quarta-feira, 15 de junho de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 16. JUNHO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


16 DE JUNHO DE 2022 - Santissimo Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade

Tapete de Corpus Christi em São Gonçalo. Foto: Divulgação / Prefeitura de São Gonçalo - REDAÇÃO CENTRAL, 15 jun. 22 / 01:35 pm (ACI).- A Igreja celebra nesta quinta-feira (16) a solenidade de Corpus Christi. Uma tradição em todo o Brasil para esta data é a confecção de tapetes que enfeitam as ruas de diversas cidades e sobre os quais passa a procissão com o Santíssimo Sacramento. “É uma rica tradição, carregada de fé e de grande desejo de agradar a Jesus Cristo Eucarístico”, disse o padre Edmar da Silva, pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Ouro Preto (MG), à ACI Digital. “Ao lado dos tapetes, as pessoas enfeitam também as janelas das suas casas com toalhas e outros ornamentos, desejosos de enfeitar as ruas para a passagem do próprio Jesus Cristo, vivo na Eucaristia”. A solenidade de Corpus Christi teve origem no século XIII, na Bélgica, quando a freira santa Juliana de Liège teve visões místicas em que Jesus pedia uma festa dedicada à Eucaristia, o que chegou ao conhecimento das autoridades eclesiásticas locais. “Foi precisamente o bispo de Liège, dom Roberto de Thourotte que, após hesitações iniciais, aceitou a proposta de Juliana e das suas companheiras, e instituiu pela primeira vez a solenidade do Corpus Christi na sua diocese”, disse Bento XVI em uma catequese sobre a santa em novembro de 2010. O papa emérito contou também que “pela boa causa da festa do Corpus Christi foi conquistado também Tiago Pantaleão de Troyes, que conhecera a santa durante o seu ministério de arquidiácono em Liège. Foi precisamente ele que, tendo se tornado papa com o nome de Urbano IV, em 1264, instituiu a solenidade do Corpus Christi como festa de preceito para a Igreja universal, na quinta-feira sucessiva ao Pentecostes”, com a bula Transiturus de hoc mundo, de 1264.

Oração: Deus Nosso Pai, destes a Santa Julita e a São Ciro os sofrimentos do martírio, por sua intercessão dai-me uma fé verdadeira, forte, perseverante. Suplico-Vos o perdão de meus pecados e a graça de Vos amar e bendizer todos os dias de minha vida. Amém!

Evangelho segundo São Lucas 9,11b-17.

Mas as multidões, que tal souberam, seguiram-no. Jesus acolheu-as e pôs-se a falar-lhes do Reino de Deus, curando os que necessitavam.
Ora, o dia começava a declinar. Os Doze aproximaram-se e disseram-lhe: «Despede a multidão, para que, indo pelas aldeias e campos em redor, encontre alimento e onde pernoitar, pois aqui estamos num lugar deserto ».
Disse-lhes Ele: «Dai-lhes vós mesmos de comer». Retorquiram: «Só temos cinco pães e dois peixes; a não ser que vamos nós mesmos comprar comida para todo este povo! ».
Eram cerca de cinco mil homens. Jesus disse aos discípulos: «Mandai-os sentar por grupos de cinquenta ».
Assim procederam e mandaram-nos sentar a todos.
Tomando, então, os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e deu-os aos discípulos, para que os distribuíssem à multidão.
Todos comeram e ficaram saciados; e, do que lhes tinha sobrado, ainda recolheram doze cestos cheios.(Tradução litúrgica da Bíblia)

Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301) - monja beneditina - Exercícios I, SC 127

