BOM DIA EVANGELHO
Quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
São Policarpo Bispo e Mártir) – Ofício de Memória - 3ª Semana do Saltério - cor Litúrgica Vermelha
Hoje: Dia Nacional do Rotary e Dia do Surdo-Mudo
Santos: Alexandre Akimetes (abade), Boisil de Melrose (abade), Dositeu de Gaza (monge), Félix de Bréscia (bispo), Florêncio de Sevilha (leigo), Lázaro, o Pintor (monge de Constantinopla), Marta de Astorga (virgem, mártir), Meraldo de Vendôme (abade), Milburga de Wenlock (abadessa), Milo de Benevento (bispo), Ordônio de Sahagún (monge, bispo), Policarpo de Roma (presbítero, mártir), Romana de Todi (virgem), Sereno de Billom (mártir), Willigis de Mainz (bispo), Zebino da Síria (eremita), Nicolau da Prússia (monge, bem-aventurado), Rafaela de Ibarra (bem-aventurada).
Antífona: Velarei sobre as minhas ovelhas, diz o Senhor; chamarei um pastor que as conduza e serei o seu Deus. (Ez 34,11.23-24)
Oração
Ó Deus, criador de todas as coisas, que colocastes o bispo são Policarpo nas fileiras dos vossos mártires, concedei-nos, por sua intercessão, participar com ele do cálice de Cristo e ressuscitar para a vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Salmo: 119 (118), 165.168.171.175 (R/.165a)
Os que amam vossa lei têm grande paz!
Os que amam vossa lei têm grande paz, e não há nada que os faça tropeçar.
Serei fiel à vossa lei, vossa aliança; os meus caminhos estão todos ante vós.
Que prorrompam os meus lábios em canções, pois me fizestes conhecer vossa vontade!
Desejo a vossa salvação ardentemente e encontro em vossa lei minhas delícias!
Possa eu viver e para sempre vos louvar; e que me ajudem, ó Senhor, vossos conselhos!
Evangelho do dia: Marcos (Mc 9,38-40)
Quem não é contra nós é a nosso favor
Naquele tempo, 38João disse a Jesus: "Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue". 39Jesus disse: "Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor". Palavra da Salvação!
Leituras Paralelas: Mt 10,42; Lc 9,49-50
Comentário o Evangelho
Todos podem fazer o bem
Jesus detectou uma distorção grave no modo como os discípulos consideravam seu relacionamento com ele. Quando quiseram impedir alguém de expulsar demônios em nome do Mestre, só porque não fazia parte do grupo de seus discípulos, estes revelaram estar contaminados por uma mentalidade sectária. Pensavam que só tinha o direito de fazer o bem, em nome de Jesus, quem os seguia fisicamente.
O erro dos discípulos consistia em querer limitar a condição de servidor do Reino a um grupo limitado de pessoas, bem identificadas e inseridas numa estrutura precisa. Quem não pertencia a esse grupo, estava incapacitado a fazer o bem, pelo menos na qualidade de seguidor de Jesus.
O pensamento do Mestre, porém, era bem outro. Qualquer pessoa tem o direito de fazer o bem em nome dele. Quem se sente movido a agir assim, dificilmente irá falar mal de Jesus, ou comprometer-lhe-á a boa fama. Uma boa ação é indicio seguro de comunhão profunda com Jesus, mesmo se a pessoa não tem a possibilidade de pôr-se a caminho com ele. Não era indispensável ser discípulo como os doze, para alguém ter o direito de agir em nome do Mestre. Era equivocado pensar que o Reino estava destinado a produzir frutos somente pela mediação de um pequeno grupo. Pelo contrário, mesmo por intermédio de quem não se esperava, foi possível manifestar a misericórdia de Deus. [O EVANGELHO DO DIA, Ano B. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1996]
A IGREJA CELEBRA HOJE
São Policarpo
Temos hoje a memória obrigatória de São Policarpo, que com Clemente Romano, Inácio de Antioquia, Papias, pertence ao grupo dos assim chamados "Padres Apostólicos", porque, em sua vida e em seus escritos, testemunhou a fé recebida diretamente dos apóstolos. Estes Padres Apostólicos foram o elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano, na passagem do primeiro para o segundo século.
Conhecemos esta grande figura através das notícias de seu discípulo, Santo Irineu, e de uma carta escrita pelo próprio Policarpo aos fiéis de Filipos.
Irineu evoca com grata comoção a memória de seu mestre, dizendo: "Recordo as coisas de então melhor do que as recentes. Poderia assinalar o lugar em que sentava Policarpo para ensinar... seu modo de vida, os traços de sua fisionomia e as palavras que dirigia à multidão. Poderia reproduzir o que nos contava de seu trato com São João apóstolo e os demais que tinham visto o Senhor e como repetia suas mesmas Palavras...”
O mesmo Irineu testemunha que Policarpo "enviava cartas às comunidades vizinhas e a alguns irmãos em particular para ensiná-los e admoestá-los". E afirma especificamente: "E belíssima a carta que ele enviou aos filipenses". Esta é a única que nos foi conservada. Nela exorta os filipenses à constância e integridade da fé, e procura incutir em cada um a lembrança de suas obrigações particulares. Policarpo foi colocado como bispo de Esmirna pelo próprio São João apóstolo e, pela retidão de seu caráter, pelo alto saber, pelo amor à Igreja e zelo pela ortodoxia da fé, era considerado e estimado em todo o Oriente.
