quarta-feira, 7 de agosto de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 8.AGOSTO. 024

 

BOM DIA EVANGELHO

8 DE AGOSTO DE 2024 - Quinta-feira da 18ª semana do Tempo Comum

“A alegria é o amor desfrutado, e seu primeiro fruto. Quanto maior é amor, maior é a alegria”. — São Tomás de Aquino

Oração: Deus Pai de sabedoria, que continuamente nos ensina o que necessitamos para a nossa salvação, concedei-nos pela intercessão de São Domingos de Gusmão o seu mesmo espírito de oração, conhecimento sólido e apostolado consciente, e particularmente a devoção e prática diária do Santo Rosário, para que, obedecendo aos pedidos e esclarecimentos de Nossa Senhora, realizemos a nossa parte necessária para o bem e salvação das almas, o amor à Igreja e a paz no mundo tão atacado pelos inimigos da Fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora do Rosário. Amém.

Evangelho (Mt 16,13-23):

Aleluia, Aleluia, Aleluia. — Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir minha Igreja. E as portas do inferno não irão derrotá-la! Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus — Glória a vós, Senhor.

Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: «Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem? ». Eles responderam: «Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas». «E vós», retomou Jesus, «quem dizeis que eu sou? ». Simão Pedro respondeu: «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo». Jesus então declarou: « “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus». Em seguida, recomendou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo.
A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: «Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!». Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!».
Palavra da Salvação. — Glória a vós, Senhor.

«Não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!» - Rev. D. Joaquim MESEGUER García(Rubí, Barcelona, Espanha)

Hoje Jesus proclama afortunado a Pedro pela sua acertada declaração de fé: «Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo’. Jesus então declarou: ‘Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu’» (Mt 16,16-17). Nesta saudação Jesus promete a Pedro o primado da sua Igreja; mas pouco depois faz-lhe uma reconvenção por lhe ter manifestado uma ideia demasiado humana e errada do Messias: «Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: «Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!». Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!» (Mt 16,22-23).
Devemos agradecer aos evangelistas o fato de nos terem apresentado os primeiros discípulos de Jesus tal como eram: não como personagens idealizados, mas como gente de carne e osso, como nós, com as suas virtudes e os seus defeitos; esta circunstância aproxima-os de nós e ajuda-nos a ver que o aperfeiçoamento na vida cristã é um caminho que todos devemos fazer, pois ninguém nasce ensinado.
Dado que já sabemos como foi a história, aceitamos que Jesus Cristo tenha sido o Messias sofredor, profetizado por Isaías e tenha entregue a sua vida na cruz. O que mais nos custa aceitar é que tenhamos de manter presente a sua obra a través do mesmo caminho de entrega, renuncia e sacrifício. Imbuídos como estamos numa sociedade que pugna pelo êxito rápido, por aprender sem esforço e de modo divertido, e por conseguir o máximo aproveitamento com o mínimo de trabalho, é fácil acabarmos vendo as coisas mais como os homens do que como Deus. Uma vez recebido o Espírito Santo, Pedro aprendeu por onde passava o caminho que devia seguir e viveu na esperança. «As tribulações do mundo estão cheias de penas e vazias de prémio; mas as que se padecem por Deus ficam suavizadas com a esperança de um prémio eterno» (Santo Efrén).

