Imagem: Aparição
da Virgem Maria a São Bernardo no estilo Lactatio Bernardi. Um dos pilares da fé de Bernardo era sua crença
na mediação da Virgem nos assuntos da fé.
1655. Por Murillo,
atualmente no Museu do Prado, Madrid.
Oração: Senhor,
que nos fizestes para Vós e para a alegria infinita, concedei-nos por
intercessão de São Bernardo de Claraval ouvir e viver os ensinamentos da Vossa
Igreja, fazendo das nossas almas como que vales clareados pela graça e pela
proximidade de Maria Santíssima, e assim podermos efetivamente contribuir com
as atuais e necessárias cruzadas pela Fé, no desejo firme de ir para Deus. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mt 19,23-30):
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Em
verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. E digo ainda:
é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar
no Reino de Deus». Ouvindo isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram:
«Quem, pois, poderá salvar-se?». Jesus olhou bem para eles e disse: «Para os
homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível».
Em seguida, Pedro tomou a palavra e disse-lhe: «Olha! Nós deixamos tudo e te
seguimos. Que haveremos de receber?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo,
quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua
glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos,
para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas,
irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por causa do meu nome, receberá cem
vezes mais e terá como herança a vida eterna. Ora, muitos que são primeiros
serão últimos, e muitos que são últimos serão primeiros».
«Dificilmente um rico entrará no
Reino dos Céus (...) Quem, pois, poderá salvar-se?» - Rev. D. Fernando PERALES i Madueño(Terrassa,
Barcelona, Espanha)
Hoje, contemplamos a reação que suscitou entre os
ouvintes o diálogo do jovem rico com Jesus: «Quem, pois, poderá salvar-se?» (Mt
19,25). As palavras do Senhor dirigidas ao jovem rico são manifestamente duras,
pretendem surpreender, despertar as nossas sonolências. Não se tratam de
palavras isoladas, acidentais no Evangelho: repete vinte vezes este tipo de
mensagem. Devemos recordá-lo: Jesus adverte contra os obstáculos que implicam
as riquezas, para entrar na vida...
E, no entanto, Jesus amou e chamou homens ricos, sem lhes exigir que
abandonassem as suas responsabilidades. A riqueza em si mesma não é má, a não
ser que a sua origem tenha sido adquirida de forma injusta, ou o seu destino,
que se utilize de forma egoísta sem ter em conta os mais desfavorecidos, se
fecha o coração aos verdadeiros valores espirituais (onde não há necessidade de
Deus).
«Quem, pois, poderá salvar-se?». Jesus responde: «Para os homens isso é
impossível, mas para Deus tudo é possível». (Mt 19,26). «Senhor, tu conheces
bem as habilidades dos homens para atenuar a tua Palavra. Tenho que o dizer,
Senhor ajuda-me! Converte o meu coração».
Depois do jovem rico ter ido embora, entristecido pelo seu apego às suas
riquezas, Pedro tomou a palavra e disse: «Concede, Senhor, à tua Igreja, aos
teus Apóstolos que sejam capazes de deixar tudo por Ti».
«Quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua
glória?» (Mt 19,28). O Teu pensamento dirige-se para esse “dia”, até esse
futuro. Tu és um homem com tendência para o fim do mundo, para a plenitude do
homem. Nesse tempo, Senhor, tudo será novo, renovado, belo.
Jesus Cristo diz-nos: «Vós que deixastes tudo pelo Reino, vos sentareis com o
Filho do Homem... Recebereis cem vezes mais do que tiveres deixado... E
herdareis a vida eterna...» (cf. Mt 19,28-29).
O futuro que Tu prometes aos teus, aos que te seguiram renunciando a todos os
obstáculos... É um futuro feliz, é a abundância da vida, é a plenitude divina.
«Obrigado, Senhor. Conduz-me até esse dia!».
Bernardo de Claraval (em francês: Bernard de Clairvaux; castelo de Fontaine-lès-Dijon, 1090 — Ville-sous-la-Ferté, 20 de agosto de 1153)
foi um abade francês, canonizado em
1174 e proclamado Doutor da Igreja. Foi o principal responsável por reformar a Ordem de Cister, na
qual entrou logo depois da morte de sua mãe. Foi o fundador da Abadia de Claraval (Clairvaux),
na Diocese de Langres.
Em 1128
Bernardo participou do Concílio de Troyes, que delineou a regra monástica que guiaria os Cavaleiros Templários e que
rapidamente tornou-se o ideal de nobreza utilizado no mundo cristão. Depois da
morte do papa Honório II em 1130, Bernardo foi instrumental para
reconciliar a Igreja durante o chamado "cisma papal de 1130", que só terminaria
definitivamente com a morte do antipapa Anacleto II em 1138.
No ano
seguinte, Bernardo ajudou a organizar o Segundo Concílio de Latrão. Em 1141,
Inocêncio convocou o Concílio de Sens para tratar da denúncia de Bernardo
contra Pedro Abelardo. Com bastante experiência em curar cismas na
Igreja, Bernardo foi em seguida recrutado para ajudar no combate às heresias que grassavam no sul da
França.
No Oriente
Médio, depois da derrota cristã no cerco de Edessa, o papa encarregou Bernardo
de pregar a Segunda Cruzada, cujo fracasso seria depois considerado
parcialmente culpa sua.
Bernardo morreu
aos 63 anos, depois de passar quarenta anos enclausurado. Foi o primeiro cisterciense no calendário de santos, tendo sido
canonizado por Alexandre III em 18 de janeiro de
1174. Em 1830, Pio VIII proclamou-o Doutor da Igreja.
Entre suas
obras estão a regra monástica da Ordem dos Templários, o "Tratado do
Amor de Deus" e o "Comentário ao Cântico dos Cânticos". É também
o compositor ou redator do hino "Ave Maris Stella" e
da invocação " Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria"
da oração "Salve Rainha".[1]
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VANGELHOQUOTIDIANO.ORG
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