Hoje a Igreja celebra : S. Cláudio La Colombière, presbítero, + 1682, Santa Jovita, mártir, +120, S. Faustino, mártir, + 120- José da Antióquia, Teotônio,Sigfrid (Siguefredo),
15 de fevereiro de 2011 — Terça-feira
6ª Semana Comum
Formulário do 6º Domingo Comum
(Cor Verde)
Os discípulos cometem uma omissão, não levando as provisões necessárias para a viagem. E Jesus procura ensinar-lhes que é preciso crer nele, confiar nele. Por isso, lhes diz: “Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis?”, depois de relembrar-lhes a multiplicação dos pães. Jesus revela-se a eles; mas ainda estão confusos, não compreendem. Trata-se agora, de olhar para nós: Será que é clara a Palavra de Cristo, para nós? Temos de verdade confiança nele?
"O segredo do diálogo, está em saber escutar tanto ou mais do que falar.”
Livro de Salmos 29(28),1-2.3-4.9-10.
Filhos de Deus, prestai ao SENHOR, prestai ao SENHOR glória e honra.
Prestai ao Senhor a glória do seu nome, adorai o SENHOR no seu átrio sagrado.
A voz do SENHOR ressoa sobre as águas, o Deus glorioso faz ecoar o seu trovão, o SENHOR está sobre a vastidão das águas.
A voz do SENHOR é poderosa, a voz do SENHOR é cheia de majestade.
A voz do SENHOR retorce os carvalhos, despoja as árvores dos bosques. No seu santuário todos exclamam: "Glória!"
Para além do dilúvio, está sentado o SENHOR; o SENHOR está sentado como rei eterno.
Deus nos fala
O mal é a rejeição dos apelos de Deus a nossa humanidade, que se faz surda a seus apelos. Jesus é o grande mistério de salvação de nossa humanidade, mas é preciso compreendê-lo em sua palavra, em seus gestos e em suas atitudes.
- O Senhor esteja convosco. - Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Marcos.
- Glória a vós, Senhor.
Evangelho segundo S. Marcos 8,14-21.
Os discípulos tinham-se esquecido de levar pães e só traziam um pão no barco. Jesus começou a avisá-los, dizendo: «Olhai: tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes.» E eles discorriam entre si: «Não temos pão.» Mas Ele, percebendo-o, disse: «Porque estais a discorrer que não tendes pão? Ainda não entendestes nem compreendestes? Tendes o vosso coração endurecido? Tendes olhos e não vedes, tendes ouvidos e não ouvis? E não vos lembrais de quantos cestos cheios de pedaços recolhestes, quando parti os cinco pães para aqueles cinco mil?» Responderam: «Doze.» «E quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de bocados recolhestes?» Responderam: «Sete.» Disse-lhes então: «Ainda não compreendeis?»
-PALAVRA DA SALVAÇÃO. -GLÓRIA A VOZ, SENHOR.
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São João da Cruz (1542-1591), carmelita, Doutor da Igreja
A Subida ao Monte Carmelo, II, 3 (a partir da trad. OC, Cerf 1990, p. 637 rev.)
«Não vedes? Ainda não compreendeis?»
Dizem os teólogos que a fé é um hábito da alma ao mesmo tempo seguro e obscuro. E é obscuro porque nos propõe verdades reveladas sobre o próprio Deus que ultrapassam qualquer luz natural e excedem toda a compreensão humana, seja ela qual for. Daí decorre que a luz excessiva dada pela fé se transforma para a alma em profundas trevas. Como sabemos, qualquer força superior supera e enfraquece uma que lhe seja inferior; desse modo, o sol eclipsa todas as luzes restantes, ao ponto de, quando ele resplandece, todas as outras não parecerem propriamente luzes. Para além do mais, quando está no zénite, o seu brilho ultrapassa por completo a nossa capacidade visual até nos ofuscar em vez de nos fazer ver, devido a tornar-se excessivo e desproporcionado à nossa visão. O mesmo se passa com a luz da fé, que pelo seu prodigioso excesso abate e enfraquece a luz do intelecto.
