Oração: Ó Pai, pela
vossa misericórdia, São Pedro Claver anunciou as insondáveis riquezas de
Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e
viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por
Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho segundo São Lucas 6,27-38.
Naquele tempo,
Jesus falou aos seus discípulos, dizendo: «Digo-vos a vós que Me escutais: Amai
os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam,
abençoai os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos injuriam.
A quem te bater numa face, apresenta-lhe também a outra; e a quem te levar a
capa, deixa-lhe também a túnica.
Dá a todo aquele que te pedir, e ao que levar o que é teu, não o reclames.
Como quereis que os outros vos façam, fazei-lho vós também.
Se amais aqueles que vos amam, que agradecimento mereceis? Também os pecadores
amam aqueles que os amam.
Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os
pecadores fazem o mesmo.
E se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis?
Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto.
Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar
em troca. Então será grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo,
que é bom até para os ingratos e os maus.
Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso.
Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados.
Perdoai e sereis perdoados.
Dai e dar-se-vos-á; deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida,
a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».(Tradução
litúrgica da Bíblia)
«Ouvistes o que foi
dito: amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, digo-vos: amai
os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem» (Mt 5,43-44). Claro que, no
Carmelo, não se encontram inimigos, mas enfim, há simpatias; sentimo-nos mais
atraídas por esta irmã, enquanto aquela nos levaria a fazer um desvio para não
nos cruzarmos com ela; e assim, sem saber, ela torna-se objeto de perseguição.
Pois bem, Jesus diz-me que é preciso amar essa irmã, rezar por ela, mesmo que a
sua conduta me leve a crer que ela não gosta de mim: «Se amais os que vos amam,
que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam». E
não basta amar, é preciso demonstrá-lo. Ficamos naturalmente felizes por dar um
presente a um amigo, gostamos muito de fazer surpresas, mas a caridade não é
isso, pois os pecadores também o fazem. Eis que Jesus continua a ensinar-me:
«Dá a quem te pedir, e a quem se apoderar do que é teu, não lho reclames». Dar
a todas as que me pedirem é menos agradável que oferecer-me a mim mesma num
movimento amoroso. [...] Se é difícil dar a quem nos pede, ainda o é mais
deixar alguém ficar com o que é nosso sem lho reclamar. Ó minha Mãe, digo que é
difícil, mas deveria antes dizer que parece ser difícil, pois o jugo do Senhor
é leve e suave (cf Mt 11,30). Quando o aceitamos, sentimos logo a sua doçura e
clamamos como o salmista: «Correrei pelo caminho dos teus mandamentos, porque
deste largas ao meu coração» (Sl 118,32). Não há como a caridade para dilatar o
meu coração, ó Jesus. Desde que essa doce chama o consome, corro com alegria no
caminho do vosso mandamento novo (cf Jo 13,34).
Santo do Dia -São Pedro Claver
Pedro Claver
nasceu em Barcelona, na Espanha, em 1580. Filho de um casal de gente do campo,
o jovem espanhol manifestou desde cedo sua vocação religiosa. Tornou-se
jesuíta, logo viajando para uma missão em Cartagena, atual país da Colômbia.
Começou
então o apostolado que iria marcar sua vida: o trabalho como os negros que
vinham escravizados da África. Apesar das dificuldades da língua, a linguagem
do amor e da caridade falava ao coração dos escravos e aproximava-os de Pedro
Claver.
O
missionário além de lhes dar alimento, vinho e tabaco, oferecia palavras de fé
para aquecer seus corações e lhes dar esperança. Por esse motivo os escravos
negros o veneravam e respeitavam como um justo e bondoso pai.
Em sua
missão, lutava ao lado dos negros e sofria com eles. O que podia fazer por eles
era mitigar seus sofrimentos e oferecer-lhes a salvação eterna. Com essa
proposta, Pedro Claver batizou cerca de quatrocentos mil negros durante os
quarenta anos de missão apostólica.
Durante a
peste não abandonou os escravos, mas acabou contaminado. Depois de quatro anos
de sofrimento, Pedro Claver morreu aos setenta e três anos de idade, em 08 de
setembro de 1654, no dia na festa da Natividade da Virgem Maria.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: São Pedro Claver falava com os
negros sofridos não com palavras, mas com ações concretas de caridade. Sempre
disponível para o trabalho duro, Pedro Claver foi um verdadeiro Jesus Cristo
para seus irmãos sofredores, a ponto de entregar-lhe a própria vida. Busquemos
viver uma vida de fé marcada pelo serviço aos mais abandonados e assim realizar
em nós a vontade de Deus.
Tjl- acidigital.com – a12.com –
evangelhoquotidiano.org
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