Milagre Eucarístico de Bolsena / Crédito da imagem – Wikipédia (domínio público) REDAÇÃO CENTRAL, 15 jun. 22 / 07:00 am (ACI).- A catedral de Orvieto, na Itália, guarda um dos milagres eucarísticos mais importantes na história da Igreja e que motivou o papa Urbano IV a instituir a solenidade de Corpus Christi. Em meados do século XIII, pe. Pedro de Praga duvidava sobre a presença de Cristo na Eucaristia e realizou uma peregrinação a Roma para rogar sobre o túmulo de São Pedro uma graça de fé. Ao regressar, enquanto celebrava a missa em Bolsena, na cripta de Santa Cristina, a Sagrada Hóstia sangrou, manchando o corporal com o preciosíssimo sangue. A notícia chegou rapidamente ao papa Urbano IV, que estava muito perto de Orvieto e mandou que o corporal fosse levado até ele. A venerada relíquia foi levada em procissão e diz-se que o pontífice, ao ver o milagre, ajoelhou-se diante do corporal e, em seguida, o mostrou à população. Mais tarde, o papa publicou a bula “Transiturus”, com a qual ordenou que fosse celebrada a solenidade de Corpus Christi em toda a Igreja na quinta-feira depois do domingo da Santíssima Trindade. Do mesmo modo, o papa Urbano IV encomendou a santo Tomás de Aquino a preparação de um ofício litúrgico para a festa e a composição de hinos, que são entoados até o dia de hoje: Tantum Ergo, Lauda Sion. A santa relíquia é conservada na catedral de Orvieto e pode ser apreciada em uma capela construída em honra a este milagre Eucarístico. O corporal sai em procissão todos os anos durante a festa de Corpus Christi e são presididas as celebrações Eucarísticas na catedral. São João Paulo II, durante sua visita à catedral de Orvieto em 1990, assinalou que “Jesus se converteu em nosso alimento espiritual para proclamar a soberana dignidade do homem, para reivindicar seus direitos e suas justas exigências, para transmitir-lhes o segredo da vitória definitiva sobre o mal e a comunhão eterna com Deus”.
Evangelho segundo São
Mateus 6,19-23.
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na Terra, onde a traça
e a ferrugem os destroem e os ladrões os assaltam e roubam.
Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não os destroem e os
ladrões não os assaltam nem roubam.
Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração.
A lâmpada do teu corpo são os olhos. Se o teu olhar for límpido, todo o teu
corpo ficará iluminado.
Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. E se a luz que
há em ti são trevas, como serão grandes essas trevas!».(Tradução litúrgica
da Bíblia)
São Basílio (c. 330-379) - monge, bispo de
Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja Homilia sobre a caridade: PG 31,
266-267; 275 - «Não
acumuleis tesouros na Terra»
Porque te
atormentas e fazes tantos esforços para colocar a tua riqueza em segurança,
atrás de cimento e de tijolos? «Vale mais o bom nome que grandes riquezas» (Pr
22,1). Gostas do dinheiro por causa da consideração que te granjeia; imagina quão
maior será a tua fama se puderem chamar-te pai e protetor de milhares de
crianças, em vez de guardares milhares de moedas de ouro em sacos. Quer
queiras, quer não, um dia terás mesmo de deixar cá o teu dinheiro; pelo
contrário, a glória de todo o bem que tiveres feito, levá-la-ás contigo à
presença do supremo Mestre, e todo um povo, defendendo-te insistentemente
diante do juiz comum, te dará nomes que dirão que o alimentaste e o assististe,
que foste bom para ele. Deves estar reconhecido, feliz e orgulhoso da honra que
te é dada: não és tu que tens de ir importunar os outros à sua porta, são os
outros que correm para a tua. Mas ficas sombrio, tornas-te inacessível e evitas
esses encontros, com medo de teres de deixar um pouco daquilo que tão
ciosamente guardas. E só dizes uma coisa: «Não tenho nada, não vos dou nada,
porque sou pobre». És de facto pobre, e pobre de todos os bens: pobre de amor,
pobre de bondade, pobre de confiança em Deus, pobre de esperança eterna.
Santo do Dia:
Santo Ranieri de Pisa
Ranieri nasceu em Pisa no ano 1118. Era filho único de uma família tradicional
de nobres mercadores riquíssimos. A sua educação foi confiada ao Bispo para que
recebesse boa formação religiosa e para os negócios. Porém, Ranieri, mostrando
forte inclinação artística, preferiu estudar lira e canto. E para desgosto dos
pais, ele se entregou à vida fútil e desregrada, apreciando as festas da corte
onde se apresentava. Com isto, tornou-se uma figura popular e conhecida na
cidade de Pisa.
Aos dezenove
anos de idade, impressionado com a vida miserável dos pobres da cidade e
percebendo a inutilidade de sua vida, decidiu mudar. O eremita Alberto da
Córsega o estimulou a voltar-se para a vida de valores cristãos e a serviço de
Deus. Foi assim que Ranieri ingressou no Mosteiro de São Vito, em Pisa, como
irmão leigo.
Depois de
viver até os vinte e três anos de idade recolhido como solitário, doou toda sua
fortuna aos pobres e necessitados e partiu em peregrinação à Terra Santa. Ali
permaneceu por catorze anos. Vestido com roupas pobres, vivendo só de esmolas,
Ranieri lia segredos nos corações, expulsava demônios, relizava curas e
conversões.
Já com fama
de santidade, em 1154, retornou à Pisa e ao Mosteiro de São Vito, sempre como
irmão leigo. Em pouco tempo, se tornou o apóstolo e diretor espiritual dos
monges e dos habitantes da cidade. Segundo os registros da Igreja, os seus
prodígios ocorriam através do pão e da água benzidos, os quais distribuía a
todos os aflitos que o solicitavam, o que lhe valeu o apelido de "Ranieri
d'água".
Ranieri
morreu no dia 17 de junho de 1161 e foi proclamado padroeiro dos viajantes e da
cidade de
Pisa.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Celebramos
hoje a vida de um homem que, depois de tantas desventuras, encontrou o caminho
da santidade ao unir-se profundamente a Jesus Cristo e aos mais pobres.
Raneiri, cuja vida destacou-se pelos dons de cura, foi muito mais que um
simples milagreiro. Sua presença entre os pobres e sofredores foi o grande
testemunho que ele nos deixou. Possamos também nós encontrar no serviço ao
próximo o objetivo da nossa vida.
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