segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

BOM DIA EVANGELHO
31 de janeiro de 2011 – Segunda-feira
São João Bosco
(Presb., Mem., Cor Branca)
Hoje a Igreja celebra : S. João Bosco, presbítero, +1888
São João Bosco viveu entre os anos 1815 e 1888. Foi apóstolo do evangelho para a juventude, sendo verdadeiro pai e orientador. Estava sempre pronto para prevenir em vez de reprimir. Sua ação missionária foi inspirada em São Francisco de Sales, e suas motivações e energia estavam nas fontes da sabedoria evangélica. Fundou a Congregação dos Salesianos e, com Santa Maria Mazzarello, a das Filhas de Maria Auxiliadora. E neste Dia da Solidariedade, que o Senhor nos desperte intensamente para nossa missão cristã.
Oração
Pai, faze-me anunciador da compaixão que tens por mim, a qual se manifesta na libertação de meu egoísmo e na abertura do meu coração para o serviço ao meu semelhante
.

Livro de Salmos 31,20.21.23.24.
Como é grande, SENHOR, a bondade que reservas para os que te são fiéis! Tu a concedes, à vista de todos, àqueles que em ti confiam.
Ao abrigo da tua face, Tu os guardas das intrigas dos homens; na tua tenda os defendes contra as línguas maldizentes.
Na minha ansiedade, eu dizia: "Fui banido da tua presença." Tu, porém, ouviste o brado da minha súplica, quando eu te invoquei.
Amai o SENHOR, todos vós, que sois seus amigos! O SENHOR protege os seus fiéis, mas castiga com rigor os orgulhosos.

EVANGELHO
Jesus liberta um homem
segundo S. Marcos 5,1-20.
Chegaram à outra margem do mar, à região dos gerasenos. Logo que Jesus desceu do barco, veio ao seu encontro, saído dos túmulos, um homem possesso de um espírito maligno. Tinha nos túmulos a sua morada, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com uma corrente, pois já fora preso muitas vezes com grilhões e correntes, e despedaçara os grilhões e quebrara as correntes; ninguém era capaz de o dominar. Andava sempre, dia e noite, entre os túmulos e pelos montes, a gritar e a ferir-se com pedras. Avistando Jesus ao longe, correu, prostrou-se diante dele e disse em alta voz: «Que tens a ver comigo, ó Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te, por Deus, que não me atormentes!» Efectivamente, Jesus dizia: «Sai desse homem, espírito maligno.» Em seguida, perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?» Respondeu: «O meu nome é Legião, porque somos muitos.» E suplicava-lhe insistentemente que não o expulsasse daquela região. Ora, ali próximo do monte, andava a pastar uma grande vara de porcos. E os espíritos malignos suplicaram a Jesus: «Manda-nos para os porcos, para entrarmos neles.» Jesus consentiu. Então, os espíritos malignos saíram do homem e entraram nos porcos, e a vara, cerca de uns dois mil, precipitou-se do alto no mar e ali se afogou. Os guardas dos porcos fugiram e levaram a notícia à cidade e aos campos. As pessoas foram ver o que se passara. Ao chegarem junto de Jesus, viram o possesso sentado, vestido e em perfeito juízo, ele que estivera possuído de uma legião; e ficaram cheias de temor. As testemunhas do acontecimento narraram-lhes o que tinha sucedido ao possesso e o que se passara com os porcos. Então, pediram a Jesus que se retirasse do seu território. Jesus voltou para o barco e o homem que fora possesso suplicou-lhe que o deixasse andar com Ele. Não lho permitiu. Disse-lhe antes: «Vai para tua casa, para junto dos teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti e como teve misericórdia de ti.» Ele retirou-se, começou a apregoar na Decápole o que Jesus fizera por ele, e todos se maravilhavam.
Da Bíblia Sagrada

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«No Greater Love» (a partir da trad. de «Il n'y a pas de plus grand amour», Lattès 1997, p. 26)
«O homem que fora possesso suplicou-Lhe que o deixasse andar com Ele. [...] Disse-lhe antes: 'Vai para tua casa, para junto dos teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti'»


Somos chamados a amar o mundo. E Deus amou de tal forma o mundo que lhe deu Jesus (Jo 3, 16). Hoje, Ele ama de tal forma o mundo que nos dá ao mundo, a ti e a mim, para que sejamos o Seu amor, a Sua compaixão e a Sua presença através de uma vida de oração, de sacrifícios e de entrega. A resposta que Deus espera de ti é que te tornes contemplativo, que sejas contemplativo.
Tomemos a palavra de Jesus a sério e sejamos contemplativos no coração do mundo porque, se temos fé, estamos perpetuamente na Sua presença. Pela contemplação a alma bebe directamente do coração de Deus as graças que a vida activa está encarregada de distribuir. As nossas vidas devem estar unidas a Cristo vivo que está em nós. Se não vivermos na presença de Deus, não podemos perseverar.
O que é a contemplação? É viver a vida de Jesus. É assim que a compreendo. Amar Jesus, viver a Sua vida no âmago da nossa e viver a nossa no seio da Sua. [...] A contemplação não ocorre por nos fecharmos num quarto obscuro, mas por permitirmos a Jesus que viva a Sua Paixão, o Seu amor, a Sua humildade em nós, que reze connosco, que esteja connosco e que santifique através de nós. A nossa vida e a nossa contemplação são unas. Não é uma questão de fazer, mas de ser. De facto, trata-se da plena fruição do nosso espírito pelo Espírito Santo, que derrama em nós a plenitude de Deus e nos envia a toda a Criação como mensagem Sua, pessoal, de amor (Mc 16, 15).

A igreja celebra hoje
Santo João Bosco
1815-1888
Fundou a Congregação dos Padres Salesianos e o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos
João Melquior Bosco, nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d'Asti, no norte da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois de idade, cresceu cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.
Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora o conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João queria reagir, mas a Senhora lhe disse: "Não com pancadas e sim com amor. Torna-te forte, humilde e robusto. À seu tempo tudo compreenderás". Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e orientado pela família, entrou no seminário salesiano de Chieri, daquela diocese.
Inteligente e dedicado, João trabalhou como aprendiz de alfaiate, ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841. Em meio à revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor espiritual, padre Cafasso, desistiu de ser missionário na Índia. Ficou em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Este "produto da era da industrialização", se tornou a matéria prima de sua Obra e vida.
Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a Obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate, encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo de religioso: o coadjutor salesiano.
Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países. Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o povo mais simples.
Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de "Sistema Preventivo de Formação". Não esqueceu do seu sonho de menino, mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora. Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso sereno: "Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez".
Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado "modelo por excelência" para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e ricos; escreveu: "Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas" e se fez , ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima.
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

BOM DIA EVANGELHO
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Sexta-feira, dia 28 de Janeiro de 2011
Sexta-feira da 3ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra : S. Tomás de Aquino, presbítero e Doutor da Igreja, +1274

ORAÇÃO
Pai, dá-me sensibilidade para perceber teu Reino acontecendo no meio de nós, aí onde lutamos para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.

Livro de Salmos 37(36),3-4.5-6.23-24.39-40.
Confia no SENHOR e faz o bem; habitarás a terra e viverás tranquilo.
Procura no SENHOR a tua felicidade, e Ele satisfará os desejos do teu coração.
Confia ao SENHOR o teu destino, confia nele e Ele há-de ajudar-te.
Fará brilhar, como luz, a tua justiça, e, como sol do meio dia, os teus direitos.
O SENHOR assegura os passos do homem e compraz se nos seus caminhos.
Se cair, não ficará por terra, porque o SENHOR há-de estender-lhe a mão.
A salvação dos justos vem do SENHOR; Ele é o seu refúgio na hora da angústia.
O SENHOR os ajuda e liberta, defende os dos ímpios e salva os, porque nele se refugiam.

A semente
Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.
Dizia ainda: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga. E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.» Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos? É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem; mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.» Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender. Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.
Da Bíblia Sagrada

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Cromácio de Aquiléia (? – 407), bispo
Sermão 30, 2 (a partir da trad. SC 164, p.137)
A semente lançada à terra dá muito fruto (Jo 12, 24)
O Senhor comparou-Se a Si mesmo a um grão de mostarda: ainda que fosse o Deus da glória e da majestade eterna, tornou-Se muito pequeno, porque quis nascer de uma virgem com um corpo de criança pequena. Foi lançado à terra quando o Seu corpo foi posto no túmulo. Mas, depois de Se ter elevado de entre os mortos pela Sua gloriosa ressurreição, cresceu sobre a terra até Se tornar uma árvore em cujos ramos habitam os pássaros do céu.
Esta árvore significa a Igreja que a morte de Cristo ressuscitou na glória. Os seus ramos só se podem entender como sendo os apóstolos porque, tal como os ramos são o ornamento natural da árvore, assim os apóstolos são o ornamento da Igreja de Cristo pela beleza da graça que receberam. E diz-se que nestes ramos habitam os pássaros do céu. Alegoricamente, os pássaros do céu designam-nos a nós que, vindo à Igreja de Cristo, descansamos sobre o ensino dos apóstolos, como os pássaros sobre os ramos.
A IGREJA CELEBRA HOJE
S. Tomás de Aquino, presbítero e Doutor da Igreja, +1274
"Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e arruinar a sua vida? Pois o que daria o homem em troca de sua vida?" Mc 8,36-37
Hoje a Igreja celebra um dos maiores santos da História: São Tomás de Aquino. É o autor da Suma Teológica.
Pertenceu à Ordem dos padres dominicanos.

Costuma ser indicado como o maior teólogo da Idade Média, como também, mestre dos teólogos até aos dias de hoje. Declarado "Doutor da Igreja", em 1567; e Padroeiro das Universidades, Academias e Colégios católicos, em 1880.
Foi de facto um génio, que poderia ter-se perdido, não fora ter-se libertado das atracções mundanas de sua classe, pois era rico, nobre e cerceado em seu desenvolvimento pela própria família. Foi em Paris - o maior centro de estudos teológicos do seu tempo - que ele pôde compor a sua gigantesca obra a Suma Teológica, verdadeira síntese do passado e intuição do futuro. Até hoje, essa obra não encontrou similar, nem em matéria de Filosofia nem em matéria de Teologia.
Por vezes, esquecemos, atrás do sábio, a grandeza do santo. E São Tomás soube desapegar-se das grandezas do mundo, para revelar o amor mais profundo à oração e à contemplação. Tornou-se, assim, o modelo de todos os que buscam a Deus, vivendo segundo o plano de Deus.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

