terça-feira, 28 de junho de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 28 DE JUBHO DE 2022

 

BOM DIA EVANGELHO

28 DE JUNHO DE 2021 - Terça-feira da 13ª semana do Tempo Comum

Santa Sé aos jovens agricultores: vocês têm a inteligência para acabar com a fome no mundo - Dom Chica Arellano, observador permanente da Santa Sé junto à FAO, IFAD e PAM falou no final da conferência organizada pelo Vaticano sobre a contribuição dos jovens para a segurança alimentar do planeta. Devem ser protegidos, acompanhados e encorajados e podem contribuir para reduzir a pobreza - Michele Raviart – Vatican News  Para uma transformação sustentável dos sistemas alimentares e para que os alimentos sejam seguros e nutricionalmente adequados para todos, é de primordial importância promover o envolvimento dos jovens, que, para a Santa Sé, "desempenham um papel fundamental, que devem ser antes de tudo protegidos, acompanhados e encorajados". São declarações de Dom Fernando Chica Arellano, observador permanente da Santa Sé para a FAO, IFAD e PAM, na conclusão da conferência "Jovens e agricultura: olhando para o futuro com esperança".  Experiências de todo o mundo O evento, realizado na sede da FAO em Roma, nesta terça-feira (28/06) foi promovido pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, a Comissão do Vaticano Covid-19, pelo movimento Economia de Francisco e pelo Fórum de Roma das ONGs de inspiração católica - assim como pela Representação Permanente da Santa Sé junto às agências da ONU ligadas com a sustentabilidade alimentar e com o objetivo de destacar as iniciativas empreendidas por grupos de jovens em todo o mundo: do Brasil à Irlanda, Burkina Faso, Quênia, Uganda e Zâmbia "para garantir alimentos saudáveis para todos e promover um futuro próspero e pacífico no qual ninguém seja deixado para trás". Protegido do pessimismo Os jovens, reiterou Dom Arellano, devem ser "cuidados", porque sua criatividade e ideais devem ser protegidos antes de tudo "desta onda de pessimismo e alarmismo gerada pelas numerosas e persistentes crises que estamos vivenciando". Como o Papa Francisco nos lembrou com frequência, as crises podem, de fato, ser "uma oportunidade importante para crescer" e sair melhor delas. O importante é reconhecer e buscar a verdade. Os jovens devem ser educados para isso, "a fim de contribuir para a construção de um mundo mais justo e mais humano". Acompanhar e encorajar os jovens a participar Assim como o agricultor sabe bem "que é preciso paciência e espera na colheita, pois após a semeadura, o grão deve descansar e ser colocado nas melhores condições para crescer e germinar, até abrir suas flores e produzir seus frutos na estação apropriada", do mesmo modo é necessário "acompanhar os jovens", para que eles possam desencadear seu potencial em tempo hábil, garantindo-lhes uma formação e ensinando-lhes um ofício, "para garantir um futuro digno para eles, suas famílias e a sociedade como um todo". É por isso que eles também devem ser "encorajados" a participar, já no presente, de formas de cidadania ativa. Não cortar as asas do futuro De fato, os jovens "têm a inteligência necessária para nos ajudar a extinguir a fome de nosso planeta" e por esta razão, explica Dom Arellano, devemos nos colocar a questão ética do que estamos fazendo ativamente para promover a inclusão dos jovens na agricultura e na sociedade. Os "jovens", de fato, "são amigos do realismo, da concretude, não da retórica ou de promessas que são formuladas aparentemente belas e fascinantes, mas que depois encontram resistência obstruindo sua realização" e "não podemos desapontar as novas gerações". Eles não são pessoas que esperam na expectativa de um futuro distante e "ao invés de serem pacientes, devem ser sujeitos de uma ação que contribui ativamente para reduzir a pobreza, no sentido mais amplo da palavra". Qualquer reserva neste aspecto, conclui, seria como "cortar as asas do futuro" e "dificultar a continuação natural das relações humanas".

Oração: Deus, nosso Pai, vós concedestes ao bispo Santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e a paz da Igreja; pela intercessão de vosso servo, renovai em nós a fé e a caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a concórdia. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Mt 8,23-27)

Então Jesus entrou no barco, e seus discípulos o seguiram. Nisso, veio uma grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas. Jesus, porém, dormia. Eles foram acordá-lo. «Senhor», diziam, «salva-nos, estamos perecendo! » «Por que tanto medo, homens de pouca fé? », respondeu ele. Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. As pessoas ficaram admiradas e diziam: «Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? ».

«Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria» - Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)

Hoje, terça-feira XIII do tempo comum, a liturgia oferece-nos um dos fragmentos mais impressionantes da vida publica do Senhor. A cena apresenta uma grande vivacidade, contrastando radicalmente a atitude dos discípulos com a de Jesus. Podemos imaginar-nos a agitação que reinou na barca quando «veio uma grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas» (Mt 8,24), mas a agitação não foi suficiente para acordar Jesus que dormia. Tiveram que ser os discípulos quem, no seu desespero, acordaram Jesus!: «Senhor, salva-nos, estamos perecendo!» (Mt 8,25).
O Evangelista serve-se de todo este dramatismo para nos revelar o autêntico ser de Jesus. A tempestade não tinha perdido a sua fúria e os discípulos continuavam cheios de agitação quando o Senhor, simples e tranquilamente, «levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria» (Mt 8,26). Da Palavra repreendedora de Jesus seguiu-se a calma, a calma que não estava apenas destinada a realizar-se nas aguas agitadas do céu e do mar: a Palavra de Jesus dirigia-se sobre tudo a acalmar os corações temerosos dos seus discípulos. «Por que tanto medo, homens de pouca fé?» (Mt 8,26).
Os discípulos passaram da perturbação e do medo à admiração própria daquele que acaba de assistir a alguma coisa impensável até então. A surpresa, a admiração, a maravilha de uma mudança drástica na situação em que viviam despertou neles uma pergunta central: «Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?» (Mt 8,27). Quem é aquele que pode acalmar as tempestades do céu e da terra e, ao mesmo tempo, as dos corações dos homens? Apenas «quem dormindo como homem numa barca, pode dar ordens aos ventos e ao mar, como Deus» (Nicetas de Remesiana).
Quando pensamos que a terra se afunda, não esqueçamos que o nosso Salvador é o próprio Deus feito homem, o qual se nos dá pela fé.

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Levou aos seus discípulos consigo no barco, para ensinar-lhes estas duas coisas: não se amedrontar com os perigos, nem se envanecer com honras» (São João Crisóstomo) «Jesus não quer que sejamos pessoas passivas; Ele quer que sejamos instrumentos ativos, responsáveis, mas ao mesmo tempo cheios de esperança. Esta é a chave para enfrentar as tempestades da vida» (Bento XVI) «A confiança filial é posta à prova quando temos a sensação de nem sempre ser atendidos. O Evangelho convida-nos a interrogarmo-nos sobre a conformidade da nossa oração com o desejo do Espírito» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.756)

Santo do Dia: Santo Irineu de Lyon :


 Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna no ano 130. Foi discípulo de Policarpo, que tinha sido discípulo de João Evangelista, o que torna muito importante os seus testemunhos doutrinais. Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por Policarpo, que o enviou para a França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente. Ocupou-se da evangelização e combateu principalmente a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Obteve êxito na questão da comemoração da festa da Páscoa, unindo a Igreja do Ocidente e do Oriente numa mesma data de comemoração da ressurreição. A sua obra escrita mais importante foi o tratado "Contra as Heresias", não só pelo lado teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro vivo das batalhas e lutas de sua época. Uma perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé. Irineu morreu como mártir, no dia 28 de junho de 202. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Santo Irineu, cujo nome significa "paz", lutou para a preservação da paz e da unidade da Igreja. Era um homem equilibrado e cheio de ponderação. Foi o primeiro a procurar fazer uma síntese do pensamento cristão, cuja influência se faz notar até nossos dias. Sobre o conhecimento de Deus, ele dizia: "A ciência infla, mas a caridade edifica. Com efeito, não há orgulho maior do que se julgar melhor e mais perfeito que o próprio criador, modelador, doador do hálito de vida e do próprio ser. É que alguém não saiba absolutamente nada, sequer um motivo, do porque foram criadas as coisas, e acreditar em Deus, e perseverar no seu amor, do que encher-se de orgulho por motivo desta pretensa ciência e afastar-se deste amor que vivifica o homem”.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

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