Como líder da comunidade, vemo-lo, em meados do século II, viajando para Roma a fim de tratar com o Papa Aniceto das divergências entre as duas comunidades, a do Oriente e do Ocidente, a respeito da data da celebração da Páscoa. Mesmo sem chegar a um acordo, os dois bispos celebraram juntos a Eucaristia, significando que uma questão meramente disciplinar não devia lesar a união eclesial. O mais que sabemos sobre Policarpo refere-se ao seu martírio, descrito numa carta autêntica que os fiéis de Esmirna enviaram a seus irmãos de Filomélio, na Frígia. Na época de seu martírio, Policarpo era respeitável ancião de oitenta e seis anos. Contra o procedimento temerário de alguns cristãos que se apresentavam ao martírio, o velho bispo preferiu manter-se oculto por algum tempo e assim animar suas ovelhas. Mas acabou sendo delatado e preso como chefe dos cristãos.
O governador da província exortou-o a que jurasse pela fortuna de César e que insultasse a Cristo, ao que o venerável ancião respondeu: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar aquele a quem prestei culto e reconheço como meu Salvador?"
Foi condenado à morte pelo fogo. O povo pagão, instigado por diversos grupos, encarregou-se de erguer o mais depressa possível a fogueira que consumiu o corpo do bispo, no estádio da cidade. Policarpo recusou ser amarrado e subiu sozinho à fogueira, pronunciando esta prece: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos".
O relato de seu martírio termina com uma preciosa notícia sobre o culto litúrgico. Os judeus queriam impedir que os cristãos recolhessem as relíquias do mártir, para que, diziam, "não aconteça que comecem a adorar Policarpo como fazem com Cristo". Mas os cristãos atestaram: "Nós só adoramos a Cristo, ao passo que recolhemos seus ossos como ouro e pérolas preciosas, e lhes damos honrosa sepultura. A seguir celebramos alegremente a nossa reunião eucarística, como mandou o Senhor, para comemorar o natalício do seu mártir". Sofreu o martírio pelo ano de 155. [O SANTO DO DIA, Dom Servilio Conti, pg.90 ©Vozes, 1997]
Defasagem na educação
Dom Aldo Di Cillo Pagotto, Arcebispo Metropolitano da Paraíba
Nas últimas três ou quatro décadas a política educacional brasileira apresenta resultados pífios, comparada às nações emergentes, cujo avanço científico e tecnológico é fundamental para o próprio desenvolvimento socioeconômico. Na teoria, os referenciais de educação básica (vide Lei de Diretrizes e Bases) prima pela excelência. Na prática, porém, a realidade das últimas décadas registra a ausência de investimentos substanciais para a sua consubstanciação. Consequentemente, os resultados, além de pífios, são considerados insuficientes para uma avaliação séria.
A triste conclusão de que os resultados são insuficientes para uma avaliação realista deve-se a falta de garantia de recursos financeiros. Não foram prioridades a qualificação de professores e de alunos, material didático, construção e reforma dos prédios, criação de laboratórios, pesquisas de campo, enfim, de infraestrutura indispensável.
O processo educacional brasileiro foi nivelado por baixo. Pouco se trabalha com metas e resultados. Milhares de adolescentes “vão pra frente” sem dominar as quatro operações aritméticas. O mesmo se verifica na escrita, na leitura, na interpretação de textos num nível elementar. Muitos alunos não conseguem “se ligar”, nem acompanhar a trajetória lógica de um raciocínio elaborado, por um espaço de tempo razoável. O papo é outro.
A avaliação de resultados do processo de ensino, aprendizado e habilidades, “não bate” com as referências fundamentais dos parâmetros curriculares. O que os professores ou diretores de escolas podem fazer se o aluno “tem que ir pra frente de qualquer jeito”? Não se permite que o aluno fique traumatizado se tomar bomba ou talvez desista da escola.
Que futuro terá a geração nova “indo pra frente de qualquer jeito”? Para onde vão milhares de adolescentes e jovens despreparados, sequer para serviços de necessidade básica que, porém, hoje exigem qualificação? Para piorar, também na escola avança o fator droga e violência (bullying) de forma deletéria. Alunos agridem professores, colegas e até os pais.
Nos novos referenciais da sociedade, com novos arranjos familiares, os pais (ou algum responsável) não conseguem orientar os próprios filhos. Sentem-se desmoralizados e são agredidos da mesma forma. Outros “não estão nem aí” para os filhos. Como recuperar décadas perdidas com danos irreparáveis? Um prognóstico realista requer planejamento de metas objetivas, resultados concretos, investimentos assegurados.
O pronunciamento oficial da presidente Dilma (10/02 pp.) resume-se num lema: “País rico é país sem pobreza”. De fato, para erradicar a miséria o caminho é a educação incluindo-se, pois, a profissionalizante. Trata-se de criar condições e oportunidades de estudo e trabalho para as pessoas de classes empobrecidas. Trata-se de investir oportunamente na qualificação das pessoas, não apenas “dar alguma coisa”.
Segundo o IPEA, 10% da população mais rica detêm 75,4% de todas as riquezas. O imperativo ético da superação do empobrecimento do povo brasileiro não é casual. É provocado. O desenvolvimento humano do povo é o foco do qual não podemos nos desviar! Os valores éticos devem estar presentes, pois são referenciais de uma nação livre, soberana, democrática, participativa.
O resgate da cidadania exige a criação de condições e a distribuição de oportunidades de formação humana. Estudo e trabalho geram riqueza e partilha, superando a miséria moral e material. A superação da miséria é proporcional à oferta de oportunidades de inclusão e justiça social. [CNBB]
Aconteceu no dia 23 de fevereiro:
1901: Fundação em São Paulo do Instituto Butantan (1901)
ESTAMOS AQUI:
http://sao-tarcisio.blogspot.com/
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