Papa: cultura da
providência antídoto para a cultura da indiferença
"Cultivar, junto com os pobres, a confiança na providência divina faz de vocês artesãos de uma ‘cultura da providência’, que eu vejo como um antídoto para a cultura da indiferença”. São palavras do Papa Francisco aos Pobres Servos e as Pobres Servas da Divina Providência, membros da Família Calabriana nesta manhã (30) no Vaticano - Jane Nogara - Vatican News Na manhã desta segunda-feira (30) o Papa Francisco recebeu os participantes no Capítulo Geral dos Pobres Servos e das Pobres Servas da Divina Providência, membros da Família Calabriana, que vivem o carisma suscitado por Deus a São João Calábria. O Papa iniciou seu discurso comentando o tema escolhido para o Capítulo: “A profecia da comunhão” afirmando em seguida: “Nossa comunhão nasce e se alimenta antes de tudo na relação com Deus Trindade; se manifesta concretamente na fraternidade, no espírito de família, que é também típico de seu carisma, e no estilo sinodal que vocês abraçaram em plena harmonia com o caminho de toda a Igreja”.
Oração: Deus
todo-poderoso, que destes aos mártires Carlos Lwanga e seus companheiros a
graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também a nossa fraqueza, para que possamos
viver firmes em nossa fé, como eles não hesitaram em morrer por vosso amor. Por
Cristo Nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Jo 21,15-19):
Esta foi a
terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.
Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu me
amas mais do que estes?». Pedro respondeu: «Sim, Senhor, tu sabes que te amo».
Jesus lhe disse: «Cuida dos meus cordeiros». E disse-lhe, pela segunda vez:
«Simão, filho de João, tu me amas?». Pedro respondeu: «Sim, Senhor, tu sabes
que te amo». Jesus lhe disse: «Sê pastor das minhas ovelhas».
Pela terceira vez, perguntou a Pedro: «Simão, filho de João, tu me amas?».
Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se era seu amigo. E
respondeu: «Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo». Jesus disse-lhe:
«Cuida das minhas ovelhas. Em verdade, em verdade, te digo: quando eras jovem, tu
mesmo amarravas teu cinto e andavas por onde querias; quando, porém, fores
velho, estenderás as mãos, e outro te porá o cinto e te levará para onde não
queres ir». Disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar
a Deus. E acrescentou: «Segue-me».
«Você
me ama mais que estes?» - Fr. Habel JADERA(Bogor, Indonésia)
Hoje, o Evangelho nos fala
sobre outra aparição de Jesus aos seus discípulos. De maneira profunda, o
diálogo entre o Senhor e Pedro mostra-nos a misericórdia de Deus como seu grande
amor pelos discípulos e pelo mundo. Este não é qualquer diálogo entre Jesus e
seu discípulo Pedro. Tanto Jesus Cristo quanto Pedro falam de amor, cada um de
sua perspectiva. As três perguntas de Jesus: "Você me ama mais do que
essas?" (Jo 21,15) pode ser considerada como uma reafirmação do duplo
estatuto de Pedro, a saber: por um lado, como discípulo que o ama mais do que
os outros, e, por outro, como discípulo que o ama mais do que os seus pares. Em
todo caso, o grande ato de amor de Jesus Cristo suscita uma profunda resposta
da parte de Pedro.
Senhor, tu sabes que te amo", Simão parece ter consciência das três
quedas, negando Jesus, o Filho de Deus que está diante dele e que diz aos
discípulos: "não se perturbem os vossos corações", "a paz esteja
convosco" (cf. Jo 14,27; 20,19).
Jesus conclui este diálogo tão importante com a confirmação da missão de Pedro
e do primado que anteriormente lhe tinha concedido (cf. Mt 16,18-20),
especialmente quando Cristo lhe diz: "Apascenta as minhas ovelhas". O
cumprimento das ordens de Jesus exige um amor extraordinário, um amor
missionário na alma. Este amor missionário deve ir “in crescendo”. Como afirmou
o Papa Francisco, “o amor cria laços e expande a existência quando atrai a
pessoa de si mesma para a outra”.
Para se tornar seus pastores, Jesus Cristo exige a seguinte característica
básica do amor missionário: amá-lo mais do que a qualquer outra pessoa.
Finalmente, como discípulos de Jesus, somos solicitados a tornar a "lei do
êxtase" operativa. Ou seja, o amante deve “sair de si para encontrar no
outro o crescimento do seu ser” (Francisco). O amor missionário nos leva a ir
além de nós mesmos!
Pensamentos para o Evangelho de
hoje: «O
amor não é uma questão de milagres mas simplesmente de virtudes: 'O amor cumpre
toda a lei' (Rm 13,10). Amai-vos uns aos outros e assim assemelhar-vos-eis aos
apóstolos, estareis em primeiro lugar» (São João Crisóstomo)«"Tu
Amas-me?" tem um significado universal, um valor duradouro. Constrói, na
história da humanidade, o mundo do bem» (S. João Paulo II)«Jesus confiou a
Pedro uma autoridade específica (...). O «poder das chaves» designa a
autoridade para governar a Casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, o «bom Pastor»
(Jo 10, 11), confirmou este cargo depois da sua ressurreição: «Apascenta as
minhas ovelhas» (Jo 21, 15-17)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 553)
Santo do Dia: Santos Carlos Lwanga e
companheiros
O catolicismo penetrou vagarosamente na África. Em Uganda, temos o testemunho de Carlos Lwanga e seus companheiros. Este homem era pajem do rei Muanga e professava a fé cristã. Entretanto, o rei decidiu acabar com a presença cristã em Uganda. Ele próprio matou um pajem cristão, usando este sinal como aviso aos outros que professavam a fé. Sendo chefe dos pajens, Carlos Lwanga reuniu todos eles e fez com que rezassem juntos, batizou os que ainda não haviam recebido o batismo e se prepararam para um final trágico. Nenhum destes jovens, cuja idade não passava de vinte anos, alguns com até treze anos de idade, arredou pé de suas convicções e foram todos encarcerados na prisão em Namugongo. Carlos Lwanga morreu primeiro, queimado vivo, dando a chance de que os demais evitassem a morte renegando sua fé. De nada adiantou e os demais cristãos também foram mortos, sob torturas brutais e alguns queimados vivos. Vinte e dois pajens foram condenados à morte e cruelmente executados. Os vinte e dois mártires de Uganda foram beatificados em 1920. Carlos Lwanga foi declarado o "padroeiro da juventude africana" em 1934.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: O povo africano talvez tenha sido o último a
receber a evangelização cristã, mas já possui seus mártires homenageados na
história da Igreja Católica. A maior dificuldade foi mostrar a diferença entre
os missionários e os colonizadores. Aos poucos, com paciência, muitos nativos
africanos foram catequizados. A fé cristã cresceu no continente negro e hoje o
cristianismo desponta como uma das grandes religiões daquele continente.
TJL- A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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