Tomemos outro exemplo: suponhamos uma pessoa cega de nascença que, por isso mesmo, não conhece as cores. Ao esforçarmo-nos por fazer-lhe compreender o branco ou o amarelo, bem podemos dar explicação atrás de explicação que ela não retirará delas qualquer conhecimento directo, porque nunca viu as cores, cujo nome será a única coisa que ela reterá no espírito, através do ouvido. O mesmo se passa com a fé em relação à alma: a fé diz-nos coisas que nunca vimos nem conhecemos e a respeito das quais não possuímos a mais pequena réstia de conhecimento natural, mas retemo-las através do ouvido, crendo no que nos é ensinado e ofuscando em nós a luz natural. Com efeito, como nos diz São Paulo, «a fé surge da pregação» (Rom 10, 17). É como se ele nos dissesse: a fé não é uma ciência que reconhecemos pelos sentidos, mas um consentimento da alma que entra em nós pelo ouvido. Torna-se então evidente que a fé é para a alma uma noite escuríssima, mas é precisamente com a sua escuridão que ela ilumina: quanto mais a mergulha nas trevas, mais lhe faz brilhar a sua luz. Assim sendo, é ofuscando que ela alumia, segundo as palavras de Isaías: «se não acreditardes, não compreendereis» (7, 9).
São Teotônio
ou Theotônio. Nasceu em 1086 em Gonfeo na Espanha.
Foi educado no mosteiro beneditino de Ganfei. Em seguida foi para Coimbra a fim de estudar humanidades e teologia. Chamado para Viseu por um seu tio, Dom Teodorico, prior da Colegiada dos Cônegos Regrantes, recebeu nessa cidade a ordenação sacerdotal.
Tornou�se prior de Nossa Senhora de Viseu; melhorou aí a situação material e deu testemunho de vida que muito edificou o clero; falou muito pelo exemplo e foi excelente conselheiro espiritual para muita gente, a todos edificando. Aceitou forçado esse cargo de prior. Para se desfazer desse cargo, empreendeu uma peregrinação a Jerusalém. Ao voltar daí, deixou o priorado ao sacerdote Honório, que torrara a sua direção, durante a sua ausência.
Recusou o episcopado e entregou�se ao ministério da Palavra; no meio de um povo corrompido, deu, em muitas circunstâncias, provas de sua inviolável fidelidade à virtude da castidade.
Empreendeu segunda peregrinação a Jerusalêm. Ao retornar a Coimbra, fundou, juntamente com 11 companheiros, nova congregação de cônegos regulares, o Mosteiro de Santa Cruz. Aos 28 de junho de 1131, na presença do rei Dom Afonso, que o tinha em grande estima, foi lançada a primeira pedra. Aos 24 de fevereiro é eleito prior desse mosteiro (1132), Exerceu esse cargo por cerca de vinte anos. Graças â sua ação, o Mosteiro de Santa Cruz veio a ser um foco de santidade e cultura.
Devotado as orações diárias nunca permitindo que os monges orassem os ofícios com pressa. O Rei Alfonsus atribuiu suas vitórias as orações de Theotônio e em gratidão libertou todos o cristãos moçarábes. Foi o primeiro santo português a ser canonizado pelo método moderno.
Aos 70 anos de idade, Teotônio renunciou ao cargo de prior.
Faleceu em 18 de fevereiro de 1162, com oitenta anos de idade. Seu corpo repousa no Mosteiro de Santa Cruz. Seu culto foi aprovado por Benedito XIV em 1167.
Foi indicado padroeiro da cidade de Viseu.
"Os que começam a fazer oração são como os que tiram água do poço."
TJL@
Nenhum comentário:
Postar um comentário