Que a comunhão do vosso corpo e sangue me guarde para a vida eterna

Antes de receberes a comunhão do corpo e do sangue vivificantes do Cordeiro imaculado, Jesus Cristo, diz-Lhe: que o teu corpo venerável e o teu sangue precioso, meu Senhor Jesus Cristo, guardem o meu corpo e a minha alma para a vida eterna. Que a tua paz esteja comigo. Que eu receba para sempre em Ti, ó Jesus, paz verdadeira, paz sobre paz, a fim de que, por Ti, alcance aquela paz que ultrapassa todo o sentimento, na qual, feliz, Te verei em Ti por toda a eternidade. Na comunhão, deseja que toda a tua vida seja escondida com Cristo em Deus, e que a hora da tua morte te encontre plenamente consumida nele: ó doce Hóspede da minha alma, meu Jesus cordialmente amado, que a tua suave receção seja para mim hoje ocasião de remissão de todos os meus pecados, de reparação de todas as minhas negligências e de recuperação da minha vida perdida. Que ela seja para mim salvação eterna, cura da alma e do corpo, abrasamento de amor, renovação de virtude e inclusão da minha vida em Ti por toda a eternidade. Que ela produza em mim liberdade de espírito, santidade de vida, dignidade de costumes; que ela seja para mim o escudo da paciência, a insígnia da humildade, o apoio da confiança, consolo na tristeza, socorro para a perseverança. Que ela seja para mim a armadura da fé, a firmeza da esperança, a perfeição da caridade, o cumprimento dos teus mandamentos, renovação do espírito, santificação na verdade (cf Jo 17,17) e consumação de toda a religião. Que ela seja para mim uma fonte de virtudes, crescimento de todo o bem e testemunho eterno do teu amor. Assim, no final da minha vida, liberta das misérias deste mundo, tomarei, cheia de alegria, lugar no teu festim para toda a eternidade e rejubilarei com as riquezas do teu amor, como a esposa se alegra com as delícias do seu rei. Ámen.

Santo do Dia: Santos Julita e Ciro

Julita vivia na cidade de Icônio, atualmente Turquia. Ela era uma senhora riquíssima, da alta aristocracia e cristã, que se tornara viúva logo após ter dado à luz a um menino. Ele foi batizado com o nome de Ciro. Tinha três anos de idade quando o sanguinário imperador Diocleciano começou a perseguir, prender e matar cristãos.

Julita, levando o filhinho Ciro, tentou fugir, mas acabou presa. O governador local, um cruel romano, tirou-lhe o filho dos braços e passou a usá-lo como um elemento a mais à sua tortura. Colocou-o sentado sobre seus joelhos, enquanto submetia Julita ao flagelo na frente do menino, com o intuito de que renegasse a fé em Cristo.

Como ela não obedeceu, os castigos aumentaram. Foi então que o pequenino Ciro saltou dos joelhos do governador, começou a chorar e a gritar junto com a mãe: "Também sou cristão! Também sou cristão!". Foi tamanha a ira do governador que ele, com um pontapé, empurrou Ciro violentamente fazendo-o rolar pelos degraus do tribunal, esmigalhando o seu crânio.

Conta-se que Julita ficou imóvel, não reclamou, nem chorou, apenas rezou para que pudesse seguir seu pequenino Ciro no martírio e encontrá-lo, o mais rápido possível, ao lado de Deus. E foi o que aconteceu. Julita continuou sendo brutamente espancada e depois foi decapitada. Era o ano 304.

Ciro tornou-se o mais jovem mártir do cristianismo, precedido apenas dos Santos Mártires Inocentes, exterminados pelo rei Herodes em Belém. É considerado o Santo padroeiro das crianças que sofrem de maus tratos. Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A memória dos mártires mantém viva a convicção de que vale a pena perder a vida em função do amor a Jesus Cristo. Quando ouvimos relatos de martírio, como o de hoje, sentimos nosso coração gelar de horror. Mas ainda hoje, séculos depois do início da Igreja, muitos cristãos ainda são martirizados de forma brutal e violenta. Ecoa ainda hoje o evangelho de Jesus: “se o grão de trigo não morre, ele não nasce para dar frutos em abundância”.

TJL – A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO-ACIDIGITAL.COM

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