BOM DIA EVANGELHO
11 DE
NOVEMBRO DE 2019
SEGUNDA-FEIRA | 32ª SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: BRANCO | ANO C
Papa Francisco na Sala Clementina do Vaticano.
Foto: Vatican Media
Vaticano, 07 Nov.
19 / 01:00 pm (ACI).- O Papa Francisco assinalou que
"nosso mundo precisa de transformações que protejam a vida ameaçada
e defendam os mais fracos".
Assim indicou o
Santo Padre nesta quinta-feira, 7 de novembro, quando recebeu os participantes
do Congresso "Um caminho de justiça e reconciliação", por ocasião do
50º aniversário da fundação da Secretaria de Justiça Social e Ecologia da
Companhia de Jesus.
“Que vocês
trabalhem pela verdadeira esperança cristã, que busca o Reino escatológico, (e
que) sempre gera história. Compartilhem sua esperança onde quer que estejam,
para incentivar, consolar, confortar e reanimar. Abram um futuro, criem
possibilidades, gerem alternativas, ajudem a pensar e agir de um modo
diferente. Cuidem de seu relacionamento diário com o Cristo ressuscitado e
glorioso e sejam trabalhadores de caridade e semeadores de esperança. Caminhem
cantando, que as lutas e preocupações pela vida dos últimos e pela criação
ameaçada não tirem o gozo da esperança de vocês”, pediu o Papa.
Além disso, o
Pontífice denunciou “as situações de injustiça e de dor humana que todos
conhecemos bem. Talvez se possa falar de uma terceira guerra combatida ‘por
partes’, com crimes, massacres, destruições”. E acrescentou que "subsiste
o tráfico de seres humanos, abundam as expressões de xenofobia e busca egoísta
de interesse nacional, a desigualdade entre países e, no interior dos mesmos,
cresce sem que se encontre remédio”.
Por isso, o Papa
advertiu que, “nas fronteiras da exclusão, corremos o risco de desesperar, se
atendemos unicamente à lógica humana. O mais impressionante é que muitas vezes
as vítimas deste mundo não se deixam levar pela tentação de desistir, mas confiam
e nutrem a esperança”.
“O apostolado
social existe para resolver problemas? Sim, mas sobretudo deve promover
processos e encorajar esperanças. Processos que ajudem as pessoas e comunidades
a crescerem, que as levem a serem conscientes de seus direitos, a desdobrarem
suas capacidades e a criarem seu próprio futuro”, afirmou.
Nesse sentido, o
Santo Padre ressaltou que, desde suas origens, a Companhia de Jesus foi chamada
“ao serviço aos pobres”, por isso que os jesuítas devem se dedicar “à defesa e
à propagação da fé e à salvação das almas na vida e doutrina cristã, bem como a
reconciliar os desfavorecidos, socorrer misericordiosamente e servir os que
estão nas prisões ou nos hospitais, e a praticar todas as outras obras de
caridade”.
Nesse sentido, o
Papa explicou que Pe. Pedro Arrupe “sempre acreditou que o serviço à fé e à
promoção da justiça não poderiam se separar, porque estão radicalmente unidos.
Para ele, todos os ministérios da Companhia tinham que responder, ao mesmo
tempo, ao desafio de anunciar a fé e promover a justiça. O que até então tinha
sido uma virtude de alguns jesuítas, deveria se converter em uma preocupação de
todos”.
“Alguns de vocês e
muitos outros jesuítas que os precederam realizaram obras de serviço aos mais
pobres, obras de educação, de atenção aos refugiados, de defesa dos direitos
humanos ou de serviços sociais em muitos campos. Continuem com este empenho
criativo, necessitado sempre de revolução em uma sociedade com mudanças tão
aceleradas. Ajudem a Igreja no discernimento que hoje também
temos que fazer sobre os nossos apostolados. Não deixem de colaborar entre
vocês e com outras organizações eclesiais e civis para sempre ter uma palavra
de defesa pelos mais desfavorecidos neste mundo cada vez mais globalizado”,
insistiu.
Por último, o
Pontífice exortou os jesuítas a "não deixarem a oração", que foi o
testamento do Pe. Arrupe. “Gostaria de terminar com uma imagem, os padres nas
paróquias distribuímos santinhos, para que as pessoas levem uma imagem para
casa, uma imagem nossa de família. O testamento de Arrupe, lá na Tailândia, no
campo de refugiados, com os descartados, como tudo o que esse homem tinha de
simpatia, de sofrer com essas pessoas, com esses jesuítas que estavam abrindo
brecha naquele momento em todo este apostolado, pede-lhes uma coisa: não deixem
a oração. Foi seu testamento. Deixou a Tailândia nesse dia e no avião teve seu
ictus. Que este santinho, que esta imagem, os acompanhe sempre”.
ORAÇÃO : Ó Deus, que aos vossos
pastores associastes São Martinho de Tours, animado de ardente caridade e da fé
que vence o mundo, daí-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na
fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém.
Lucas 17,1-6
Aleluia, aleluia, aleluia.
Como astros no mundo brilheis, pregando a palavra da vida! (Fl 2,15s)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
17 1Jesus
disse também a seus discípulos: "É impossível que não haja escândalos, mas
ai daquele por quem eles vêm!
2Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos.
3Se teu irmão pecar, repreende-o; se se arrepender, perdoa-lhe.
4Se pecar sete vezes no dia contra ti e sete vezes no dia vier procurar-te, dizendo: Estou arrependido, perdoar-lhe-ás".