BOM DIA EVANGELHO
27 de janeiro de 2011 – Quinta-feira3ª Semana ComumDivina Misericórdia – 1bis(Cor Branca)
Jesus irrompeu no mundo com a verdade do Reino, e a libertação iniciada por Ele não pode ficar escondida. Ela precisa ser conhecida de todos, e por isso espalhada por todo o mundo, como a luz do sol, que penetra em todo o universo. Quem acolhe a verdade de Cristo, vive e age do jeito dele. Quem não o acolhe acaba por perder até o pouco que tem: “do que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem”. Se não alimento minha fé com o evangelho, outras coisas ocupam o lugar de Deus em mim.
Oração
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão, eu possa também experimentar a tua benevolência.
Responsório (SALMO- 23)
— É assim a geração dos que buscam a vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.— É assim a geração dos que buscam a vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.— “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.— Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face.”
Evangelho(Mc 4,21-25)
A verdade de Jesus, que é a verdade do Reino, não pode ficar escondida; e nenhum cristão é capaz de contê-la.
O Senhor esteja convosco.— Ele está no meio de nós.— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 21“Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a põe num candeeiro? 22Assim, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”. 24Jesus dizia ainda: “Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. 25Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem”.
Palavra da Salvação.Glória a vós, Senhor.
Comentário do Evangelho
Ouvir é acolher a Palavra
Em Marcos não encontramos longas falas de Jesus como, por exemplo, nos evangelhos de Mateus e, principalmente, de João. Contudo, Marcos reúne (Mc 4,1-34) uma coletânea de parábolas e sentenças em formato de um discurso de Jesus, articuladas entre si e inseridas no contexto de formação dos discípulos, na perspectiva de esclarecimentos sobre o Reino e a missão. A lâmpada vem para iluminar, não para ficar escondida: a palavra vem para ser divulgada e testemunhada. A lâmpada é a palavra que revela e desmascara a ideologia e as práticas escusas dos dirigentes de Jerusalém e das sinagogas. Ouvir é acolher a Palavra e pô-la em prática. Quem ouve as palavras de Jesus e as acolhe, não condena, mas pratica a misericórdia. Quem faz um julgamento usando a misericórdia como medida alcançará, por sua vez, misericórdia em abundância. A alusão ao "ter" e "não ter" é um dito realista da sociedade injusta que exclui cada vez mais os pobres. Com certo constrangimento, aplica-se à disposição de acolhida a Palavra (a este "será dado"), questionando o Judaísmo que se fechou (a este "será tirado"). (José Raimundo Oliva)
A IGREJA CELEBRA HOJE
Santa Ângela Mérici
A vida da Santa de hoje respondeu a uma necessidades de sua época, como as atuais. Santa Ângela nasceu em Desenzano, no norte da Itália, em 1474, de uma família pobre porém possuidora da maior riqueza do mundo: Jesus e sua Igreja.Desde pequena teve seu coração inclinado pela graça a uma vida de oração e penitência, despertadas pela leitura que fazia da vida dos santos do deserto. Foi orfã de pai e mãe, perdeu uma irmãzinha que muito amava e em companhia de outra foram morar na casa do tio.Depois da morte da irmã e do tio voltou Ângela para sua cidade natal, a fim de fazer algo para educar as meninas e jovens expostas a perigos morais. Certa vez o Espírito Santo confirmou os seus passos com um sonho que mostrava moças com rodeadas de luz celeste, com coroas na cabeça e lírios caminhando para o Céu.Santa Ângela com um grupo de jovens corajosas começou pelo resgate das moças e santificação das famílias tão deterioradas pelos costumes pagãos da época, que não diferem tanto dos de hoje. Com o acontecer da missão e aprovação do Papa ficou claro que o trabalho da Santa e seguidoras, chamadas de Servas de Santa Úrsula consistia em educar a juventude feminina, sobretudo as futuras mães de família; assistência aos pobres e enfermos, buscando sempre a conservação dos bons costumes. Santa Ângela morreu em 1540 e seu carisma perdura ainda hoje. — TJL@ - WWW.PAULINAS.ORG.BR

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

BOM DIA EVANGELHO
26 de janeiro de 2011 – Quarta-feira
São Timóteo – São Tito
(BB., Mem., Cor Branca)

São Timóteo e São Tito foram bispos e pertenceram à primavera da Igreja, ou seja, a seus primórdios. Sobre suas vidas encontramos referências nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas que Paulo lhes dirigiu. Os dois acompanharam o apóstolo em sua pregação e viagens missionárias. São Timóteo morreu apedrejado e espancado pelos pagãos. São Tito morreu em Creta, onde era bispo. Dediquemo-nos também com ardor em favor da evangelização e do Reino.
Oração
Pai, que a perspectiva de dificuldades a serem encontradas no apostolado não me faça recuar da missão de preparar o mundo para acolher teu Filho Jesus.

Responsório(SALMO 95)
— Anunciai entre as nações os grandes feitos do Senhor!— Anunciai entre as nações os grandes feitos do Senhor!—Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó Terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações e entre os povos do universo seus prodígios!— Ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória, dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!—Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça.
Aclamação(Lc 4,18)
— Aleluia, aleluia, aleluia.— Aleluia, aleluia, aleluia.
— O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o evangelho.
Evangelho

A missão dos setenta e dois
(Lc 10,1-9) Jesus, o enviado, envia não só os apóstolos, mas também muitos outros dicípulos e missionários.
— O Senhor esteja convosco.— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’ ”.
— Palavra da Salvação.— Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho
Universalidade da missão

Timóteo e Tito, celebrados aqui, ligam-se intimamente às missões de Paulo apóstolo. No evangelho de hoje, Lucas apresenta a escolha e o envio dos setenta e dois. Ele a acrescenta ao envio dos Doze. Entrar em qualquer casa, comer o que for oferecido, não corresponde à prática judaica. Porém, o discípulo de Jesus, enviado, tem o coração aberto e comunicativo. É a universalidade da missão. Enquanto "doze" associava-se às "doze tribos" de Israel, "setenta e dois" (seis vezes doze, "seis" simbolizando abertura) indica o discipulado ampliado entre os gentios. A narrativa exprime a situação das comunidades no tempo de Lucas. Ele compreende que Jesus continua vivo e falando às suas comunidades, acolhedoras a todos os povos. (Autor: José Raimundo Oliva)

A igreja celebra hoje
Timoteo, Tito, Alberico, Paula, Polycarpo, Agostinho Erlendsson, Margareth da Hungria
São Timóteo
Nasceu em Lystra na Lycaenia, filho de um grego gentio e de Eunice, uma judia convertida ao cristianismo. Eunice e sua avó materna Lois abraçaram o cristianismo durante a primeira visita de São Paulo (2 Timoteo1:5) a Lycaenia. Quando São Paulo pregou, sete anos mais tarde em Lystra, Timóteo substituiu Barnabé (Barnabas-Atos16L1-4) Os dois se tornaram muito amigos e São Paulo o descrevia afetivamente como “ meu amado irmão na fé”.
Como Timóteo era filho de uma mulher judia, São Paulo permitiu que ele fosse circuncidado para satisfazer aos judeus (Atos 17:10-14). Timóteo acompanhou Paulo em sua segunda viagem missionaria. Quando a oposição aos judeus compeliu Paulo a deixar Beroeva, Timóteo ficou para batizar, organizar e confirmar os convertidos a nova fé.(Atos 17:10-14). Ele então foi enviado para Thessalonica para investigar o como estavam os cristãos por lá e reforçar a fé deles diante das perseguições. Seus relatórios foram a base da primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses ( reconhecido como um dos primeiros escritos do Novo Testamento). Em 58 Timóteo e Erastus foram para Corintho para reforçar os ensinamentos de Paulo. Depois eles acompanharam Paulo a Macedonia e Achaia.
É provável que Timóteo estava com Paulo quando este foi preso na Cesarea
e com certeza de novo em Roma (onde ele esteve preso por algum tempo).
Os eventos descritos pelo historiador Eusebio é que Timóteo foi para Efesus e tornou-se seu primeiro Bispo (alguns escolares bíblicos dizem que ele foi consagrado por Paulo) e lá ficou até ser morto a pedradas e pauladas após ter denunciado a festa pagã no festival de Katagogia, uma celebração em honra ao deus Dionysius (e não a deusa Diana, como erroneamente é dito).
Paulo escreveu duas cartas para Timóteo: uma da Macedônia cerca de 65 e outra enquanto Paulo estava encarcerado em Roma aguardando sua morte.
Elas orientavam Timóteo no sentido corrigir inovadores e professores de falsas doutrinas e ainda concedeu a Timóteo poderes para consagrar Bispos e Diáconos. Timóteo tinha grande dedicação a Paulo e sempre o descrevia com admiração e respeito.
As relíquias de São Timóteo foram trasladadas para Constantinopla em 356 e curas milagrosas foram reportadas em seu Santuário e confirmadas por São Jerônimo e São João Crisóstomo.
Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um bispo com um bordão e uma pedra ou 2) é mostrado recebendo uma Epistola de São Paulo ou 3) sendo apedrejado até a morte.
Ele é invocado como protetor de problemas estomacais devido ao fato de que Paulo em uma de sua cartas a Timóteo diz:
“Não bebas mais água só, mas usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades”.
São Tito
Tito era um pagão (Atos 18.7) provavelmente em Gortyna, Creta. Convertido por São Paulo foi um companheiro de Paulo para o qual dirigiu uma de suas cartas.Era o preferido de Paulo que refere-se a Titus com “meu verdadeiro filho em nossa fé comum”. Não mencionado nos “Atos dos Apóstolos” ele por outro lado foi muito mencionado no “Galatians” (2:1) onde Paulo escreve de sua jornada a Jerusalém com Barrabás e acompanhado de Titus.
Ele era uma espécie de secretário de Paulo e viajou com ele ao Consílho de Jerusalém onde Paulo recusou a permitir que ele fosse circuncidado.
Ele foi mais tarde enviado por Paulo para Corintho, Grécia ( 2 Cor 8:6,16-19,23) onde ele, com sucesso, reconciliou os cristãos com Paulo, seu fundador. Tito foi mais tarde deixado na ilha de Creta para organizar a Igreja por lá mas pouco tempo depois ele foi para a Croácia (como escrito em 2 Tim 4:10). De acordo com o historiador Euzébio da Caesarea na “Historia Eclesiástica” ele ordenado por São Paulo como o primeiro Bispo de Creta. Lá serviu por vários anos e faleceu já velho, de causas naturais, em 96DC e foi enterrado em Cortyna. Sua cabeça foi, mas tarde, trasladada para Veneza, durante a invasão de Creta pelos Sarracenos em 832 e foi colocada no santuário de São Marcos em Veneza, Itália.
Os gregos e os sírios continuam celebrando a sua festa no dia 25 de Agosto.
De acordo com a Martirologia Romana a sua festa era inicialmente celebrada no dia 4 de janeiro e em 6 de fevereiro desde o tempo de Pio IX, até a revisão geral do calendário em 1969/70.
Os “Atos de Titus” que não muito confiáveis, foram supostamente escritos por Zenas, o advogado (Titus 3:13), e diz que Titus era um descendente real nascido em Creta e foi para a Judéia na idade de 20 anos após receber um comando divino. Neste mesmo “Atos” ele é mencionado como canhoto.
Outras fontes nada confiáveis, mencionam que ele teria nascido em Iconium ou em Corinto.
Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado: 1)com a cabeça descoberta com o cajado pastoral; ou 2) com um brilhante e sedutor sorriso. Ainda é mostrado: 3) como um bispo com uma palma, com o leão de São Marcos e com as palavras “Província Candiae” acima de sua cabeça e 4) com raios emanando de sua cabeça.
É invocado como padroeiro dos livres pensadores e protetor dos canhotos.
No ocidente sua festa é celebrada no dia 26 de janeiro.
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BOM DIA EVANGELHO-26.JAN-QUARTA-FEIRA
Toda a natureza nos dá belas lições. Que beleza a água! Mata a nossa sede e a de todos os seres vivos; limpa o que é sujo, refresca o calor, sustenta a vida na terra. Embora seja o elemento mais importante da natureza, é o mais simples: dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Em sua simplicidade ela [água] nos ensina como devemos viver: não se nega a ninguém; mata a sede do rico e do pobre, desce do céu para os bons e para o maus, sem distinção, aceita ficar suja para limpar os outros; aceita ser fervida para amolecer a comida, aceita virar gelo para conservar o frio, aceita ser acumulada para gerar a força das hidrelétricas; aceita sumir na terra para saciar a planta... Depois de usada, aceita voltar para as nuvens e retornar para a terra a fim de começar tudo de novo, sem se cansar. Quanta lição!
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Bom dia evangelho
Terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Conversão de São Paulo (Apóstolo) Memória, 3ª Semana do Saltério, Livro III, cor Branca
Hoje: Dia dos Correios e Telégrafos e Dia do Carteiro
Santos: Paulo de Tarso, Juventino (363, Antioquia, mártir), Apolo, Festa da Conversão de São Paulo, Maximino (363, Antioquia, mártir), Bretânio (Séc. IV dC, Ásia Menor, bispo), Prício (bispo), Popônio (1048 DC, abade).
Antífona: Sei em quem acreditei; e estou certo de que o justo juiz conservará a minha fé até o dia de sua vinda. (2Tm 1,12;4,8)

