domingo, 5 de fevereiro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 6. FEVEREIRO9. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


6 DE FEVEREIRO DE 2023 - Segunda-feira da 5ª semana do Tempo Comum

Oração: Senhor, cuja bondade abarca o Universo inteiro, o Ocidente e o Oriente, concedei-nos pela intercessão e exemplo de São Paulo Miki e companheiros a docilidade do coração e dos modos, a fim de perdoarmos amorosamente mesmo os que nos perseguem, pedindo para eles a sincera conversão, e sermos sempre voluntários para fazer o bem, especialmente diante do mal, sem jamais recusar a nossa cruz, mas abraçando-a com a mesma caridade dos santos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mc 6,53-56):  

Tendo atravessado o lago, foram para Genesaré e atracaram. Logo que desceram do barco, as pessoas reconheceram Jesus. Percorriam toda a região e começaram a levar os doentes, deitados em suas macas, para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava. E, em toda parte onde chegava, povoados, cidades ou sítios do campo, traziam os doentes para as praças e suplicavam-lhe para que pudessem ao menos tocar a franja de seu manto. E todos os que tocavam ficavam curados.

«Todos os a tocavam [a franja de seu manto] ficavam salvados » - Fr. John GRIECO(Chicago, Estados Unidos)

Hoje, no Evangelho do dia, vemos o magnífico “poder do contato” com a pessoa de Nosso Senhor: «Traziam os doentes para as praças e suplicavam-lhe para que pudessem ao menos tocar a franja de seu manto. E todos os que tocavam ficavam curados».(Mc 6,56). O menor contato físico pode obrar milagres para aqueles que se aproximam a Cristo com fé. Seu poder de curar desborda desde seu coração amoroso e estende inclusive a suas vestes. Ambos, sua capacidade e seu desejo pleno de curar, são abundantes de fácil acesso.
Esta passagem pode nos ajudar a meditar como estamos recebendo ao Nosso Senhor na Sagrada Comunhão. Comungamos com fé de que este contato com Cristo pode obrar milagres em nossas vidas? Mais que um simples tocar «a franja de seu manto», nós recebemos realmente o Corpo de Cristo em nossos corpos. Mais que uma simples cura de nossas doenças físicas, a Comunhão cura nossas almas e lhes garanta a participação na própria vida de Deus. São Inácio de Antioquia, assim, considerava à Eucaristia como a «medicina da imortalidade e o antídoto para prevenir-nos da morte, de modo que produz o que eternamente nós devemos viver em Jesus Cristo».
O aproveitamento desta «medicina da imortalidade» consiste em ser curados de todos aqueles que nos separa de Deus e dos outros. Ser curados por Cristo na Eucaristia, por tanto, implica superar nosso ensimesmamento. Tal como ensina Bento XVI, «Nutrir-se de Cristo é o caminho para não permanecer alheios ou indiferentes diante da sorte dos irmãos (...). Uma espiritualidade eucarística, então, é um autentico antídoto diante o individualismo e o egoísmo que com freqüência caracterizam a vida cotidiana, levam ao redescobrimento da gratuidade, da centralidade das relações, a partir da família, com particular atenção em aliviar as feridas de aquelas desintegradas».
Igual que aqueles que foram curados de suas doenças tocando seus vestidos, nós também podemos ser curados de nosso egoísmo e de nosso isolamento dos outros mediante a recepção de Nosso Senhor com fé.

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Cristo é tudo para nós. Se você é oprimido pela injustiça, Ele é justiça; se você precisar de ajuda, Ele é a força; se você tem medo da morte, Ele é vida; se você quer o céu, Ele é o caminho; se você está nas trevas, Ele é a luz» (Santo Ambrósio de Milão) «Deus, depois de ter acabado a criação, não se “retirou”: ainda pode agir. Ele ainda é o Criador e, por isso, sempre tem a possibilidade de "intervir". Deus ainda é Deus!» (Bento XVI) «Cristo convida os seus discípulos a continuarem com ele, cada um com sua cruz. Seguindo-o, adquirem uma nova visão sobre a doença e sobre os enfermos. Jesus os associa com sua vida pobre e humilde. Ele os faz participar do seu ministério de compaixão e cura (...)» (Catecismo da Igreja Católica, n. 1.506)

São Paulo Miki e seus companheiros

Paulo Miki nasceu em Kyoto, Japão, em 1564, e foi batizado ainda criança – no Oriente, já se faziam sentir os frutos da evangelização de São Francisco Xavier (1549-1551). Foi educado num colégio jesuíta e ingressou na Companhia de Jesus, o primeiro japonês a fazê-lo, desejando ser sacerdote e missionário. Pelo fato de ser do país, e portanto natural com a sua cultura e língua, pôde entrar em diversos ambientes, conseguindo muitas conversões. Era ótimo pregador e conferencista, e seu modo afetuoso e acolhedor foi apontado como maior expressão do seu zelo do que suas próprias palavras. Mas o imperador japonês iniciou uma perseguição aos católicos, expulsando-os do país. Os que ficaram foram presos e condenados, e assim Paulo Miki e dois companheiros, em Osaka. Notável foi a extraordinária coragem dos fiéis japoneses, que, não temendo a morte, publicamente proclamavam sua fé, acompanhavam os irmãos presos, e se ofereciam voluntariamente para o martírio. A pena para Paulo e 25 outros foi a crucifixão, num lugar elevado que ficou conhecido como Monte dos Mártires, em fevereiro de 1597. Entre eles havia crianças de 11 e 13 anos, adolescentes, sacerdotes e leigos. Testemunhos escritos exaltam a constância e felicidade de todos eles: cantavam salmos, rezavam, encorajavam uns aos outros e instruíam aos que observavam para que abraçassem a Fé. São Paulo Miki publicamente perdoou ao imperador e aos responsáveis por sua morte, e pediu que se convertessem. Um relato diz dele: “Paulo Miki, nosso irmão, vendo-se colocado no mais honroso e elevado púlpito que jamais tivera, começou por declarar aos circunstantes ser japonês e jesuíta e morrer por ter anunciado o Evangelho; e dava graças a Deus por tão excelente benefício.” E também, nas suas próprias palavras: “Declaro-vos, pois, que não há outro caminho de salvação fora daquele que os cristãos seguem.” São Paulo Miki é padroeiro do Japão.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Não há outro caminho de salvação, além do de Jesus Cristo. E este caminho é a Cruz. Não necessariamente o martírio físico, mas certamente o martírio do nosso egoísmo, da crucifixão das nossas próprias vontades, quando são contrárias às de Deus; da resistência firme às pressões e seduções do mundo, da carne e do demônio. Maravilhoso será se verdadeiramente considerarmos como grande benefício morrer para o pecado, para viver com Cristo. E, nesta missão, auxiliar e contarmos com o auxílio dos irmãos, como deve ser numa família que se ama.

TJL – A121.COM – EVANGELI.NET -VATICANNEWS.VA

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