5Os apóstolos disseram ao Senhor: "Aumenta-nos a fé!"
6Disse o Senhor: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: 'Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá'".
Palavra da Salvação.
2Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos.
3Se teu irmão pecar, repreende-o; se se arrepender, perdoa-lhe.
4Se pecar sete vezes no dia contra ti e sete vezes no dia vier procurar-te, dizendo: Estou arrependido, perdoar-lhe-ás".
5Os apóstolos disseram ao Senhor: "Aumenta-nos a fé!"
6Disse o Senhor: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: 'Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá'".
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
EVITAR OS
ESCÂNDALOS
O relacionamento, no interior da
comunidade cristã, deve ser de fraternidade e de respeito mútuos. Contudo, as
pessoas que estão dando os primeiros passos na fé merecem atenção especial. Não
devem ser tratadas com intolerância e impaciência por quem se considera firme e
maduro na sua adesão a Jesus. Esse tratamento poderia levá-las ao desespero,
acabando por abandonarem sua caminhada de fé. A isso chamamos de escândalo. E
Jesus advertiu seus discípulos a evitá-lo.
A ofensa feita a uma pessoa fraca
na fé atinge o próprio Deus. Daí o castigo terrível que Jesus sugeriu para quem
escandalizar um pequenino. É Deus o primeiro interessado em que alguém se
converta ao Reino anunciado por Jesus, e se esforce por adequar sua vida a esse
mesmo Reino. Porque conhece a fraqueza humana, o Pai sabe que ninguém é capaz
de atingir a maturidade da fé, da noite para o dia. O processo é lento e
penoso, feito de altos e baixos. Ele acompanha, com carinho e paciência, cada
discípulo do Reino que se esforça para crescer na fé.
Deus não suporta que alguém se
intrometa e ponha a perder a obra de sua graça. E o escândalo, em última
análise, consiste em desfazer a obra de Deus, no coração das pessoas. Portanto,
é obrigação da comunidade colaborar para que os pequeninos, apesar de suas
quedas, sigam adiante, fazendo amadurecer sempre mais a própria fé.
SANTO DO DIA
Martinho nasceu na Hungria por
volta do ano 316 e pertencia a uma família pagã. Seu pai era comandante do
exército romano. Por curiosidade começou a freqüentar uma Igreja cristã. Para
evitar a conversão do filho, o pai o alistou no exército, mas foi inútil.
Martinho já tinha sido escolhido por Jesus para tornar-se um homem santo.
Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Diz a história que diante de um mendigo que passava frio, Martinho se comoveu e repartiu com ele seu manto. Na mesma noite, Martinho teve um sonho no qual Jesus apareceu a ele vestido com o manto doado. Foi o sinal para a conversão do jovem.
Fez-se batizar com 22 anos e tornou-se monge e discípulo de Santo Hilário. Mais tarde, em 360, Martinho fundou uma comunidade de monges. Mas logo eram tantos jovens religiosos que buscavam sua orientação, que Martinho construiu o primeiro mosteiro da França.
Martinho liderou então a conversão de muitos e muitos habitantes da região rural. Com seus monges ele visitava as aldeias pagãs, pregava o evangelho, derrubava templos e ídolos e construía igrejas. Onde encontrava resistência fundava um mosteiro, operando muitos prodígios em beneficio dos pobres e doentes que tanto amparava.
Quando ficou vaga a diocese de Tours, em 371 o povo o aclamou para ser o Bispo. Martinho aceitou, apesar de resistir no início. Mas não abandonou sua peregrinação apostólica, visitava todas as paróquias, zelava pelo culto e não desistiu de converter pagãos e exercer exemplarmente a caridade. Exerceu o bispado por vinte e cinco anos, vindo a falecer em novembro de 397.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Diz a história que diante de um mendigo que passava frio, Martinho se comoveu e repartiu com ele seu manto. Na mesma noite, Martinho teve um sonho no qual Jesus apareceu a ele vestido com o manto doado. Foi o sinal para a conversão do jovem.
Fez-se batizar com 22 anos e tornou-se monge e discípulo de Santo Hilário. Mais tarde, em 360, Martinho fundou uma comunidade de monges. Mas logo eram tantos jovens religiosos que buscavam sua orientação, que Martinho construiu o primeiro mosteiro da França.
Martinho liderou então a conversão de muitos e muitos habitantes da região rural. Com seus monges ele visitava as aldeias pagãs, pregava o evangelho, derrubava templos e ídolos e construía igrejas. Onde encontrava resistência fundava um mosteiro, operando muitos prodígios em beneficio dos pobres e doentes que tanto amparava.
Quando ficou vaga a diocese de Tours, em 371 o povo o aclamou para ser o Bispo. Martinho aceitou, apesar de resistir no início. Mas não abandonou sua peregrinação apostólica, visitava todas as paróquias, zelava pelo culto e não desistiu de converter pagãos e exercer exemplarmente a caridade. Exerceu o bispado por vinte e cinco anos, vindo a falecer em novembro de 397.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Martinho despertou para a fé quando ainda menino e depois, mesmo
soldado da cavalaria do exército romano, jamais abandonou os ensinamentos de
Cristo. A sua vida foi uma verdadeira luta em favor do cristianismo. Existem
quatro mil igrejas dedicadas a ele na França, e o seu nome é dado a milhares de
localidades, povoados e vilas. "Senhor, se o vosso povo precisa de mim,
não vou fugir do trabalho. Seja feita a vossa vontade" dizia Martinho,
Bispo de Tours, aos oitenta e um anos de idade.
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