Oração: Ó Deus, que instruístes o mundo inteiro pela pregação do apóstolo São Paulo, dai-nos ao celebra hoje sua conversão, caminhar para vós seguindo seus exemplos, e ser no mundo testemunhas do Evangelho. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Salmo: 116(117), 1.2 (+ Mc 16,15)
Ide, por todo o mundo, a todos pregai o evangelho
1Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos, festejai-o!
2Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!
Senhor, em vossos caminhos!
-Para que more sempre no coração do povo cristão a esperança e a misericórdia divina, roguemos ao Senhor.
-Por todas as Comunidades, para que a cada dia aprendam dos ensinamentos do apóstolo Paulo e vivam em paz, roguemos ao Senhor.
-Pela grande cidade de São Paulo, para que seus habitantes experimentem a solidariedade humana, a força da união e a construção de uma sociedade que acolhe e pratica o bem, roguemos ao Senhor.
(Intenções próprias da comunidade)

Evangelho: Marcos (Mc 16, 15-18)
Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados" Palavra da Salvação!
Contexto: Aparições de Jesus ressuscitado cf. leituras paralelas: Mt 28, 16-20; Lc 24, 36-38; Jo 20,19-23; 1Cor 15,3-8.


Comentário do Evangelho
A missão universal
Enviados pelo poder que Jesus recebeu do Pai, os apóstolos deveriam partir, dispostos a caminhar por todas as estradas do mundo, e a anunciar a Boa Nova da salvação a quantos encontrassem. Ninguém podia ser deixado de lado, pois a salvação é um direito de todos.
O sinal de adesão a Jesus dar-se-ia no batismo feito “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Seria a forma de vincular toda a humanidade com o Pai, por meio de Jesus, na força do Espírito Santo. Desta comunhão de amor deveria surgir uma humanidade nova, fundada na filiação divina e na fraternidade.
Os apóstolos tinham como tarefa levar os novos discípulos a pautar suas vidas pelos ensinamentos do Mestre. Nada de novas doutrinas! Bastaria ensinar os batizados a observar tudo quanto Jesus lhes havia ensinado: nada mais do que amar a Deus e ao próximo, como fora explicitado no Sermão da Montanha.
Uma certeza deveria animar os apóstolos: o Ressuscitado estaria para sempre junto deles, incentivando-os a serem fiéis à missão. Portanto, nada de se deixarem abater pela grandiosidade e pelas exigências da tarefa recebida. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]

Para sua reflexão:
O Evangelho de São Marcos é menor dos três sinóticos: apenas 16 capítulos. Uma simples passagem com apenas dois versículos resume muito bem a nossa missão de cristãos: evangelizar. Os sinais preconizados nos versículos 17 e 18 são a contrapartida de Deus para quem leva esta missão a sério, com forte respaldo na nossa fé, evidentemente. Mas estes sinais não são para nosso benefício particular, mas comunitário, isto é, para o próximo. Eis o nosso desafio: levar do Evangelho para a vida, concretamente falando.

A Conversão de São Paulo
Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br
A festa litúrgica de 25 de janeiro foi instituída pela Igreja para dar graças a Deus pelos imensos benefícios que ela recebeu de Deus através de São Paulo. O seu martírio é celebrado junto com São Pedro no dia 29 de junho. Em primeiro lugar a Igreja quer agradecer a Deus a sua conversão, depois, a sua vocação e a missão de pregar o Evangelho aos Gentios.
São Paulo (ou Saulo) nasceu em Tarso (Município de Roma) na Cilícia (Ásia menor) no início da era cristã, de família israelita, da tribo de Benjamim; muito fiel à doutrina e à tradição judaica; seu pai comprara a cidadania romana, o que era possível naquele tempo, então Saulo nasceu como cidadão romano, legalmente.
Aos 15 anos de idade foi enviado para Jerusalém onde recebeu a formação do rabino Gamaliel (At 22,3; 26,4; 5,34), e foi formado na arte rabínica de interpretar as Escrituras, e deve ter aprendido a profissão de curtidor de couro, seleiro. Por volta do ano 36 era severo perseguidor dos cristãos, mas se converteu espetacularmente quando o próprio Senhor lhe apareceu na estrada de Jerusalém para Damasco, onde foi batizado por Ananias. Em seguida permaneceu num lugar perto de Damasco chamado Arábia.
São Paulo esteve no apedrejamento de Santo Estevão e sem dúvida as orações desse Santo na hora da morte foram fundamentais para a graça da conversão de São Paulo.
No ano 39 se encontrou com Pedro e Tiago em Jerusalém (Gal 1,18) e depois voltou para Tarso (At 9,26-30) acabrunhado pelo fracasso do seu trabalho em Jerusalém. Ali ficou por cerca de 5 anos, até o ano 43. Nesta época, Barnabé, seu primo, que era discípulo em Antioquia, importante comunidade cristã fundada por São Pedro, o levou para lá.
Em 44 Paulo e Barnabé foram encarregados pela comunidade de Antioquia para levar a ajuda financeira aos irmãos pobres de Jerusalém. No ano 45, por inspiração do Espírito Santo, Paulo e Marcos (o evangelista) foram enviados a pregar aos gentios (At 13,1-3).
A primeira viagem durou cerca de 3 anos (45-48) percorrendo a ilha de Chipre e parte da Ásia Menor. No ano de 49 Paulo e Barnabé vão a Jerusalém para o primeiro Concílio da Igreja, para resolver a questão da circuncisão, surgida em Antioquia. Esta presença de São Paulo em Jerusalém foi fundamental para que o Cristianismo não ficasse dependente do antigo judaísmo, como uma “seita” a mais. Graças a ele os pagãos ficaram livres da circuncisão e o Cristianismo surgiu com nova força.
A segunda viagem apostólica de São Paulo foi de 50 a 53, durante a qual Paulo escreveu, em Corinto, as duas Cartas aos Tessalonicenses (At 15,36-18,22). São as primeiras Cartas de Paulo.
A terceira viagem foi de 53 a 58. Neste período ele escreveu “as grandes epístolas”, Gálatas e I Coríntios, em Éfeso; II Coríntios, em Filipos; e aos Romanos, em Corinto. No final desta viagem Paulo foi preso por ação dos judeus e entregue ao tribuno romano Cláudio Lísias, que o entregou ao procurador romano Felix, em Cesaréia. Aí Paulo ficou preso dois anos (58-60), onde apelou para ser julgado em Roma; tinha direito a isso por ser cidadão romano. Partiu de Cesaréia no ano 60 e chegou em Roma em 61, após sério naufrágio perto da ilha de Malta.
Em Roma ficou preso domiciliar até 63. Neste período ele escreveu as chamadas “cartas do cativeiro” (Filemon, Colossenses, Filipenses e Efésios). Depois deste período Paulo deve ter sido libertado e ido até a Espanha, “os confins do mundo” (Rm 15,24), como era seu desejo. Em seguida deve ter voltado da Espanha para o oriente, quando escreveu as Cartas pastorais a Tito e a Timóteo, por volta de 64-66.
Foi novamente preso no ano 66, no oriente, e enviado a Roma, sendo morto em 67 face à perseguição de Nero contra os cristãos desde o ano 64. S. Paulo foi um dos homens mais importantes do cristianismo. Deixou-nos 14 Cartas.
A festa litúrgica da conversão de são Paulo apareceu no século VI e é própria da Igreja latina. O martírio do Apóstolo dos gentios é comemorado no dia 29 de junho. A celebração do dia 25 de janeiro tem por finalidade considerar as várias facetas do Apóstolo por excelência. Ele diz de si mesmo: “Eu trabalhei mais que todos os apóstolos…”, mas também: “Eu sou o menor dos apóstolos… não sou digno de ser chamado apóstolo”.
Apresenta, ele mesmo, as credenciais: viu o Senhor, Cristo ressuscitado lhe apareceu, ele é testemunho da Ressurreição de Cristo, foi enviado diretamente por Cristo. É como um dos Doze. Pertence a Jesus desde aquela hora em que, no caminho de Damasco, vencido por Cristo e prostrado em terra perguntou-lhe: “Senhor, que queres que eu faça?” Paulo então passou a pregar e propagar a fé que desejava exterminar. Em poucos segundos de contato direto Jesus o transformou de um ferrenho perseguidor no maior Apóstolo do seu Evangelho em todos os tempos.
São Paulo tirou da sua experiência esta consoladora conclusão: “Jesus veio a este mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro. Precisamente por isso encontrei misericórdia. Em mim especialmente Jesus Cristo quis mostrar toda a sua longanimidade, para que eu sirva de exemplo a todos aqueles que pela fé nele alcançarão a vida eterna.” “Conheço um homem em Cristo que foi arrebatado até ao terceiro céu. Se no corpo ou fora do corpo, não sei. Deus o sabe. Só sei que esse homem ouviu palavras inefáveis…” (2Cor 12,2).
São Paulo foi um Apóstolo de “fogo”; apaixonado por Jesus Cristo até a última fibra do seu corpo. Cristo era tudo para ele: “Para mim no viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fil 1, 21). “Tudo posso Naquele que me dá forças” (Fil 4,13). “Estou pregado à cruz de Cristo. Eu vivo, mas já não sou que vivo, é Cristo que vive em mim”. (Gal 2, 19-20).
Terminou a vida dizendo: “Combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé” (1Tm 4,7) São Pedro e São Paulo foram as grandes colunas da Igreja em Roma; martirizados pelo mesmo Nero derramaram o seu sangue em Roma. Desde então a Sede da Igreja está em Roma.

