BOM DIA EVANGELHO
Terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Quinta Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar, 1ª Semana do Saltério, Livro III, cor Verde
Hoje: São Jerônimo Emiliani, presbítero, memória facultativa, cor branca
Santos: Dionísio, Emiliano e Sebastião (monges mártires da Armênia), Elgiva (abadessa, virgem), Estêvão Cuénot (bispo, mártir), Estêvão de Grandmont (abade), Honorato de Milão (bispo), Jacoba de Settesoli (franciscana terciária), Jerônimo Emiliani (presbítero) ,João Carlos Cornay (mártir de Tonkin), João da Mata (presbítero, fundador da Ordem dos Trinitários), Josefina Bakhita (virgem), Juvêncio de Pavia (bispo), Niceto de Besançon (bispo), Paulo, Lúcio e Ciríaco (mártires de Roma), Paulo de Verdun (monge, bispo), Pedro Igneus (bispo, cardeal), Quinta da Alexandria (virgem, mártir), Isaías de Cracóvia (agostiniano, bem-aventurado)
Petição
Senhor, converta-me em um autêntico cristão, permita que hoje eu não me prenda ao que é terreno e passageiro, mas sim que eu te busque em tudo e em todos.
Antífona:
Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus (Sl 94,6-7)
Oração
Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Salmo: 8, 4-5.6-7.8-9 (R/.2a)
Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!
4Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dados de artista; vendo a lua e estrelas brilhantes, 5perguntamos: “Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”
6Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; 7vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes.
8As ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; 9passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas.
Evangelho: Marcos (Mc 7, 1-13)
Jesus e as tradições judaicas
Naquele tempo, 1os fariseus e alguns mestres da lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. 2Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. 3Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos.
4Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. 5Os fariseus e os mestres da lei perguntaram então a Jesus: "Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?" 6Jesus respondeu: "Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: 'Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos'.
8Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens". 9E dizia-lhes: "Vós sabeis muito bem como anular o mandamento de Deus, a fim de guardar as vossas tradições. 10Com efeito, Moisés ordenou: 'Honra teu pai e tua mãe'. E ainda: 'Quem amaldiçoa o pai ou a mãe, deve morrer. 11Mas vós ensinais que é lícito alguém dizer a seu pai e à sua mãe: 'O sustento que vós poderíeis receber de mim é Corban, isto é, consagrado a Deus'. 12E essa pessoa fica dispensada de ajudar seu pai ou sua mãe. 13Assim vós esvaziais a palavra de Deus com a tradição que vós transmitis. E vós fazeis muitas outras coisas como estas”. Palavra da Salvação!
Leituras paralelas recomendadas: Mt 15,1-20; Lc 11,37-41
Comentário do Evangelho
Uma tradição caduca
A intenção dos mestres da Lei e dos fariseus, vindos de Jerusalém, era descobrir se, na formação dada por Jesus a seus discípulos, ele os incitava à não observância da Lei. A fama do Mestre havia chegado à capital onde se supunha que a prática da religião fosse irrepreensível. Pelo que se dizia dele, parecia que seu ensinamento não se enquadrasse nos padrões religiosos da época, e suas orientações rompiam com o sistema religioso estabelecido.
Quem se tinha aproximado do Mestre com o intuito de desmascará-lo, acabou sendo desmascarado por ele. Tudo começou com a crítica feita aos discípulos: “Por que se sentam à mesa sem antes terem lavado cuidadosamente as mãos?”. Era um costume fundado numa série de preconceitos. Um deles é que o contato exterior com as coisas pode tornar impuro o coração humano. Outro era o medo de ter tido contato com algum pagão e, por isso, ter contraído alguma impureza. A impureza interior explicava-se, pois, por um gesto puramente exterior.
