As origens da Quaresma são de 325 d.C., quando era mais comumente usada como uma fase de preparação para batismos. A duração do feriado é uma homenagem aos 40 dias de jejum de Jesus Cristo enquanto ele viajava pelo deserto, depois de ser batizado e antes de começar seu ministério. Este período é considerado pelos cristãos como o teste de Deus para a espiritualidade de Jesus e sua capacidade de resistir à tentação.O que é a Quarta-Feira de Cinzas?
Hoje, os cristãos usam o feriado tanto para arrepender-se quanto para refletir. A cruz de cinzas que marca a testa de alguns cristãos é destinada a representar a mortalidade e a penitência por seus pecados. É aplicada por um padre durante uma missa matinal, muitas vezes acompanhada de uma pequena bênção: "Lembre-se de que você é pó e ao pó você voltará". Muitos optam por manter a cruz durante todo o dia. A cinza em si é feita de folhas de palmeira queimadas utilizadas durante os cultos de Domingo de Ramos do ano anterior, data que comemora a chegada de Jesus a Jerusalém uma semana antes de ele ser crucificado e ressuscitado. Acredita-se que os residentes o receberam acenando com frondes de palmeiras.
Evangelho (Mt 9,14-15):
Então,
chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os
fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? E disse-lhes Jesus:
«Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com
eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão».
«Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão» - Rev. D. Xavier PAGÉS i Castañer(Barcelona, Espanha)
Hoje, primeira sexta-feira da Quaresma, tendo feito
jejum e a abstinência da quarta-feira de Cinza, procuramos oferecer o jejum e o
Santo Rosário pela paz, que é tão urgente no nosso mundo. Nós estamos dispostos
a ter cuidado com este exercício quaresmal que a Igreja, Mãe e Mestra, nos pede
que observemos e, ao recordar o que o mesmo Senhor disse: «Vocês acham que os
convidados de um casamento podem estar de luto, enquanto o noivo está com eles?
Mas chegarão dias em que o noivo será tirado do meio deles. Aí então eles vão
jejuar» (Mt 9,15). Temos o desejo de vivê-lo não só como o cumprimento de um
critério ao que estamos obrigados, e —sobretudo— procurando chegar a encontrar
o espírito que nos conduz a viver esta prática quaresmal e que nos ajudará em
nosso progresso espiritual.
Em busca deste sentido profundo, podemos perguntar: qual é o verdadeiro jejum?
Já o profeta Isaías, na primeira leitura de hoje, comenta qual é o jejum que
Deus aprecia: «Comparte com o faminto teu pão, e aos pobres e peregrinos convida-os
a tua casa; quando vires ao desnudo, cobre-lo; não fujas deles, que são teus
irmãos. Então tua luz sairá como a manhã, e tua saúde mais rápido nascerá, e
tua justiça irá à frente de tua cara, e te acompanhará o Senhor» (Is 58,7-8).
Deus gosta e espera de nós tudo aquilo que nos leva ao amor autêntico com
nossos irmãos.
Cada ano, o Santo Padre João Paulo II nos escrevia uma mensagem de Quaresma. Em
uma dessas mensagens, sob o lema «Faz mais feliz dar que receber» (Hch 20,35),
suas palavras nos ajudaram a descobrir esta mesma dimensão caritativa do jejum,
que nos dispõe —desde o profundo do nosso coração— a prepararmos para a Páscoa
com um esforço para identificarmos, cada vez mais, com o amor de Cristo que o
levou até a dar a vida na Cruz. Definitivamente, «o que todo cristão deve fazer
em qualquer tempo, agora deve fazê-lo com mais atenção e com mais devoção» (São
Leão Magno, Papa).
Pensamentos para o Evangelho de
hoje: «Três
são as molas que fazem a fé manter-se firme: a oração, o jejum e a
misericórdia. Quem possui só um destes três, não possui nenhum» (São Pedro
Crisólogo) «As Sagradas Escrituras e toda a tradição cristã ensinam que o jejum
é uma grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que induze a ele. O verdadeiro
jejum, repete o divino Mestre, consiste mais bem e cumprir com a vontade do Pai
celestial» (Bento XVI) «Como já acontecia com os profetas, o apelo de Jesus à
conversão e à penitência não visa primariamente as obras exteriores “o saco e a
cinza”, os jejuns e as mortificações, mas a conversão do coração, a penitência
interior: Sem ela, as obras de penitência são estéreis e enganadoras(…)»
(Catecismo de la Igreja Católica, nº 1.430)
Este Sérgio, um dos vários santos com o mesmo nome, foi monge e mártir no século IV, e tinha por profissão o trabalho de magistrado antes de se consagrar somente a Deus, num eremitério. Na cidade de Cesaréia da Capadócia (hoje Turquia), o governador Saprício executava as ordens de perseguição à Igreja do cruel imperador Dioclesiano, em 304. Ordenou então que todos os cristãos da cidade fossem levados para diante do templo pagão, onde seriam prestadas as homenagens anuais a Júpiter; se não comparecessem e fossem denunciados, seriam presos e condenados à morte. Poucos conseguiram fugir, a maioria foi ao local indicado. Não houve lembrança de Sérgio, por viver afastado, mas um chamado interior o convidava a ir à cidade. Ali chegando, encontrou um sacerdote pagão invocando as divindades tutelares de Cesaréia diante do templo. Sérgio compreendeu que havia sido chamado por Deus para dar testemunho da Verdade, e diante do povo denunciou a mentira, condenando a crença em falsos deuses, a inutilidade dos sacrifícios a eles direcionados, e a falsidade dos sacerdotes pagãos, passando a anunciar a Boa Novo do Evangelho. A sua presença fez com que os fogos preparados para os sacrifícios se apagassem; os pagãos atribuíram imediatamente a causa do fenômeno aos cristãos, que com suas recusas haviam irritado ainda mais os “deuses”. Sérgio foi então agarrado pelos soldados e ali mesmo decapitado. # Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
São Sérgio buscou a verdadeira Justiça, tanto na
vida leiga quanto na religiosa, e por isso, na oração e intimidade com Deus,
soube apagar os fogos das tentações mundanas que, a ele como a nós, pedem o
sacrifício do nosso amor a Deus e o das nossas almas, para que queimem no
inferno. Não adianta servirmos aos deuses deste mundo, o egoísmo, o orgulho, a
vaidade, a ganância, tendo um brilho fugaz como o dos fogos de artifício, que
logo se apaga para sempre, na escuridão infinita onde não estará Deus. Na
comunhão pessoal com Deus, o anúncio da Boa Nova é um dever de alegria, que
possibilita aos irmãos a firmeza e/ou a conversão à Fé: não há nada melhor que
possamos dar ao próximo, se o amamos por amor a Deus.
TJL –
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