João Paulo II - Recordação
Dom Benedicto de Ulhoa Vieira, Arcebispo Emérito de Uberaba (MG)
Noticiou-se no Jornal televisivo e nos jornais impressos que o Santo Padre Bento XVI está para beatificar o Papa João Paulo II. Um articulista da Folha de São Paulo, (15.XII.11) que desconhece os trâmites da Igreja no estudo de uma vida de santo em vista da canonização, interpreta a determinação do Papa atual nesta decisão sobre João Paulo II como “orientação política de seu pontificado”! Infeliz miopia. Uma causa de beatificação e canonização de um novo santo tem regras rigorosas próprias, além da exigência de milagres cientificamente comprovados por médicos e peritos. Miopia e ignorância do articulista. Lamentável...
O milagre, no caso atual, foi a cura de uma freira francesa, Marie Normand, do mal de Parkinson, cura examinada pela junta médica que atestou não ser tal cura, neste caso, explicável pela ciência. Foi o milagre que Bento XVI aceito para consolidar o processo atual.
Tenho a felicidade de, na visita “ad limina” que o bispo diocesano tem de fazer ao Papa em cada quinquênio, ter tido encontro pessoal com João Paulo II. Tinha ele sobre a mesa, aberto, o mapa de Minas e me pediu para, com uma caneta, mostrar-lhe os limites da Arquidiocese. Naquela época, a Arquidiocese de Uberaba chegava até o Mato Grosso. Só depois, com a criação de Ituiutaba como diocese é que a parte geográfica Frutal até a fronteira do Mato Grosso passou para a diocese de Ituiutaba.
Na época em que completei cinquenta anos de sacerdócio, concelebrei com João Paulo II na sua Capela particular e após a Missa, recebi de suas mãos uma cruz episcopal dourada que guardo como relíquia e uso-a nas Missas solenes com respeitosa devoção. Guardo as fotos não só da Missa com João Paulo II mas também do momento em que me presenteou com a cruz episcopal e estou com ele no altar.
Aguardo pois a beatificação deste Santo Padre com filial devoção e conto com sua proteção celeste para minha fidelidade ao Senhor Jesus, como pessoa consagrada. Mesmo já não tendo a responsabilidade pastoral da Arquidiocese - como bispo – desejo servir a Igreja arquidiocesana, enquanto tiver vida.
Que o Papa João Paulo II continue, lá das alturas, protegendo nossa Arquidiocese na missão e as famílias cristãs na sua caminhada sempre difícil na vida atual. [CNBB]
tjl@ - www.paulinas.org.br-www.mundocatolico.org.br

BOM DIA EVANGELHO
Segunda, 24 de janeiro de 2011
São Francisco de Sales (Bispo e Doutor), Memória, 3ª Semana do Saltério, cor Branca
Hoje: Dia do Aposentado e Dia da Previdência Social

Santos: Alexandre e Companheiros (mártires de Lião), Deodato de Blois (abade), Egberto de Rathemigisi (monge), Fidelis de Sigmaringa (presbítero e mártir), Gregório de Elvira (bispo), Honório de Bréscia (bispo), Ivo de Huntingdonshire (eremita, bispo), Maria Eufrásia Pelletier (virgem, fundadora), Melito de Cantuária (monge, bispo), Musa de Roma (virgem), Sabas e Companheiros (mártires de Roma), ilfrido de York (bispo), William Firmato (eremita)
Antífona: Velarei sobre as minhas ovelhas, diz o Senhor; chamarei um pastor que as conduza e serei o seu Deus. (Ez 34,11.23-24)

Oração
Ó Deus, para a salvação da humanidade, quisestes que São Francisco de Sales se fizesse tudo par a todos; concedei que, a seu exemplo, manifestemos sempre a mansidão do vosso amor no serviço aos irmãos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Salmo: 97 (98), 1.2-3ab.3cd-4.5-6 (R/.1a)
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios!

1Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
2O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; 3arecordou o seu amor sempre fiel 3bpela casa de Israel.
3cOs confins do universo contemplaram 3da salvação do nosso Deus. 4Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
5Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da citara suave! 6Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso rei!

Evangelho: Marcos (Mc 3, 22-30)
Jesus e Belzebul
Naquele tempo, 22Os mestres da lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Belzebul, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios. 23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: "Como é que satanás pode expulsar a satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. 26Assim, se satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído. 27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. 28Em verdade vos digo, tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno". 30Jesus falou isso, porque diziam: "Ele está possuído por um espírito mau”. Palavra da Salvação!

Leituras paralelas recomendadas: Mt 12,22-32; c 11,14-23;12,10

Comentário do Evangelho
O valente derrotado
Não tinham lógica os argumentos dos inimigos, quando levantavam suspeita contra a ação de Jesus. Uma análise serena dos fatos teria bastado para ver que não tinham razão. A acusação de que Jesus expulsava demônios, porque pactuava com Belzebu, o chefe deles, era sem fundamento.
O Mestre desmontou, sem dificuldade, a argumentação adversária. Se Satanás estava sendo derrotado, não tinha sentido dizer que isto acontecia porque Jesus era seu parceiro. Pelo contrário, isto se deu, porque o Mestre possuía uma força superior à de seu adversário. Se Jesus não fosse mais forte que Satanás, não estaria em condições de subjugá-lo.
Os inimigos de Jesus recusaram-se a aceitar que despontara, na história humana, alguém superior às forças desumanizadoras do mal, capaz de recuperar a humanidade aviltada pelo poder demoníaco. Não se dobraram diante dos fatos, nem mesmo sendo testemunhas da ação do Mestre.
A esta dureza de coração dos seus adversários, Jesus chamou de pecado contra o Espírito Santo. Por quê? Porque eles não permitiam ao Espírito de Deus agir em seus corações. Pelo contrário, mantinham-se irremovíveis em sua posição, ainda que ilógica. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]

A igreja celebra hoje
São Francisco de Sales

Nascido na Savóia em 1567, primogênito de nobre família, São Francisco, modelo acabado de mansidão, teve formação literária e religiosa aprimorada. Completados seus estudos em Paris e em Pádua, onde se formou em advocacia, exerceu o cargo de advogado no Senado de Chambéry, na França.
Sua carreira já parecia definida assegurando-lhe futuro brilhante e rendoso, quando Francisco, contrariando a vontade dos pais, optou pelo sacerdócio a fim de advogar espiritualmente a causa dos mais desprotegidos. Ordenado sacerdote, foi encarregado pelo bispo de reconduzir à fé católica os que, levados pelo vento da novidade e da contestação religiosa, passaram ao Calvinismo na região de Chablais. A tarefa era difícil e melindrosa, dada a oposição sistemática daquela população contra a Igreja Católica.
Vendo, inicialmente, que sua pregação esbarrava numa prevenção fanática, Francisco recorreu à publicação de folhetos volantes que divulgava entre o povo, expondo pontos doutrinais bem fundamentados na Bíblia, e corrigindo, com muito tato, os erros correntes. Completava este trabalho com encontros, diálogos, palestras, usando sempre o método da persuasão respeitosa e paciente. O resultado deste apostolado demonstrou-se sobremaneira positivo, reconduzindo dezenas de milhares de hereges e indiferentes à prática da fé católica.
Nomeado bispo de Genebra que estava nas mãos dos calvinistas, escolheu por residência a cidade de Annecy. Neste novo cargo, Francisco revelou-se verdadeiro pastor, sábio, prudente, solícito por seu clero e pelos fiéis, instruindo-os na fé pela palavra, pelo bom exemplo e pelos numerosos escritos de caráter pastoral e ascético. De fato a atividade literária de Francisco foi muito abrangente: 4.000 sermões, 21.000 cartas de direção espiritual e numerosas obras de controvérsias doutrinais e de ascética. Entre as obras ascéticas sobressaem, como fundamentais na literatura religiosa de todos os tempos, o Tratado do amor de Deus e a introdução à vida devota, que tiveram amplíssima difusão e foram traduzidas em várias línguas.
Nestas obras não há nada de formalismo ou convencional, mas transpira o cálido e espontâneo amor de Deus com normas de direção firme e suave nas sendas da santidade, possível a todos os homens. Assim, Francisco define os propósitos do seu livro sobre a vida devota: "A devoção deve ser praticada de uma forma pelo cavalheiro, doutra pelo artesão, pelo criado, pelo príncipe, pela viúva, pela solteira ou pela senhora casada. Sua prática deve estar em relação com as forças, as ocupações e deveres de cada estado. E um erro querer suprimir a vida devota dos quartéis dos soldados, do atelier do artesão, da corte dos príncipes ou da sociedade conjugal". Conta-se que a pena de escrever do santo, certo dia, quebrou na ponta. Ele encostou-a ao coração e ela voltou a escrever bem. Este episódio é o símbolo do estilo dos escritos de São Francisco de Sales.
Outro grande mérito seu foi de ter orientado para a vida espiritual a grande alma de Santa Joana Francisca de Chantal servindo-se dela para a fundação de uma nova família religiosa, a Congregação da Visitação, que em breve se espalhou por toda a França.
Francisco faleceu no dia 28 de dezembro de 1622 com 57 anos de idade. Sua memória litúrgica foi colocada no dia de hoje, relembrando a trasladação solene de suas relíquias. Seus grandes méritos de pastor e escritor sagrado foram reconhecidos pela Igreja que o declarou doutor, isto é, insigne mestre de espiritualidade. O Papa Pio XI, em 1923, o declarou padroeiro dos jornalistas e escritores católicos. Este santo da bondade, da doçura e do amor, nos deixou um lembrete importante relativo ao relacionamento humano: "Mais abelhas se apanham com uma gota de mel do que com um barril de vinagre". [O SANTO DO DIA, Don Servilio Conti, ©Vozes, 1997]


Uma Igreja e a Lama
Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
No álbum da triste violência das águas que caíram na região serrana do Rio de Janeiro, produzindo cenário devastador, que clama urgências de solidariedade e atuações com responsabilidades cidadãs, políticas e governamentais, há uma foto mostrando uma Igreja e muita lama. Lama que desceu das encostas devastando tudo e levando vidas.
Há também outro tipo de lama que nos preocupa – a da corrupção existente nas instituições da sociedade contemporânea. Lama que se expressa na rapidez da aprovação de benefícios em favor de grupos e de classes, já privilegiados em relação aos que estão na carência e na miséria, causando indignação nos que se pautam pela conduta cidadã. A velocidade com que se aprovam benefícios para os servidores do povo está na contramão das morosidades das posições tomadas para evitar tragédias como essa e tantas outras que vitimam os inocentes, os pobres. Vitimam também, os que querem contribuir, mesmo na simplicidade, na construção de uma sociedade justa, solidária e mais fraterna.
Uma igreja e muita lama - fotografia que merece receber interrogações que não podem deixar de incomodar a consciência cidadã de todos: quando vai mudar a conduta social, política, governamental? Como mudar, cada um, a sua conduta diante dos rumos dados à vida de todos, com nefastas consequências, como o banho de lama que sujou a sociedade brasileira?
A igreja, mostrada naquela fotografia, permaneceu erguida, mesmo depois das agressões da lama devastadora que desceu matando gente, destruindo famílias e sonhos. Levando coisas que tantos adquiriram com sacrifícios e ao longo de muitos anos de trabalho. Ela tornou-se referência de uma comunidade de fé que ali se congregava. Essa congregação pela força da fé é um caminho com dinâmicas muito próprias para sensibilizar e iluminar consciências, para a coragem de se assumir um caminho de mudanças no horizonte do respeito com que a vida de todos deve ser tratada. A magnitude dessa tragédia, na paradisíaca região serrana do Rio de Janeiro, configura o cenário triste de tudo o que vem acontecendo pelo Brasil afora, com repetições a cada ano, apenas mudando de lugar. É preciso um novo aguilhão na consciência cidadã de todos, que faça brotar a coragem audaciosa de não apenas mexer nas estruturas ou dar mais inteligência às estratégias. É urgente mudar a conduta cidadã de cada um para debelar a cultura da malandragem, do tráfico que se associa à cultura da disputa insana pelo poder, com a troca de favores, benesses e cargos. Isso para não deixar cair no esquecimento, o sentido de que os mandatos e o poder que se exercem, é um serviço que se deve prestar à sociedade e à vida.
A lama que vai destroçando vidas, dizimando cidades e apagando sonhos, e o futuro de famílias e pessoas, precisa muito da iluminação da fé. Fé que remete cada um ao mais recôndito da própria consciência, para estabelecer um diálogo insubstituível, fazendo surgir uma força de valores que podem presidir condutas, ou escalonar prioridades. E superar gigantescos desastres ecológicos, políticos e sociais que vão se repetindo.
Não falta quem pergunte a Deus as razões desse desastre lamentável. No reverso desta interrogação é preciso indagar a Deus com disposição de obediência a Ele, com escuta autêntica e eficaz: como se comportar e ter conduta adequada no trato com a coisa pública e no respeito pleno à dignidade de cada pessoa, para evitar sofrimentos e dores tão grandes.
Aquela igreja que suportou o peso da lama é referência fundamental na comunidade devastada. Ali a congregação que se reúne para escutar a Palavra de Deus e celebrar a vida, pela força da fé, como dom precioso que vem d’Ele, forjou, certamente, muitos corações em sintonia com o bem, a exemplo das solidariedades que nesta hora difícil estão se concretizando, revelando o segredo que faz do coração humano lugar do amor e do compromisso com a justiça. A força da fé tem sustentado os que sofrem as maiores consequências. Também tem projetado aqueles que se enfileiram com gestos de solidariedade e partilha. O sentido social e de pertença a um mesmo povo recebe fecundidade própria da força da fé, que gera a cultura da bondade no coração e faz encontrar o sentido maior de tudo na alegria de ser bom - porque é bom ser bom.
Uma igreja não é lugar de promessas milagrosas e mirabolantes - é verdade que Deus pode tudo! Ela é lugar de encontro com Deus no exercício permanente da escuta de sua Palavra, fazendo brotar a permanente novidade da consciência moral fundada nos valores do Evangelho. É a demanda de tecer a cultura da bondade, da solidariedade e da justiça. A Igreja tem com sua razão de ser e seus valores, a missão de estar presente e atuante, sempre ao lado de quem precisa.

Dia do Aposentado
Certamente, você já ouviu falar da previdência social. Esta que é considerada um direito de todo o cidadão brasileiro. A previdência social estabelece e rege um contrato que o trabalhador faz com o governo federal. Neste contrato, ele se compromete a pagar todo mês, uma quantia previamente calculada, ao Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). A chegar em uma certo tempo de pagamento, o beneficiado se aposenta por anos de serviços , invalides e outros. Ou seja, um aposentado seria aquele que deixa o serviço público ou privado conservando o ordenado inteiramente ou em parte. A partir de 1990, os aposentados começaram a receber o 13º salário. O Brasil passa por um processo de envelhecimento rápido e acentuado. Por isso, o Ministério da Saúde criou o Programa de Saúde para os Idosos, que tem como meta promover o bem-estar físico, psíquico e social da população idosa. Esse programa integra ações com os Ministérios da Previdência Social, Ação Social, Trabalho e Educação, buscando uma política global de assistência que permite manter os idosos na comunidade pelo maior tempo possível e com maior grau de autonomia. Sabe-se que 80% dos idosos têm alguma doença crônica e cerca de 60% estão impossibilitados de realizar, sem ajuda, as atividades mais simples da vida cotidiana como comer, vestir-se ou ir ao banheiro. [Lei Nº 6.926 / 30.06.8; Fonte: IBGE]

Dia da Previdência Social
Através do decreto, conhecido como Lei Elói Chaves, de 24 de janeiro de 1923, era criada a Caixa de Aposentadoria e Pensões para beneficiar os empregados das empresas de estradas de ferro e seus familiares. A partir daí, começa a ser traçado o sistema previdenciário brasileiro, cujo objetivo é garantir o sustento das pessoas que não poderiam mais fazer parte do mercado de trabalho, seja por aposentadoria ou por doença. Logo após a promulgação da Lei Elói Chaves, outras empresas foram beneficiadas e seus empregados passaram a ser segurados pela previdência social. Atualmente, a previdência social brasileira engloba três importantes órgãos, cada um exercendo funções específicas na prestação de assistência social e seguridade. São eles: o Ministério da Previdência e Assistência Social, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (DATAPREV). A previdência social estabelece e rege um contrato que o trabalhador faz com o governo federal. Neste contrato, ele se compromete a pagar todo mês, uma quantia previamente calculada, ao Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). O ministério, por sua vez, se compromete a devolver a quantia sob a forma de benefícios sempre que o empregado não puder trabalhar temporariamente por ter sofrido um "acidente de trabalho" ou se aposentar por opção ou por invalidez. [Decreto Nº 72.771 - 06/09/1973: Fonte: IBGE]


Aconteceu no dia 24 de janeiro:
1890: O casamento civil torna-se obrigatório no Brasil.
Se é difícil calar para escutar o outro falar-nos, mais difícil ainda é
fazer silêncio para ouvir a vos de Deus. (São Francisco de Sales)


Aconteceu no dia 25 de janeiro:
1554: “A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo e, por isso, a ele dedicamos nossa casa". (José de Anchieta). Portanto, nome São Paulo foi escolhido porque no dia da fundação do colégio era o dia 25 de janeiro que a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme informa o padre José de Anchieta em carta aos seus superiores da Companhia de Jesus, conforme trecho citação acima.

Diga essa benção:
*'Deus, abençoe todos os meus amigos e suas famílias e dê a eles tudo o que possam precisar neste dia.'
'E possa a vida deles ser cheia de paz, prosperidade e saúde, à medida que se relacionarem contigo. '

'Amém!'

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

BOM DIA EVANGELHO
Sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Santa Inês, Virgem e Mártir, Ofício de Memória, 2ª Semana do Saltério, Livro III, cor Vermelha

Hoje: Dia Mundial da Religião e dia nacional do Combate à Intolerância Religiosa.

Santa Inês viveu no início do século IV. Cidadã romana, não tinha ainda 16 anos quando foi posta diante da escolha entre a vida em Cristo e a vida terrena. Sem hesitar escolheu a Cristo com quem, pelo martírio, se encontrou para sempre como desejava. Sua lembrança ganhou muita popularidade e outros muito falaram dela, como Santo Ambrósio. Seu nome significa casta, pura. Louvemos o Senhor, naqueles que por Ele deram a vida.
Santos do Dia: Artêmio de Clermont (bispo), Urbano, Prilidiano e Epolônio (mártires de Antioquia), Bertrando de Saint Quentin (abade), Exuperâncio de Cingoli (bispo), Feliciano de Foligno (bispo) e Messalina (virgem), (mártires), Macedônio Critófago (eremita de Antioquia), Mardônio, Musônio, Eugênio e Metélio (mártires de Neocesaréia de Mauritânia), Surano de Sora (abade), Zâmio de Bolonha (bispo), Felix O'Dullany (bispo, bem-aventurado), João Grove (mártir, bem-aventurado), Marcolino de Forli (dominicano, bem-aventurado), São Vicente Pallotti, William da Irlanda (jesuíta, mártir, bem-aventurado)

Antífona: Esta é uma virgem sábia, do numero das prudentes, que foi ao encontro de Cristo com sua lâmpada.

Oração: Deus eterno e todo-poderoso, que escolheis as crianças mais frágeis, dai-nos, ao celebrar o martírio de Santa Inês, a graça de imitar sua constância na fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Salmo: 84 (85), 4 e 10.11-12.13-14 (+ 11a)
A verdade e o amor se encontrarão
8Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, concedei-nos também vossa salvação! 10Está perto a salvação dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra.
11A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; 12da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus.
13O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; 14a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus.
Evangelho do Dia: Marcos (Mc 3, 13-19)
Chamados pelo nome para estar com Jesus
Naquele tempo, 13Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14Então Jesus designou doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, 15com autoridade para expulsar os demônios. 16Designou, pois, os doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer "filhos do trovão"; 18André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu. Palavra da Salvação!

Leituras paralelas recomendadas: Mt 10,1-4; Lc 6,12-16;9,1; Jo 1,40-49; At 1,13

Comentário do Evangelho
O chamado dos doze
O chamado dos doze foi de suma importância para o ministério de Jesus. Superava-se, assim, o risco de cair numa forma de personalismo, no qual tudo estivesse centrado na sua pessoa, sobrando pouco ou nenhum espaço, até mesmo para o Pai. Os Evangelhos, pelo contrário, testemunham que o Pai e seu Reino constituíram os eixos da vida de Jesus, sendo o ponto de convergência de tudo quando ele dizia ou fazia.
A presença dos doze, no ministério de Jesus, expressa sua disposição de partilhar com eles a missão recebida do Pai. Como Jesus, os doze teriam a tarefa de pregar, proclamar a Boa Nova do Reino e expulsar os demônios, manifestando, assim, a eficácia do Reino na vida de quem era oprimido por forças malignas.
Desde o início, o relacionamento entre Jesus e seus companheiros de missão foi de proximidade e confiança. Não era usual esta forma de os mestres tratarem seus discípulos. Em geral, a veneração do discípulo pelo mestre exigia que se mantivesse uma respeitosa distância entre eles. Era uma forma de sublinhar o desnível da relação: superioridade do mestre – inferioridade do discípulo, sabedoria de um – ignorância do outro etc.
Fazendo-se próximos de Jesus, os discípulos são introduzidos numa nova pedagogia. O Mestre irá instruí-los com o testemunho de sua própria vida, fazendo-os partilhar de sua missão e destino. (O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1997)

Para sua reflexão pessoal: Eis dois elementos importantes para o discípulo do Messias: (1) “estar com Jesus”, isto é ser “companheiro” do Senhor, ser aprendiz e, para aprender com Jesus é necessário estar com ele; (2) “ser chamado por ele”, isto é, ser possuído por ele, ficar sob o controle dele, compartilhar um pouco do seu poder. Quando nós somos batizados “em nome de Jesus” significa dizer que estamos sendo convidados para ser companheiros (discípulos ou seguidores) do Senhor ressuscitado e aprender com ele como participar da sua missão e de seu poder. Mas ser discípulo do Senhor requer uma contrapartida nossa: a renúncia do pecado e de tudo que não é do agrado de Deus. É ter uma vida reta e seguir o seu evangelho. Não é fácil, mas é a nossa única opção de sucesso verdadeiro e absoluto; o resto é relativo!

A igreja celebra hoje
Santa Inês
Muitos foram os santos do século IV da era cristã que, tomados de admiração pela heroicidade do martírio de Santa Inês, celebraram seus louvores. Assim o fizeram o Papa Dâmaso, São Jerônimo, Santo Ambrósio. Este último abriu um de seus panegíricos com as seguintes palavras: "Hoje é natal de uma virgem, sigamos sua integridade; é o natal de um mártir, ofereçamos sacrifícios; é o natal de Santa Inês. Ela teve duplo martírio: o da castidade e o da fé".
De fato, hoje ocorre o natal, isto é, o nascimento para o céu, de Santa Inês, virgem, que recebeu a palma do martírio no dia 21 de janeiro de 304, quase contemporaneamente a São Sebastião.
O nome Inês deriva de uma palavra grega que significa "casta". Foi, portanto, seu nome uma profecia e um programa de vida, pois Inês ficou sendo, na história da Igreja, o símbolo do pudor e da pureza, por cuja defesa ela se expôs ao martírio.
Uma das virtudes novas, introduzidas pelo Cristianismo como expressão de uma concepção integral de viver a religião, foi a valorização da pureza e da virgindade. A exaltação da virgindade teve, na Igreja dos primeiros séculos, um tom de desafio e, ao mesmo tempo, de triunfo sobre a concepção pagã da vida.
Entre as virgens e mártires do tempo das perseguições, uma das mais famosas foi, sem dúvida, Inês. Parece que sua família já era cristã, o que teria possibilitado que ela fosse educada, desde cedo, no amor a Cristo a tal ponto que o escolheu como esposo, consagrando sua virgindade, já na adolescência.
Conforme as notícias transmitidas por São Jerônimo e Santo Ambrósio, Inês tinha apenas treze anos quando estourou a perseguição de Diocleciano contra os cristãos. Sendo muito atraente, recebeu vários pedidos de casamento de jovens pagãos, inclusive o filho do prefeito de Roma, o que ela recusou, dizendo-se esposa de Jesus Cristo. Foi, então, acusada de ser cristã e, por isso, presa. De início, o magistrado imperial procurou fazer com que ela apostatasse pela persuasão. Diante da recusa, mostrou-lhe os instrumentos de tortura, ameaçando-a com a morte. Ao que ela respondeu: "Jesus Cristo vela sobre a vida e a pureza de sua esposa e não permitirá que lha roubem. Ele é meu defensor e abrigo. Podes derramar o meu sangue, nunca, porém, conseguirás profanar o meu corpo, que é consagrado a Cristo". O magistrado fê4a arrastar até a imagem dum ídolo para que lhe oferecesse incenso. Enviada depois para uma casa de prostituição, nenhum rapaz ousou aproximar-se dela.
Naquele mesmo século o Papa Dâmaso gravou sua história em dezesseis versos sobre sua sepultura, concluindo com esta súplica: "Santa glória da pureza, ínclita mártir, mostra-te benigna às súplicas de Dâmaso". O nome de Santa Inês, um dos mais venerados na devoção popular, entrou no cânon da missa ao lado de outros célebres mártires. O texto litúrgico da missa em sua comemoração põe em evidência a fragilidade inocente de Inês a confundir os poderosos do mundo. No dia de sua festa, na basílica com seu nome, em Roma, são abençoados dois cordeirinhos, símbolos da inocência, de cuja lã são confeccionados os pálios que o papa dá como insígnia aos arcebispos. [Conti, Servilio (Dom): O SANTO DO DIA. Petrópolis. Editora Vozes: 1997. p.42-43]

Anúncio do Reino
Dom Canísio Klaus, Bispo de Diamantino (MT)
Em nosso calendário litúrgico, após o domingo do Batismo de Jesus, iniciamos o Tempo Comum. É um tempo privilegiado em que a comunidade aprofunda o mistério pascal; assimila e interioriza a Palavra de Deus no contexto da história; cultiva o compromisso batismal, lembrado e celebrado na Vigília Pascal. Nesta perspectiva, todo domingo deve ser lembrado e cultivado como a páscoa semanal, dia da assembleia e dia da eucaristia.
Nos primeiros domingos do Tempo Comum, a liturgia nos apresenta o início da vida pública de Jesus, com o anúncio e o chamado dos primeiros discípulos.
Na liturgia da palavra de Deus, neste domingo, Isaías nos fala de uma LUZ, que irá brilhar na Galiléia e que irá iluminar toda a terra. Essa luz eliminará as trevas da opressão e inaugurará o tempo novo da alegria e da paz sem fim.
Já o Evangelho, apresenta-nos a realização da profecia de Isaías: “O Povo que vivia nas trevas viu uma grande luz” (Mt 4, 12-23).
Jesus é essa luz, que começa a brilhar na Galiléia e propõe a todos os homens, a Boa Nova da chegada do Reino. Os discípulos serão os primeiros destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o “Reino” a toda a terra.
Assim Jesus começou sua atividade, numa região pobre e oprimida, no interior do país, longe do centro econômico, político e religioso. Uma região desprezada pelos judeus como “Galiléia dos pagãos”.
Jesus deixa Nazaré e dirige-se para Cafarnaum, à margem do Lago, que se tornará o centro de sua atividade apostólica. Começa com o mesmo anúncio de João Batista: “Convertei-vos, porque o Reino de Deus está próximo”.
As suas Palavras anunciam essa nova realidade e os seus gestos são sinais evidentes de que Deus começou a sua obra. Jesus logo chama seus primeiros colaboradores, que são pescadores do lago de Genesaré, gente simples, rude, sem muito estudo, mas justos, homens trabalhadores, que sabiam o que é lutar pela vida.
E quando ouviram o apelo de Cristo, deixaram tudo e o seguiram: “Venham e sigam-me e farei de vocês pescadores de homens. Eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram”.
E foi assim que o Reino de Deus se estabeleceu pelo mundo inteiro, contando sempre com os colaboradores, que hoje chamamos de discípulos e missionários de Jesus Cristo.
Cristo precisa ainda hoje de colaboradores para anunciar e testemunhar o Reino de Deus, que pela conversão ajustem suas vidas e centrem seus ideais no plano de amor de Deus.
Para que nesse mundo de trevas e violências, brilhe a luz das nações, que é Cristo Jesus, e para que o Reino de Deus seja anunciado e se estabeleça em toda a humanidade, Cristo conta conosco. Ele aguarda o nosso SIM generoso ao seu CHAMADO.
Santa Cruz do Sul, aos 20 de janeiro de 2011, na festa de São Sebastião Mártir. [CNBB]
Aconteceu no dia 19 de janeiro:
1924: Morte de Lenin, líder da revolução socialista Russa

Vergonha não é ter uma fé, uma religião. Ridículo é negar a Deus por ter
vergonha de segui-lo. (Pe. José Alberto Orlovski)


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

BOM DIA EVANGELHO
Quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Segunda Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar, 2ª Semana do Saltério, Livro III, cor Verde
Hoje: Dia do Farmacêutico (ABIFARMA), Dia do Museu de Arte Moderna do RJ, Dia Municipal do Empregado da Saúde (CE), Dia Municipal do Doador de Sangue (ES), Dia Nacional do Fusca.
Santos do Dia: Eustóquio de Messina (franciscano), Eutímio, o Grego (abade), Mauro de Cesena (monge, bispo), Neófito de Nicéia (mártir).
Antífona: Que toda a terra se prostre diante de vós, ó Deus, e cante louvores ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 65,4)

Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e daí ao nosso tempo a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Salmo: 39 (40), 7-8a.8b-9.10.17 (R./cf.8a.9a)
Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
7Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, 8ae então eu vos disse: “Eis que venho!”
8bSobre mim está escrito no livro: 9“Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!”
10Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!
17Mas se alegre e em vós rejubile todo ser que vos busca, Senhor! Digam sempre: “É grande o Senhor!” os que buscam em vós seu auxílio.

Evangelho do Dia: Marcos (Mc 3, 7-12)
Jesus e a multidão junto ao lago

Naquele tempo, 7Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galiléia o seguia. 8E também muita gente da Judéia, de Jerusalém, da lduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. 9Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, que não o comprimisse.
10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: "Tu és o Filho de Deus!" 12Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era. Palavra da Salvação!

Leituras paralelas recomendadas: Mt 4,24-25; Lc 6,17-19

Comentário do Evangelho
Atraídos pela ação de Jesus
Para falar da atração exercida por Jesus, o Evangelho faz um elenco dos lugares de origem das multidões que assediavam o Mestre. Os locais mais próximos eram as cidades da Galiléia, especialmente as que ficavam à beira do lago. Este foi o palco privilegiado do ministério de Jesus. A fama de seus milagres e de seus ensinamentos deve ter chegado imediatamente aos ouvidos das populações daquela região. Até gente da capital da Judéia, Jerusalém, vinha ouvir o Mestre. Com que intenção?
Os judeus desprezavam os galileus. É bem possível que muitos tenham ido ver o galileu Jesus, movidos por preconceitos, quiçá com a intenção de “desmascará-lo”. Também vinha gente do estrangeiro: da Iduméia, ao sul da Judéia, do outro lado do rio Jordão – a Transjordânia –, e das cidades fenícias de Tiro e Sídon. Todos estes lugares eram habitados por judeus que, sem dúvida, junto com estes pagãos também ficavam atraídos pelo que Jesus fazia.
O Mestre limitava-se a fazer o bem a todos, indistintamente. Ao se confrontar com a multidão, não fazia distinção de espécie alguma. Judeus ou pagãos, todos eram igualmente curados e libertados da opressão do mau espírito. Assim, o Reino de Deus deixava as marcas de sua eficácia na vida de todos que se aproximavam de Jesus. Excluía-se, apenas, quem a ele se dirigia com intenções escusas. O Mestre tinha o dom de fazer renascer no povo a vida e a esperança! (O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1997)

A IGREJA CELEBRA HOJE
São Sebastião
São Sebastião morreu 50 anos mais tarde, na perseguição de Diocleciano. Sua figura de mártir cravado de flechas foi imortalizada pelos artistas da Renascença.
Sebastião prestou seu serviço militar em Milão e, por sua fidelidade e valor, foi nomeado capitão da primeira coorte da guarda pretoriana, isto é, do próprio imperador. Aproveitava desta sua posição para melhor proteger e confortar os cristãos, quando denunciados ou condenados à morte.
Identificado ele mesmo como cristão e denunciado ao imperador Diocleciano, foi detido e forçado a abjurar sua fé. O imperador, que muito estimava Sebastião, recorreu tanto a promessas como a ameaças para conseguir do seu alto oficial que abandonasse a fé. Todas as argumentações e tentativas de Diocleciano esbarraram numa vontade inflexível do militar.
Destituído então de sua função de oficial, foi entregue a um pelotão de soldados que o despiram, amarraram a uma árvore, alvejaram-no com flechas e o abandonaram, julgando-o morto. Alta noite, chegou Irene, mulher do mártir Cástulo, ao lugar da execução para retirar o corpo do mártir e dar-lhe a sepultura. Com grande admiração, encontrou-o ainda com vida. Sem demora, tomou providências para que o mártir fosse levado para sua casa onde tratou dele com muito desvelo.
Apenas restabelecido, Sebastião, cheio de coragem, procurou o imperador para reprovar sua iniquidade praticada contra pessoas inocentes como eram os cristãos. Outra vez condenado à morte, veio a falecer entre os tormentos de pauladas e boladas de chumbo. Era o ano de 303.
Seu culto é muito antigo e bastante popular (é padroeiro de inúmeras igrejas e capelas esparramadas pelo Brasil, inclusive da cidade do Rio de Janeiro). Os pormenores de seu martírio, porém, só chegaram até nós por uma fonte bastante tardia.
Sobre o lugar de sua sepultura foi levantada uma maravilhosa basílica que perpetua sua memória e propõe seu exemplo de herói.
O grande bispo de Milão, Santo Ambrósio, em memorável discurso, teceu os melhores elogios a este santo.