Jesus pôs-se a demonstrar como a tradição considerada exemplar era, em última análise, caduca, e podia ser inescrupulosamente manipulada. Exemplo disso era a forma desumana como muitos mestres da Lei e fariseus “piedosos” tratavam seus pais, distorcendo a Lei, a ponto de interpretá-la a seu favor. A impiedade era, assim, acobertada por uma falsa piedade. O Mestre Jesus procurava evitar que seus discípulos fossem contaminados por esta mentalidade. [O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1997]
Para sua reflexão: Ao revelar-se como o Filho de Deus, Jesus relativiza as regras e preceitos humanos. Não os anula, mas mostra que são válidos se estiverem relacionadas com Ele. Ele é a norma, a encarnação do mandamento de Deus e a Palavra viva. Jesus não quis mudar o homem a partir de fora. Quis mudá-lo a partir de dentro, transformando-lhe o coração, entendido biblicamente, como o eu profundo do homem, onde se dão as suas decisões pelo bem ou pelo mal, por Deus ou contra Deus. Em nome da coerência com a prática da Palavra pedimos ao Senhor que nos liberte do formalismo, do legalismo mesquinho, que dá grande importância ao que a não tem, para que não transformemos a religião em algo de externo, sem valor diante de Ti. E então, se lemos a Palavra no cotidiano, como Ela tem transformado de fato a nossa vida?
A IGREJA CELEBRA HOJE
São Jerônimo Emiliano
Jerônimo Emiliano nasceu em Veneza, em 1481. Aos 15 anos, tornou-se soldado e, aos 25, senador. Amante dos prazeres, das festas, Jerônimo Emiliano tinha 28 anos quando caiu prisioneiro de guerra de Luis XII. Na prisão começou a meditar sobre o sentido da vida. Depositando-as cadeias sob o altar de Nossa Senhora, Jerônimo mudou radicalmente de vida. Vendeu o que possuía e entregou tudo aos pobres e necessitados. Dedicou-se de corpo e alma aos órfãos, às viúvas e aos jovens entregues `a prostituição. Fundou hospitais, orfanatos, asilos, escolas profissionalizantes para meninos. Vivia em companhia dos pobres, dos mendigos, dos injustiçados, de quem se tornou pai e defensor. Suas atividades apostólicas estenderam-se por varias cidades da Itália, como Verona, Brescia, Como e Bergamo. Em Samasca, Bergamo, surge a Sociedade dos Clérigos Regulares, os Padres Samascos, por ele fundada, cujo apostolado era o ensino gratuito de órfãos e jovens carentes. São Jerônimo Emiliano morreu em Samasca, enquanto assistia os doentes, no dia 8 de fevereiro de 1537. Foi canonizado em 1767. É o protetor dos órfãos e dos jovens abandonados.
Casos da ditadura
Dom Benedicto de Ulhoa Vieira
Leio nos jornais a revolta do povo egípcio contra a ditadura do atual presidente do Egito – Mubarak, que está no poder há “apenas” trinta anos. Se há algo antipático e revoltante é a figura do ditador, cuja vontade se torna a lei suprema do país. Apesar de, até domingo passado, terem já 72 mortos a revolta popular no Egito continuava.
No passado nós, brasileiros, já tivemos alguns períodos, de regime ditatorial, felizmente extintos. Os mais velhos não só se lembram de como eram as coisas e como a liberdade de falar e agir era rígida, restrita e perigosa. Graças a Deus isto passou e é de esperar que tais dolorosas experiências nunca mais voltem a nosso país. O único regime que respeita a dignidade das pessoas é o regime de verdadeira democracia.
Durante o regime de 64, trabalhava eu na Universidade Católica de São Paulo, onde – além de lecionar – ocupava o cargo de vice-reitor e, fora, o de “pároco dos universitários”. Não era uma paróquia territorial, mas pessoal.
Vários fatos eu vivi naquela triste época, de que não consigo esquecer-me. Um deles foi a greve de fome dos presos políticos. Não era o juiz que dava licença para a visita aos grevistas, mas o Comandante Militar que atendia no Quartel do Ibirapuera. Fui lá, após receber resposta negativa do Juiz. Consegui falar com o General, homem difícil e super autoritário, a quem expliquei minha função religiosa e pastoral. Consegui a licença, com a brutal conclusão do General que gritou: “Por motivo religioso, sim. Se for para fazer política, não!”. A greve de fome preocupava a todos, a ponto de o próprio Núncio Apostólico ter vindo do Rio, onde morava, a São Paulo para conversar com os grevistas e pedir-lhes que deixassem a greve. Tempos difíceis.
Outro fato: como bispo auxiliar fui ao quartel do Ibirapuera saber algo de pessoa presa e, após demorada espera, fui atendido na portaria por um militar graduado, que ao dizer-lhe ser eu auxiliar de Dom Paulo Evaristo, o homem perdeu o respeito ao seu cargo e gritou na minha cara atacando Dom Paulo: “Este homem é comunista!”. Lembrei-me neste momento de uma palestra do psiquiatra Bachir Aidar Jorge, na qual ele dizia que há certas ocasiões em que o interlocutor só entende a coisa, quando a gente explica com grito e agressivamente. Gritei fortemente ao militar: “O Sr. não tem o direito de dizer isto do Cardeal”. Ele calou assustado e me disse com educação: “vamos à minha sala para conversar”. Fomos e ele então me tratou com dignidade e educação, chegando até a conversar confiadamente sobre pessoas da Igreja, com acusações, evidentemente falsas de “comunistas” (!), com inquéritos lá na operação Bandeirantes. Época da ditadura...
Conto estes fatos, para exemplificar as dificuldades quando se vive sob regime ditatorial. Quem viveu no período após 64, sabe por triste experiência que o único regime, que não agride a dignidade é o democrático.
Daí se pode entender a insatisfação do povo do Egito, em querer – após trinta anos do governo de Mubarak! – que se possa ter outro regime político que tenha nome e lei democrática, respeitando a dignidade da pessoa humana e com alternância de poder. Seria sonho ou direito? Está em jogo a dignidade humana o que é totalmente impossível em qualquer regime ditatorial. [CNBB]
Aconteceu no dia 8 de fevereiro:
1971: É criado o NASDAQ, índice da bolsa de valores dos Estados Unidos.
Reflexão apostólica
«A meditação é um diálogo pessoal com Deus, em clima de fé e amor, que ilumina e robustece na alma e no coração a decisão de identificar-se com a razão de ser da própria vida: a vontade santíssima de Deus. É uma renovação vinda de Deus que abarca os critérios, os afetos, as motivações e decisões pessoais. A oração é o oxigênio da alma» (Manual do Membro do Movimento Regnum Christi, n. 220).
ESTAMOS AQUI:
http://sao-tarcisio.blogspot.com/
Terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Quinta Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar, 1ª Semana do Saltério, Livro III, cor Verde
Hoje: São Jerônimo Emiliani, presbítero, memória facultativa, cor branca
Santos: Dionísio, Emiliano e Sebastião (monges mártires da Armênia), Elgiva (abadessa, virgem), Estêvão Cuénot (bispo, mártir), Estêvão de Grandmont (abade), Honorato de Milão (bispo), Jacoba de Settesoli (franciscana terciária), Jerônimo Emiliani (presbítero) ,João Carlos Cornay (mártir de Tonkin), João da Mata (presbítero, fundador da Ordem dos Trinitários), Josefina Bakhita (virgem), Juvêncio de Pavia (bispo), Niceto de Besançon (bispo), Paulo, Lúcio e Ciríaco (mártires de Roma), Paulo de Verdun (monge, bispo), Pedro Igneus (bispo, cardeal), Quinta da Alexandria (virgem, mártir), Isaías de Cracóvia (agostiniano, bem-aventurado)
Petição
Senhor, converta-me em um autêntico cristão, permita que hoje eu não me prenda ao que é terreno e passageiro, mas sim que eu te busque em tudo e em todos.
Antífona:
Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus (Sl 94,6-7)
Oração
Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Salmo: 8, 4-5.6-7.8-9 (R/.2a)
Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!
4Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dados de artista; vendo a lua e estrelas brilhantes, 5perguntamos: “Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”
6Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; 7vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes.
8As ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; 9passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas.
Evangelho: Marcos (Mc 7, 1-13)
Jesus e as tradições judaicas
Naquele tempo, 1os fariseus e alguns mestres da lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. 2Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. 3Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos.
4Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. 5Os fariseus e os mestres da lei perguntaram então a Jesus: "Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?" 6Jesus respondeu: "Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: 'Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos'.
8Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens". 9E dizia-lhes: "Vós sabeis muito bem como anular o mandamento de Deus, a fim de guardar as vossas tradições. 10Com efeito, Moisés ordenou: 'Honra teu pai e tua mãe'. E ainda: 'Quem amaldiçoa o pai ou a mãe, deve morrer. 11Mas vós ensinais que é lícito alguém dizer a seu pai e à sua mãe: 'O sustento que vós poderíeis receber de mim é Corban, isto é, consagrado a Deus'. 12E essa pessoa fica dispensada de ajudar seu pai ou sua mãe. 13Assim vós esvaziais a palavra de Deus com a tradição que vós transmitis. E vós fazeis muitas outras coisas como estas”. Palavra da Salvação!
Leituras paralelas recomendadas: Mt 15,1-20; Lc 11,37-41
Comentário do Evangelho
Uma tradição caduca
A intenção dos mestres da Lei e dos fariseus, vindos de Jerusalém, era descobrir se, na formação dada por Jesus a seus discípulos, ele os incitava à não observância da Lei. A fama do Mestre havia chegado à capital onde se supunha que a prática da religião fosse irrepreensível. Pelo que se dizia dele, parecia que seu ensinamento não se enquadrasse nos padrões religiosos da época, e suas orientações rompiam com o sistema religioso estabelecido.
Quem se tinha aproximado do Mestre com o intuito de desmascará-lo, acabou sendo desmascarado por ele. Tudo começou com a crítica feita aos discípulos: “Por que se sentam à mesa sem antes terem lavado cuidadosamente as mãos?”. Era um costume fundado numa série de preconceitos. Um deles é que o contato exterior com as coisas pode tornar impuro o coração humano. Outro era o medo de ter tido contato com algum pagão e, por isso, ter contraído alguma impureza. A impureza interior explicava-se, pois, por um gesto puramente exterior.
Jesus pôs-se a demonstrar como a tradição considerada exemplar era, em última análise, caduca, e podia ser inescrupulosamente manipulada. Exemplo disso era a forma desumana como muitos mestres da Lei e fariseus “piedosos” tratavam seus pais, distorcendo a Lei, a ponto de interpretá-la a seu favor. A impiedade era, assim, acobertada por uma falsa piedade. O Mestre Jesus procurava evitar que seus discípulos fossem contaminados por esta mentalidade. [O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1997]
Para sua reflexão: Ao revelar-se como o Filho de Deus, Jesus relativiza as regras e preceitos humanos. Não os anula, mas mostra que são válidos se estiverem relacionadas com Ele. Ele é a norma, a encarnação do mandamento de Deus e a Palavra viva. Jesus não quis mudar o homem a partir de fora. Quis mudá-lo a partir de dentro, transformando-lhe o coração, entendido biblicamente, como o eu profundo do homem, onde se dão as suas decisões pelo bem ou pelo mal, por Deus ou contra Deus. Em nome da coerência com a prática da Palavra pedimos ao Senhor que nos liberte do formalismo, do legalismo mesquinho, que dá grande importância ao que a não tem, para que não transformemos a religião em algo de externo, sem valor diante de Ti. E então, se lemos a Palavra no cotidiano, como Ela tem transformado de fato a nossa vida?
A IGREJA CELEBRA HOJE
São Jerônimo Emiliano
Jerônimo Emiliano nasceu em Veneza, em 1481. Aos 15 anos, tornou-se soldado e, aos 25, senador. Amante dos prazeres, das festas, Jerônimo Emiliano tinha 28 anos quando caiu prisioneiro de guerra de Luis XII. Na prisão começou a meditar sobre o sentido da vida. Depositando-as cadeias sob o altar de Nossa Senhora, Jerônimo mudou radicalmente de vida. Vendeu o que possuía e entregou tudo aos pobres e necessitados. Dedicou-se de corpo e alma aos órfãos, às viúvas e aos jovens entregues `a prostituição. Fundou hospitais, orfanatos, asilos, escolas profissionalizantes para meninos. Vivia em companhia dos pobres, dos mendigos, dos injustiçados, de quem se tornou pai e defensor. Suas atividades apostólicas estenderam-se por varias cidades da Itália, como Verona, Brescia, Como e Bergamo. Em Samasca, Bergamo, surge a Sociedade dos Clérigos Regulares, os Padres Samascos, por ele fundada, cujo apostolado era o ensino gratuito de órfãos e jovens carentes. São Jerônimo Emiliano morreu em Samasca, enquanto assistia os doentes, no dia 8 de fevereiro de 1537. Foi canonizado em 1767. É o protetor dos órfãos e dos jovens abandonados.
