Oração: Deus e Pai de amor, que para nos instruirdes
na Verdade não poupastes a vida do Vosso próprio Filho, concedei-nos por
intercessão de Santa Joana Francisca de Chantal a disposição de nos
santificarmos em todas as situações que nos permitis vivenciar, e nos
dedicarmos, à imitação do carisma da sua Congregação, à cura dos doentes,
principalmente os da alma, com nossas orações, sacrifícios, evangelização e
fidelidade total aos Vossos ensinamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa
Senhora. Amém.
Evangelho (Mt 17,22-27):
Aleluia,
Aleluia, Aleluia. — Pelo Evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de
nosso Senhor Jesus Cristo. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo
Mateus — Glória a
vós, Senhor.
Quando
estava reunido com os discípulos na Galiléia, Jesus lhes disse: «O Filho do
Homem vai ser entregue às mãos dos homens, e eles o matarão, mas no terceiro
dia ressuscitará». E os discípulos ficaram extremamente tristes.
Quando chegaram a Cafarnaum, os que cobravam o imposto do templo aproximaram-se
de Pedro e perguntaram: «O vosso mestre não paga o imposto do templo?». Pedro
respondeu: «Paga, sim!». Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou:
«Simão, que te parece: os reis da terra cobram impostos ou tributos de quem, do
próprio povo ou dos estranhos?». Ele respondeu: «Dos estranhos!» — «Logo os
filhos estão isentos», retrucou Jesus, «mas, para não escandalizar essa gente,
vai até o lago, lança o anzol e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali
encontrarás uma moeda valendo duas vezes o imposto; pega-a e entrega a eles por
mim e por ti».
«Quando estava reunido com os discípulos na Galiléia» - P. Joaquim PETIT Llimona, L.C.(Barcelona, Espanha)
Hoje, a liturgia oferece-nos
diferentes possibilidades para nossa consideração. Entre elas, podemos
deter-nos em algo que está presente no texto todo: o trato familiar de Jesus
com os discípulos.
Diz São Mateus que Jesus «estava reunido com os discípulos na Galileia» (Mt
17,22). Pareceria evidente, mas o fato de mencionar que estavam juntos
demonstra a proximidade de Cristo. Depois, abre-lhes seu Coração para
confiar-lhes o caminho de sua Paixão, Morte e Ressurreição, ou seja, algo que
Ele tem no seu interior e, não quer que aqueles que ama tanto, ignorem-no.
Posteriormente, o texto comenta o episódio do pagamento dos impostos, e o
evangelista também nos amostra o trato de Jesus que, coloca-se ao mesmo nível
do que Pedro, contrapondo aos filhos (Jesus e Pedro) isentos de pagar os
impostos e dos estranhos obrigados a pagá-los. Cristo, afinal, mostra-lhe como
conseguir o dinheiro necessário para pagar não só por Ele, mas por os dois e,
evitar ser motivo de escândalo.
Em todos estes fatos descobrimos uma visão fundamental da vida cristã: é o afã
de Jesus por estar conosco. Diz o Senhor no livro dos Provérbios: «alegrando-me
em estar com os filhos dos homens» (Prov 8,31). Como muda, a nossa realidade, o
nosso enfoque da vida espiritual na qual às vezes pomos apenas a atenção nas
coisas que fazemos como se fosse o mais importante! A vida interior deve
centrar-se em Cristo, em seu amor por nós, em sua entrega até a morte por mim,
na sua persistente busca do nosso coração. Muito bem o expressava João Paulo II
em um dos seus encontros com os jovens: o Papa exclamou com voz forte: «Olhe
Ele!».
Santa Joana Francisca de Chantal
Joana nasceu no ano de 1572 em Dijon, na França. Ficou órfã de mãe muito cedo. Seu pai era presidente de uma seção política em Borgonha, e por intrigas sofreu muitas humilhações e pobreza, mas teve sempre um caráter exemplar, orientando a família na verdadeira Fé. Assim, com cinco anos, Joana respondeu a um calvinista que questionava seu pai a respeito da Transubstanciação: “O Senhor Jesus Cristo está presente no Santíssimo Sacramento, porque Ele mesmo o disse. Se pretendeis não aceitar o que Ele falou, fazeis Dele um mentiroso”. Aos 20 anos Joana se casou com o barão de Chantal, indo morar no castelo de Bourbillye. O casal teve quatro filhos, educados pelo seu santo exemplo. Ela era caridosa e humilde com todos, esposo, filhos e empregados. Instituiu a Missa diária para que todos estes participassem, e cuidou pessoalmente da educação religiosa dos seus servidores, bem como das suas necessidades materiais. Um acidente de caça a deixou viúva aos 28 anos. Perdoando os responsáveis, dedicou-se à educação dos filhos, entre orações e trabalho. Por essa época conheceu o bispo de Genebra, futuro São Francisco de Sales, que se tornou seu diretor espiritual e a orientou para uma vida religiosa. Depois de nove anos de viuvez, tendo já as filhas bem casadas e o seu filho de 15 anos, herdeiro do baronato, sob a tutela do avô em Dijon, retirou-se para um convento. No ano seguinte, 1610, fundou com São Francisco de Sales a Congregação da Visitação de Santa Maria (Irmãs da Visitação de Nossa Senhora, conhecidas também como “Salesianas” e “Visitandinas”), com o carisma do cuidado aos doentes. Foi sua primeira Superiora, acrescentando ao próprio o nome de Francisca. A partir de então devotou-se exclusivamente a esta obra. A primeira casa foi em Anecy; ela fundou mais 75, com o auxílio da sua fortuna. Após um período de grande sofrimento por causa de uma febre, Joana faleceu em Moulins, aos 13 de dezembro de 1641. Neste ano já havia 90 casas da Ordem na França, e atualmente a obra está presente no mundo todo. Santa Joana Francisca de Chantal é venerada como modelo de perfeição em todos os estados de vida feminina – solteira, casada, mãe, viúva e religiosa.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: Aceitar com perfeição qualquer coisa que Deus
permitir na nossa vida, sem revoltas ou reclamações, não é algo fácil, e muitos
não lidam bem sequer com as mudanças naturais da vida, como da juventude à
maturidade e desta à velhice. É grande, portanto, o valor e o exemplo de Santa
Joana, que em cada diferente estado de vida primou pela santidade. De fato,
mesmo na infância deu corajoso e contundente testemunho de Fé sobre a
Transubstanciação para um herege. Transubstanciação essa que, por comprovação
pessoal e direta, constatou-se como totalmente desconhecida por uma criança, de
família católica, há dois dias de receber a Primeira Comunhão… isto depois de
dois anos de, digamos, “catequese”, numa paróquia com presença normal de padres
e pastorais diversas. É criminoso, diante de Deus, fechar os olhos à decadência
e desvios dentro da Igreja atual. Urge que os religiosos e as famílias
católicas, conscientes, rezem e trabalhem na prática para uma sã renovação
espiritual, pois o Corpo Místico de Cristo está seriamente doente, com vários
membros em processo de gangrena. Não surpreenderá que, eventualmente, tenham
que ser amputados. Oração, penitência, firmeza e não tibieza, amor a Deus e não
respeitos humanos, coragem e não omissão, formação séria e não comodismo, assumir
a evangelização e não delegá-la a quem não tem condições de fazê-la, estas as
necessidades atuais da Igreja, pela qual e da qual Santa Joana recebeu, e
proveu inclusive aos seus empregados, o apostolado da palavra e do exemplo.
TJL –
A12.COM – E12.COM - EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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