São Sebastião, a Igreja e a Fraternidade
Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
Celebramos a festa de São Sebastião! A nossa cidade nasceu em 1565 e já foi criada sob a proteção do patrono contra a peste, a fome e a guerra. Pelo Breve “In superemminenti militantis Ecclesiae”, do Papa Gregório XIII, de 19 de julho de 1575, foi criada a Prelazia de São Sebastião. Em 16 de novembro de 1676, com a Bula do Papa Inocêncio XI “Romani Pontificis pastoralis sollicitudo”, elevou a antiga Prelazia de São Sebastião à categoria de Diocese, como sufragânea da Sé Metropolitana de São Salvador da Bahia, criada na mesma data. A esta ficou também subordinada a Diocese de Olinda. Pela Bula “Ad universas orbis ecclesias” do Papa Leão XIII, de 27 de abril de 1892, foi reorganizada a hierarquia eclesiástica no Brasil, que até então constava de apenas um arcebispado, em São Salvador da Bahia, e de onze bispados sufragâneos.
Foram criadas duas Províncias Eclesiásticas, a saber: uma no Norte, com sede em São Salvador da Bahia, e a outra no Sul, sendo o Bispado do Rio de Janeiro elevado à categoria de Sé Metropolitana. Portanto, a devoção a São Sebastião em nossa cidade consta de 446 anos de ininterrupta devoção. Foi graças a essa confiança e intercessão que se atribui a ele que a nossa cidade foi libertada de invasores. Somos abençoados com a proteção constante do jovem oficial do Império Romano, que deu testemunho do seguimento e do discipulado de Jesus Cristo, oferecendo duas vezes a sua vida humana para ganhar a vida eterna, que nunca se acaba. São Sebastião é testemunha de Jesus Cristo e nos convida a segui-Lo e testemunhá-Lo.
Nesses últimos treze dias fizemos a nossa missão popular em honra de nosso padroeiro. A réplica da histórica imagem de nosso patrono percorreu as foranias, as paróquias, as igrejas e capelas a Ele dedicadas, os bairros, os hospitais, as guarnições militares, os locais de lazer e cultura, algumas unidades de saúde, alguns presídios e locais de privação de liberdade de adolescentes, enfim, procuramos estar em quase todos os seguimentos da cidade do Rio de Janeiro.
Pensamos em um lema para este ano em que São Sebastião foi apresentado ao povo de Deus como “São Sebastião, mensageiro da paz”. Sabemos que a paz é Cristo e vem de Cristo. Pedimos a intercessão de nosso padroeiro junto da Trindade Santa em favor da paz em nossas casas, em nossas famílias, nos nossos trabalhos, em nossos bairros, nos morros, nas vilas, nos assentamentos, em toda a cidade maravilhosa! Que tenhamos um mundo cheio de ternura, do diálogo, da pluralidade, da segurança, da solidariedade e da concórdia, que nos proporciona a paz.
Dentro das intempéries da vida e do tempo, na última semana, desde a quarta-feira, fomos assolados com as chuvas e as enchentes, que causaram um terrível cenário de destruição e deixaram muitos irmãos nossos na região serrana do Rio, nas Dioceses de Petrópolis e de Nova Friburgo, cujos bispos diocesanos foram auxiliares nesta cidade maravilhosa, assolados pelo flagelo da desolação, sendo que muitas vidas foram ceifadas e o cenário de destruição se nos é apresentado instantaneamente pela mídia em geral. Nesse sentido, dentro da solidariedade própria dos discípulos-missionários de Jesus Cristo, a nossa trezena transformou-se no tema: “São Sebastião, mensageiro da paz, que nos convoca à solidariedade”, no gesto concreto da doação de água, roupas, material de higiene pessoal, gêneros alimentícios que são entregues depois da visita da imagem de nosso Padroeiro para que sejam levados diretamente para as paróquias das dioceses serranas, a fim de minorar o sofrimento e a desolação das famílias atingidas pela catástrofe.
Mais do que uma efetiva atenção material, no dia de São Sebastião somos convidados a rezar. Rezar com fé, e até com penitência, pelos que partiram para junto de Deus, e para aqueles nossos irmãos que, diante da tragédia, perderam tudo, e não podem perder a esperança de que Deus não os abandonou. Ao contrário, como São Sebastião depois de ter recebido flechadas por causa de sua fé, manteve acesa a sua esperança e, recuperado, apresentou-se diante do Imperador para reafirmar a sua fé. Os que hoje choram seus falecidos e que estão diante da catástrofe são chamados a reafirmar a sua fé no Deus da Vida e confirmar que somente Jesus poderá sarar nossas feridas e dar as forças necessárias para, com fé e esperança, reiniciarmos a nossa caminhada.
Será necessária a continuidade de nossa ajuda depois que cessar a cobertura da mídia. Todos temos que responder pela solidariedade, porém, as autoridades, em todas suas esferas ajudadas pela sociedade civil, devem encontrar caminhos para a reconstrução da região serrana com efetiva abertura de uma solução definitiva dos problemas hoje enfrentados. Só poderemos fazer isso se, com espírito de esperança cristã, pedirmos a intercessão de São Sebastião para que Deus ilumine os dias e os caminhos do povo do Rio de Janeiro.
A Campanha da Fraternidade deste ano, “Fraternidade e Vida no Planeta”, será um belo momento para aprofundar o nosso relacionamento com a natureza para que sustentavelmente vivamos com segurança neste nosso habitat.
Para a nossa cidade, esperamos que o testemunho da solidariedade de milhares que atenderam a voz de Deus e da Igreja na caridade se transforme em um mutirão de fé para que, na mesma medida do coração que dá com alegria, seja o coração que, convertido, procure na santidade, honestidade e concórdia trazer dias melhores de paz para a nossa amada Arquidiocese e cidade.

São Sebastião, rogai por nós!

Aconteceu no dia 19 de janeiro:
1890: Hino Nacional de Francisco Manuel da Silva é oficializado

O diálogo só acontece quando quebramos nossos preconceitos e pisamos na terra do outro. (Frei Prudente Neri)


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

BOM DIA EVANGELHO
Quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Segunda Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar, 2ª Semana do Saltério, Livro III, cor Verde
Hoje a Igreja celebra : S. Canuto, rei da Dinamarca, mártir, +1086, Santos Mário, Marta, Audíface e Ábaco, mártires, +270
Antífona: Que toda a terra se prostre diante de vós, ó Deus, e cante louvores ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 65,4)

Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e daí ao nosso tempo a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Salmo: 109 (110), 1.2.3.4 (R/.4bc)
Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec!
1Palavra do Senhor ao meu Senhor: “Assenta-te ao lado meu direito até que eu ponha os inimigos teus como escabelo por debaixo de teus pés!”
2O Senhor estenderá desde Sião vosso cetro de poder, pois Ele diz: “Domina com vigor teus inimigos.
3Tu és príncipe desde o dia em que nasceste; na glória e esplendor da santidade, como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!”
4Jurou o Senhor e manterá sua palavra: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem do rei Melquisedec!”

Evangelho do Dia: Marcos (Mc 3, 1-6)
É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal?
Naquele tempo, 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: "Levanta-te e fica aqui no meio!" 4E perguntou-lhes: "É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?" Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor; cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: "Estende a mão". Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo. Palavra da Salvação!
Leituras paralelas recomendadas: Mt 12,9-14; Lc 6,6-11

Comentário do Evangelho
A mão recuperada
A deficiência física do homem encontrado por Jesus, na sinagoga, era mais grave do que, à primeira vista, se podia imaginar. Na antropologia bíblica, a mão está carregada de simbolismo. A partir deste universo simbólico é que se deve interpretar a situação do homem da mão ressequida.
A mão está ligada à idéia de força e de poder. Estar na mão do outro significava estar sob o seu poder. Para falar do poder da língua, um provérbio bíblico refere-se à “mão da língua”. A expressão “salvar-se com as próprias mãos” tinha o sentido de salvar-se com as próprias forças. Diz-se que os habitantes de determinada cidade não puderam fugir, por ocasião de um incêndio, porque “as mãos não estavam com eles”, isto é, não tinham forças nem possibilidade de escapar. A mão direita era sinal de força, de sabedoria e de felicidade. Já a mão esquerda era sinal de fraqueza, de ignorância e de desgraça.
Entende-se, assim, por que a iniciativa de cura foi de Jesus e não do homem doente. Este havia se tornado uma pessoa sem iniciativa e incapaz de lutar por seus direitos. Nestas condições, era vítima da desumanização.
Curando-o, Jesus tomou a iniciativa de humanizá-lo, de fazê-lo voltar a ser gente, com força e poder para lutar pelos seus direitos. É como se tivesse sido recriado! Com a mão recuperada, estava novamente apto para fazer o bem. (O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1997)

A igreja celebra hoje
São Mário
Mario, Martha, Abacus e Audifax eram uma família persa nobre e rica – marido, esposa e dois filhos- que foram convertidos para a fé cristã e distribuíram seus bens para os pobres.
Eles decidiram visitar Roma para venerar os túmulos dos mártires mesmo sabendo que o Imperador Claudius estava perseguindo os cristãos. Claudius ordenou suas legiões para recolher e reunir os cristãos no anfiteatro onde eles eram mortos e seus corpos queimados. Esta família persa recolhia as cinzas e as enterrava. Por isto o Governador Marcus prendeu e torturou toda a família antes de mandar matá-los. Isto ocorreu em 270DC. Durante o martírio, Mario cantava hinos de louvor a Jesus. O procônsul encarregado do martírio mandou esticá-lo na roda, até seus braços serem arrancados do corpo, o que de nada adiantou. Furioso, ordenou que o decapitassem e a seus dois filhos. Assim os três foram mortos decapitados e Martha foi afogada alguns quilômetros de Roma em um local hoje chamado Santa Nynpha. Cristãos reverenciam este local e os corpos desta família com respeito: Eles foram enterrados na Via Cornelia. Treze séculos mais tarde, em 1590, seus corpos foram descobertos e agora suas relíquias estão nas igrejas de Cremona, de Seligenstaedt na Alemanha, e em Roma. Na arte litúrgica da Igreja este grupo é geralmente mostrado como uma família Persa visitando prisioneiros; ou 2) enterrando mártires cristãos em Roma; ou 3) sendo executados com um machado.

