terça-feira, 13 de agosto de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 14. AGOSTO. 024

 

BOM DIA EVANGELHO

14 DE AGOSTO DE 2024 - Quarta-feira da 19ª semana do Tempo Comum

IRMÃ DULCE

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, conhecida como Irmã Dulce ou Santa Dulce dos Pobres, foi uma freira brasileira e santa da Igreja Católica, lembrada por suas obras de caridade e assistência aos pobres e necessitados, tanto que foi apelidado Anjo bom da Bahia

Oração: Senhor Deus dos Exércitos, que nos protegeis pela Onipotência Suplicante de Vossa e nossa Mãe, concedei-nos por intercessão de São Maximiliano Maria Kolbe a sua mesma devoção e entrega a Maria, para que, despindo-nos do orgulho e prepotência que desejam conquistar este mundo, os troquemos pelo vigor do apostolado mariano, e montados nos ginetes das virtudes, no momento de desocupar a pequena cela deste corpo cavalguemos seguros para o Paraíso. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mt 18,15-20):

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganhado o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles».

«Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! (...) Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles»

Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz(El Montanyà, Barcelona, Espanha)

Hoje, neste breve fragmento do Evangelho, o Senhor nos ensina três importantes modos de proceder que frequentemente se ignoram.
Compreensão e advertência com o amigo ou o colega. Faça-o ver, com discrição e reservadamente («tu e ele a sós»), com claridade («vai corrigi-lo»), o seu comportamento equivocado para que acerte o seu caminho na vida. Acudir à colaboração de um amigo, se a primeira tentativa não deu certo. E, se nem assim se consegue a sua conversão e, se seu pecar escandaliza, não duvide em exercer a denúncia profética e pública, que hoje pode ser uma carta ao diretor de uma publicação, uma manifestação pública ou um cartaz. Esta maneira de proceder é uma exigência que pesa para o mesmo que a prática, e que frequentemente é ingrata e incômoda. Por tudo isso é mais fácil escolher o que chamamos equivocadamente de “caridade cristã” e, que costuma ser puro escapismo, comodidade, covardia, falsa tolerância. Na verdade, «está reservada a mesma pena para os que fazem o mal e para aqueles que o consentem» (São Bernardo).
Todo cristão tem o direito de solicitar dos nossos sacerdotes o perdão de Deus e da sua Igreja. O psicólogo, em um determinado momento, pode apaziguar o seu estado de ânimo; o psiquiatra em um ato médico pode conseguir vencer um transtorno endógeno. Ambas as atitudes são muito úteis, mas insuficientes para determinadas situações. Só Deus é capaz de perdoar, apagar, esquecer, pulverizar destruindo o pecado pessoal. E só, sua Igreja pode atar ou desatar comportamentos, transcendendo a sentença no céu. E com isso gozar da paz interior e começar a ser feliz.
Nas mãos e palavras do sacerdote está o privilégio de tomar o pão e que Jesus - Eucaristia seja realmente presença e alimento. Qualquer discípulo do Reino pode unir-se a outro, ou melhor, pode unir-se a muitos e, com fervor, Fé, coragem e Esperança, submergir no mundo e convertê-lo em verdadeiro corpo do Jesus - Místico. E, na sua companhia acudir a Deus Pai que escutará às suas súplicas, pois seu Filho comprometeu-se a isso: «pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles» (Mt 18,20).

