Arcanjo
São Rafael acompanha os esposos Tobias e Sara enquanto recebem a bênção do pai
dela. REDAÇÃO CENTRAL, 29 set. 21 / 09:00 am (ACI).- O livro de Tobias
do Antigo Testamento conta como São Rafael, o arcanjo, ajuda Tobias a se casar
com Sara, uma mulher cujos maridos faleciam por causa de um demônio que os
atormentava na noite de núpcias. Um dia, Tobit, um judeu fiel à lei de Deus que
havia ficado cego, discutiu com sua esposa Ana e ficou cheio de aflição,
pedindo ao Senhor que lhe permitisse morrer. Da mesma forma Sara, uma jovem que
teve sete esposos que morriam na noite de núpcias por culpa de um demônio que
estava apaixonado por ela, também rogava a Deus pela morte ou que o Senhor se
compadecesse dela. Então, Deus acolheu suas orações e enviou o arcanjo Rafael
para ajudá-los. Tobit se lembrou do dinheiro que havia deixado com um amigo em
outra cidade e enviou seu filho Tobias para recuperá-lo. Mas, primeiro,
pediu-lhe que encontrasse um guia no caminho e assim Tobias conheceu São
Rafael, que de maneira desconhecida se fez passar por um certo Azarías que
conhecia o caminho. Ambos partiram e, quando chegaram a um rio, Tobias desceu
para lavar os pés. De repente, um grande peixe saltou da água e tentou morder o
seu pé. O anjo disse para agarrá-lo e retirar o fel, o coração e o fígado
porque eram úteis como remédios. Mais tarde, no caminho, o menino perguntou ao
anjo sobre os efeitos curativos desses elementos. O espírito celestial
respondeu que, ao queimar o coração ou o fígado do peixe diante de um homem ou
mulher atacados por um demônio ou espírito maligno, os ataques cessam e
desaparecem para sempre. Enquanto o fel era usado para ungir os olhos afetados
por manchas brancas e que bastava soprar sobre eles, para que ficassem curados.
Oração: Ó Deus, criador do universo, que vos revelastes aos homens,
através dos séculos, pela agrada Escritura, e levastes o vosso servo São
Jerônimo a dedicar a sua vida ao estudo e à meditação da Bíblia, dai-me a graça
de compreender com clareza a vossa palavra quando leio a Bíblia. Por Cristo
nosso Senhor. Amém.
Evangelho
segundo São Lucas 10,1-12.
Naquele
tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à
sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono
da seara que mande trabalhadores para a sua seara.
Ide. Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém
pelo caminho.
Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: "Paz a esta casa".
E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará
convosco.
Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu
salário. Não andeis de casa em casa.
Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem,
curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: "Está perto de vós o Reino
de Deus"».
Mas quando entrardes nalguma cidade e não vos receberem, saí à praça pública e
dizei:
"Até o pó da vossa cidade que se pegou aos nossos pés sacudimos para vós.
No entanto, ficai sabendo: Está perto o reino de Deus".
Eu vos digo: Haverá mais tolerância, naquele dia, para Sodoma do que para essa
cidade».(Tradução litúrgica da Bíblia)
Santo Ambrósio (c. 340-397) bispo de Milão, doutor da Igreja Comentário sobre o Evangelho de Lucas 7, 45.59 - «Como cordeiros para o meio de lobos»
Enviando discípulos para a messe que tinha sido bem
semeada pelo Verbo do Pai, mas que precisava de ser trabalhada, cultivada,
cuidada com solicitude para que os pássaros não roubassem a semente, Jesus
declara-lhes: «Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos». [...] O Bom
Pastor não teme que os lobos Lhe ataquem o rebanho; não enviou os seus
discípulos para se tornarem presas deles, mas para difundirem a graça. A
solicitude do Bom Pastor impede os lobos de atentarem contra os cordeiros que
Ele envia. E envia-os para que se realize a profecia de Isaías: «O lobo e o
cordeiro pastarão juntos» (Is 65,25). [...] Além do mais, os discípulos têm
ordem de nem sequer levar um cajado na mão. [...] Portanto, aquilo que o humilde
Senhor prescreveu, também os discípulos o realizam através da prática da
humildade. Porque Ele não os enviou a semear a fé pela coação, mas pelo ensino;
não através da ostentação da força do seu poder, mas pela exaltação da doutrina
da humildade. E considerou que era bom juntar a paciência à humildade, conforme
o testemunho de Pedro: «Ao ser insultado, não respondia com insultos; ao ser
maltratado, não ameaçava» (1Pe 2,23). Que é o mesmo que dizer: «Sede meus
imitadores: abandonai o desejo de vingança, não respondais aos ataques da
arrogância com o mal, mas com a paciência que perdoa. Que ninguém imite aquilo
que recebe dos outros; a mansidão é muito mais forte como resposta aos
insolentes».
Santo do Dia: São Jerônimo
Jerônimo
nasceu em uma família muito rica na Dalmácia, no ano 347. Com a morte dos pais
herdou uma boa fortuna que aplicou na realização de sua vocação para os
estudos, pois tinha uma inteligência privilegiada. Viajou para Roma, onde
procurou os melhores mestres de retórica.
Ele foi batizado pelo papa Libério, já com 25 anos de idade. Passando pela
França, conheceu um com monastério e decidiu se retirar para vivenciar a
experiência espiritual. Em 375, depois de uma doença, Jerônimo passou ao estudo
da Bíblia com renovada paixão. Foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino na
Antioquia, em 379, dedicando-se à reflexão, ao estudo e divulgação do
Cristianismo.
Voltou para Roma em 382, chamado pelo papa Dâmaso, para ser seu secretário
particular. Jerônimo foi incumbido de traduzir a Bíblia do grego e do hebraico,
para o latim. Neste trabalho ele dedicou quase toda sua vida. O conjunto final
de sua tradução da Bíblia em latim chamou-se "Vulgata" e se tornou
oficial no Concílo de Trento.
Devido a certas intrigas do meio romano, retirou-se para Belém, onde, viveu
como um monge, continuando seus estudos e trabalhos bíblicos. Morreu de velhice
no ano 420, em Belém. Foi declarado padroeiro dos estudos bíblicos.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Diz-nos um
historiador: “Todos acorriam a ele, e cada qual procurava ganhar-lhe a vontade:
uns louvavam sua santidade, outros a doutrina, outros sua doçura e trato suave
e benigno, e finalmente todos tinham postos os olhos nele como em um espelho de
toda virtude, de penitência, e oráculo de sabedoria”. (Pe. Ribadaneira)
TJL
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