Casos da ditadura
Dom Benedicto de Ulhoa Vieira
Leio nos jornais a revolta do povo egípcio contra a ditadura do atual presidente do Egito – Mubarak, que está no poder há “apenas” trinta anos. Se há algo antipático e revoltante é a figura do ditador, cuja vontade se torna a lei suprema do país. Apesar de, até domingo passado, terem já 72 mortos a revolta popular no Egito continuava.
No passado nós, brasileiros, já tivemos alguns períodos, de regime ditatorial, felizmente extintos. Os mais velhos não só se lembram de como eram as coisas e como a liberdade de falar e agir era rígida, restrita e perigosa. Graças a Deus isto passou e é de esperar que tais dolorosas experiências nunca mais voltem a nosso país. O único regime que respeita a dignidade das pessoas é o regime de verdadeira democracia.
Durante o regime de 64, trabalhava eu na Universidade Católica de São Paulo, onde – além de lecionar – ocupava o cargo de vice-reitor e, fora, o de “pároco dos universitários”. Não era uma paróquia territorial, mas pessoal.
Vários fatos eu vivi naquela triste época, de que não consigo esquecer-me. Um deles foi a greve de fome dos presos políticos. Não era o juiz que dava licença para a visita aos grevistas, mas o Comandante Militar que atendia no Quartel do Ibirapuera. Fui lá, após receber resposta negativa do Juiz. Consegui falar com o General, homem difícil e super autoritário, a quem expliquei minha função religiosa e pastoral. Consegui a licença, com a brutal conclusão do General que gritou: “Por motivo religioso, sim. Se for para fazer política, não!”. A greve de fome preocupava a todos, a ponto de o próprio Núncio Apostólico ter vindo do Rio, onde morava, a São Paulo para conversar com os grevistas e pedir-lhes que deixassem a greve. Tempos difíceis.
Outro fato: como bispo auxiliar fui ao quartel do Ibirapuera saber algo de pessoa presa e, após demorada espera, fui atendido na portaria por um militar graduado, que ao dizer-lhe ser eu auxiliar de Dom Paulo Evaristo, o homem perdeu o respeito ao seu cargo e gritou na minha cara atacando Dom Paulo: “Este homem é comunista!”. Lembrei-me neste momento de uma palestra do psiquiatra Bachir Aidar Jorge, na qual ele dizia que há certas ocasiões em que o interlocutor só entende a coisa, quando a gente explica com grito e agressivamente. Gritei fortemente ao militar: “O Sr. não tem o direito de dizer isto do Cardeal”. Ele calou assustado e me disse com educação: “vamos à minha sala para conversar”. Fomos e ele então me tratou com dignidade e educação, chegando até a conversar confiadamente sobre pessoas da Igreja, com acusações, evidentemente falsas de “comunistas” (!), com inquéritos lá na operação Bandeirantes. Época da ditadura...
Conto estes fatos, para exemplificar as dificuldades quando se vive sob regime ditatorial. Quem viveu no período após 64, sabe por triste experiência que o único regime, que não agride a dignidade é o democrático.
Daí se pode entender a insatisfação do povo do Egito, em querer – após trinta anos do governo de Mubarak! – que se possa ter outro regime político que tenha nome e lei democrática, respeitando a dignidade da pessoa humana e com alternância de poder. Seria sonho ou direito? Está em jogo a dignidade humana o que é totalmente impossível em qualquer regime ditatorial. [CNBB]
Aconteceu no dia 8 de fevereiro:
1971: É criado o NASDAQ, índice da bolsa de valores dos Estados Unidos.
Reflexão apostólica
«A meditação é um diálogo pessoal com Deus, em clima de fé e amor, que ilumina e robustece na alma e no coração a decisão de identificar-se com a razão de ser da própria vida: a vontade santíssima de Deus. É uma renovação vinda de Deus que abarca os critérios, os afetos, as motivações e decisões pessoais. A oração é o oxigênio da alma» (Manual do Membro do Movimento Regnum Christi, n. 220).
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