São Maximiliano Maria Kolbe

Raimundo (Raymond) Kolbe nasceu em Zdunska Wola, perto de Lódz, na Polônia, no ano de 1894, quando a Rússia ocupava o país. Seus pais eram operários, pobres materialmente mas ricos na Fé. Aos 13 anos entrou para o Seminário dos Frades Menores Conventuais Franciscanos em Lvov, cidade que por sua vez estava ocupada pela Áustria. Ali destacou-se pelo brilhantismo no estudo e intensa atuação. Foi para Roma completar os estudos, e sua devoção à Virgem Maria o levou a fundar ali, em 1917, o movimento de apostolado mariano “Milícia da Imaculada", cujos membros devem se consagrar à Virgem Maria e por meio Dela lutar pela edificação do Reino de Deus em todo o mundo, por todos os meios moralmente legítimos. Em 1918 foi ordenado sacerdote e adotou o nome de Maximiliano Maria, em homenagem a São Maximiliano e a Nossa Senhora. Voltou à Polônia para lecionar no seminário franciscano de Cracóvia. Seu profundo amor à Santíssima Virgem e seu enorme empreendedorismo nas comunicações sociais se concretizaram na fundação, quase sem recursos, de uma tipografia em 1922, para a publicação da revista mensal “Cavaleiro da Imaculada”, cujo objetivo era difundir o conhecimento, o amor e o serviço a Maria como meio da conversão das almas a Cristo. A primeira tiragem foi de 500 exemplares; em 1939, já chegara a um milhão. Em seguida criou um periódico semanal, uma revista para crianças e outra para sacerdotes. Depois, uma rádio católica, cuja difusão chegou ao Japão. Em 1929, fundou a primeira “Cidade da Imaculada” no convento franciscano de Niepokalanów, e que viria a se tornar uma cidade consagrada à Virgem Maria. Atendendo a uma solicitação do Papa, ofereceu-se como missionário em 1931, voltando em 1936 à Polônia como diretor espiritual de Niepokalanów. Com o início da Segunda Guerra Mundial, foi preso em 1939 pelos nazistas que invadiram o país e levado com outros frades para campos de concentração na Alemanha e na própria Polônia. Foi solto pouco tempo depois, no dia consagrado à Imaculada Conceição. Em fevereiro de 1941 foi novamente preso e enviado à prisão de Pawiaak, de onde foi transferido para o campo de concentração de Auschwitz. Em agosto, um prisioneiro conseguiu fugir, e em represália os alemães sortearam dez presos para serem mortos cruelmente. Um destes era Francisco Gajowniczek, casado e com filhos, e que por causa da família desesperou-se. O padre Maximiliano Maria Kolbe ofereceu-se então para tomar o seu lugar, e o comandante aceitou. Os condenados foram despidos e fechados numa cela pequena, úmida e escura, para morrer de fome e sede. Depois de duas semanas, além de dois outros de físico privilegiado, só Maximiliano permanecia vivo, por causa das orações e de estar habituado aos jejuns. Querendo desocupar a cela, os soldados alemães injetaram-lhes uma substância mortal, e faleceram em 14 de agosto de 1941. O corpo do padre Maximiliano foi cremado e as cinzas jogadas ao vento. Antes ele escrevera uma carta na qual afirmava: “Quero ser reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento do mundo”. São Maximilano Maria Kolbe é o Padroeiro do Século XX, Patrono da Imprensa e mártir da caridade. Na sua canonização, em 1982, estava presente Francisco Gajowniczek.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Vivemos numa Terra dominada por interesses estrangeiros aos de Deus… como quer que se apresentem, todos pretendem subjugar e comandar as almas, injetando nelas a substância mortal do materialismo. E para combatermos nesta guerra, com a intenção de vencer, não há outro exército ao qual nos filiarmos do que a Milícia da Imaculada, isto é, ao serviço de Nossa Senhora, pela Qual nos vem o Cristo e a Salvação, e pela Qual nos encontramos com Ele e o Reino de Deus. Como ensina a Igreja, não há outro caminho para chegar a Deus, a não ser Maria, Corredentora das almas com Jesus, inseparável Dele, Mãe Dele e nossa, com a missão justamente de interceder ao Seu Filho Redentor por nós, para que, por obediência amorosa a Ela, o Filho Se digne nos atender. Assim, a Igreja a reconhece como “Medianeira de todas as graças”, e inúmeros santos canonizados têm por ela uma devoção especial. São Maximiliano Kolbe foi um deles, e ciente de que só por Ela chegaremos a Cristo, pois só pela Mãe se pode ter o Filho, santificou-se também, e muito, pela devoção à Virgem e à sua divulgação. A sincera devoção a Ela é um sinal de predestinação da salvação, como ensinam São Boaventura, São Bernardo de Claraval e Santo Afonso Maria de Ligório. Só seremos soltos das prisões do pecado e da morte infinita pela intercessão de Maria, do mesmo modo como São Maximiliano Kolbe foi solto dos nazistas no dia consagrado à Imaculada Conceição. Seguindo seu exemplo, devemos nos concentrar nos campos de atuação apostólica, para sermos livres da tibieza e omissão, e o apostolado da Virgem é o caminho mais curto e seguro para levar as almas ao Céu. Na proposta da Milícia de Maria, na qual devemos ingressar, particular ação tem os Cavaleiros, tradicionalmente uma grande força dos exércitos cristãos na Idade Média, e que, especificamente na Polônia de São Maximiliano Kolbe, era o principal destaque militar até a Segunda Guerra Mundial. Associando os ideais elevados dos Cavaleiros medievais com a força de combate dos cavaleiros poloneses, o apostolado através da divulgação da revista “Cavaleiros da Imaculada” (editada até hoje e presente no Brasil) foi, junto com outras iniciativas, o modo de santificar os veículos de comunicação escrita no tempo de Kolbe, e bem representavam a pujança e alcance das cargas de cavalaria nos combates antigos. Atualmente, sem diminuir a importância da divulgação impressa, tanto os textos quanto imagens e áudios por via eletrônica chegam ainda mais longe, e este meio, de acordo com as intenções da “Nova Evangelização” proposta por São João Paulo II, deve ser também conquistado para Nossa Senhora. Os combates e guerras geram vítimas, e na batalha pela evangelização tombou mártir São Maximiliano. Mas, diferentemente da maioria dos outros mártires católicos, cuja morte foi em defesa individual da própria vida da alma, ele se ofereceu para morrer no lugar de outro – como Cristo Se ofereceu à Cruz por nós. Vivenciou assim o modelo mais perfeito de caridade: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13). Embora o martírio não seja necessariamente o chamado de Deus para todos, o católico tem que, por coerência à sua Fé, estar disposto a ele, a qualquer momento; mas estamos no caminho certo se oferecemos os pequenos martírios, mortificações, do dia a dia, para Deus, por Nossa Senhora: um sorriso sincero diante do mal humor alheio, uma esmola dada com amor, um esforço para não se atrasar para a Missa.

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