São Domingos de Gusmão

Domingos nasceu na pequena vila de Caleruega, região da Velha Castela, hoje Espanha, em 1170. Seu nome foi em homenagem a São Domingos de Silos, a quem sua mãe Joana d’Aza fez uma novena durante a gravidez, no sétimo dia da qual este apareceu a ela dizendo que seu filho viria a ser santo. A família de Domingos era nobre, rica e muito católica: sua mãe Joana, e seu irmão Manes, foram beatificados, e seu outro irmão, Antônio, faleceu em odor de santidade. Dos seis aos 13 anos estudou com um tio, padre e reitor de uma igreja em Gumyel (Gumiel de Izán, município na província de Burgos, comunidade autônoma de Castela e Leão), onde aprendeu as primeiras letras e as funções de coroinha e acólito. Em seguida foi para Valência, estudando Filosofia, Retórica e Teologia na sua universidade. Praticava a piedade, incluindo severas penitências, e a caridade para com os pobres e doentes, viúvas e órfãos, as únicas pessoas que visitava. Em certa ocasião de grande fome, vendeu seus pergaminhos (caros, e que na época eram a opção escrita anterior aos livros impressos) para poder alimentá-los. De outra vez, ofereceu-se como resgate para outro jovem que fora capturado pelos mouros. Dedicava-se também à pregação: assim converteu-se um colega, Conrado, mais tarde monge cisterciense e cardeal. Aos 24 anos foi ordenado sacerdote pelo bispo de Osma, e como cônego pregou em diversas províncias espanholas, obtendo a conversão de Reiniers, um conhecido herege, que posteriormente foi frade dominicano. O rei Afonso VII acabou por convidar Domingos a missões diplomáticas, função que exerceu igualmente para a Santa Sé. A desastrosa heresia dos cátaros ou albigenses, desta época, particularmente na região do Languedoc no sul da França, que pregava a dualidade de um Deus bom e outro mau, a reencarnação e uma suposta casta de “escolhidos” com uma “pureza superior”, necessitava de uma resposta, e o Papa Inocêncio III envio o bispo Diego de Aceber e Domingos a esta região. Tiveram o auxílio de 12 abades cistercienses, mas não durante muito tempo; por fim, Domingos ficou sozinho, numa missão dificílima e perigosa, já que os cátaros causaram muitas devastações e perseguições. A constatação da inconstância dos auxiliares levou Domingos a amadurecer a ideia de fundar uma Ordem religiosa dedicada à pregação. A difícil tarefa de Domingos teve sucesso, e segundo a tradição Nossa Senhora lhe teria aparecido e indicado a recitação dos Salmos como forma de vencer a batalha espiritual; daí teria surgido o Rosário, isto é, a recitação das 150 Ave-Marias relacionadas aos momentos da vida de Jesus, em substituição aos Salmos, na época de difícil acesso aos católicos leigos (seja pela falta de manuscritos como também porque poucos na população europeia da época sabiam ler). Assim, em 1216 Domingos fundou a Ordem dos Pregadores (Ordem de São Domingos ou Ordem Dominicana), até hoje conhecidos como “Guardiões do Santo Rosário”. Domingos foi seu primeiro superior, no convento inicial em Toulouse, e seu irmão Manes juntou-se à congregação. Os principais carismas da Ordem são o espírito de oração, a competência científica e a pregação muito bem fundamentada nas Sagradas Escrituras. Em 1217 surgiu o primeiro mosteiro da Ordem Segunda para as mulheres. Neste mesmo ano o fundador determinou que as casas da Ordem fossem construídas nas principais cidades universitárias da Europa, a começar por Bolonha e Paris, para atrair a juventude acadêmica. Ele mesmo se fixou em Bolonha, e em Roma conheceu e tornou-se amigo de São Francisco de Assis. Em 1220 e 1221 presidiu aos dois primeiros Capítulos Gerais. A Ordem cresceu por toda a França, e na Itália, Espanha, Alemanha e Inglaterra; ele chegou a enviar pessoalmente emissários para a Irlanda, Noruega, Palestina e Ásia. São Domingos faleceu em 8 de agosto de 1221, aos 51 anos. É o Padroeiro Perpétuo e Defensor de Bolonha, Itália. Muitos santos ilustram a Ordem dos Pregadores: São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Santa Catarina de Sena, São Vicente Ferrer, o Papa São Pio V. O conhecimento científico, unido à Fé e à Piedade, toma o seu verdadeiro sentido, e este conjunto harmonioso é sabedoria para enfrentar heresias e desvios doutrinários.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)


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