jo 3,14).
Bem sabemos que a cruz era o suplício mais atroz e vergonhoso de seu tempo.
Exaltar a Santa Cruz não deixaria de ser um cinismo se não fosse porque ai está
o Crucificado. A cruz, sem o Redentor, é simples cinismo; com o Filho do Homem
é a nova árvore da sabedoria. Jesus Cristo, «oferecendo-se livremente à paixão»
da Cruz abriu o sentido e o destino de nosso viver: subir com Ele à Santa Cruz
para abrir os braços e o coração ao Dom de Deus, num intercâmbio admirável. Também
aqui nos convém escutar a voz do Pai desde o céu: «Este é meu Filho (...), em
quem me comprazo» (Mc 1,11). Encontrarmos crucificados com Jesus e ressuscitar
com Ele: Eis aqui o porquê de tudo! Há esperança, há sentido, há eternidade, há
vida! Nós os cristãos não estamos loucos quando na Vigília Pascal, de maneira
solene, quer dizer, no Pregão Pascal, cantamos, louvando o pecado original:
«Oh!, Culpa tão feliz, que tem merecido a graça de tão grande Redentor», que
com sua dor tem impresso sentido à mesma dor.
«Olhai a árvore da cruz, foi sacrificado o Salvador do mundo: vem e adoremos»
(Liturgia da sexta-feira Santa). Se conseguirmos superar o escândalo e a
loucura de Cristo crucificado, não há nada mais que adorá-lo e agradecer-lhe
seu Dom. E procurar decididamente a Santa Cruz em nossa vida, para termos a
certeza de que, «por Ele, com Ele e Nele», nossa doação será transformada, nas
mãos do Pai, pelo Espírito Santo, em vida eterna: «Derramada por vós e por
muitos para o perdão dos pecados».
Santo do Dia : São Materno de Colônia
São Materno é celebrado pela tradição como o primeiro bispo da cidade de Colônia, na Alemanha. Ainda segundo a tradição, no século quarto, Materno veio da Palestina para evangelizar os germânicos. Materno viveu num período de crise da Igreja. Após um período de perseguições do império, o problema agora estava no próprio seio da Igreja, que estava em perigo de dividir-se por causa das heresias. O bispo Materno foi um grande pacificador na Igreja. Por causa da heresia donatista, ele viu-se obrigado a deslocar-se para o norte da África. A heresia donatista pregava o elitismo moral cristão, deixando de lado os infiéis e pecadores. Por causa de suas infidelidades, estes cristãos não poderiam nunca mais ser admitidos a comunhão da Igreja. Materno interferiu na comunidade africana, mostrando-se favorável ao reestabelecimento da paz e da comunhão dos cristãos que tinham extraviado do bom caminho. Mas, mesmo assim, o cisma donatista continuou a espalhar-se pelo norte da África. São Materno é venerado pelo povo germânico e suas ações estão estampadas nos vitrais da Catedral de Tréveris, que também abriga seus restos mortais.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Na história da Igreja muitos foram os homens e
mulheres que doaram suas vidas e suas capacidades para manter a unidade da fé.
Guiados pelo Espírito Santo e convictos da Boa Nova do Reino, estas pessoas
viveram plenamente sua vocação de servir a Deus e ao próximo, a exemplo de
Jesus Cristo.
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