Moçambique. Seminário Bom Pastor da Beira abre ano
académico com 37 formandos
O Seminário propedêutico Bom Pastor, na Arquidiocese da Beira
(Centro de Moçambique), abriu no sábado, 11 de fevereiro, o seu ano formativo e
académico, numa cerimónia presidida pelo Arcebispo da Beira, Dom Claudio Dalla
Zuanna.
Oração: Querido Deus, Pai de Misericórdia, dá-nos, sob a inspiração dos santos Jovita e Faustino, proclamar a fé em Jesus Cristo e colaborar na grande tarefa de transformação da humanidade. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mc 8,22-26):
Chegaram
a Betsaida. Trouxeram-lhe um cego e pediram que tocasse nele. Tomando o cego
pela mão, levou-o para fora do povoado, cuspiu nos olhos dele, impôs-lhe as
mãos e perguntou: «Estás vendo alguma coisa?». Erguendo os olhos, o homem
disse: «Estou vendo as pessoas como se fossem árvores andando». Jesus impôs de
novo as mãos sobre os seus olhos, e ele começou a enxergar perfeitamente. Ficou
curado e era capaz de ver tudo claramente. Jesus despediu-o e disse-lhe: «Não
entres no povoado».
«Ficou curado e era capaz de ver tudo claramente» - Rev. D. Joaquim MESEGUER García(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje
através deste milagre, Jesus fala-nos do processo da fé. A cura do cego em duas
etapas mostra que nem sempre é a fé uma iluminação instantânea, senão que
frequentemente requere um itinerário que nos aproxima à luz para ver claro.
Também é evidente que o primeiro passo da fé —começar a ver a realidade à luz
de Deus— já é motivo de alegria, como diz Santo Agostinho: «uma vez curados os
olhos, que podemos ter de mais valor, irmãos? Alegram-se os que vêm esta luz
que foi feita, a que vêm desde o céu ou a que procede de uma candeia. E que
desgraçados se sentem os que não a podem ver!».
Ao chegar a Betsaida trazem um cego a Jesus para que lhe imponha as mãos. É
significativo que Jesus o leve para fora; não nos está indicando isto que para
escutar a palavra de Deus, para descobrir a fé e ver a realidade em Cristo,
devemos sair de nós mesmos, de sítios e tempos ruidosos que nos asfixiam e nos
deslumbram para receber a autentica iluminação?
Uma vez fora da aldeia, Jesus «cuspiu nos olhos dele, impôs-lhe as mãos e
perguntou: Estás vendo alguma coisa?» (Lc 8,23). Este gesto lembra o Batismo:
Jesus já não nos unta com saliva, senão que banha todo o nosso ser com a água
da salvação e ao largo da vida, nos interroga sobre o que vemos à luz da fé.
«Impôs de novo as mãos sobre os seus olhos, e ele começou a enxergar
perfeitamente» (Lc 8,25); este segundo momento faz lembrar o sacramento da
Confirmação, no qual recebemos a plenitude do Espírito Santo para chegarmos à
perfeição da fé e poder ver claro. Receber o Batismo, mas esquecer a
Confirmação nos leva a ver, sim, mas só a meias.
Estes dois irmãos nasceram na Lombardia. Receberam o batismo quando eram ainda pequenos e tornaram-se defensores dos valores cristãos. Faustino foi ordenado presbítero e Jovita tornou-se diácono da Igreja. A ordenação confere aos irmãos ainda mais amor ao nome de Cristo e responsabilidade pelos outros irmãos da comunidade cristã. A bondade de Faustino e Jovita começa a atrair muitas pessoas para ouvir as maravilhas do amor de Jesus. Muitos pagãos, atraídos pelos ensinamentos destes dois jovens, destroem seus ídolos religiosos e pedem o batismo cristão. Entretanto, a perseguição do Império Romano chega até os irmãos Faustino e Jovita. São acusados de incitar o povo contra o Império e de não adorar o Imperador e seus deuses. Por causa deles os templos imperiais esvaziam-se e os deuses são abandonados. Os relatos sobre estes santos nos dizem que foram convidados a adorar o deus-sol num templo romano. Conduzidos ao local da adoração com promessas de riquezas e cargos públicos, os dois irmãos puseram-se a rezar ao Deus Único e Verdadeiro. A estátua do deus-sol, cujo brilho dourado ofuscava os olhos daqueles que a contemplavam, tornou-se escura e fria com a oração de Faustino e Jovita. Os chefes religiosos, ao tocar no ídolo, perceberam que o ouro tinha se convertido em cinzas. Revoltados com os irmãos, os levaram para uma jaula com quatro leões. As feras, porém, pareciam cordeiros mansos diante dos jovens cristãos. Diante destes fatos miraculosos, e com medo de que a fama de santidade dos irmãos se espalhasse, o governador romano da Lombardia mandou cortar-lhes a cabeça. Era o ano de 122.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:
Ouvir o relato da vida dos santos Faustino e Jovita
leva-nos a pensar sobre nossa própria vida. Estes santos foram homens de oração
e de ação missionária. O ideal de vida era o amor a Jesus Cristo e por isso,
eles não tiveram medo de entregar seu sangue para o fortalecimento da Igreja.
Esta mesma fidelidade Deus pede de cada um de nós. Sejamos realmente
missionários de Cristo, levando a mensagem do evangelho àqueles que estão mais
afastados de Deus e da Igreja.
TJL- A12.COM – VANGELI.NET – VAICANNEWS.VA
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