Sobre reprodução assistida
Dom Aldo Pagotto, Arcebispo Metropolitano da Paraíba
O Conselho Federal de Medicina modificou as regras de reprodução humana assistida (resolução nº 1.957/2010) liberando a “encomenda de bebês” para solteiros, casados ou casais homoafetivos, utilizando material biológico criopreservado (conservado sob condições de baixa temperatura).
Doravante, o procedimento reprodutivo humano permitirá uma “produção independente”. Está proibido “alugar barriga” mediante pagamento. Eis o reajuste de conduta reformando a resolução do CFM (nº. 1.352/1992).
Houve um avanço inacreditável nas tecnologias aplicadas às ciências e à biologia. Contudo, é indispensável considerar as dimensões éticas dos experimentos dessas esferas, complexas e delicadas. Considere-se de um lado: as modificações da resolução atenderiam aos apelos comportamentais de novos grupos sociais. De outro lado há dúvidas a respeito de uma eventual possibilidade de um filho encomendado por solteiros(as), viúvos(as) e casais homoafetivos.
Quais seriam os parâmetros dos pais homoafetivos dessas crianças, encomendadas pelo método “geração independente”? Qual seria o seu modelo familiar referencial? Se a Medicina evita preconceitos e respeita a todos igualmente, por outro lado a questão ética não pode ser descartada e merece melhor equacionamento. Há médicos que levantam dúvidas no sentido ético, recusando-se a se submeterem apenas a uma norma técnica.
No caso de produção independente não é legítimo fazer da vida humana objeto de experimento científico, ainda que cercado de aparatos tecnológicos que permitam “gerar” a vida em balões de ensaios (in vitro). Isso equivale a substituir eventualmente a geração da vida segundo a ordem da natureza; poderia corresponder a um grande avanço científico - não, porém, do ponto de vista da ética. Há critérios éticos a serem considerados e valorizados devidamente pelas ciências e tecnologias modernas.
A vida dos seres humanos tem seu início no instante de sua concepção. Esse princípio merece absoluto respeito. O que pensar sobre a utilização de embriões apenas considerados como material genético e não valorizados como vida humana? A ética permeia a constituição da vida do ser humano e da família - célula matriz da qual se forma o organismo social e, enfim, a fraternidade universal. Tratando-se da constituição do próprio ser humano, não é possível negar o aspecto ético ou prescindir dele, pois a ética se vincula à vida e não apenas aos avanços técnico-científicos.
A geração da prole é um direito natural e uma lei divina, ambos atribuídos ao casal, pressupostas certas condições de compromisso estável entre si. Um filho jamais poderia ser “encomendado” por diletantismo de uma produção individualista, sem a garantia de poder ser educado no esteio familiar onde receberá afeto e segurança.

O CFM não legisla. Quem legisla é o poder público, estabelecendo critérios e regulamentando normas relativas à reprodução humana assistida. É o que esperamos! Não demorará muito para que casais homoafetivos passem a exigir do governo financiamento das “encomendas” dos seus bebês. Podem crer que serão apoiados pelas comunidades congêneres...
Aconteceu no dia 19 de janeiro:
1982: Morte da cantora Elis Regina

Nada na vida faz sentido sem o equilíbrio interior. Temperança ou equilíbrio é a capacidade de tomar decisões sábias e inteligentes em favor de si e dos outros
Seja Feliz!
Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. Só você pode evitar que ela vá à falência. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
tjl@19012011-1020lt

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

BOM DIA EVANGELHO
Terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Segunda Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar, 2ª Semana do Saltério, Livro III, cor Verde
Hoje: Dia Internacional do Riso
Santos do Dia: Arquelaide, Tecla e Susana (virgens, mártires), Atenógenes do Ponto (mártir), Deícola de Lure (abade), Faustina e Liberata (virgens), Leobardo de Tours (eremita), Liberata de Como (virgem), Moseus e Amônio (mártires), Paulo e 36 soldados cristãos (mártires), Prisca de Roma (virgem, mártir), Volusiano de Tours (bispo, mártir), Beatriz d'Este (virgem de Ferrara, bem-aventurada), Cristina Ciccarelli (virgem, eremita agostiniana, bem-aventurada).
Antífona: Que toda a terra se prostre diante de vós, ó Deus, e cante louvores ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 65,4)

Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e daí ao nosso tempo a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Salmo: 110 (111), 1-2.4-5.9-10c (R/.5b)
O Senhor se lembra sempre da aliança
1Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! 2Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!
4O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas. 5Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua aliança.
9Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. 10cPermaneça eternamente o seu louvor.

Evangelho: Marcos (Mc 2, 23-28)
Jesus revela o valor sagrado do ser humano
23Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: "Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?"
25Jesus lhes disse: "Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães".
27E acrescentou: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado". Palavra da Salvação!
Leituras paralelas recomendadas: Mt 12,1-8; Lc 6, 1-5

Comentário do Evangelho
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Afraate (?- c. 345), monge e bispo perto de Mossul, Santo da Igrejas Ortodoxas
Exposições, n°13, 1-2.13 (a partir da trad. SC 359, pp. 589ss.)
O Senhor do sábado
Por intermédio de Moisés, Seu servo, o Senhor pediu aos filhos de Israel que observassem o sábado. Disse-lhes: «Trabalharás durante seis dias e farás todo o teu trabalho. Mas o sétimo dia é o sábado consagrado ao Senhor, teu Deus» (Ex 20, 9-10). [...] E avisou-os : «Não farás trabalho algum, tu, o teu filho e a tua filha, o teu servo e a tua serva, os teus animais». E até acrescentou: «O mercenário e o estrangeiro repousarão igualmente, assim como todos os animais que penam ao teu serviço» (cf. Ex 23, 12). [...] O sábado não foi imposto como uma prova, uma escolha entre a vida e a morte, entre a justiça e o pecado, como os outros preceitos pelos quais o homem pode viver ou morrer. Não: o sábado, nessa altura, foi dado ao povo tendo em vista o descanso – não apenas dos homens, como também dos animais. [...]
Agora escuta qual é o sábado que agrada a Deus. Isaías disse: «Deixem descansar os fatigados» (28, 12). E também: «Os [...] que guardaram os Meus sábados [sem os profanar] são os que escolheram o que Me é agradável e se afeiçoaram à Minha aliança» (56, 4). [...] O sábado não traz qualquer benefício aos maus, aos assassinos, aos ladrões. Mas àqueles que optam por aquilo que agrada a Deus e guardam as suas mãos do mal, nesses, habita Deus; Ele faz deles Sua morada, segundo a Sua palavra: «Habitarei e andarei no meio deles» (Lv 26, 11-12; 2Cor 6, 16). [...] Portanto, guardemos fielmente o sábado do Senhor, quer dizer, aquilo que agrada ao Seu coração. Assim entraremos no sábado do grande repouso, no sábado do céu e da terra em que toda a criatura repousará.

Oração Depois da Comunhão:
Nutridos Penetrai-nos, ó Deus, com o vosso Espírito de caridade, para que vivam unidos no vosso amor os que alimentais com o mesmo pão. Por Cristo, nosso Senhor!
Hoje a Igreja celebra : Santa Prisca ou Priscila, virgem mártir, +séc. I(?), Santa Margarida da Hungria, virgem, +1270
SÁO SULPICIO
Sulpício faz parte de um grupo seleto de santos que alcançaram importância teológica, cultural e política na história da Igreja, pois atuaram na formação política e religiosa de toda uma nação, no seu caso, a França. Além de serem venerados e chamados à interceder nas aflições diárias ou nas curas dos males físicos da população, à ele recorrem os que sofrem de males nos pulmões.
Para entender o alcance da atuação pastoral e política deste santo, é preciso primeiro visualizar o contexto em que ela aconteceu. Era o século VII e a França se consolidava como nação. Mas, ainda coexistiam vários grupos étnicos que geravam muitos conflitos naqueles domínios e Sulpício, bispo de Burges, impedia e controlava os choques, mediando e negociando entre eles as convivências difíceis, sempre dentro dos preceitos da Igreja.
Pouco se sabe de sua vida antes de se tornar bispo, mas pode-se calcular que tenha sido exemplar e trabalhosa, pois Burges era uma importante cidade, situada bem no centro da França. Foi conquistada, pelo Império Romano, meio século antes de Cristo, sendo anexada ao Império dos Francos no ano 507. O cristianismo só chegou no século II. Como bispo, Sulpício, além de colocar a Igreja como base da consolidação política do país, estruturou uma sólida formação religiosa e humana do clero, através da vida monástica que implantou, para garantir a maneira mais segura de evangelização do povo.
A diocese de Burges teve a felicidade de acrescentar seis santos ao corpo da Igreja, todos bispos. Um deles foi Sulpício que morreu em 647. Em Paris, foi erguida a igreja de São Sulpício de belíssima arquitetura, à esquerda do rio Sena, onde foram depositadas as suas relíquias. Ao lado dela se estabeleceu um seminário beneditino, que adotou o nome do santo, e se tornou, depois, no maior centro de formação do clero francês. Esta comunidade deu origem à uma nova família de religiosos, chamada de Ordem dos Padres Religiosos de São Sulpício.
Entretanto, São Sulpício se fixou no coração do povo antes mesmo do seu transito, e é ainda o grande auxiliador e intercessor na cura das doenças pulmonares. Segundo uma antiga tradição, o rei Clotário II, soberano da primeira dinastia francesa, foi curado milagrosamente de uma severa pleurite, pelo bispo Sulpício, cuja fama de santidade era muito grande. O rei ficou tão contente que até diminuiu os impostos que cobrava da população de Burges.

Quem é o novo arcebispo primaz do Brasil?
Dom Aloísio Roque Oppermann, Arcebispo de Uberaba (MG)
Dom Murilo S. Ramos Krieger tem vínculos com duas famílias de expressão em Santa Catarina. Trata-se da família Ramos, que conta entre seus membros até políticos de projeção nacional, e profissionais de várias especialidades. E a família Krieger, que abriga artistas, intelectuais, músicos. Não é por isso que o Papa o escolheu para o primeiro posto hierárquico no Brasil. Mas foi por suas qualidades eclesiais. Tive a felicidade de conhecer seu pai Oscar, que proveio de uma família não católica, mas era um cristão firme, filho da Igreja, e praticante. Conheci também sua mãe Olga, que se distinguia pela facilidade de alegre comunicação, e capacidade organizativa. Dom Murilo, desde o tempo de Seminário, sempre foi um líder inteligente, de bom humor, mas modesto. Cabem-lhe as palavras do Sl 131, 1: “Não ando à procura de grandezas, nem tenho pretensões ambiciosas”. Todos os cargos que ocupou foram exercidos em espírito de serviço e cumpridos na sinceridade.
Passo aos amigos uma descrição de sua personalidade, por conhecê-lo bem de perto. Antes de tudo, ele é um homem de fé profunda, alguém que soube fazer uma opção fundamental na sua vida pelo Cristo. Ele é “apóstolo de Jesus Cristo por vontade e chamado de Deus” (1 Cor 1,1). Conheci-o como um Presbítero de vocação, e também como discípulo religioso de sua Congregação dehoniana. Mas essa clareza de sentido da vida, nunca o impediu de ser muito realista, objetivo e sincero. Outra qualidade sua é que sempre se considerou chamado a ensinar. Por isso cumpriu durante muitos anos programas com a Canção Nova, com a Milícia da Imaculada, entre outros. Escreveu vários livros, lecionou. Ensinava a verdade de Jesus Cristo, sem se preocupar com impactos. O povo da arquidiocese de Salvador, e seu Clero podem ter a certeza de que receberam um grande presente. Ele terá a capacidade de seguir a esteira de seus predecessores. Responderá às necessidades atuais dessa Sé Primacial de Salvador. Para conhecer o novo Arcebispo Primaz, seria bom ler suas entrevistas após a nomeação. Vê-se aí o seu bom senso e clareza de missão. [CNBB]
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