quinta-feira, 1 de agosto de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 2. AGOSTO. 024

 

BOM DIA EVANGELHO

02 DE AGOSTO DE 2024 - Sexta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

“Vocês freiras escondidas e esquecidas, vocês que a sociedade às vezes despreza, vocês fazem tremer os poderes deste mundo”.  Cardeal Robert Sarah

Oração: Deus de amor e providência, que nos consagrastes para a vida celeste, Concedei-nos pela intercessão de Santo Eusébio resistir como ele aos conciliábulos do erro, de modo a que não permaneçamos ilhados de Vós num martírio infinito e inglório, mas pelo estudo dos santos textos, do serviço de caridade ao próximo e no trabalho de segurar nas nossas almas o alimento Eucarístico da verdadeira Vida, participemos do sínodo permanente a que nos convocais no Paraíso. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mt 13,54-58)

 Jesus foi para sua própria cidade e se pôs a ensinar na sinagoga local, de modo que ficaram admirados. Diziam: «De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não estão todas conosco? De onde, então, lhe vem tudo isso?».
E ele tornou-se para eles uma pedra de tropeço. Jesus, porém, disse: «Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa!». E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.

«Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa» - Rev. D. Jordi POU i Sabater(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)

Hoje, como naquele tempo, é difícil falar de Deus àqueles que nos conhecem há muito tempo. No caso de Jesus, são João Crisóstomo comenta: «Os nazarenos admiravam-se Dele, mas essa admiração não os levava a crer, mas a sentir inveja, como se dissessem: `Porque Ele, e não eu´». Jesus conhecia bem aqueles que em vez ouvi-lo, escandalizavam-se por causa Dele. Eram parentes, amigos, vizinhos pessoas que Ele apreciava, mas justamente a eles não chegará a mensagem da salvação.
Nós —que não podemos fazer milagres nem temos a santidade de Cristo— não provocaremos inveja (ainda se por acaso possa acontecer, se realmente nos esforçarmos por viver como cristãos). Seja como for, nos encontraremos, como Jesus, com aqueles a quem amamos ou apreciamos, são os que menos nos escutam. Neste sentido, devemos recordar, também, que as pessoas vêem mais os defeitos do que as virtudes, e aqueles que estiveram ao nosso lado durante anos podem dizer interiormente —Tu que fazias (ou fazes) isto ou aquilo, o que vais me ensinar?
Pregar ou falar de Deus entre as pessoas do nosso povo ou família é difícil, mas é necessário. É preciso dizer que Jesus quando ia a casa estava precedido pela fama de seus milagres e sua palavra. Talvez, nós precisaremos estabelecer um pouco de fama de santidade por fora (e dentro) de casa antes de “predicar” às pessoas da casa.
São João Crisóstomo acrescenta no seu comentário: «Presta atenção, por favor, na amabilidade do Mestre: não lhes castiga por não ouvi-lo, mas diz com doçura: `Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa´(Mt 13,57). Resulta evidente que Jesus iria-se triste desse lugar, mas continuaria suplicando para que sua palavra salvadora fosse bem-vinda no seu povo.
E nós (que nada vamos perdoar ou deixar de lado), igual temos que orar para que a palavra de Jesus chegue até aqueles que amamos, mas não querem nos ouvir.


Santo Eusébio

Eusébio nasceu na ilha da Sardenha, Itália, em 283. Seu pai morreu na perseguição aos cristãos do imperador Diocleciano, depois do que sua mãe o levou para Roma, onde completou seus estudos eclesiásticos. Foi ordenado sacerdote e eleito reitor na cidade, vivendo ali por algum tempo e mudando-se posteriormente para Vercelle (atual Vercelli) no Piemeonte. Foi consagrado bispo desta diocese entre 340-345. Segundo Santo Ambrósio, ele foi o primeiro bispo do Ocidente a unir a vida monástica à clerical, convivendo com o clero numa vida inspirada nos cenobitas orientais, com o estudo dos santos livros, o serviço nas paróquias e trabalhando manualmente para prover a própria subsistência. Esta concepção inspirou as futuras comunidades de cônegos regulares na Igreja. Em 355 participou, forçado pelo imperador Constâncio, ariano, do Concílio de Milão; previa que os hereges não aceitariam os decretos do Concílio de Nicéia (que condenavam o arianismo) e por isso perseguiriam Santo Atanásio, defensor da verdadeira Fé. De fato, sua participação foi exigida, mas somente depois que um documento contra Santo Atanásio já estivesse redigido, e apenas para obter nele a sua assinatura de concordância. Por se recusar a isto, foi exilado, inicialmente em Citópolis na Síria, onde foi cruelmente tratado pelo bispo ariano Patrófilo. Ali foi preso e isolado de comunicação com os católicos, sofrendo castigos físicos e psicológicos. Os protestos veementes do povo, ao tomar conhecimento do fato, levaram à sua libertação, e ele foi mandado para a Capadócia na Turquia, e de lá para o deserto de Tebaida, no Egito. Ficou ali até 362, quando o novo imperador, Juliano o Apóstata, permitiu que bispos presos retornassem às suas dioceses. Contudo Eusébio ainda permaneceu no Oriente. Com Santo Atanásio, convocou o Sínodo de 362 em Alexandria, para novamente defender a Fé contra os arianos. Pregou depois em Antioquia e na Ilíria, voltando a Vercelle em 363. Ajudou então Santo Hilário de Poitiers na supressão do arianismo na Igreja Ocidental. Faleceu em Vercelle em 1 de agosto de 371, e é considerado mártir da Igreja, em função não de morte cruenta, mas dos seus sofrimentos que incluíram exílios e torturas em defesa da verdadeira Fé.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Defender os santos e a santidade também nos santifica. Muitas são as heresias deste mundo, que sempre pressiona e pune os que buscam e vivem a Verdade e a convivência harmoniosa numa comunidade de obediência a Deus. Este mundo é de fato um exílio e um deserto, não nosso lar definitivo, e como Santo Eusébio devemos estar dispostos a não nos apegarmos e cedermos às propostas de uma passageira hospedagem – um hotel com uma ou muitas “estrelas” de qualidade – que inevitavelmente fechará suas portas e dos quais serão encerradas e pagas as contas. Ao contrário, para evitar o calor insuportável de um deserto e exílio definitivo, subamos à Barca de Pedro que é a Igreja Católica e sigamos a Estrela do Mar que é Nossa Senhora, assinando o nome de nossas almas somente no documento da Cruz salvadora do Senhor.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM

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