Romaria do Terço dos Homens no Santuário de Aparecida. Foto: Terço dos
Homens
APARECIDA, 08 Fev. 23 / 10:36 am (ACI).- Neste fim de
semana, entre os dias 10 e 12 de fevereiro, acontece a XV Romaria Nacional do
Terço dos Homens, no santuário de Aparecida (SP). Segundo os organizadores, a
expectativa é que participem do evento mais de 100 mil tercistas, como são
chamados os membros do movimento do Terço dos Homens.
Oração: Ó gloriosa
Santa Apolônia, por aquela dor que padecestes, quando, por ordem do tirano, vos
foram arrancados os dentes que tanto decoro ajuntava ao vosso angélico rosto,
obtende do Senhor a graça de estarmos sempre livres de todo tipo de maldade.
Amém!
Evangelho (Mc 7,24-30):
Jesus se pôs a caminho e, dali,
foi para a região de Tiro. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse
onde ele estava. Mas não conseguia ficar escondido. Logo, uma mulher que tinha
uma filha com um espírito impuro, ouviu falar dele. Ela foi e jogou-se a seus
pés. A mulher não era judia, mas de origem siro-fenícia, e pedia que ele
expulsasse o demônio de sua filha. Jesus lhe disse: «Deixa que os filhos se
saciem primeiro; pois não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos
cachorrinhos». Ela respondeu: «Senhor, também os cachorrinhos, debaixo da mesa,
comem as migalhas que os filhos deixam cair». Jesus, então, lhe disse: «Por
causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua
filha». Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama. O demônio
havia saído dela.
«Ela foi e jogou-se a seus pés. Pedia que ele expulsasse o demônio de sua filha» - Rev. D. Enric CASES i Martín(Barcelona, Espanha)
Hoje nos mostra a fé de uma
mulher que não pertencia ao povo escolhido, mas que tinha a confiança em que
Jesus podia curar a sua filha. Aquela mãe «A mulher era pagã, nascida na
Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio» (Mc
7,26). A dor e o amor a levam a pedir com insistência, sem levar em
consideração nem desprezos, nem atrasos, nem indignação. E consegue o que pede,
pois «Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o
demônio já tinha saído dela» (Mc 7,30).
São Agostinho dizia que muitos não conseguem o que pedem pois são «aut mali,
aut male, aut mala». Ou são maus e a primeira coisa que teriam que pedir seria
ser bons; ou pedem erroneamente, sem insistência, em vez de pedir com
paciência, com humildade, com fé e por amor; ou pedem coisas ruins que se
recebessem fariam dano à alma ou ao corpo ou aos outros. Devemos nos esforçar,
pois, por pedir bem. A mulher siro-fenícia é boa mãe, pede algo bom («que
expulsasse de sua filha o demônio») e pede bem («veio e jogou-se aos seus a
pés»).
O Senhor nos faz usar perseverantemente a oração de petição. Certamente,
existem outros tipos de pregaria —a adoração, a expiação, a oração de
agradecimento—, mas Jesus insiste em que nós freqüentemos muito a oração de petição.
Por que? Muitos poderiam ser os motivos: porque necessitamos da ajuda de Deus
para alcançar nosso fim; porque expressa esperança e amor; porque é um clamor
de fé. Mas existe um que talvez seja pouco considerando: Deus quer que as
coisas sejam um pouco como nós queremos. Deste modo, nossa petição —que é um
ato livre— unida à liberdade onipotente de Deus, faz com que o mundo seja como
Deus quer e um pouco como nós queremos. É maravilhoso o poder da oração!
A história de Apolônia nos
chegou pela narrativa de Dionísio, bispo de Alexandria,
escrita em 249. Assim ele se expressa: "No dia 9 de fevereiro, um charlatão alexandrino
provocou uma terrível revolta entre os pagãos. As casas dos cristãos
foram invadidas e jóias e objetos preciosos foram roubados. Os
cristãos, mesmo os velhos e as crianças, foram arrastados pelas ruas,
espancados, escorraçados e, condenados a morte, caso não renegassem
a fé em voz alta. Os pagãos prenderam também a bondosa virgem
Apolônia, que tinha idade avançada. Foi espancada violentamente e teve os
dentes arrancados. Além disso, foi arrastada até a grande fogueira,
que ardia no centro da cidade, onde seria queimada viva se não
repetisse, em voz alta, uma declaração pagã renunciando a fé em
Cristo. Neste instante, ela pediu para ser solta por um momento, sendo atendida ela
saltou rapidamente na fogueira, sendo consumida pelo fogo".
O martírio da virgem Apolônia, que
terminou aparentemente em suicídio, causou, exatamente por isto, um grande
questionamento dentro da Igreja, que passou a avaliar se era correto e
lícito, se entregar voluntariamente à morte para não renegar a fé.
Contudo, o gesto da mártir Apolônia, a sua
vida reclusa dedicada à caridade cristã, provocou grande emoção e devoção na província africana inteira, onde ela
consumou o seu sacrifício. Passou a ser venerada, porque foi justamente o
seu apostolado desenvolvido entre os pobres da
comunidade que a colocou na mira do ódio e da perseguição
dos pagãos.(Colaboração: Padre Evaldo César
de Souza, CSsR)
Reflexão:
A vida de Apôlonia foi marcada pelo amor aos mais pequenos, nos quais
ela reconhecia a pessoa de Jesus. Martirizada numa fogueira, depois de ter os
dentes arrancados, Apolônia tornou-se a protetora dos dentistas.
TJL – VATICANNEWS.VA-
EVANGELI.NET – A12.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário